Educação e a Auschwitz Brasileira
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
As escolas precisam trabalhar mais a memória de seus educandos por meio da história e da geopolítica, pontuando as causas e conseqüências, como exemplo, conflitos internacionais e os males que estes impuseram a humanidade, como
Temos como exemplos os genocídios ocorridos na Ucrânia conhecido como Holodomor e o Holocausto ocorrido na Segunda Guerra Mundial. Todos estes genocídios foram realizados por ideologias que sobrepuseram o bem estar da humanidade.
Destes acontecimentos, o mais conhecido na história foi o Holocausto em que As SS e polícia alemã assassinaram cerca de 2.700.000 judeus nos campos de extermínio, seja utilizando o método de asfixia criada pela emissão de gases ou por fuzilamento.
O campo de concentração de Auschwitz foi uma rede de campos de concentração localizados no sul da Polônia operados pelo Terceiro Reich e colaboracionistas nas áreas polonesas anexadas pela Alemanha Nazista, maior símbolo do Holocausto perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra
E o Brasil infelizmente no ano de 2022 criou o seu próprio método de extermínio fazendo de uma viatura policial uma câmara de gás, justamente pelas pessoas que deveriam proteger, e assim está sendo demonstrado a duras penas as falas de nosso saudoso e sábio pensador Paulo Freire quando dizia "quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor".
Este ato ocorrido em Umbaúba (SE) representado pela ação truculenta da Polícia Rodoviária Federal, ao interceptar um cidadão negro sem capacete foi bem ilustrado na charge inteligente de Carlos Latuff, como forma de demonstrar o quão covardes tem sido as instituições que deveriam nos proteger.
E assim podemos perceber que estamos colhendo os frutos amargos de uma educação sem qualidade, a qual nas mãos das pessoas erradas, ela é meio de esterilização de sonhos e perpetuação de arbitrariedades.
É notório perceber que a atual conjuntura política tem fomentado e banalizado a exclusão social, preconceito, intolerância religiosa, violência, crise de valores, ausência de limites,fakenews e corrupção. Todavia, Souza em seu livro Introdução a Sociologia da Educação, publicado pela Autêntica em 2007, elucida que apesar de vivermos as aflições de um cotidiano como este, a educação é o elemento chave para o combate destes males.
Dos males citados acima, podemos afirmar que estes são oriundos do: preconceito, da arrogância, da falta de humanismo; da falta de conhecimento; da falta de amor ao próximo; fanatismo; alienação; ignorância do ser; abuso de poder, desvio de caráter, dentre outros males contidos na personalidade de nossos representantes mal escolhidos.
Pétry, em seu livro Poder e Manipulação: como entender o mundo em 20 lições extraídas de O Príncipe de Maquiavel, publicado por Faro Editorial em 2016, esclarece que “aquele que vive de propinas, corrupção e outros crimes tem de distribuir riquezas; caso contrário, seus comparsas e aliados no crime não serão coniventes com ele e o entregarão em seus atos na primeira oportunidade”, e assim tem sido a nossa dura e amarga realidade, pois ela é formada por políticos que representam a escória da sociedade que se elegem sob a máscara da hipocrisia utilizando uma frase inspirada no fascismo italiano que é Deus, Família e Pátria.
Que a educação com o seu poder, possa desenvolver o discernimento em nossos educandos para que estes percebam as nuances da manipulação e assim não se deixe iludir pelo canto da sereia, pois nossos políticos são como sereias a atraírem o seu povo para o abismo social.