23/11/2017

DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS

DIFICULDADES ENFRENTADAS PELOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NAS ESCOLAS

 

 DIFFICULTIES FACED BY TEACHERS OF PHYSICAL EDUCATION IN SCHOOLS

 

RAMOS, Tamires Oliveira Marinho 1

CARDOSO, Wagner Silveira 2

NASCIMENTO, José Ítalo Lopes do 3

SILVA, Fábio Alexandre da ⁴

Professor(a) Orientador(a): EL HAYEK, Yásmin                                                                                                               

 

RESUMO

 

O presente artigo tem como objetivo verificar e analisar as dificuldades enfrentadas pelos professores de educação física nas escolas, seja pela falta de infraestrutura, de materiais pedagógicos, como pelo desinteresse e falta de respeito dos alunos. A Educação Física está inserida no currículo escolar assim como outras disciplinas, e sofre com diversos problemas sociais e desta maneira muitos professores encontram-se insatisfeitos no desenvolvimento de suas aulas. Diante desse estudo é importante buscar soluções para desenvolver as atividades propostas aos alunos visando o máximo de aproveitamento, independente das situações encontradas pelo educador. O artigo buscou identificar os principais problemas e dificuldades encontrados nas aulas de educação física em escolas públicas do Brasil como a falta de recursos como materiais didáticos, infraestrutura, ambiente de estudo, materiais esportivos e discuti-las da melhor forma, gerando ações e métodos que levem a uma solução. A metodologia deste artigo caracteriza-se como revisão de literatura voltada para artigos que apontam dificuldades e falta de estrutura nas escolas do Brasil. Utilizaram-se artigos cientificos e de pesquisa de campo. A pesquisa foi realizada em bases online com o auxílio do Google acadêmico.

 

Palavras-chave: professores, educação física, escola.

ABSTRACT
 

This article aims to verify and analyze the difficulties faced by physical education teachers in schools, either due to the lack of infrastructure, pedagogical materials, lack of interest and lack of respect for students. Physical Education is embedded in the school curriculum as well as other disciplines, and suffers from various social problems and in this way many teachers are dissatisfied when developing their classes. In view of this study it is important to seek solutions to develop the activities proposed to the students aiming at maximum achievement, regardless of the situations encountered by the educator. The article sought to identify the main problems and difficulties encountered in physical education classes in public schools in Brazil, such as the lack of resources such as teaching materials, infrastructure, study environment, sports materials and discuss them in the best way, generating actions and methods that lead to a solution. The methodology of this article is characterized as literature review focused on articles that point out difficulties and lack of structure in Brazilian schools. We used scientific articles and field research. The survey was conducted on online bases with the help of Google academic.

 

Keywords: teachers, physical education, school.

 

INTRODUÇÃO

Os professores de educação física enfrentam diversos problemas por falta de recursos nas escolas, e por isso é importante desenvolver estratégias, como métodos alternativos que possibilite tanto ao aluno quanto ao professor de desfrutar uma aula produtiva.

É importante buscar soluções para desenvolver as atividades propostas aos alunos visando o máximo de aproveitamento, independente das situações encontradas pelo educador. O artigo buscou identificar os principais problemas e dificuldades encontrados nas aulas de educação física em escolas públicas do Brasil, como a falta de recursos como materiais didáticos, infraestrutura, ambiente de estudo, materiais esportivos e discuti-las da melhor forma, gerando ações e métodos que levem a uma solução.

O trabalho abordará sobre as leis e normas que auxiliam a educação física no ambito escolar, todos utilizados para o desenvolvimento curricular. Como a LBD (Leis de Diretrizes e Bases da Educação) que cita em seu artigo 26 a educação física como componente curricular da educação básica. Os PCN’s (Parâmetros Curriculares Nacionais) que idealiza a educação física como sendo parte curricular responsável em introduzir o indivíduo no universo da cultura corporal. E a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) que determinará as competências e habilidades a serem atingidas pelos componentes curriculares.

Acredita-se que esta pesquisa possa contribuir com soluções para os problemas enfrentados pelos profissionais da área possibilitando desenvolver uma metodologia de ensino de maneira mais eficaz.

A metodologia do presente artigo caracteriza-se como revisão de literatura voltada para artigos que apontam dificuldades e falta de estrutura nas escolas do Brasil. Utilizaram-se artigos cientificos e de pesquisa de campo. A pesquisa foi realizada em bases online com o auxílio do Google acadêmico.

 

REVISÃO DA LITERATURA

A educação é a base para a sociedade, pois através dela que se constrói um país. No entanto encontra-se defasada tanto no Brasil como em outros países. (GUIMARÃES et al,2001)

Graças a diversos conflitos e problemas relacionados ao ensino, as aulas de educação física tem sido prejudicada de modo geral, fazendo com que os professores fiquem insatisfeitos e desmotivados, prejudicando a qualidade da aula. Sendo esta desmotivação um dos principais problemas encontrados na educação brasileira. (SOMARIVA et al., 2013)

Mesmo com a elaboração do plano de ensino, existe o desinteresse por parte dos alunos em participar das aulas de educação física. Necessitando ao professor buscar estratégias que incentive esta participação. Devendo ser observado o papel da escola perante o planejamento e gestão, além de outros fatores que contribuem diretamente na forma do professor exercer sua função. (PIROLO, 2005).

Darido et al. (2006) diz que o convivio a qual o aluno pertence, pode interferir no comportamento do mesmo em sala. E a falta de materiais e espaço físico precário, para realização das atividades, também contribuem para a execução e desenvolvimento das aulas. (TERRA, 2005).

Souza (1998) cita sobre o descaso encontrado na escola tanto no espaço físico pouco aproveitado e abandonado, quanto na elaboração de projetos de construção escolar que ignora a necessidade da construção de bibliotecas e laboratórios, além das quadras esportivas, limitando a aprendizagem dos alunos.

 

CURRICULO DA ESCOLA

O Estatuto da Carreira Docente (2007) traz nos artigos V, VI, VII, VIII e IX, os direitos específicos que são estabelecidos para os professores. Neles ressalta que o professor tem como direito a participação direta no processo educativo, apoio técnico, material e documental, formação e informação com vista ao exercício da função educativa, negociação coletiva e emitir recomendações e pareceres no âmbito da análise do funcionamento da escola. Todas essas informações estão presentes no artigo 119 do estatuto.

Os professores de educação física devem ser observadores, e capazes de lidar com todas as situações adversas que surgem no convívio escolar. Tendo como dever, conforme o artigo 121 do Estatuto da Carreira Docente (2007), zelar pela preservação de equipamentos e instalações e comunicar ao conselho executivo sempre que seja necessário proceder a qualquer reparação ou substituição. Aperfeiçoar e atualizar os seus conhecimentos nomeadamente através da frequência de ações de formação.

A gestão da escola a qual o professor exerce sua função pode agir de diversas formas perante esses problemas, então o educador deve saber analisar qual a melhor maneira de amenizar o impacto causado pelas dificuldades como a falta de estrutura ou questões como materiais didáticos e disciplinares, evitando prejudicar o aluno. (ESTATUTO, 2007).

 

LDB – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO

A LDB surgiu em dezembro de 1996, com o número 9394/96, composta por 92 dos artigos que trata sobre diversos temas relacionados à educação, desde a educação infantil até a superior. Estabelece direito que todo cidadão brasileiro deve ter, sendo alguns de extrema importância como os relacionados abaixo, retirados do documento de Leis do Governo 9394/96.

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;

VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um;

Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.

Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados, com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar.

(LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. )

Conforme a Presidência da República descreve que a LDB em si, traz as obrigações institucionais de ensino, determinando a estrutura em si, carga horária para cada módulo de ensino e também aponta as funções e obrigações dos educadores. (PLANALTO,1996)

 

BNCC APLICADA À EDUCAÇÃO FÍSICA

Segundo o Conselho Nacional da Educação a Base nacional comum curricular (BNCC, 2016) é um documento que visa nortear o que é ensinado nas escolas do Brasil inteiro, englobando todas as fases da educação básica, desde a Educação Infantil até o final do Ensino Médio. Trata-se de uma espécie de referência dos objetivos de aprendizagem de cada uma das etapas de sua formação. Longe de ser um currículo, a Base Nacional é uma ferramenta que visa orientar a elaboração do currículo específico de cada escola, sem desconsiderar as particularidades metodológicas, sociais e regionais de cada uma. (LDB, Lei nº 9.394/1996).

A BNCC (2016) é uma proposta que veio com o intuito de orientar as escolas direcionando o trabalho realizado em sala de aula, trazendo um conjunto de habilidades e conhecimentos que devem ser desenvolvido por todos os alunos ao decorrer do período da educação básica.

Esse modo de entender a Educação Física permite articular à área de linguagens, resguardadas as singularidades de cada um dos seus componentes, conforme reafirmado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010)33.

Sabendo que a Educação Física é um componente curricular e tem como foco principal as práticas corporais em sua enorme diversificação e manifestações expressivas de cada indivíduo e formas culturais, cada prática deve ser abordada como um fenômeno cultural diversificado fazendo com que os alunos se apropriem e reconstrua, ampliando seus conhecimentos, utilizando a cultura do movimento para seu convívio social ou até mesmo criativo levando-se em conta ao ponto de vista do aluno.

            33 BRASIL. Conselho Nacional de Educação; Câmara de Educação Básica.           Resolução nº7, de 14 de Dezembro de 2010. (MEC, 2010).

 

PCN (PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS)

Os PCN’s (1997) são documentos que buscam orientar os educadores, que servem como referências para o ensino fundamental e médio. Os avanços voltados para o PCN demonstram uma visão diferenciada na qual condiz com a forma em que a Educação Física é trabalhada nas escolas. Por isso foram criados as dimensões dos conteúdos:

Dimensão procedimental: Estabelece o saber fazer como forma de aprendizagem, ou seja, saltar, correr.

Dimensão atitudinal: Transmite ao aluno as formas de autoconhecimento, possibilitando o aluno criar valores sociais na prática das atividades físicas.

Dimensão conceitual: É a forma do aluno de aprender a conhecer, a partir dele que se constrói o pensamento do que “como” e “por que” fazer a atividade proposta.

Os Pcn’s (1997) abordam a questão da exclusão social, e na escola percebemos que este fator está relacionado não apenas ao ingresso, mas também a permanência na escola. Por inúmeras razões, tais como não possuir o material adequado para acompanhar as aulas, por terem que ingressar rapidamente no mercado de trabalho para auxiliar a família, por repetirem o ano escolar, pela exclusão de alunos nas práticas de atividades física, excluindo o menos habilidosos, os portadores de necessidades especiais, e pra determinados esportes as meninas também são excluídas da pratica, fazendo assim o aluno perder o interesse nas aulas. E o pcn cita que papel da escola é dar todo o suporte necessário para esses alunos, a escola precisa ter um olhar direcionado para a inclusão, possibilitando que todos sem exceções, possam participar das aulas e tenham um bom aproveitamento. (DARIDO et.al ,2001)

            Além do que foram abordados, os pcn’s elaboraram os Temas Transversais (Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Trabalho e Consumo, Orientação Sexual e a Saúde) devem ser trabalhados por todos os componentes curriculares. Isso não significa que o professor tenha que parar sua aula para trabalhar os temas transversais e sim, inclui-las como conteúdo de sua matéria, podendo trabalhar as questões sociais no âmbito escolar. (DARIDO et.al,2001)

          Nas aulas de educação física a ética cria um meio de convivio e de socialização, e cabe ao professor promover em suas aulas valores e situações.

Tratando-se da pluralidade cultural, que faz com que o aluno crie um conhecimento sobre as manifestações da cultura corporal.

Já o fator meio ambiente, mostra a carências nas escolas por falta de infraestrutura para realização das aulas práticas. Como as condições dos pisos, a falta de espaço e a falta de materiais entre outros fatores.

O trabalho e consumo faz com que as pessoas gastem seu dinheiro com coisas materiais, esquecendo-se dos cuidados com a saúde. Para isso é importante o apoio de um bom profissional para orientar as pessoas a aderirem hábitos saudavéis para suas vidas.

A orientação sexual é um tema que deve ser abordado com muita cautela, pois o contato com o corpo é totalmente comum nas aulas de educação física e cabe o professor abrir espaço para conhecer seus alunos podendo assim orientá-los com suas palavras.

E por fim a saúde que está ligada a diversos fatores como; meio ambiente, aspecto biológico, pisicológicos, socioeconômicos, culturais e afetivos. Levando esta reflexão paras aulas praticas de educação física, trazendo ações que promovam a proteção e promoção da saúde para a melhoria no seu ambiente de vida. (DARIDO et al., 2001)

DISCUSSÃO           

Conforme a análise das leis que regem a educação buscou-se analisar por meio dos artigos consultados, as dificuldades encontradas nas escolas para os desenvolvimentos das aulas de Educação Física, conforme os quadros a baixo:

AUTOR E ANO

OBJETIVO

METODOLOGIA

RESULTADO

SOUSA et.al (2003)

A Perspectiva dos alunos do ensino médio.

Os estudantes participaram de um questionário aberto (sem se identificarem), contendo quatro questões sobre a educação física escolar e o cotidiano da disciplina.

Embora a EF tenha passado, e passa, por momentos de efervescência, isto não alcançou os alunos da educação básica, na mesma intensidade que aconteceu no meio acadêmico. A visão que os alunos possuem da EF ainda está pautada na prática de atividades físicas, assim, quando o aluno não se enquadra no perfil de praticante por não enxergar o real motivo, o que sustenta a permanência nas aulas é o relacionamento professor-aluno.

 

SOMARIVA; CUNHA; DE JESUS (2004)

As dificuldades enfrentadas pelos professores de educação física.

Identificar possíveis dificuldades nos exercícios da pratica docente nas aulas de educação física nas escolas.

Foram verificados que os professores encontram como maiores dificuldades a falta de respeito por parte dos alunos e a falta de espaços adequados, ambos na mesma proporção. Estas variáveis aparecem em diversas pesquisas, como empecilhos no trabalho docente, a falta de respeito e vontade por parte dos alunos caracteriza o quadro atual na educação da sociedade brasileira.

DARIDO; RANGEL

(2005)

Observar indicadores consideráveis das alunas que frequentam escolas privadas e públicas. Verificando os fatores que influenciam na participação das alunas nas aulas de educação física.

Questionário realizado com 24 alunas do ensino média na faixa etária de 15 a 18 anos, sendo 12 alunas do ensino público e 12 alunos do ensino privado.

O estudo aponta que o principal fator de desinteresse das alunas é a falta de diversificação dos conteúdos e a discriminação exercida pelos meninos ao excluírem as mesmas das práticas esportivas competitivas. Então foi deduzido que se trata de uma gestão inadequada por parte do professor.

 

 

AUTOR E ANO

OBJETIVO

METODOLOGIA

RESULTADO

FARIAS; GOULART; AMORIM.

(2007)

Os principais problemas da educação física e suas relações com a realidade na educação infantil.

Discussão aberta entre pais e professores para apontar os principais problemas na educação física infantil e suas relações com o cotidiano, sempre situando o ambiente onde a crianças está inserida e características do universo da educação infantil.

Foi identificado alguns problemas como tempo/espaço, teoria/prática, “rotina” rígida, questão de gênero e inclusão, a falta de materiais pedagógicos entre outros.

DAMÁZIO; PAIVA

 (2008)

O ensino da educação física e o espaço físico em questão.

Foi feito uma análise com escolas que foram observadas nas redes públicas no município de Teresópolis (RJ), foram observadas 10 escolas, considerando as falas dos membros da equipe pedagógica que construíam no momento de observação das unidades escolares e as respostas obtidas junto à comunidade escolar (alunos, professores, responsáveis).

Das 10 escolas observadas, em 9 delas os pisos dos espaços em questão que são realizados nas aulas, são de cimento com irregularidades. Esses aspectos podem provocar acidentes, e neste sentindo, contraria as normas de segurança. Destacaram uma escola onde o piso é de terra abatida e pedra britada, observaram a complicação do quadro, tendo em vista que a poeira provoca irritação nas vias respiratórias e impedem as crianças alérgicas de participar das aulas.

AUTOR E ANO

OBJETIVO

METODOLOGIA

RESULTADO

SEBASTIÃO;

FREIRE.

 (2009)

Ensino da educação física recursos materiais alternativos: Planejamento educacional

Foram utilizados questionário e entrevista com professores. Os dados coletados foram estudados, compilados e apresentados com a aplicação de técnicas de análise de conteúdo.

Perceberam maior frequência na utilização de materiais alternativos nas séries iniciais do fundamental I, talvez por existir, nesse período maior preocupação com diversidade de materiais no auxílio ao desenvolvimento das crianças.

MARANI; DARIDO

(2009)

Investigar e observar as dificuldades encontradas pelos professores recém-formados no ensino fundamental I e II, e analisar qual a maior dificuldade que são mais frequentes.

Após a observação, foi realizada uma entrevista semiestruturada com 21 questões abertas que abordaram temáticas como as principais dificuldades enfrentadas no cotidiano escolar, na qual os professores relataram suas maiores dificuldades.

Notasse que a indisciplina ficou muito evidente em todos os níveis de ensino que foram observados, mas ocorre principalmente no Ensino médio, porém, a falta de participação dos alunos por falta de status da disciplina, falta de materiais e a superlotação das salas, mais uma vez apareceu como umas das principais dificuldades.

 

 

 

 

 

 

AUTOR E ANO

OBJETIVO

METODOLOGIA

RESULTADO

CANESTRARO

(2009)

Principais dificuldades que o professor de educação física enfrenta no processo do ensino fundamental e sua influência no trabalho escolar.

Questionário realizado para 11 professores de educação física das escolas estaduais que atuam entre a quinta e oitava série, nos períodos matutino e vespertino.

A grande maioria relatou como maior dificuldade a falta de infraestrutura, seguidas das dificuldades relacionadas as questões sócias, excesso de alunos em sala de aulas, questões disciplinares, uniforme inadequado e o desinteresse.

LEVANDOSKI;

OGG; CARDOSO

 (2011)

Violência contra professores de educação física no ensino público no estado do Paraná

Participam deste estudo 102 professores que atuam em 14 cidades do estado do Paraná.

Utilizou-se um questionário criados pelos autores, com perguntas sobre se vivem ou já vivenciaram algum tipo de violência no ambiente escolar.

Constatou-se que 87,3% dos professores já vivenciaram ou vivem algum episódio referente a atos de violência no ambiente escolas e 73,5% recebem insultos verbais frequentemente. Os professores da região noroeste do estado, estão mais expostos a situações de agressões pelos alunos em relação aos professores da região central.

AUTOR E ANO

OBJETIVO

METODOLOGIA

RESULTADO

DE OLIVEIRA;

E SILVA;

NETO

(2011)

Arquitetura escolar e o ensino de educação física relações (IM) possíveis.

Esta pesquisa trata-se de uma etnografia educativa, assim sendo, os instrumentos que foram selecionados para a coleta de informações, são os que na pesquisa qualitativa possuem certo grau de flexibilidade na formulação das questões de pesquisa, desse modo, os significados que um grupo especifico atribui as suas ações e vivência diárias.

Foi possível compreender que os professores de educação física sentem dificuldades de desenvolver determinados conteúdo da cultura corporal nas escolas, como a dança, lutas e ginástica. Por conta da inexistência de locais e de materiais específicos referentes a essas práticas.

SANT’ANNA;

DO NASCIMENTO;

DE AZEVEDO

(2012)

Fatores associativos a indisciplinas nas aulas de educação física.

Foi identificado os principais fatores associativos a indisciplina na região de Recôncavo Baiano sob a perspectiva dos professores de educação física do magistério público, estadual, diretoria regional de educação física escolar foi empregada na coleta de dados e análises estatísticas foi operacionalizada a partir de uma planilha.

Diante dos resultados obtidos e considerando as limitações, conclui-se que a maioria dos professores vinculados a DIREC 32, explicitam as como a principais condições sócio família, fator associado a indisciplina nas aulas de educação física, tanto a família como o meio que está inserida.

 

 

 

 

AUTOR E ANO

OBJETIVO

METODOLOGIA

RESULTADO

PERES;

MARCINKOWSKI

(2012)

A motivação de adolescentes nas aulas de educação física.

Verificar se existem diferenças motivacionais intrínsecas entre o sexo masculino e feminino das 8º séries do fundamental II e os 3º anos do ensino médio, para a prática das aulas.

Pesquisa de campo, foi utilizado um questionário proposto por Gill composto de 18 questões adaptadas, divididas em oito categorias: estados, equipe, pais, amigos, treinadores, equipamentos, instalações, diversão, habilidades.

Notou-se fatores como amizade, equipe e habilidade são destacados que os próprios alunos se sentem motivados intrinsecamente ou seja, ambos fatores (internos e externos) são considerados importantes para eles, nesta faixa etária na educação física, percebemos ainda que a EF escolar deve estar de acordo com as características motivacionais para que assim, possamos trabalhar as especificidades e necessidades dos alunos.

FREITAS

(2014)

As condições de espaços físico e materiais pedagógicos na educação física em escolas públicas, municipais e estaduais para o desenvolvimento das aulas no Fundamental I e II.

Questionário que traz uma abordagem investigativa, valendo-se de questões levantadas e baseadas em estudo de artigo dirigidos a questões do espaço físico e materiais pedagógicos, e respondidas por profissionais da área de educação física, onde serão descritas os espaços e equipamentos.

Os participantes descreveram que a escola estadual possui ambiente descoberto e coberto e que a quadra coberta minimiza o desgaste físico e a exposição dos alunos ao sol e outras intempéries, tornando as aulas mais produtivas e agradáveis. Muitas dessas quadras são multiuso com arquibancadas nas laterais e um palco ao fundo que também é utilizado pelos professores com outros desenvolvimentos de atividades lúdicas.

 

 

 

 

 

 

 

         

 

 

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio deste artigo trouxemos as principais dificuldades encontradas pelos professores de educação física nas escolas públicas brasileiras e mediante a um quadro comparativo feito a partir de outros artigos publicados, averiguamos as metodologias e objetivos de cada pesquisa de campo que foi realizada.

A revisão realizada apontou que a maior dificuldade que os professores de Educação Física encontraram é a falta de materiais e também a falta de um espaço adequado para a aplicação e elaboração de uma aula prática, muitas vezes o professor é forçado a trabalhar no limite, buscando outras maneiras de lecionar e desenvolver aula de uma forma que os alunos não sejam prejudicados. Logo atrás e não menos importante houve relatos de alguns professores que apontaram as questões disciplinarares, sociais e éticas como um problema, levando-se em conta que ainda existe uma barreira que impede  o contato socio-afetivo entre professor e aluno e que deve ser trabalhado e ser de extrema importâcia no ambiente escolar.

Observamos que a precariedade escolar está relacionada a infraestrutura, que ainda é uma das maiores barreiras para um bom desenvolvimento das aulas, e nas análises de pesquisa que realizamos identificamos que a falta de um espaço adequado para as aulas podem acarretar em diversos problemas na aprendizagem do aluno, gerando até mesmo o desinteresse de ambas as partes. Muitas escolas deixam de desenvolver atividades pela falta de materiais, fazendo com que os alunos não tenham o contato com o esporte propriamente dito ou também com outras atividades que são essenciais para o desenvolvimento e iniciação esportiva.

 Quando falamos em precariedade escolar também não podemos esquecer-nos da metodologia e didática que é abordada nas escolas, na pesquisa alguns autores notaram que a forma em que os contéudos são aplicados em sala influi no desinteresse dos alunos, foi citado em uma delas que o contéudo aplicado em sala não tem um atrativo e muitas vezes não saem do papel, ou seja, não chegam a vivenciar a atividade proposta em sala de aula. Um ponto que ficou evidente no quadro é que as situações que impedem um bom desenvolvimento de aula entre os anos 2003 e 2014 ainda continuam equivalentes, apesar de serem artigos publicados em diferentes anos, os problemas persistem e ainda geram dificuldades para os profissionais que exercem sua função nas escolas públicas.

 

REFERÊNCIAS

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Disponível em: <http://www.livred.info/universidade-federal-fluminense-v4.html?page=36>  Acesso em: 20 out.2017

 

TERRA, Dinah Vasconcellos et al. PRINCIPAIS DIFICULDADES DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA NOS PRIMEIROS ANOS DE DOCÊNCIA: elementos para (re) orientação das disciplinas de Didática e Prática de Ensino do curso de licenciatura em Educação Física da UFU.

Motrivivência ano XVII, N25, P.37-55 Dez/2005.

 

 

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