16/01/2018

Corrupção ea Estéril Politicagem Brasileira

Por Claudinei José Martini

            A política em sua plenitude é algo que deveria ser festejada, seja pela representação de membros eleitos democraticamente pelo povo, seja pela democracia na qual os representantes no parlamento decidiriam os interesses da comunidade de determinada região, ou seja, pela representatividade de legislar tornando um determinado país mais justo e igualitário socialmente, mas, quando falamos na política brasileira, paira no ar as sombras das incertezas.

            Incertezas causadas pela imagem extremamente arranhada do sistema político atualmente exercido no Brasil, em que se privilegiam interesses escusos e particulares de membros das três esferas governamentais: municipal, estadual e federal. Esta última submersa em escândalos de toda ordem: mensalões, petrolões, propinas entre outras mazelas.

            Os ladrões são desmascarados e logo são condenados, correspondendo à expectativa geral da Nação com um sentimento de “vingança”, que de fato chamamos de justiça. No entanto, as marcas deixadas na sociedade pela corrupção são vistas nos noticiários como o aumento dos índices de pobreza e falta de oportunidades, seguindo-se do aumento da violência originado muitas vezes pelo sentimento de impunidade que impera, pois quem deveria dar o exemplo não o faz.

            A imprensa comemora exibindo como se fosse um troféu a condenação dos réus, veiculando como um espetáculo em virtude de sua audiência. Os campeonatos roubam a cena das notícias, e o povo sendo iludido comemora feliz aos resultados que se espera, mas logo o sonho acaba e recomeça tudo de novo, mas agora com o carnaval, não o de Brasília, mas a festa da arte e da beleza, do folclore e das manifestações da arte do povo.

            Mas o Brasil segue com seu campeonato mundial e com seus estádios construídos com dinheiro público e depois sendo distribuído caridosamente aos clubes de futebol ou as moscas, sim as moscas, pois muitos Estados da Federação nem um campeonato organizado possuem. E a ciranda brasileira continua a girar no parque de diversões monetárias e dos votos depositados como moeda de troca.

            Pessimista eu? Não. Saudosista talvez dos políticos eleitos que tinham uma ideologia baseada nas lutas e nas razões éticas, inspirado na confiança da mudança, porém o que mudou foi o foco e assim desabam-se as esperanças, enegrecem as imagens da credibilidade e mais uma vez o gosto amargo da traição dos políticos do Brasil.

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