11/03/2020

Cultura Maker e a Educação

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

 

            Sou do tempo em que a educação tinha menos dias letivos e mais qualidade na ação do educar.

            Nesta época o respeito pelos profissionais envolvidos no processo educativo era primordial e a disciplina era essencial para a aprendizagem. Os tempos mudaram, os métodos pedagógicos tentaram acompanhar tais mudanças, porém perdemos  o elo com a educação de qualidade.

            A escola pública oferecia boa educação e casar-se com professores era considerado “golpe do baú”, pois além de serem bem remunerados, estes tinham o respeito pela sociedade e o total reconhecimento por seus trabalhos.

            Sabia-se que a equação para uma educação de qualidade era necessária constar a variável satisfação profissional (que engloba também variáveis como reconhecimento, valorização, especialização, amor a profissão, etc).

            Hoje os profissionais da educação são desvalorizados e ignorados pelo Estado e sociedade, entretanto, isso não é uma força diminuta para a sua luta em prol de uma educação de qualidade, dito isso, muitos fazem esforços hercúleos para fazerem a diferença na vida de seus educandos.

            Temos hoje na Cultura Maker o trabalho que fomenta a criatividade de nossos alunos, seja por analogia, trocas de idéias, e fazer algo que tenha em si todo o esforço do educando.

            Na Cultura Maker trabalha-se quatro itens que são criatividade, colaboração, sustentabilidade e escalabilidade.

            Esta cultura criou um neologismo que é prosumer originada do inglês producer (produtor) mais a palavra consumer (consumidor), ou seja, consumidor proativo que é aquele que vai atrás do que deseja.

            Nela está contido o poder de realização, empoderamento, autonomia, criatividade e a vontade de se fazer útil mediante soluções relacionados a problemas locais.

            Através da Cultura Maker, os educandos conseguirão assimilar a tecnologia com o intuito de transformar o seu entorno e aprenderão fazendo, conhecendo e desenvolvendo suas habilidades.

            Para que isso seja efetivado, faz-se necessário assimilar conceitos sobre gestão do conhecimento, como conhecimento compartilhado, conhecimento tácito, conhecimento explícito, informação sintática, informação semântica, dentre outros que auxiliarão a divulgação de idéias e aprendizagens contínuas.

            A Cultura Maker é vista hoje como uma nova Revolução Industrial, pois o consumidor deixa de ser passivo ao interagir com o processo de criação e transformação dos produtos e/ou serviços, e alavanca a imaginação e a criatividade.

            Obviamente não se trabalha com Cultura Maker sem diálogo e conforme Paulo Freire esclarecia, o diálogo é indispensável ao ato cognoscente e como Peter Senge citada por Neiva em seu livro Lições aprendidas, publicada pela Editora Universidade em 2006, o aprendizado tem que ser significativo e o aprender tem que ser colaborativo.

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