Comparação genérica entre o modelo mecanicista e o modelo orgânico

Jorge Barros

Pós-graduado e Mestre em Administração e Gestão Escolar, Doutor em Administração e Gestão Educativa e Escolar, Professor no 2.º Ciclo do Ensino Básico no Agrupamento de Escolas Dra. Laura Ayres (ESLA), Quarteira

As pesquisas pioneiras realizadas sobre as indústrias inglesas para verificar a relação existente entre as práticas administrativas e o ambiente externo dessas organizações permitiram encontrar diferentes procedimentos administrativos, o que os levou a classificá-las em dois tipos: organizações mecanicistas (também denominadas de mecânicas ou mecanísticas) e orgânicas. Por intermédio dessas pesquisas foi possível verificar que nas organizações mecanicistas, as práticas e as relações com o ambiente externo das organizações se processavam de forma burocrática, permanente, rígida, definitiva e baseada na hierarquia e no comando, enquanto nas organizações orgânicas, aquela relação era flexível, mutável, adaptativa, transitória e baseada no conhecimento e na consulta. As primeiras passaram a integrar um modelo chamado mecanicista e as segundas vieram a fazer parte do modelo orgânico.

No modelo mecanicista, as organizações eram burocráticas, hierarquizadas, especializadas e adequavam-se quando as condições ambientais eram estáveis. Já as do modelo orgânico eram flexíveis, redefiniam continuamente as tarefas a executar e adequavam-se a ambientes instáveis, isto é, quando estes eram de mudança ou de inovação.

Portanto, partindo da comparação entre o modelo mecanístico ou mecanicista e o modelo orgânico, verifica-se que estão patentes várias e diferentes caraterísticas que apresentam cada um dos modelos. Deste modo, parece-nos que o modelo orgânico é aquele que as organizações deverão adotar no século XXI para fazer face às inúmeras mudanças que estão ocorrendo, caso contrário colocam a sua existência em causa.