12/01/2018

CONDIÇÕES DE TRABALHO: O CASO DA INDÚSTRIA TÊXTIL

CONDIÇÕES DE TRABALHO: O CASO DA INDÚSTRIA TÊXTIL

 

 

 

            Mais do que cumprir a legislação existente, é um dever da alta administração das empresas proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável aos colaboradores (ALEVATO, 1999). Segundo Bergamini (1997), a melhoria da segurança, saúde e meio ambiente de trabalho, além de aumentar a produtividade, diminui o custo do produto final, pois diminui as interrupções no processo, absenteísmo e acidentes e/ou doenças ocupacionais.

            Para Fantazzini (2009 apud SILVA et al. 2015), cuidar da saúde e segurança dos trabalhadores, assegura qualidade de vida no trabalho, gerando produtividade, comprometimento e consequente preservação do patrimônio produtivo, além evitar as penalidades legais impostas às empresas pelo descumprimento desta obrigação.

            Nesse sentido, em empresas de fabricação de couros, devido ao grande número de substâncias e produtos químicos/biológicos que podem estar presentes no ambiente, assim como de atividades que exigem força e resistência, são vários os tipos de agentes e riscos que podem ser encontrados e que podem vir a provocar danos à saúde dos trabalhadores ou até mesmo acidentes.

Na fase da ribeira, por exemplo, onde ocorre a limpeza da pele e a preparação da mesma para o curtimento, os colaboradores possuem contato com diversos produtos químicos e equipamentos de corte, que oferecem riscos diretos. Nessa etapa, há diversos produtos químicos utilizados, como: tensoativos, sulfeto de sódio, cal, ácido fórmico e ácido sulfúrico (PACHECO, 2014).

                Como possíveis soluções para promoção da maior saúde dos trabalhadores, orienta-se o uso de protetores auditivos, pois as máquinas da empresa são as únicas fontes de ruídos que podem vir afetar a saúde dos trabalhadores. Além disso, a instalação de exaustores e/ou sistema de ventilação, para redução do desconforto causado pelos vapores e alta temperatura local.

            O acabamento praticamente constitui a última etapa do processamento. A principal finalidade do acabamento é a de melhorar o aspecto e servir, ao mesmo tempo, como proteção para o couro. Dentre as etapas do acabamento, tem-se a secagem, que constitui uma importante atividade do ponto de vista da qualidade do couro acabado. Entretanto, é uma atividade que requer maior atenção devido aos riscos que o trabalhador está exposto.

            Como notado, algumas atividades são bastante prejudiciais à coluna do funcionário. No caso do operador de secagem, ele permanece com a coluna cervical curvada durante o trabalho e mantém a cabeça dentro da máquina, podendo causar um acidente se alguma das pranchas tombar.

            Observando o fato de que empresas do segmento de fabricação de couros possui grande número de riscos potenciais a saúde do trabalhador, este artigo reforça os poucos estudos já indicados sobre a temática. Assim, identificar e analisar cada risco se faz necessário para garantir a integridade dos colaboradores e o bem-estar na execução de suas atividades designadas.

            Como susgestão de estudos futuros, indica-se a análise aprofundada de outras atividades do processo que aqui não foram abordadas, tendo em vista que ao longo do processo industrial distintos são os riscos que podem interferir diretamente na saúde dos trabalhadores.

        

Referências

 

ALEVATO, H. M. R. Trabalho e Neurose: enfrentando a tortua de um ambiente em crise. Rio de Janeiro: Quartet, 1999.

BERGAMINI, C. W. Moticação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1997.

PACHECO, J. W. F.; FERRARI, W. A. Guia Técnico Ambiental de Curtumes. 2. ed. v. 1. CETESB, São Paulo, 2014.

SILVA, A. B. BATISTA, J. E. S. M. BARROS, C. H. O. Análise do ambiente laboral em uma empresa de reciclagem na cidade de Caruaru. In:Anais do XXXV Encontro Nacional de Engenharia de Producao. Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção: Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.   

Por Pedro Vieira Souza Santos

            Mais do que cumprir a legislação existente, é um dever da alta administração das empresas proporcionar um ambiente de trabalho seguro e saudável aos colaboradores (ALEVATO, 1999). Segundo Bergamini (1997), a melhoria da segurança, saúde e meio ambiente de trabalho, além de aumentar a produtividade, diminui o custo do produto final, pois diminui as interrupções no processo, absenteísmo e acidentes e/ou doenças ocupacionais.

            Para Fantazzini (2009 apud SILVA et al. 2015), cuidar da saúde e segurança dos trabalhadores, assegura qualidade de vida no trabalho, gerando produtividade, comprometimento e consequente preservação do patrimônio produtivo, além evitar as penalidades legais impostas às empresas pelo descumprimento desta obrigação.

            Nesse sentido, em empresas de fabricação de couros, devido ao grande número de substâncias e produtos químicos/biológicos que podem estar presentes no ambiente, assim como de atividades que exigem força e resistência, são vários os tipos de agentes e riscos que podem ser encontrados e que podem vir a provocar danos à saúde dos trabalhadores ou até mesmo acidentes.

Na fase da ribeira, por exemplo, onde ocorre a limpeza da pele e a preparação da mesma para o curtimento, os colaboradores possuem contato com diversos produtos químicos e equipamentos de corte, que oferecem riscos diretos. Nessa etapa, há diversos produtos químicos utilizados, como: tensoativos, sulfeto de sódio, cal, ácido fórmico e ácido sulfúrico (PACHECO, 2014).

                Como possíveis soluções para promoção da maior saúde dos trabalhadores, orienta-se o uso de protetores auditivos, pois as máquinas da empresa são as únicas fontes de ruídos que podem vir afetar a saúde dos trabalhadores. Além disso, a instalação de exaustores e/ou sistema de ventilação, para redução do desconforto causado pelos vapores e alta temperatura local.

            O acabamento praticamente constitui a última etapa do processamento. A principal finalidade do acabamento é a de melhorar o aspecto e servir, ao mesmo tempo, como proteção para o couro. Dentre as etapas do acabamento, tem-se a secagem, que constitui uma importante atividade do ponto de vista da qualidade do couro acabado. Entretanto, é uma atividade que requer maior atenção devido aos riscos que o trabalhador está exposto.

            Como notado, algumas atividades são bastante prejudiciais à coluna do funcionário. No caso do operador de secagem, ele permanece com a coluna cervical curvada durante o trabalho e mantém a cabeça dentro da máquina, podendo causar um acidente se alguma das pranchas tombar.

            Observando o fato de que empresas do segmento de fabricação de couros possui grande número de riscos potenciais a saúde do trabalhador, este artigo reforça os poucos estudos já indicados sobre a temática. Assim, identificar e analisar cada risco se faz necessário para garantir a integridade dos colaboradores e o bem-estar na execução de suas atividades designadas.

            Como susgestão de estudos futuros, indica-se a análise aprofundada de outras atividades do processo que aqui não foram abordadas, tendo em vista que ao longo do processo industrial distintos são os riscos que podem interferir diretamente na saúde dos trabalhadores.

        

Referências

 

ALEVATO, H. M. R. Trabalho e Neurose: enfrentando a tortua de um ambiente em crise. Rio de Janeiro: Quartet, 1999.

BERGAMINI, C. W. Moticação nas organizações. São Paulo: Atlas, 1997.

PACHECO, J. W. F.; FERRARI, W. A. Guia Técnico Ambiental de Curtumes. 2. ed. v. 1. CETESB, São Paulo, 2014.

SILVA, A. B. BATISTA, J. E. S. M. BARROS, C. H. O. Análise do ambiente laboral em uma empresa de reciclagem na cidade de Caruaru. In:Anais do XXXV Encontro Nacional de Engenharia de Producao. Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção: Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015.   

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