14/07/2023

CRÍTICA AO CURRÍCULO PAULISTA, AO CONSTRUTIVISMO FREIREANO E A LDBNE

A educação e o currículo da LDBNE, especialmente o currículo paulista, possuem legislações e normas, que são voltadas para a destruição da educação e das escolas. As novas legislações, como as práticas adotadas no currículo paulista, aniquila a educação, na medida em que troca essencialmente as disciplinas básicas como: língua portuguesa, prática da escrita, leitura, ensino de história geral, História do Brasil, ensino de matemática, geografia, etc. Essas disciplinas estão todas suprimidas, destorcidas e trocadas por temas transversais, que suprimem as disciplinas básicas, em troca de um currículo ideológico e massacrante.

O currículo das escolas públicas estão carregados de ideologia que suprimem a liberdade do pensamento analítico, embora defendam isso de uma maneira falsa. Isso acontece a partir de ações em que são suprimidas as disciplinas básicas, como já coloquei. São colocadas pseudo disciplinas como temas transversais, além da deturpação das disciplinas básicas. O intuito claro e óbvio dessas ações é retirar o papel da escola e do professor, a fim de formar uma sociedade semianalfabeta e que se submete ao Estado de maneira inquestionável.

As legislações atuais retiram o papel da escola e do professor. Basta olharmos para as escolas de ensino integral (PEI). Uma manobra política educacional, onde o governo estadual retirou milhares de vagas nos últimos anos, sucateando a escola, barateando o custo com menos professores, funcionários e alunos.  Por exemplo, uma escola que atendia  900 alunos, com 300 alunos no turno da manhã, 300 à tarde e 300 à noite, com a implementação da PEI (Programa Ensino Integral), a escola passa a ter um turno integral, ou seja, um turno só e passa a atender apenas 300 alunos. É uma redução grande no número de alunos, professores, material e funcionários.

Milhares de escolas viraram PEI no Brasil, principalmente no Estado de São Paulo, onde milhares de vagas foram dessa forma retiradas. Sem contar os outros problemas que a PEI gerou. Mas a PEI no Estado de São Paulo segue uma legislação totalmente voltada à parte recreativa e desfocada realmente da escola tradicional. Embora o currículo paulista alegue que forma alunos protagonistas, a afirmação não é verdadeira, pois é impossível formar alunos protagonistas, quando estes são impedidos de práticas tradicionais de escrita e o ensino das disciplinas básicas, bem como do conteúdo disciplinar comportamental.

A LDBNE e o currículo paulista são carregados de coletivização do indivíduo e formação ideológica.  A coletivização acontece quando o indivíduo é colocado sempre como coletivo, retirando a sua personalidade individual e valorizando as regras com tendências comunistas e anarquistas. Esse processo é claro, quando a nova legislação brasileira coloca temas polêmicos como sendo os principais temas a serem discutidos na escola, fazendo com que a escola perca o foco de ensinar e passe a ser um local de formação ideológica. Isso acontece de uma forma bem pensada e bem estruturada para se destruir a educação, a família e o pensamento crítico, pois se suprimem as disciplinas básicas e no lugar destas são colocados temas polêmicos, jogando negros contra brancos, banheiros unissex, valorizando demasiadamente o grêmio estudantil, onde os alunos que viram líderes de turmas são geralmente os mais bagunceiros. Suprimindo as disciplinas básicas e supervalorizando disciplinas como:“projeto convivência”, “assembleia”, “projeto de vida”,  “estações de movimento”, entre outras. Apesar dos nomes dessas disciplinas parecerem inofensivos e educativos, essas disciplinas são traçadas de maneira ideológica, fazendo com que o professor seja apenas um mediador, bem como manda Paulo Freire, onde o que acontece na realidade é que os alunos fazem o que quiserem e devido às legislações, eles não podem ser punidos.

Toda essa estrutura pedagógica e de legislação faz com que seja retirado o papel do professor e da escola, gradativamente, juntamente com a redução da oferta de vagas, a fim de formar uma sociedade sem formação educacional e com forte tendência ideológica a aceitar a tudo o que tenha o discurso de coletivo. Essa é basicamente a coletivização do indivíduo. Ele deixa de ser pensante e crítico, pois não possui estrutura histórica e cultural para ter um senso crítico, mas aceita a tudo o que for colocado como “para o bem de todos” e como “coletivo”. Essa é a base da educação no Brasil. Esse é o foco da educação de Paulo Freire e do construtivismo como ele é trabalhado no Brasil. Basta analisarmos que o padrão educacional das escolas públicas são sob a ótica de Emília Ferreiro e Ana Teberotsky, que consideram como nível alfabético, uma criança que não sabe ler nem escrever. E isso é comprovado nas escolas públicas, as divisões da escrita alfabética de Ferreiro e Teberotsky consideram os níveis: Nível 1: hipótese pré-silábica. Nível 2 : intermediário 1. Nível 3 : hipótese silábica. Nível 4: Hipótese Silábico-Alfabético ou Intermediário II. Nível 5: Nível Alfabético. E o nível alfabético destas é de uma criança que não sabe escrever!

Isso acontece principalmente porque a maneira de ensinar não é silábica, ou seja, é ignorado o ensino das sílabas, a prática de cópias, o ensino de conjugação de verbos, os exercícios tradicionais de escrita e sintaxe, além da supressão do ensino de História do Brasil, Geografia, continentes, matemática tradicional, etc. Em troca do construtivismo de Paulo Freire, Emília Ferreiro e Ana Teberotsky.

Em todo currículo paulista, em nenhum momento é valorizado conjugações de verbos, sinônimos, resumos, resenhas, História do Brasil, História da Mesopotâmia, continentes, exercícios de matemática, problemas com regra de três, raiz quadrada etc. Em troca, se tem um discurso e muita ideologia para formar cidadãos, ou melhor, coletivos.

A grande inversão está na legislação, quando diz que a educação tem a função de formar cidadãos. O problema é o conceito de cidadão. Pois a escola é um lugar de ensinar principalmente as disciplinas básicas, pois o indivíduo só pode ser livre, autônomo e protagonista, se tiver condições de avaliar a sua realidade. Quando se retira as disciplinas básicas, se retira a condição do indivíduo de avaliar a sua própria realidade. E isso acontece o tempo todo na nova educação, onde é valorizado: a coletivização do indivíduo, a desvalorização do professor e do conhecimento, a ridicularizarão de quem tem o conhecimento, a transformação da escola em centros recreativos, a desvalorização da figura do professor em troca da figura de um cuidador de crianças, a valorização dos alunos inconsequentes, como sendo “democracia”, a supervalorização de temas transversais polêmicos e grêmios estudantis, o excesso de liberdade dos alunos e falta de punição por parte da direção (pois a direção tem que seguir a legislação), entre outros problemas.

Mas isso tudo, como eu já disse, é bem estruturado e bem pensado, pois a intenção é formar uma sociedade submissa, sem condições de avaliar a sua realidade e sem condições de votar a favor de sua liberdade, pois a intenção é formar um cidadão que irá votar apenas no discurso e será totalmente dependente do Estado.

 

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