Corrupção: Mea Maxima Culpa
De acordo com o site Mundo Educação, a corrupção vem do latim corruptus, que significa quebrado em pedaços. O verbo corromper significa “tornar pútrido”. Essa palavra muito utilizada em nossa política pode ser definida como utilização do poder ou autoridade para conseguir obter vantagens e fazer uso do dinheiro público para o seu próprio interesse, de um integrante da família ou amigo. Infelizmente isso é uma constância em nosso país, e ocorre desde seu descobrimento, ou seja, a mais de 500 anos.
A corrupção acompanha o ser humano desde sua origem, mas muitos a veem apenas como desvio de dinheiro público. A pergunta aqui é a seguinte: A corrupção está mais gritante ou apenas estamos vivendo em um mundo em que a transparência é maior e as informações circulam em tempo real?
Não é intuito fazer apologias ou justificar este sistema pútrido, mas cabe perceber que obras milionárias em propriedade de parentes é corrupção, mudar opinião que diverge com a ideologia que a pessoa pregava para conquistar simpatia do povo é uma forma de corrupção, usar a máquina pública para conseguir prováveis eleitores é uma das mais vis corrupções, pois estão inseridos neste processo, o assédio moral e o medo dos funcionários em relatar o problema. Enfim, estamos mesmo em um país corrupto, e que apenas muda de mão, ou de protagonistas, entra ano e sai ano.
É humanamente impossível estarmos cercados de pessoas idôneas, pois somos seres humanos e por natureza, somos falhos. Como dizia um professor de faculdade, todo homem tem seu preço.
Quando não somos corruptos, passamos a fazer parte dos coniventes com a corrupção, a exemplo os educadores que tanto reprovam este ato. Nós educadores passamos a ser corruptos quando abonamos faltas de alunos que não compareceram a aula. Quando aprovamos alunos sabendo que ele sequer tem condições de prosseguir. Somos corruptos quando acatamos silenciosamente os desmandos deste sistema corruptível, que esteriliza todo o sonho de um jovem, tirando deste as perspectivas de um futuro melhor.
Somos coniventes com a corrupção sim, porque sabemos que a educação é uma das maneiras de se mudar a realidade de um povo. E um povo educado é crítico, tem a sua cidadania garantida e saberá discernir um discurso verdadeiro de uma manipulação dialógica e demagoga de muitos políticos corruptos.
Temos que assumir nossa máxima culpa e pararmos de acusar. Temos que agir para um país melhor e contribuir com a extinção deste câncer que é a corrupção.
Sabemos que será difícil a extinção da corrupção, mas precisamos aprender a colocar as pessoas certas no lugar, e se estas não forem as certas, precisamos aprender a tira-las do lugar colocadas por nós cidadãos.
Precisamos saber que não tem como trabalharmos com pessoas totalmente idôneas, pois deve-se levar em consideração variáveis como imperfeições, desejos, ostentações, ambições, etc, mas cabe a nós corrigirmos e extirpá-las do meio para não corromper os fracos de caráter.
Peguemos como exemplo Jesus Cristo. Este Ser foi o máximo dos homens em humildade, amor e benevolência. Teve apenas 12 discípulos e destes, um o negou 3 vezes e outro o traiu por algumas moedas. A corrupção já existia em seu meio e nem por isso, fez dele um ser corrupto.
Wolmer Ricardo Tavares