09/08/2022

Educação: do Extremismo a Idiotização

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

O Brasil tem vivenciado polaridades no quesito política, principalmente por parte de um extremismo de direita conservadora que prega Deus e age exatamente ao que é consagrado nas Escrituras Sagradas, prega Pátria, todavia prega continência e idolatra bandeiras estrangeiras e seus presidentes e prega família, todavia, a moral apenas agrava o desvio de caráter.
O extremismo, seja por qualquer razão explicita um déficit cognitivo das pessoas, embora para alguns é algo aceitável, por fazerem parte de uma minoria elitizada, todavia, é inaceitável, educadores extremistas, pois ressalta o quão foi deficitária sua formação sociológica, seus conhecimentos históricos e sua aceitação de classe.
Pessoas extremistas que se encaixam no universo da educação, fogem a uma realidade, que segundo Chinoy em seu livro Sociedade: Uma introdução à sociologia, publicado pela Cultrixem 2006, têm ideias emocionalmente enraizadas e resistentes amiúde à mudanças. Colocam-se imune à provas mais concludentes da falsidade dos supostos fatos, contudo, continuam acreditando que tais informações elucidadas são meios para invalidar as ações destes extremistas.
Lara em seu texto As Redes Sociais e os Novos Antros do Extremismo Político, elucida que tais redes deram forças ao extremismo com o aumento da desinformação e radicalização, disseminação de conteúdos nocivos e ilegais,propaganda extremista e operações de influência, sendo assim, nas falas de Lara, as redes sociais são "efetivamente, instrumentos potenciadores de radicalização", e pode-se complementar que esta potencialização ocorre principalmente quando o seu usuário não tem discernimento e/ou é detentor de um déficit cognitivo quanto a validação das informações.
Observe que as informações acima são corroboradas por Salas em seu artigo Os Extremistas tem problemas para perceber que estão errados. Para o colunista, " Radicais mostram dificuldades cognitivas para assumir o erro e têm maior confiança em seu julgamento", ou seja um julgamento baseado no preconceito e no fakenews.
Salas fundamenta seu artigo nas pesquisas realizadas por um neurocientista da UniversityCollege de Londres, que esclarece que "as pessoas que têm crenças políticas radicais geralmente estão muito seguras de suas crenças, ou se trata de diferenças na metacognição, que é a capacidade que temos de reconhecer quando estamos errados", desta forma, é afirmado que o monopólio da verdade é um bom indicador de futuras atitudes extremistas.
Alba et al (2018) são pontuais ao aduzirem que o extremismo aliena e as pessoas alienadas tendem a não ser receptivas para novas informações ou mudanças, assim sendo, que a educação possa ensinar seus educandos que extremismo é a pura demonstração da ignorância que reflete a pura imbecilidade do ser, e que nossos "educadores extremistas" tenham o bom senso de reforçar seus estudos na seara da sociologia, história, filosofia e melhorar um pouco o próprio entendimento de classe.

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