23/10/2017

Dura Lex Sed Lex

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            A dor do conhecimento é algo a tirar o sono. Já dizia o filósofo alemão Arthur Schopenhauer que "quanto mais claro é o conhecimento do homem – quanto mais inteligente ele é – mais sofrimento ele tem" e este sofrimento se resume em ver tantas injustiças e perceber que nada se pode fazer para a maioria.

            Estamos em um país de tamanho continental, formado por uma população alienada, tratada como gado de manobra, que segue as regras transmitidas pela mídia televisiva que deteriora cada vez mais a sua dignidade.

            Estamos afundando cada vez mais na pútrida política e sequer podemos contar com o Supremo Tribunal Federal que não passa de um comparsa destes corruptores.

            Estamos regredindo na história, perdendo direitos conquistados com o sangue de nossos familiares, como a reforma da previdência e a reforma trabalhista.

            Vamos alienar ainda mais nossa juventude com a reforma do 2º grau e a imposição da escola sem partido, ou seja, vamos deixá-los cada vez mais analfabetos políticos para que esta roubalheira continue acontecendo e a omissão do povo se faça permanente.

            O nosso presidente usurpador se transformou no maior ícone da corrupção e no presidente que mais gastou com subsídios para se livrar de um impeachment e também para livrar seus comparsas.

            Este representante dos latifundiários simplesmente aboliu as investigações dos processos que impedem o trabalho escravo, ou seja, de acordo com a reportagem publicada pela Folha de São Paulo em 20 de outubro do corrido ano, essa medida atende aos interesses da bancada ruralista.

            Para complicar ainda mais a situação do país, a Comissão de Constituição e Justiça rejeitou mais uma denúncia de nosso presidente que segundo o CNI/Ibope está com uma popularidade de 3% de aprovação, ou seja, está sendo o pior e o mais corrupto presidente que o Brasil já teve e a população está totalmente alheia ao fato, e mais triste, é que ainda tem mais um ano de sofrimento para o povo.

            Estamos completamente desamparados. A suprema corte não é mais imparcial e está totalmente infectada pelo câncer da corrupção, a Comissão de Constituição e Justiça é formada justamente por corruptos que defendem a sua fração na lucro e os políticos nunca representam o povo.

            Muitos clamam por uma revolução do povo, mas cabe lembrar que revolução vem seguida de violência e a máquina do Estado, tem seus "cachorrinhos" que obedecem com extrema violência qualquer manifestação, calando, oprimindo e até mesmo assassinando pessoas com pensamentos divergentes aos seus.

            Temos que clamar por uma evolução, mas para evoluirmos necessitaremos trabalhar a educação. Necessitamos oferecer uma educação púbica mais crítica de forma a tirar o povo desta inércia, fazendo-o pensar e implicando a uma desobediência civil.

            Necessitamos politizar nossos alunos e acabar de vez com esta demagogia de escola sem partido. Reforço sempre minhas falas. Não existe educação que não perpasse pela política, porque toda educação é um ato político.

            Precisamos dar um basta a domesticação subalterna. Precisamos dar um basta a esta educação estéril que não faz o aluno pensar por si mesmo e que o leve a uma criticidade e a um protagonismo cognoscente.

            A educação será a nossa única saída para conscientizarmos nossa juventude que estes políticos que lá estão, não podem mais se reelegerem.

            Que a nossa tão sonhada educação aconteça para que possamos reerguermos e devolver a soberania de nossa nação.

            Dura Lex Sed Lex (a lei é dura, mas é a lei) aplica-se apenas para cidadãos comuns como pobres e negros? Onde está a rigidez desta lei? Não está no Supremo Tribunal Federal e tampouco na Comissão de Constituição e Justiça. Que se faça valer a lei com isonomia.

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