28/09/2022

DISCO INTERVERTEBRAL - UMA REVISÃO DE LITERATURA ACERCA DA DEGENERAÇÃO

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MENDONÇA, João Paulo Santos Neves.;

FARIA, Eduarda Almeida.;

FONSECA, Laís Grasiela Pereira.; 


      O disco intervertebral ou hérnia de disco é uma estrutura fibrocartilaginosa, que localiza acima ou abaixo dos corpos vertebrais, cada disco intervertebral é formado por um anel fibrocartilaginoso (chamado de ânulo fibroso) de grande resistência que mantem a integridade do disco vertebral, e também é formado por  uma substancia macia, gelatinosa e elástica chamada de núcleo pulposo que é formado por cerca de 80% de água e o resto de ácido hialurônico, os discos intervertebrais possuem finalidade de proteção da coluna vertebral tais como evita o contato entre os corpos vertebrais amortece impactos longitudinais participam do movimento da coluna vertebral e formam fortes articulações  que juntamente com uma serie de ligamentos e músculos estabilizam a coluna.

      A formação da hérnia se inicia com o aparecimento de fissuras no anel fibroso, por onde o núcleo pulposo infiltra, penetrando as raízes nervosas espinhal. Neste processo pode haver desde a saliência do disco, até o rompimento da parede discal com a saída do conteúdo nuclear para o canal medular, o que são chamados de protusão e extrusão com sequestro. estes acontecimentos podem ocorrer em quatro zonas do disco (central, posterior,lateral, foraminal ou extraforaminal), e desta forma podendo ter sintomas distinto.

      Estima-se que até 80% da população venha a ter uma forma de lombalgia, e 10% desses seres se tornam incapacitado devido a dor lombar. A DI tem o pico entre as pessoas de 40 a 50 anos, segundo nascimento et Al (2015), 80% a nível L4/5 e L5/S1 seguido pelos segmentos cervical e torácico. Apesar do mesmo poder ser assintomática, caracteriza bastante pôr dor nas costas, queixa de 13,5% dos brasileiros, onde é o motivo principal do recebimento do auxílio doença, além da 3 causa de aposentadoria por invalidez no país.

      O disco intervertebral tem atraído muitos estudos, com o intuito de desvendar sua degeneração e melhorar a compreensão da sua biologia molecular. Atualmente o seu fator etiológico está associado a fatores genéticos, hábitos de vida (tabagismo, álcool, ocupação profissional), envelhecimento. No entendo os estudos apontam que esses fatores têm pouca influência na degeneração do disco, onde ser encontra mais associada aos fatores genéticos.

      O diagnóstico da DI está associado a uma boa avaliação clínica, onde o médico irá perder exames necessários para detectar a sua degeneração, aos exames de imagem a ressonância magnética com contraste e a forma mais adequada para a descoberta dessa degeneração. Deve se lembra que toda essa situação pode ocorrer de forma assintomática ou sintomática, indivíduo pode apresentar hérnia de disco sem ter sentido nenhum tipo der dor, ou vice e versa.

      O tratamento e feito à base de medicamentos que tem como finalidade amenizar a dor (drogas, relaxantes musculares, injeção, anestésicos locais), terapia de manipulação, eletroterapia e ser necessário intervenção cirúrgica.

 

DEGENERAÇÃO DO DISCO INTERVERTEBRAL

      O DI tem envolvidos muitos estudos com o propósito de desvendar seu dispositivo de degeneração e a melhoria da sua biologia molecular. A degeneração do disco está associada com as suas mudanças celulares, bioquímicas e estruturais, assim com o nível de diminuição das células e da matriz extracelular do disco. Assim a degeneração do DI está associada com o envelhecimento, combinando com o processo de síntese e a modificação sincronizada do disco, ampliando os ajustes das estruturas discais frente as mudanças de peso e lesões.

      Com o passar do aumento da idade o núcleo se torna mais ardoroso, mudando a sua morfologia e ser tornando desorganizado. A quantidade de proteoglicanos vai diminuindo com o decorrer dos anos, assim fazendo com que a pressão osmótica do disco, acaba perdendo a sua habilidade de hidratação e levando a fragilidade e afetando a capacidade de suportar carga.

      Atualmente as investigações levam a classificação que permite avaliar os graus de degeneração de DI. Desta forma constando cinco tipos de degeneração relativo à idade, do disco jovens saudáveis indo até a fase mais avançada. A sua principal características esta relaciona a desorganização da matriz extracelular e o aumento de Metalopreoteinases nas células. As células inflamatórias como os macrófagos apossar-se dos discos produzindo citoquinases e protease, e assim ocorrendo o aumento a austeridade da degeneração.

      Estas alterações estas associadas com cargas mecânicas que podem ocasionar inúmeros problemas a coluna vertebral, tais como protrusão ou prolapso discal. Com o envelhecimento e degeneração ocorrem a restrição do espaço intervertebral e consequentemente o aumento da concavidade dos corpos intervertebral respectivo de perda óssea. E assim ocorrendo o aumento da altura dos discos, e provocando o aumento da carga em diversas partes da coluna intervertebral, que não são apropriadas para sustentação.

      A degeneração do disco está associada a diversos fatores, como lombalgia, estenose do canal vertebral e hérnia de disco. Nos discos que sofreram degeneração consta-se: ocorrência de osteócitos, edema do núcleo pulposo, buraco discal, protrusão discal com ruptura parcial ou total das fibras do anel fibroso, osteoartrite, espondiloses, espondilolistese e nódulo de Schmorl, hérnia de disco e estenose espinha.

      Quando ocorre a degeneração no núcleo pulposo acontece o desgaste do ângulo fibroso, e assim levando a ruptura interna do disco com fissuras radial do ânulo fibroso, desta forma se movendo para dentro do canal vertebral formando a hérnia de disco. Goldenberg afirma que com o envelhecimento do disco ocorre a hipertrofia no canal vertebral, e assim levando a ter a estenose espinal. A estenose e a abertura do canal vertebral são consecutivo da diminuição do diâmetro de canal no sentido anteroposterior, transversal ou combinados, secundária à perda da altura do disco, lesão do ânulo fibroso, formação de osteócitos e hipertrofia das facetas e do ligamento amarelo.

 

DIAGNÓSTICO

      Diagnostico ser dar por meio de uma avaliação médica e de exames de imagens. Desta forma o diagnóstico e feito com a presença de alterações no disco. O seu diagnostico ser dá por meio de obstrução dos discos, assim o aparecimento de dor, irradiada ou não para os membros, acaba comprometendo os reflexos, assim mudando de caso a caso. Assim todo esse fato pode acontecer de forma assintomática ou sintomática, ou seja, o indivíduo poderá ter hernia de disco sem sentir nenhuns sintomas.

      A radiografia é o exame limitado para o diagnostico, por não poder visualizar adequadamente o disco. Já a ressonância com contraste e o método adequado para a visualização do disco, pois podem avaliar o grau da degeneração e a desidratação no mesmo. A discografia também pode ser usada para o diagnostico, onde e injetado um contraste por via percutânea para dentro do núcleo pulposo, e assim podemos avaliar a fase da degeneração.

 

TRATAMENTO

      O tratamento se resulta na diminuição da dor, com paliativos e conservadores como; (relaxantes musculares, injeção de anti-inflamatórios esteroidais, anestésicos locais), terapias de manipulação, eletroterapia e se necessário intervenção cirúrgica. Os exercícios de fortalecimento e aeróbicos são eficazes no tratamento; já a intervenção cirúrgica e indicada em casos em que os medicamentos ou exercício não consegue resolver em até 90 dias, adequado quando ocorre a síndrome da cauda equinal.

      O tratamento por meio de fisioterapia e indicado por ortopedista no caso em que o paciente apresenta atrito no movimento ou para a diminuição da dor rapidamente. As sessões de fisioterapia são limitadas de acordo com as limitações das pessoas, podendo assim ser aplicados exercício de flexibilidade e melhorando a manutenção da coluna. Além disso podem ser aplicados exercício de fortalecimento nas partes que dão sustentabilidade a coluna, e desta forma ocorrendo a diminuição dos movimentos das vertebras, e reduzindo a inflamação e consequentemente reduzindo a dor.

      A artroplastia é a forma cirúrgica mais adequada. Diz respeito a um procedimento cirúrgico onde ocorre a reconstrução da mobilidade e função da articulação, aonde a principal função e a diminuição da dor na coluna restaurar a altura do disco assim protegendo os discos neuroniais. Existe também o procedimento fusão espinhal, aonde e usado enxertos ossos, placas metálicas e parafusos, onde funde duas ou mais vertebras adjacente, com o intuito de estabilizar o alivio a dor.

      A mudança no estilo de vida e indispensável para evitar ou prevenir o surgimento do DI.  As modificações que ajudam no tratamento são: evitar o tabagismo, a praticar de atividade física como o fortalecimento dos músculos que dão sustentabilidade da coluna, assim tornando-se resistente aos impactos, adotar uma dieta evitando a sobrecarga na coluna, não submeter a carregar peso no dia a dia ou no local de serviço, manter a postura adequada em todas as circunstâncias, pratica de exercício de alongamento e a fuja do sedentarismo.

 

ENVELHECIMENTO E DEGENERAÇÃO

      Degeneração discal pode ocorrer em qualquer fase da vida, é um processo bioquímico e físico que muda a consistência e a resistência do disco intervertebral, podendo gerar instabilidade mecânica, dor ou compressões nervosas. O processo de envelhecimento é com decorrer dos anos, levando em conta as consequências dos fatores genéticos e os hábitos de vida (atividades físicas, peso corporal, uso de tabaco, alcoolismo), os fatores genéticos não são sujeitos à mudança, ao contrário da grande maioria dos fatores comportamentais. Infelizmente, o processo normal de envelhecimento é responsável pela maioria das alterações em nossa anatomia espinhal.

      A mudança degenerativa é comum, aos cinquenta anos, aproximadamente 97% da população terá alterações degenerativas encontradas na ressonância magnética. Embora o processo de envelhecimento não possa ser interrompido, seus efeitos podem ser minimizados.

      Os discos intervertebrais são compostos de cartilagem, colágeno, proteoglicanos e água, que servem como amortecedores naturais da coluna, além de atribuírem mobilidade. Ao longo da vida, é esperado desgaste dos discos, que é acompanhado de desidratação (perda de conteúdo líquido) do núcleo pulposo. Como consequência, o disco se torna menos elástico e resistente, pode perder altura e deformar (surgimento de abaulamentos discais).

      À medida que envelhecemos, as várias partes móveis de nossa anatomia degeneram (discos, articulações). Uma das primeiras áreas a começar a degenerar são os discos. À medida que envelhecemos, o disco perderá a capacidade de absorver os impactos encolherá em altura e distribuirá mais tensão para outras áreas como os ossos e as articulações. Essa mudança na distribuição do estresse fará com que a alteração artrítica ocorra em nossa anatomia circundante. Essa cascata degenerativa se manifestará como aumento da dor nas costas e rigidez.

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