19/06/2018

Credibilidade Perdida

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

Foi-se o tempo que ouvíamos os mais velhos dizerem que o que mais tínhamos de importante era o nosso nome, a nossa honra e consequentemente a nossa palavra dada.

Opiniões mudam, e isso é importante para mostrar nossa constante construção como ser humano e também para ressaltar que as situações mudam e isso faz com que tomemos outras posturas, ou seja, não “precisamos ter a velha opinião formada sobre tudo”, entretanto, cabe aqui uma ressalva: “até onde eu posso rever minha opinião?

Como dito, é comum mudar a opinião quando se muda o foco, mas é digno assumir tal mudança e não se justificar que em momento algum isso foi feito ou falado, aliás, seria até bem visto por terceiros uma justificativa inteligente de tal mudança, no entanto, as falácias embasadas em verborreias são predominantes nessas classes de demagogos.

 O Brasil neste governo usurpador tem perdido toda sua credibilidade no exterior, o que é reforçada mais uma vez pelo Jornal Francês Le Monde quando deixa claro que somos uma estrela pálida na cena internacional e a fundação alemã Konrad Adenauer corrobora quando esclarece que perdemos a importância no cenário internacional e que estamos desperdiçando nosso potencial geopolítico.

A fundação citada acima reforça que este o governo tem se mantido no poder “por meio de manobras políticas questionáveis" e o que o Judiciário que poderia ser nossa salvação, ficou mais politizado, ou seja, nossa credibilidade não tem como melhorar.

 Para agravar a situação do Brasil no exterior, a CBF traiu o acordo com a Conmebol e votou no Marrocos para sediar a Copa de 2026, ela simplesmente faltou com a palavra.

De acordo esporte UOL a Conmebol decidiu apoiar "por unanimidade" a candidatura norte-americana, países como Argentina, Uruguai, Paraguai, Colômbia, Bolívia, Peru, Chile, Equador e Venezuela cumpriram com suas palavras, entretanto o Brasil não cumpriu com sua promessa, e para se justificar, foi dito pelo representante que Marrocos nunca havia sediado uma copa antes, o que foi relatado por alguns sites de esportes que o representante não sabia que o voto não era secreto.

Já que o Brasil deu esta desculpa esfarrapada para não votar na candidatura norte-americana, porque no dia que a Conmebol resolveu dar total apoio, leia-se acima “por unanimidade” o Brasil não se manifestou?

Por uma simples razão. Cargos assim são exercidos por indicações políticas e político no Brasil sequer merece nossa credibilidade, ou seja, nunca acredite no que um político diz ou promete, e isso e engloba a todas esferas.

Temos que resgatar a credibilidade do país, resgatado primeiro a nossa, pois a má política é apenas um reflexo de nosso caráter.

Cometemos pequenos atos de corrupção e queremos mandar para a Santa Inquisição políticos corruptos eleitos por nossos votos.

Prasad Kaipa, fundador da Indian School of Business, na revista Harvard Business Review deixa claro que “quanto mais suas ações, palavras e valores estiverem alinhados, menor será o buraco em sua credibilidade”, ou seja, a mudança está em mim. Meus atos devem ser coerentes com meus dizeres.

Como educar sem exemplos? Nós educadores (professores, pais, responsáveis pelas crianças, etc...) temos que ser exemplos vivos de boas condutas.

Como poderíamos erradicar a corrupção na política se ao mesmo tempo eu compro um diploma para meu filho? Como querer que meu filho não seja usuário de drogas ilícitas e/ou lícitas se eu sou consumidor? Como exigir um ambiente limpo se eu mesmo jogo lixo nas ruas? Enfim, a mudança está em nossas ações e reforçada pela boa educação, seja ela formal ou informal.

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