Educação e a Desinteligência Natural
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
Desinteligência natural é uma forma educada de pontuar o déficit cognitivo de certa pessoa que por suas estultices mediante a atos desesperadores, deixa uma série de erros crassos explicitando toda falta de discernimento com cuidados básicos.
Com o intuito de elucidar, cabe pontuar que o erro crasso se remete a uma falha grosseira de planejamento, tendo como consequências, resultados trágicos e fatais.
Faz-se pertinente esclarecer que Crasso era um político ambicioso e a sua morte foi causada pelos partas (Império Parta) que derramaram ouro derretido em sua boca como símbolo de sua sede por dinheiro.
Esta breve história representa a nossa política e a sua desinteligência natural, que não mede esforços para burlar o sistema vigente e dele tirar o melhor proveito.
Obviamente o culpado, claro, é sempre o eleitor, que com o seu completo analfabetismo político, escolhe as pessoas com os maiores desvios de caráter para representá-lo e pode-se afirmar que a gênese de tudo isso, é o próprio sistema político que sucateia as instituições escolares públicas, desvaloriza os seus profissionais e impõe o engessamento e adestramento de seus educandos, culminando assim na docilização e em concomitância na alienação de toda uma geração.
Educar como ressaltado no livro Educação e a não neutralidade, publicado por mim em 2024 pela Ícone editora, é um ato de rebeldia, já que ele desenvolverá no educando toda criticidade e protagonismo e vale aduzir que esta rebeldia é o que manterá a cidadania e dignidade do próprio educando.
A “desinteligência natural” é o mais comum entre nossos políticos, e por incrível que pareça, já até tivemos um representante de Estado com esta desinteligência.
O fato é que a educação talvez não erradique este problema em nossos políticos, já que eles advém de instituições educacionais renomadas. O problema não são estas instituições, mas o caráter destes, pois como afirmado por mim no livro Educação um ato político, publicado em 2019 pela Editora Autografia, é afirmado que a escola não trabalha com o caráter do aluno, este caráter vem do berço, dos exemplos dos pais e familiares, todavia, cabem as instituições educacionais, principalmente as públicas, oferecer recursos e condições para que o aluno desenvolva o discernimento que o auxiliará em suas escolhas como cidadão politizado.
Por isso o sistema com sua falácia e poder de manipulação da massa, faz movimentos financiados pela elite política e econômica de uma não doutrinação nas escolas, todavia, se esquecem conforme ressalta o livro Educação e a não neutralidade citado acima, de que a política educacional ao pregar a neutralidade, tem intrínseco neste movimento, o intuito de calar as escolas e seus profissionais quanto à manipulação do sistema de forma a proliferar o enraizamento da ignorância, da falta de discernimento, da opressão e da miséria.
Como afirmado por Paulo Freire, “não existe educação neutra, toda neutralidade afirmada é uma opção escondida” e nós professores teremos sempre as opções, ou de ser conivente com esta manipulação ou de sermos os responsáveis pela mudança com mais justiça e equidade social.
Enfim, que a “desinteligência natural” seja oriunda apenas de nossos políticos e que nós consigamos mesmo de forma hercúlea, disseminar cada vez mais uma educação diferenciada para que nossos educandos possam realmente ser os verdadeiros protagonistas de suas próprias vidas.