11/11/2022

Educação Divergindo do Fanatismo

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

No meu último livro intitulado Educação uma Questão de Politizar, publicado pela ícone em 2022, é ressaltado que um simples calar pode ser tão prejudicial quanto o ato de falar.
O livro pontua que toda educação é um ato político, e um educando com consciência política torna-se um cidadão crítico e este em momento algum se deixará subjugar pelo sistema.
Um aluno politizado difere de ideologias, pois é pela política que entendemos a sociedade e nosso entorno, desta forma, o aluno quando está ciente de sua consciência política percebe as nuances que fazem parte dos jogos políticos, bem como suas artimanhas para iludir a massa.
Desta forma, este aluno perceberá por contra própria que passamos pela eleição mais espúria de nossa história desde que o Brasil se tornou democrático, e isso não foi motivo para democracia perecer sob o jugo do fascismo que fez uso do abuso do poder econômico, político e de uma das maiores violações das normas eleitorais e constitucionais.
Este aluno terá discernimento para compreender que esta eleição representou um marco histórico, já que foi a primeira eleição em que o chefe de estado não se reelege para o seu segundo mandato, mesmo usando toda a máquina a seu favor, comprando votos e aliciando eleitores, usando verba pública, com o intuito de se beneficiar na eleição por meio do PEC dos combustíveis e PEC dos benefícios sociais, um grande endividando dos cofres públicos e para piorar, o bloqueio de ônibus no dia das eleições protagonizado pela Policia Rodoviária Federal, que aliás, maculou toda a instituição com esta atitude fascista.
Ele perceberá que este mesmo chefe de estado cometeu vários atos falhos, sendo um que está em  "minorizar" uma maioria como negros, pobres, mulheres, nordestinos, pardos, etc. e outro está em macular a Polícia Rodoviária Federal, com ações oriundas de um governo leviano, omisso e fascista, que contando com sua conivência, faz uso truculento da força como ocorrido em maio de 2022, quando agentes da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe lançaram gases e prenderam um motociclista no camburão, que foi comparado a câmara de gás tendo como consequência o óbito deste cidadão e o motivo, foi simplesmente porque este indivíduo estava sem capacete, sendo que o quase ex-presidente em muitas motociatas pilotou sem capacete.
Os atos falhos citados acima e as manifestações antidemocráticas explicitam cada vez mais o abismo moral em que a sociedade mergulhou e a própria falência moral de seus manifestantes.
Um aluno crítico perceberá que estas manifestações que estão ocorrendo hoje nas portas dos quarteis não são inocentes “manifestos populares”. Trata-se de um crime contra o Estado Democrático patrocinado por uma elite que tem interesse próprio a ponto de sobrepor a soberania de um povo.
O filósofo húngaro Peter PálPelbart pontua que os acontecimentos atuais tem um lado positivo quando olhado de uma forma mais ampla, já que ele pontua o ódio, a ignorância e a violência que existiam ao nosso redor e que se encontravam encobertos pelo falso moralismo e pela hipocrisia.
Para Peter PálPelbart, o Brasil viveu todo o seu tempo com estes sentimentos camuflados, tanto que deu anistia a torturadores, fingiu que não existiu ditadura, não fez reparação da escravidão e fala que é miscigenado e não é racista.
Quanta falsidade está em nosso povo e políticos e que nos fez as mazelas no caráter das pessoas que fomentam um golpe sem conhecimento histórico e por pura imbecilidade afundando-se no limo de suas falácias morais e hipocrisias.
Que a educação de nossos jovens possa salvaguardar soberania de nossos país que outrora fora perdida, pois como Ulisses Guimarães dizia, traidor da constituição é traidor da Pátria e um aluno politizado em momento algum seria um agente fomentar qualquer ato fascista, como dizia Ariano Suassuna “o fanatismo e a inteligência nunca moram na mesma casa”, assim sendo, que por meio desta educação, possamos desenvolver cada vez mais a cognição de nossos jovens para que eles se tornem insurgentes a qualquer alienação.

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