25/01/2022

Educação e a Síndrome de Boreout

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

 

No começo de Ano Letivo é normal que os profissionais de educação tenham a ansiedade em saber quem será o seu novo diretor e quais outras mudanças estarão por vir.

Apesar de muitos funcionários ansiarem por mudanças por não terem se identificado com a gestão anterior, outros temem justamente por motivo contrário, ou seja, se identificaram com a gestão e/ou liderança do gestor; todavia a mudança tende a ser inevitável, e o que está ruim poderá ficar pior, já que nem sempre se faz valer nestas escolhas a meritocracia em relação às escolas municipais, já que nas escolas Estaduais e/ou Federais há um processo "democrático".

Cabe ressaltar que a escolha do gestor escolar quando não levada a meritocracia faz desenvolver nos educadores a Síndrome de Boreout que é representada pelo tédio no trabalho e a falta de perspectiva, o que acontece quando este gestor se torna um centralizador como também pode ocorrer quando este mesmo gestor não exercer liderança alguma sobre seus funcionários.

Este mal que assola os funcionários públicos é também conhecido comoa síndrome do tédio ou do aborrecimento, e é ocasionado por uma baixa carga mental no trabalho oriunda da falta de incentivo.

Segundo Camila Tuchlinski em seu texto Síndrome do Boreout: entenda o que é e o que fazer com o desinteresse no trabalho[1], esta síndrome ressalta o tédio do funcionário e a falta de propósito nas atividades que está sendo realizada por ele, já que não existe ali um desafio intelectual.

Esta síndrome afeta diretamente a Qualidade de Vida no Trabalho do funcionárioe em concomitância, instiga o presenteísmo, que ao contrário do absenteísmo, o funcionário mesmo indo ao trabalho todos os dias, ele se sente dissociado emocionalmente de suas atividades

A Síndrome de Boreout ocorre quando o funcionário é bem capacitado, porém pouco aproveitado, e nas funções públicas, isso quase sempre é gerado propositalmente, seja por meio da prevaricação como também pela má política, isto é, mesmo sabendo das competências dos funcionários, o gestor o coloca em um ostracismo, já que este demonstra mais capacidade profissional e até mesmo de relacionamento pessoal do que a pessoa que está ocupando o cargo nas tomadas de decisões.

Esta síndrome é derivada da falta de significado das atividades realizadas, gerando assim uma rotatividade nos setores oriundas pela falta de motivação.

Vale ressaltar que é uma síndrome que pode psicossomatizar em depressão o que desenvolverá um problema ainda maior da vida do funcionário.

Dito isso, que os gestores possam conhecer o potencial de seus funcionários e com o seu poder de liderança, consiga valorizar e reconhecer o potencial dos funcionários fazendo com que estes dêem sempre o seu melhor, tendo como foco sempre um conhecimento protagônico.

 

[1] Para mais informações, vide https://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,sindrome-do-boreout-entenda-o-que-e-e-o-que-fazer-com-o-desinteresse-no-trabalho,70003553886

Assine

Assine gratuitamente nossa revista e receba por email as novidades semanais.

×
Assine

Está com alguma dúvida? Quer fazer alguma sugestão para nós? Então, fale conosco pelo formulário abaixo.

×