22/08/2022

Educação e a Biblioteca Humana

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

A escola pública apesar dos reveses políticos, tem feito esforços hercúleos para oferecer uma educação de qualidade para seus educandos, todavia, em momento superará a escola chamada vida, pois ela é a maior educadora.
Ela cobra, e cobra de forma dura, não com a complacência de um educador, mas com severidade que lhe é peculiar e como os professores dizem, a prova é realmente individual e assim acontece, cada um passando por suas experiências singulares, dificuldades oriundas de suas escolhas e contextos ao qual encontra-se inserido.
Baseado nisso, a Dinamarca desenvolveu um projeto denominado Biblioteca Humana, já que na biblioteca encontra-se um acervo de informações e conhecimento, e nada melhor que a troca de experiência para que a pessoa possa aprender de forma diferenciada através dos exemplos.
Este projeto tem o intuito de fazer com que a pessoadurante trinta minutos, conte as suas experiências de vida, seja ela como “desempregado”, “refugiado”, “bipolar” e assim por diante; tudo com intenção de explicitar suas experiências de vida, frustrações, realizações, etc...
Com base nas experiências relatadas pelo projeto Biblioteca Humana, podemos perceber que não se julga um livro pela capa, ou seja, não podemos fazer julgamento do outro, já que não conhecemos a vida de ninguém, cada um tem suas dores e seus fantasmas.
A Biblioteca Humana fomenta a empatia bem como os exemplos que podemos/devemos ou não seguir, já que tais relatos podem ser vistos como fonte de motivação, o que tem sido aplicado em mais de 50 países.
Este projeto pode ser comparado com a técnica do storytelling, muito aplicada na Gestão do Conhecimento, todavia, tais relatos são experienciados, ou seja, vivenciados pelos expositores, não cabendo aqui, a ficção e/ou “romantização”.
A experiência de vida explicitada pelo narrador, busca elucidar caminhos e tomadas de decisões que podem ou não nortear a vida do ouvinte.
Cabe observar que com a Biblioteca Humana, os relatos fomentam o ouvinte a um autoconhecimento e a desenvolver a sua inteligência emocional, bem como o respeito pelas diferenças e a compreensão dos sentimentos e emoções dos narradores.

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