06/08/2018

Educação do Futuro

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

Interessante perceber opiniões distintas sobre a educação do futuro, oriundas inclusive de pessoas que não vivenciam a educação pública, e estas mesmas pessoas encontram-se inseridas em uma realidade que mais parece um universo paralelo como em um filme da DC Comics.

O futuro para ser promissor deve estar condicionado à qualidade de sua educação, assim sendo, Gadotti em seu artigo Perspectivas atuais da educação.São Paulo,v. 14,n. 2,p. 03-11,June2000, esclarece que a educação passa a ser vista como estratégica para desenvolvimento do país, dito isso, segundo o autor, não basta modernizá-la como almejam alguns, tem-se que transformá-la profundamente.

Assim sendo, cabe a nós professores percebermos que precisamos deixar de ser uma escola lecionadora para uma escola gestora do conhecimento e então neste contexto, as perspectivas para educação de qualidade serão cada vez mais otimistas.

Em países que se encontram em patamares mais elevados, dito primeiro mundo, a educação é vista como força motriz, o que é corroborado por Young no artigo O futuro da educação em uma sociedade do conhecimento: o argumento radical em defesa de um currículo centrado em disciplinas, publicado pela Revista Brasileira de Educação v. 16 n. 48 set.-dez. 2011. O autor relata que o ex-primeiro ministro Tony Blair uma vez declarou: “A educação é a melhor política econômica que temos”, dito isso, ela deve ser vista sempre como investimento e nunca como uma despesa para os países.

Apesar de estarmos em pleno século XXI, muitas escolas públicas ainda trabalham com a educação tradicional, entretanto, tanto a tradicional quanto a nova segundo Gadotti têm em concepção da educação como processo de desenvolvimento individual. Para o autor, a nova educação visa não só o desenvolvimento individual como também tem o seu enfoque no social, político e ideológico.

Desta forma, Gadotti é enfático ao afirmar que cabe a escola ousar, construir o futuro e inovar, sendo que isso é mais importante que reproduzir o que já existe, o que a escola tradicional tem feito há décadas.

Para o autor supracitado, a educação nova tem que ser exemplo, pois sua matéria prima é a visão de futuro, e esta visão está nos professores que direcionarão seus alunos para emancipação, de forma com que os mesmos transformem a informação em conhecimento e este em consciência crítica, além de formar pessoas.

Pode-se assim constatar que para termos uma educação nova, faz-se necessário abrirmos mão da educação tradicional com profissionais tradicionais e acreditarmos em profissionais não tão enraizados as velhas tradições do ensinar, profissionais comprometidos com a transformação da informação em um conhecimento relevante e aplicável a seus educandos, tirando-o de seu estado ignóbil e projetando-o para um estado de senso crítico e protagônico.

A educação do futuro se faz com profissionais comprometidos com o presente e atualizado quanto aos novos métodos e tecnologias para ensino/aprendizagem, entretanto para isso, necessitará quebrar o paradigma dos currículos engessados para a construção de projetos pedagógicos que englobe as inovações tecnológicas, interatividade e aplicabilidade dos conceitos para a transformação de um conhecimento relevante ao contexto do aluno, para que este possa ser o próprio agente transformador de sua realidade.

Assine

Assine gratuitamente nossa revista e receba por email as novidades semanais.

×
Assine

Está com alguma dúvida? Quer fazer alguma sugestão para nós? Então, fale conosco pelo formulário abaixo.

×