Despojos de uma Educação Pública
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br
Despojos são recompensas de uma batalha, e neste caso, os despojos de uma educação pública, são os frutos desta educação que beneficia apenas uma elite minoritária, porém com pleno poder para esmagar o seu povo.
Não se trata de nenhuma teoria da conspiração. Basta ter o mínimo de discernimento que poder-se-á descobrir as artimanhas desta política nefasta, usurpadora e hipócrita que perceberemos suas manipulações.
Tudo isso para se ter total controle econômico e social perante uma sociedade passiva devida a sua miséria intelectual, fruto desta educação pública alienadora que direciona seu povo sempre para a domesticação subalterna, tornado-o totalmente docilizado e indiferente com a situação que acabou com o Gigante Brasilis e todo o respeito que o mesmo tinha no exterior.
Hoje somos vistos como um dos países mais corruptos do mundo. De acordo com o texto escrito por Claudia Altamirano em El País, Brasil é o 4º país mais corrupto do mundo, segundo Fórum Econômico Mundial, uma pesquisa realizada com 15.000 líderes empresariais de 141 economias do mundo.
E a corrupção é um saco sem fundo, ao qual jorra dinheiro público para que se faça a supremacia de políticos creptocratas e seus lacaios.
Ao observarmos as reformas, os PECs, dentre outras decisões deste nosso governo Temeroso, perceberemos que decisões são tomadas simplesmente pela força do dinheiro público extraviado da saúde, educação, segurança e pela força da caneta, com o aval dos políticos que se vendem como judas.
Assim tem funcionado a máquina no Brasil. Dinheiro saindo dos cofres públicos para comprar votos favoráveis para que este governo se mantenha no poder através de acordos, e o povo, sempre ignorado por seus políticos que se preocupam apenas com o próprio umbigo.
Como se não bastasse gastar milhões com publicidade baseada em falácias, e verdadeiras estultices, como o desplante de uma justificativa da reforma da previdência em rede nacional, "nós temos que fazer a reforma da Previdência, porque é evidente que os dados da Previdência, que geram um déficit extraordinário, estão pautados por esse período em que o homem vivia até os 60 anos, 65 anos", disse. "Hoje ele vive 80 ou mais anos. Daqui a pouco viverá 140 anos. Então é preciso fazer reformulações permanentes no sistema previdenciário". Os créditos da fala são do Portal R7 e de todos brasileiros que distribuíram o mesmo áudio para seus contatos mais sensatos.
Com isso, podemos afirmar que além de sermos o quarto país mais corrupto do mundo, seremos o primeiro e ter sua mortalidade superior a 140 anos. Superaremos países de primeiro mundo ao qual oferecem atenção e cuidados a seus idosos, o que ao contrário no Brasil são vistos como peso morto sendo totalmente ignorados.
Para alguns religiosos é sabido que a longevidade era algo comum, e temos alguns exemplos: Adão foi pai com 130 anos e morreu com 930 anos; Matusalém que foi pai aos 187 anos e morreu com 969 anos; Noé foi pai com 500 anos e morreu com 950 anos; Abraão foi pai com 100 anos e morreu com 175 anos, e de acordo com o nosso presidente, o povo brasileiro viverá em breve seus 140 anos.
Esta justificativa de nosso governo parece um show stand up tendo o mundo como platéia a rir de nosso governo insano e seus bajuladores a massacrar o seu povo tão sofrido.
Com esta educação sofrível, o povo perdeu todo o discernimento entre a realidade e o ridículo e não consegue perceber o quanto é nefasta esta informação.
Uma educação pública de péssima qualidade e uma pseudodemocracia dá nisso. Péssimos governos e corrupção transformando um país de dimensão continental e riquezas diversas, em não mais que um país de miseráveis e totalmente imbecilizados por esta sórdida política.
Lutemos então por uma educação protagonista, que politizará seus alunos e trabalhará o verdadeiro conhecimento. Lutemos para que acabe com esta balela de escola sem partido de forma a perpetuar estes desmandos.