03/12/2021

Crise na Educação

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

 

Já afirmava Aristóteles que o homem "é um ser político por natureza”, isso porque dependemos um dos outros para nossa completude e em concomitância, para que a sociedade possa evoluir, todavia, a educação é sem dúvida a pedra angular para a busca desta completude e evolução.

Dito isso, podemos afirmar que a nossa atual conjuntura política fez a educação entrar em declínio em velocidade de queda livre, com as más escolhas dos Ministros de Educação.

Atuar na educação, apesar dos esforços hercúleos de muitos educadores, tem sido uma árdua tarefa, pois sendo uma das funções do educador desenvolver o discernimento de seu educando, fica difícil cada vez mais fomentar o conhecimento, já que o próprio governo usa a máquina do Estado para divulgar fakenews.

Seus aliados são contra a proibição de fakenews por ferir a liberdade de expressão absoluta, todavia quando uma pessoa grita "noivinha do Aristides", eles apoiam a atitude da polícia federal de autuá-la por injúria.

Ações assim denigrem cada vez mais a credibilidade do processo democrático e muitos ainda não perceberam que estamos lidando com uma ditadura branca, pois o governo com sua estratégia está impondo situações, calando instituições e cidadãos, usando a máquina do Estado para fomentar fakenews de forma a alienar, a manipular seu público, valendo ressaltar que esta é a sua única estratégia devido a sua falta de conhecimento e inabilidade para adquiri-lo, bem como falta de liderança geopolítica, e para agravar ainda mais a situação, temos no senado a cumplicidade dos piores legados deste desgoverno.

Ao senado caberia usar os freios e contrapesos para efetivar o processo democrático, porém, a dignidade de muitos se perderam nas verbas oferecidas para gabinetes e aos próprios bolsos.

A ditadura branca está acontecendo e teve o seu início no sucateamento da educação, resultando até hoje no desligamento de cinquenta e dois coordenadores e consultores da Capes que é responsável por programas de pós-graduação, avaliação de curso de mestrado e de doutorado, sem contar que dias antes houve um desligamento coletivo de funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao MEC (Ministério da Educação), resultando em 35 exonerações, isso antes de ocorrer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Como visto, a ditadura branca foca a base de toda sociedade que é a educação, desta forma fica fácil qualquer manipulação, e para efetivar este intento, o próximo passo deste nosso governo é "calar a voz das ruas", ou seja, criminalizar a atuação de movimentos sociais.

Diante de tantas imbecilidades, cabe aqui o meu asco pelos pseudoeducadores que são coniventes com este governo, pois estes mesmos "educadores" representam nada mais e nada menos que a vergonha de uma classe que em seu juramento, na licenciatura em Pedagogia promete no exercício da profissão, enfrentar os desafios propostos pela educação dentro e fora da escola, com criatividade, perseverança e competência, buscando novos caminhos para o processo educacional.

O juramento vai além ao prometer trabalhar por uma educação para a responsabilidade social, ética e política. Por uma educação comprometida na luta pela conscientização da sociedade e pela formação de pessoas críticas e conscientes, pois são elas que construirão a história.

Assim sendo, não percamos este foco e em momento algum abramos mão da "estranha mania de ter fé na vida".

 

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