Desafios da Gestão Escolar
Autores:
Professora. Esp. Maria José Dos Santos Ceretta.
Professor. Anderson de Jesus.
Resumo
O papel do gestor escolar nos dias atuais como responsável de todas as competências, pedagógicas, administrativas e recursos humanos é uma tarefa complexas e de difícil desempenho. O trabalho do gestor escolar precisa ser uma ação coletiva, envolvendo a participação da equipe de forma integrada ao processo educacional na instituição, na busca de fazer cumprir os objetivos propostos, na solução dos problemas, nas tomadas de decisões, no monitoramento e melhoria da avaliação do plano de ação do processo educacional. Os desafios são constantes, são muitas as dificuldades existentes no dia a dia de um gestor escolar, mas cabe a ele a tarefa de garantir, o cumprimento de todas as funções, principalmente a educativa, que é a razão de ser da escola. É um grande desafio para o gestor escolar, atuar como líder e desenvolver formas de organizar, inovar, empreender e ser participativo frente a escola a qual está sobre sua responsabilidade.
Palavras-chave: Gestão escolar, desafios, Educação de qualidade.
MANAGEMENT CHALLENGES ESCOLAR
Abstract
The role of the school management nowadays in charge of all skills, pedagogical, administrative and human resources is a complex and difficult performance. The the school manager work task needs to be a collective action, involving the participation of the team in an integrated manner to educational process in the institution, seeking to enforce the proposed objectives, in solving problems, making decisions, monitoring and improving the assessment of the action plan of the educational process. The challenges are constant, there are many difficulties on the day of a school manager, but it is up to the task of ensuring the fulfillment of all functions, especially education, which is the reason for the one escola. É major challenge for the school manager, act as a leader and develop ways to organize, innovate, engage and be participatory front of school which is about responsibility.
Keywords: School management, challenges, quality education.
1. Introdução
O presente trabalho tem o intuito de entender os desafios que surgem no dia-a-dia de um gestor escolar e as suas competências, as quais são tarefas complexas e de difícil desempenho frente à uma escola e seus atores, principalmente se considerarmos que o individuo que assume essa função na escola sempre foi e esteve na sala de aula como professor àquela que é sua principal profissão.
São grandes os desafios na educação brasileira sob a responsabilidade da gestão escolar democrática, participativa e critica nas instituições de ensino. O papel do diretor e seus desafios nos dias de hoje nos leva a liderança pedagógica, para compreendermos o que se espera do diretor, o que se deve fazer, que relações manter com seus colegas, com as autoridades de ensino, com os alunos e com a comunidade, que tipo de decisão tomar diante das necessidades da escola. Seu trabalho resume-se em: dirigir o esforço coletivo dos professores, funcionários, alunos e comunidade, que além de complexo é decisivo.
O gestor é o responsável pelas ações que devem ser desenvolvidas em todos os setores da escola, tanto de ordem administrativas e financeiras, como pedagógicas. Um dos papéis mais importante é a construção da ação educacional e pedagógica da escola, proporcionando uma gestão democrática e participativa, além disso é preciso estar atento aos assuntos de caráter deliberativo, como a implementação do processo de escolha dos dirigentes escolares, a participação de todos os segmentos da comunidade escolar, a construção do Projeto Politico Pedagógico, além da definição da aplicação dos recursos recebidos pela escola através do PDDE (PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA) e outros meios vindos do trabalho coletivo da escola.
O que é o PDDE?
Trata-se de um programa cujo principal objetivo é prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas de educação básica das redes municipais, estaduais e do Distrito Federal. O benefício é oferecido também a escolas privadas de educação especial, escolas indígenas, mantidas por entidades sem fins lucrativos, e a polos presenciais da Universidade Aberta do Brasil que ofereçam formação inicial ou continuada a profissionais de educação básica.
A ideia é oferecer um repasse de verbas complementar para essas instituições, para que haja investimento em infraestrutura física e na área pedagógica.
2. O que é gestão escolar?
Expressão relacionada à atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos socioeducacionais dos estabelecimentos de ensino, orientados para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos
Citação de Heloisa luck
Heloísa Lück, a Gestão escolar relaciona-se a uma atuação que foca em promover a organização, mobilização e articulação das condições essenciais para garantir o avanço do processo socioeducacional das instituições de ensino e possibilitar que elas promovam o aprendizado dos estudantes de forma efetiva.
O objetivo da gestão escolar é buscar resultados, priorizando a liderança, a equipe, qualidade do ensino oferecido na escola e principalmente a parceria dos pais com excelência. Temos na gestão seis alicerces que centralizam a autonomia dentro da administrativa tanto, financeira como, pedagógica. Sabemos que apesar de interdependentes, presa–se o bom desenvolvimento entre esses pontos, para que haja o um desempenho satisfatório da instituição. Cabe ao gestor envolver-se e atuar em diferentes áreas.
2.1 Gestão Escolar Pedagógica
A gestão escolar pedagógica é dentro da institução o centro de todo o funcionamento operacional, sejam na educação infantil, fundamental, ensino médio, profissionalizante, cursos livres ou de ensino superior.
É uma atividade essencialmente educativa, porque está vinculada com a organização e planejamento, elaboração de projetos pedagógicos, bem como gerir os recursos humanos, estabelecer e fazer cumprir as metas, com o intuito de melhorar a qualidade do ensino. Para que todo esse processo funcione, é importante a determinação é a atuação dos gestores educacionais. O Diretor deve ser flexível e aberto ao dialogo com sua equipe, na busca de melhorias na educação como um todo. Sendo um profissional responsável e atencioso no exercício de sua função, cumprindo o currículo escolar, as metodologias do ensino, fazendo sugestões de mudanças significativas no fazer pedagógico.
Lück (2009, p. 95) ao caracterizar a função do gestor pedagógico dentro do contexto escolar, analisa que:
A gestão pedagógica é, de todas as dimensões da gestão escolar, a mais importante, pois está mais diretamente envolvida com o foco da escola que é o de promover aprendizagem e formação dos alunos, conforme apontado anteriormente. Constitui-se como a dimensão para a qual todas as demais convergem, uma vez que esta se refere ao foco principal do ensino que é a atuação sistemática e intencional de promover a formação e a aprendizagem dos alunos, como condição para que desenvolvam as competências sociais e pessoais necessárias para sua inserção proveitosa na sociedade e no mundo do trabalho, numa relação de benefício recíproco. Também para que se realizem como seres humanos e tenham qualidade de vida.
2.2 Gestão Escolar Administrativa
A gestão administrativa é requisito importante para adguirir uma boa qualidade da educação.
A função da gestão escolar administrativa é cuidar dos recursos físicos, financeiros e materiais da instituição, zelar pelos bens e garantir que eles sejam bem utilizados em beneficio do ensino. Para que ela funcione, é preciso estar sempre alerta às rotinas gerais de todas as áreas dentro da instituição, primando sempre, pelo melhor andamento a fim de que tudo corra bem, para que os professores tenham tudo o que precisam para ensinar com qualidade.
É preciso também pensar a escola de forma inclusiva e abrangente, colocando a necessidade do aluno no centro do interesse da gestão e tendo os recursos materiais como instrumento para alcançar as melhorias necessárias.
2.3 Gestão Escolar Financeira
Se a gestão escolar administrativa levanta as necessidades da escola, por outro lado, a gestão financeira determina os gastos e distribui de forma ordenada a verba destinada a escola para que todas as areas sejam contempladas e seus planos e projetos possam ser atendidos.
Portanto, ter um setor financeiro capaz de tomar decisões rápidas e acertadas é fundamental para garantir que todas as áreas funcionem bem e a escola cresça com segurança.
A gestão financeira deve andar junto com a gestão administrativa para que os gastos sejam destinados de maneira correta. Para isso, deve investir em instrumentos que possibilitem uma visão ampla e integrada de todas as áreas da instituição.
2.4 Gestão de Recursos Humanos nas escolas
Nenhuma instituição pode ser melhor do que as pessoas que nela atuam e do que a competência que põem a serviço da educação. Heloísa Lück
Tão importante, quanto as outras gestões a de recursos humanos também deve ser uma preocupação constante no trabalho do gestor escolar. Nesta estamos lidando diretamente com o relacionamento de alunos, funcionários, educadores e a comunidade de pais e responsáveis, ela representa a área mais sensível da gestão. Temos que manter o bom relacionamento entre todas as partes. A área da gestão escolar voltada para a administração dos recursos humanos tem como papel fundamental motivar a equipe de colaboradores e manter os professores motivados com o projeto de ensino. O gestor deve criar um ambiente agradável no qual todos se sintam estimulados para contribuir com o rendimento da escola como um todo.
2.5 Gestão da comunicação
O bom desempenho do aluno na escola não é somente através das atividades escolares, mas também o desenvolvimento do cidadão na convivência familiar e na sociedade a qual está inserido. A educação é um processo que integra todas as práticas vindas das e as que são ensinadas na escola. E há uma prática fundamental, que faz com que o desempenho do aluno seja bem aproveitado, que é a comunicação escolar que envolve pais, alunos e equipe escolar.
A comunicação é de fundamental importância na vida dos alunos, pois através dela podemos reconhecer e resolver os problemas, que os responsáveis as vezes desconhecem, porque a criança tem medo ou vergonha em contar.
Lembrando que a comunicação escolar e uma via de mão dupla, que ambos os lados devem se comunicar para juntos tentar solucionar os problemas que surgem no dia a dia das crianças enquanto alunos a participantes da sociedade escolar.
É através da gestão da comunicação com a gestão escolar de recursos humanos, que poderemos fazer com que os colaboradores estejam satisfeitos e motivados. Ela se expande para além dos muros das instituições e envolve toda a comunidade escolar.
Uma boa comunicação garante que:
- Os professores estejam de acordo com a proposta da instituição;
- As areas saibam quais são suas prioridades;
- Os profissionais entendam que suas tarefas determinam a realização do todo;
- Os alunos se mantenham incentivados e determinados ao aprendizado;
- Os pais compreendam a importância da sua participação no processo de ensino.
E também que os pais e responsáveis vejam a escola como sua parceira nessa difícil jornada que é educar e formar cidadãos de bem, preparados para o mercado de trabalho, e para a vida.
2.6 Gestão de tempo e Eficiência dos processos
A gestão do tempo está diretamente relacionada com a produtividade das areas e com a eficiência dos processos da escola. As áreas da escola funcionam como as engrenagens de um relógio e, se algo não funciona, ou funciona mal, gera atrasos ou até a parada dos ponteiros.
Uma gestão escolar organizada tras á escola algo de muito valor, a economia. A verificação das etapas dos processos faz com as tarefas sejam feitas com um tempo muito mais curto, de forma bem mais eficiente. Isso traz muitos benefícios para a escola como um todo. Aproveitar bem o tempo de trabalho é saber utilizá-lo para realizar as atividades com maior prioridade na instituição, por isso, cabe ao diretor e profissionais saber organizar, delegar tarefas especificas e bem definidas, resolver os problemas avaliar e ter bem claro as atribuições e responsabilidade de cada membro da equipe escolar para que seus dias sejam mais produtivos.
A tarefa de organizar completa-se com a implantação de procedimentos e manuais. Um manual é uma descrição por escrito da organização. Os manuais mais comumente utilizados contêm: a) O organograma da organização, que mostra a estrutura das divisões, departamentos e seções. b) as descrições dos cargos mais importantes. c) os procedimentos e documentos mais importantes. No processo de organizar, pode ser necessário estabelecer primeiro certos procedimentos vitais, para mais tarde definir os cargos. (MAXIMIANO, 1995, p. 264)
Podemos dizer que a Eficiência aumenta se obtivermos mais resultados com menos recursos, terminar um trabalho com os menores custos e tempo possíveis. Mas os gestores precisam manter os olhos e ouvidos bem atentos e prestar atenção em todas as etapas do processo para conseguir mapear e identificar quais eixos que atrasam ou prejudicam cada setor. Esse é um trabalho árduo, afinal esses eixos podem ser tarefas, processos, modo de execução e até mesmo pessoas. Mas fazendo as perguntas certas, tudo fica mais fácil. É fundamental que na organização das tarefas, se compreenda que não se pode sacrificar a qualidade da educação em nome da eficiência, na busca de objetivos individuais.
Ao definir gestão Lück ressalta:
Gestão é uma expressão que ganhou corpo no contexto educacional acompanhando uma mudança de paradigma no encaminhamento das questões desta área. Em linhas gerais é caracterizado pelo reconhecimento da importância da participação consciente e esclarecida das pessoas nas descisões sobre a orientação e planejamento ao seu trabalho. O conceito de Gestão está associado ao fortalecimento da democratização do processo pedagógico, à participação responsável de todos nas decisãoes necessárias e na sua efetivação mediante um compromisso coletivo com resultados educacionais cada vez mais efetivos e significativos. (Luck,2009 a, p:1)
O trabalho escolar é uma ação de caráter coletivo, realizado a partir da participação conjunta e integrada dos membros de todos os segmentos da comunidade escolar. Portanto, afirmar que sua gestão pressupõe a atuação participativa representa uma redundância de reforço a essa importante dimensão da gestão escolar. Assim, o envolvimento de todos os que fazem parte, direta ou indiretamente, do processo educacional no estabelecimento de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões, na proposição, implementação, monitoramento e avaliação de planos de ação, visando os melhores resultados do processo educacional, é imprescindível para o sucesso da gestão escolar.
Na gestão é importante a participação de todos os agentes que contribuem de forma direta ou indireta nos processos de organização da escola. O sucessor escolar dos alunos está inteiramente relacionado com a gestão da escola.
(...) o sucesso de uma gestão escolar, em última instância, só se concretiza mediante o sucesso de todos os alunos. Daí porque é preciso manter como norte a gestão para uma comunidade de aprendizes. (VIEIRA 2007)
3. Gestão escolar e os desafios
Independente de ser atual, um dos maiores desafios que os gestores enfrentam é o de manter os professores motivados com a docência. Além de manter a integração com a família para a orientação das crianças, num momento que a droga está quase fazendo parte da rotina escolar.
Outro grande desafio é saber administrar os diversos saberes e fazeres para que todos possam trabalhar juntos na construção de uma educação de boa qualidade. É muito comum ouvir alguns educadores dizerem que seu trabalho e mais importante ou mais complexo do que o de outros profissionais, porque eles lidam com pessoas. Na escola os gestores destacam essa sua responsabilidade á medida que administram processos com intuito de desenvolver as múltiplas e diferentes personalidades.
Administrar uma escola a fim de garantir uma educação de qualidade é fazer com que a gestão seja democrática é o papel fundamental do gestor escolar. É o que nos diz os artigos 14 da LDB Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e 22 do Plano Nacional da educação - PNE, que ressaltam a importância da participação na elaboração do projeto pedagógico democrático da escola. Parece simples, mas para desempenhar esse papel, o gestor escolar enfrenta desafios que vão muito além de cumprir e fazer cumprir as leis e regulamentos, fazer com que as crianças compareçam a escola e tenham um aprendizado significativo, estimular constantemente os professores, criar ações democráticas para a participação dos pais na escola.
Os desafios são constantes, muitas dificuldades existem no dia a dia de um gestor escolar, as quais podemos citar: melhoria na infraestrutura da escola para um bom funcionamento; profissionais satisfeitos com a valorização e trabalhando com entusiasmo porque tem um salário justo, que não precisem de fazer jornada dupla para se sustentar; a mais importante os alunos com boa vontade em aprender e disciplinados, para que isso seja real muita coisa ainda por fazer. Além das dificuldades internas e externas, temos as gerais que são: a pouca vontade politica em manter a valorização dos profissionais da educação; resistências a socialização de poder e visão patrimonial; cultura democrática ainda pouco consolidada nos diversos segmentos da sociedade; dificuldades em entender a importância do controle social.
A escola é uma instituição de natureza educativa. Ao diretor cabe, então o papel de garantir o cumprimento da função educativa que é a razão de ser da escola. Nesse sentido, é preciso dizer que o diretor de escola é antes de tudo, um educador antes de ser administrador ele é um educador. (Saviani,1996: p;208)
Cabe ao gestor da escola saber direcionar e definir as prioridades e mostrar ao grupo que o cerca as melhores soluções a serem tomadas, ensinando a todos que nem sempre o que parece melhor é o que realmente é necessário para a instituição no momento solicitado. Cabe a ele também saber lidar com a grande diversidade de pensamento dos que a ele irá recorrer em momentos diferentes com problemas e apontamento de soluções diferentes, tornando assim a decisão final uma ação democrática e que beneficiará a todos e ou a grande maioria. Para que esta autonomia decorra de forma eficiente não se pode deixar de pautar a responsabilidade que está decorrente da mesma.
A autonomia da gestão escolar evidencia-se como uma necessidade quando a sociedade pressiona a instituição para que promovam mudanças urgentes e consistentes, em vista daqueles responsáveis pelas ações, devem do ponto de vista operacional, tomar decisões rápidas para que as mudanças ocorram no momento certo e de forma efetiva, a fim de não se perder o momento de transformação. Também para que se sintam comprometidos com a manutenção dos avanços promovidos por essas mudanças. Mas acima de tudo, adotando-se uma perspectiva política e formadora, para que se desenvolva o sentido da cidadania e de responsabilidade social de todos, pelos destinos das organizações em que atuam e das quais são usuários. (LUCK, 2010, p.62).
“Não existe autonomia quando não existe a capacidade de assumir responsabilidade, isto é, de responder por suas ações, de prestar contas de seus atos, de realizar seus compromissos e estar comprometido com eles, enfrentando reverses dificuldades e desafios. ” (LUCK, 2010, p. 98).
É um grande desafio para o gestor escolar atuar como líder e desenvolver formas de organização inovadoras, empreendedoras e participativas, mas isto é indispensável. Algumas das importantes e atuais funções do gestor escolar são prever e se antecipar às mudanças, assim, o gestor deve saber ir além e intuir as mudanças, aprender a pesquisar, avaliar e enfrentar os novos desafios. Sendo assim, o gestor para liderar as mudanças e implantá-las deve ter a consciência da existência de riscos para que assim possa evitar possíveis erros, por meio de um planejamento bem elaborado e participativo. No entanto, os erros e acertos do passado podem ser fundamentais para direcionar as decisões futuras.
Segundo Lück et al. (2002, p. 35) liderança é “a dedicação, a visão, os valores e a integridade que inspira os outros a trabalharem conjuntamente para atingir metas coletivas”. De acordo com a autora “a liderança eficaz é identificada como a capacidade de influenciar positivamente os grupos e de inspirá-los a se unirem em ações comuns coordenadas”. Deste modo, é importante que a liderança do gestor seja participativa, para que todos compartilhem a gestão da escola.
4. Conclusão
Nesse trabalho foi possível compreender que a instituição escolar tem seus altos e baixos com relação aos desafios enfrentados no dia-a-dia e que o papel do gestor escolar além de muito complexo diante das ações que precisa exercer gerando um clima de transformação de atitudes, também tem a gestão de bens públicos e dos recursos humanos disponíveis nas escolas, precisa traçar estratégias para que as ações e metas sejam alcançadas, estimular os profissionais para que os mesmos possam transmitir seus conhecimentos, repensando a suas práticas pedagógicas, facilitando assim o processos de ensino aprendizagem dos seus alunos .
Podemos observar também que o papel do gestor escolar, não é uma função meramente burocrática, vai além da função de articulador do processo politico pedagógico, envolvendo toda a comunidade escolar, efetivando a gestão democrática. Ao diretor compete os vários papéis de articular, incentivar e cumprir as ações e metas propostas em seu plano de gestão, quando assume a direção de uma escola, fazendo com que haja a participação coletiva de todos nas tomadas de decisões e resoluções de problemas que a escola enfrenta no dia a dia, além de outros como: a resistência de mudanças por parte dos profissionais envolvidos, falta de quorum dos pais, descentralização de recursos entre outros.Na tentativa de ofertar uma educação de qualidade e ter a autonomia da escola.
Na administração escolar o gestor deve conhecer muito bem sua função para saber identificar as dificuldades e expô-las aos seus pares e ao poder público. Para agir juntos nas tomadas de descisões a fim de conseguir atingir as metas e as ações previstas e encontrar o caminho para o sucesso da sua gestão escolar.
Atualmente o gestor precisa ser um profissional com competência, para integrar a construção do conhecimento e ser um aprendente de seu público alvo, conhecer bem sua equipe, saber definir meios para unir o grupo de trabalho, criando um ambiente de harmonia, sem perder a autonomia, para alcançar os objetivos educacionais que é a formação de cidadãos responsáveis conscientes e atuantes na sociedade a qual esta inserido.
O gestor como autoridades é um líder que rege uma equipe composta por professores, funcionários, alunos e comunidade escolar, que se responsabiliza pelo bom funcionamento da instituição. O diretor não é aquele que manda, a ele cabe a competência de promover a estabilidade da escola, entre os diferentes seguimento, como responsável para que todas as ações estejam ligadas e em funcionamento, para digerir as diversas tarefas que só em equipe se consolida tornando–se essencial a eficiência deste profissional para promover as mudanças necessárias a partir do envolvimentos de todos, para que tudo caminhe dentro dos princípios legais e morais da gestão democrática, o diretor deve ser um líder nato e não um chefe autoritário.
Referências
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394/96 - Brasília: MEC/SEF, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: SEF/MEC, 1998. V.1. Fonte: Anexo I da Resolução CD/FNDE nº 10, de 18 de abril de 2013.
LÜCK, Heloísa. et.al. A escola participativa: o trabalho do gestor escolar. 5.ed. Petrópolis: Vozes, 2005.
LÜCK, Heloísa. A Evolução da Gestão Eucacional a partir de Mudança Paradigmática 2009ª.
MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da escola cientifica acompetitividade em economia globalizada. São Paulo: Atlas, 1997.371p.
VIEIRA, Sofia Lerche. Gestão, avaliação e sucesso escolar: recortes da trajetória cearense. Estudos avançados. V.21, n.60, São Paulo, 2007.