Conchavos Políticos Divergem de Educação de Qualidade

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br

Mais uma vez chegou a época de campanha política. Época de demagogia em relação a educação pública por parte dos políticos e oportunidades para os profissionais incompetentes que se sujeitam a conchavos políticos e troca de favores, ou sendo mais radical quanto a elucidação, uma verdadeira leviandade ideológica ou prostituição política.

Muitos são os oportunistas que ficam observando a direção do vento para se posicionar melhor, esquecendo-se de seus valores, ideologias e principalmente o bem coletivo para uma educação de qualidade.

Estas pessoas querem apenas um salário diferenciado, a ausência dos problemas em sala de aula bem como ausência de trabalhos fora de horários como preparos e correções de provas, diários, planos de aulas, PDI (Plano de Desenvolvimento Individual), dentre outras responsabilidades que fazem parte do dia a dia de  um educador.

Interessante perceber que educadores que atuaram com todos estes labores e adquiriram um cargo de hierarquia mais elevado, se olvida de sua origem e de suas lutas deixando-se levar pelo egoísmo e falta de caráter no qual ética passa a ser apenas uma palavra com 5 letras, 3 vogais e 2 consoantes, ressaltando todo o seu narcisismo, suas imbecilidades e lascívias.

Estas pessoas com suas inconsistências narrativas e incoerências não verbais comentem o que muitos conhecem como Lapso Freudiano ou ato falho ressaltando o quão são falsas as suas narrativas e o quão é gritante a sua hipocrisia.

Triste perceber que as pessoas estão tão incrédulas na educação que muitas se sentem entorpecidas e desanimadas com a realidade, percebendo que mudanças não acontecem da noite pro dia, e que algumas falas se resumem apenas em palavras que o vento levará e o tempo se encarregará de nos fazer esquecer.

Educação é um investimento a longo prazo e tenham certeza que é um tema perigoso, pois já dizia Darcy Ribeiro quando afirmava que a crise da educação no Brasil não é uma crise, é um projeto e continuará sendo enquanto tivermos políticos de mais vil caráter.

Não pode existir negociatas com a educação, pois ela não é moeda de troca para favores políticos. Enquanto ela for vista assim, será sempre uma educação sofrível, com pseudoeducadores a banalizar a indisciplina, a roubar a dignidade do educador fomentando o descaso e a iniquidade com os mesmos.

É sabido que uma das variáveis mais importantes para uma educação de qualidade é a valorização do educador, pois este valorizado, poderá fazer o curso que achar mais conveniente para o seu crescimento profissional e pessoal.

Outro ponto importante é ter gestores que incentivem seus funcionários a melhorarem cada vez mais, e não um gestor frustrado com sua ingestão e arrogância, tolhendo e/ou bloqueando como forma de dificultar o acesso deste funcionário a uma qualificação.

Um gestor que para fazer a sua luz brilhar, faz de tudo para que o brilho dos outros apaguem, e como consequência, cria-se em um ambiente escolar, uma desigualdade, um protecionismo por parte deste com os seus bajuladores.

Educar é uma prática para liberdade, para a busca da autonomia, mas para ter autonomia, faz-se necessário conhecimento útil, aquele que fará diferença na vida do educando e não aquele conhecimento estéril que faz do educando apenas um gado de manobra.

É sabido o quão é difícil trabalhar com educação em nosso país, pois a política não faz valer a meritocracia e sim o próprio interesse e como ressaltado no livro Gestão Afetiva[1]: Sistema Educacional e Propostas Gerenciais, publicado pela a WAK em 2020, é na escola que devemos combater as desigualdades e não praticá-las com o intuito de manter em uma gestão estéril em relação a educação.