30/08/2022

Educação e a Balança Moral

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Uma boa educação nos faz buscar sempre o nosso melhor, o que já era dito pelo filósofo Kant ao afirmar que “o objetivo da educação é desenvolver em cada indivíduo toda a perfeição de que ele é capaz”.
Assim sendo, uma boa educação tem que nos oferecer também uma maturidade para melhor nos conhecermos de forma a permitir que façamos uma autocrítica entendendo, aceitando e modificando nossas fraquezas.
Dito isso, precisamos entender um pouco sobre balança moral, que é senso ético, que é capaz de dizer se nossas ações são condenáveis ou não, o problema que a balança ética sempre está com defeito para o julgamento de terceiros.
Peguemos como exemplo a política atual. Enquanto uma pessoa é acusada sem prova por uma compra de um imóvel, quem o acusa, afirma que a compra de sua mansão de 6 milhões de Reais foi devido a venda de chocolates.
O intuito aqui não é afirmar que vender chocolates seja lucrativo e que todos que assim fizerem, ostentarão mansões, carros importados, imóveis diversos, etc... o fato é que falta na maioria das pessoas, o bom senso para se auto julgar.
O julgamento nos faz ser severos com terceiros e displicentes conosco, ou seja, não podemos tirar o cisco dos olhos alheios sem antes tirarmos a trave dos nossos próprios olhos.
E isso acontece não apenas no meio político que é um meio vil, mas em nosso dia a dia, inclusive em escolas e universidades, onde a corrupção e as maledicências fazem moradas e agravam cada vez mais a falta de caráter dos profissionais que lá se encontram.
Já presenciei fala de professor universitário contra feriados durante a semana, achando isso um absurdo para o desenvolvimento do país, sendo que este mesmo professor, deixava seus alunos de segunda verificação, e para que estes não fossem para a dependência da disciplina em que ele lecionava, ele com sua balança moral quebrada, vendia o gabarito para os alunos interessados em não terem que refazer a disciplina, e com isso, não prosseguirem em matérias que tinham a dele como pré-requisito.
Vi também gestora de rede municipal difamar profissional íntegra, sendo que esta mesma gestora encobriu desvio de dinheiro de caixa dois feita por ela mesma, e quanto as acusações maledicentes feita com a profissional, não passam da famosa teoria da projeção, muito bem trabalhada por Freud. 
Enfim, somos seres inacabados em todos os quesitos, embora uns busquem melhorar mediante a educação, outros simplesmente resolvem estacionar na contramão da moral e da ética.
O fato é que nós educadores precisamos trabalhar em nossos educandos valores para que estes se transformem em homens de bem.
Com base nas informações acima, Terra em seu livro Gestão do Conhecimento: O Grande Desafio Empresarial: Uma abordagem baseada no aprendizado e na criatividade, publicado pela Negócios Editora em 2001, afirma que a principal qualidade dos trabalhadores do conhecimento é o humanismo, o que Rodrigo em seu livro Ética e Cidadania, publicado pela Moderna em 1994 é enfático ao afirmar que um país muda pela sua cultura, não pela sua economia, nem política, nem pela ciência e também sua tecnologia. Para ele, o que define o futuro de uma nação são suas propostas de humanidade

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