Educação e a Rã
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
Como visto em meu livro Gestão Pedagógica: Gerindo Escolas para Cidadania Crítica, publicado pela WAK em 2009, o Storytelling é uma maneira de fazer com que o corpo docente e também a comunidade escolar se envolvam com os propósitos da escola.
Storytelling é uma técnica que busca difundir os valores e também os conhecimentos adquiridos por meio de narração de histórias, já que story significa historiar, narrar; e telling, significa de forma eficaz, notável, surgindo então a palavra storytelling, ou seja, a arte de narrarmos um fato de forma eficaz assegurando a assimilação dos ouvintes.
É comum uma empresa usar desta técnica para garantir, assegurar e disseminar o conhecimento e aumentar o capital intelectual de seus envolvidos, o que, consequentemente, será propagado para todos, já que tem seus preceitos na aprendizagem e não se restringe apenas a uma narração simplista de histórias, possibilitando assim o apreender sobre o novo, ou seja, a realidade que nos cerca, a criar conceitos e a propagá-los.
Dito isso, faremos uso do Storytelling para que o leitor possa perceber que a educação tem realmente que ser o diferencial para desenvolver o seu discernimento para tomadas de decisões quando necessárias, assim sendo, existe uma fábula que conta que um dia uma rã pulou em uma panela de água fria e aos poucos a água foi se esquentando e o que antes era frio, já estava morno.
E a rã logo se adaptou a temperatura em que estava exposta, e continuou a nadar tranquilamente, todavia a água continuava a esquentar chegando ao pondo de ebulição e quando a rã se sentiu incomodada, ela tentou pular da panela e não conseguiu porque se sentia muito fraca e cansada devido aos esforços que havia feito para se adaptar à temperatura.
Obviamente muitos afirmarão que foi a água fervente que matou a rã, mas na verdade o que a matou foi a sua incapacidade de decidir quando pular da panela.
O fato é que não temos que nos adaptar a situações erradas, relacionamentos abusivos, amigos aproveitadores e oportunistas, enfim, quando a gente se adapta a estas coisas, a gente se queima como a rã.
Precisamos perceber o momento certo de sair, de inovar.
Como dizia Tolstói, “o errado não deixa de ser errado só porque a maioria participa e concorda”, assim sendo, a educação tem que preparar o educando para as tomadas de decisão com base sempre no certo embasado na ética.
Desta forma, que possamos por meio da educação, transformar nossos educandos para que eles possam saber a hora certa de tomar certas decisões e não se deixar levar pelas situações tóxicas com adaptações que lhes custarão o que temos de mais importante que é a própria dignidade.