29/09/2022

Educação: Aprendendo com Super Pets

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

A educação trabalhada de forma crítica e também com o intuito de desenvolver todas as aptidões e habilidades necessárias de nossos educandos, exerce o seu verdadeiro cerne, por ser ação intencional e transformadora, todavia a mesma é em muitos casos, trabalhada de forma estéril, sob o fulcro da indiferença rechaçada pela informação sintética que é a base do ensino bancário, muito advertido por Freire em sua obra Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários à Prática Educativa, publicado pela Paz e Terra em 1996.
Freire sempre buscou o diálogo como instrumento fundamental, pois ele constrói o processo de humanização, seja ele comungado de conscientização entre os indivíduos e com o mundo.
A atual conjuntura está perdendo este diálogo e as escolas por meio de um sistema escolar hoje totalmente deturpado, sucateado e ideologizado, está perdendo toda humanização outrora pleiteada. 
É sabido que somos herdeiros de nossas ações e algumas escolas estão começando a colher seus amargos frutos, pois militarizar escolas não melhora a educação de nossos educandos. Substituir livros por armas é um erro crasso.
A militarização não educa e sim adestra e não queremos nossos filhos adestrados, como uma massa de manobra alienada, e sim, queremos pessoas protagonistas cognoscentes, cidadãos críticos e humanizados, que leve a ternura onde necessário, e tenha como base, a moral, a ética e o amor ao próximo.
Não se trata de evangelizar, apenas educar, fazer nossos alunos homens de bem, leitores e não atiradores, escritores e não assassinos, altruístas e não narcisistas egocêntristas, enfim, aplicar realmente o poder da educação.
Ser professor não é sacerdócio, mas exige amor e entrega na profissão, não a ponto de submissão em relação a este sistema educacional corrompido a peso de ouro.
Bons educadores buscam em suas metodologias forma de cativar os alunos e instigá-los a pensar, refletir e buscar o seus próprios caminhos.
Um bom exemplo é o filme animado DC Liga dos Superpets, em que Ace, o Batcão, salva uma criança de cair na escada de sua casa, todavia seus pais acham que ele a mordeu, e resumindo uma de suas falas relatadas ao Krypto, o Super-Cão, é elucidado que quando se ama de verdade, precisa fazer tudo que está disposto, mesmo perdendo no final.
Assim somos nós educadores. Trabalhamos com amor e afinco, educando e servindo como exemplo, mesmo correndo o risco de futuramente, sermos ignorados, pois somos nós que educamos e formamos todas as profissões. Somos nós que “educamos” os policiais, que ao fazermos greve por nossos direitos, somos agredidos fisicamente. 
Somos nós que formamos os políticos que cortam nossos benefícios conquistados a duras penas. 
Interessante perceber que nossos sentidos nos enganam, pois Ace teve a história mal interpretada.
Quantas vezes não julgamos de forma errada os atos alheios?
O filósofo Descartes já alertava para isso, pois ele considerava que sentidos enganam, e elucidava não existir validade do que se sente por se tratar de percepções. 
Somos educadores e muitos de nós percebemos as fragilidades de seus educandos e com o nosso profissionalismo, transformamos vidas e acreditamos que estes cidadãos no seu percurso não se perderão pela iniqüidade, corrupção, desvio de caráter, intolerância e falta de humanidade.

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