Coaches e Influencers na Contramão da Educação
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806
A imbecilidade está cada vez mais recorrente em nossa sociedade, tanto que hodiernamente é comum entre as pessoas as funções de coaches e influencers, sobrepondo os conhecimentos de renomados professores.
Estamos fazendo parte de uma sociedade que tem inserido em si uma dissonância cognitiva tão forte que coaches são amados e professores odiados. Estamos formando uma sociedade de analfabetos políticos e funcionais, mas totalmente motivados para o nada.
Se dizem profissionais ligados a humanas e/ou psicologia sem nada entenderem do comportamento humano, sendo superficiais, simplistas e até mesmo levianos quanto as informações passadas.
É notório perceber hoje jovens difamando a educação e deixando em bom tom que não estudarão, que não precisam estudar, pois ganham dinheiro sendo influencers ou coaches, e que os estudos nada acrescentam na vida deles.
São pessoas que se dizem sábias munidas de desinformações e influenciando de forma errada nossos jovens.
São verdadeiros charlatões, hipócritas, falsos moralistas estelionatários, ou seja, a escória mais vil da sociedade vendendo para seus alienados, promessas utópicas, como visto anteriormente, são pessoas motivadas para enriquecer e aumentar o número de seus seguidores.
Um dos coaches com mais seguidores tem uma vasta lista de infrações, como condenação por desvio de dinheiro em contas bancárias, lavagem de dinheiro dentre outros processos e muitos influencers servem também de mal exemplo, já que por serem influenciadores, acabam banalizando suas atitudes vis como agressão a ex-namorada em praia movimentada; outra situação que merece atenção é sobre uma influenciadora que agride e enforca mulher na rua, enfim, são várias barbáries que ao invés de denegrir suas imagens com cidadão, dão até mais seguidores.
Estamos perante uma sociedade doente cuja inversão de valores é gritante, e a educação está perdendo forças para estes cidadãos abjetos.
Para pessoas das décadas de 60, 70 e até mesmo 80 os verdadeiros influencers eram os pais com exemplos de dignidade e trabalho e até mesmo os professores, todavia a geração Z (1997 a 2009) e a geração atual Alpha (2010 até 2025) além de não respeitarem os pais vendo-os como autoridades, o professor, este sequer tem voz, e são deveras desrespeitados.
Enquanto estivermos dando voz para coaches e influencers sem moral alguma, continuaremos tendo uma geração perdida, e é obvio, temos muitos profissionais bons que merecem atenção, mas cabe o discernimento em vê-los como um complemento no processo de aprendizagem e não como uma única forma e assim se inserindo cada vez mais na dissonância cognitiva citada acima.
Por um lado, o culpado somos nós que nos tornamos fortes por enfrentarmos tempos difíceis, o que é afirmado em provérbio oriental ao elucidar que “homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis geral homens fracos, mas homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis geram homens fortes”.
Assim sendo, precisamos ver o lado bom, já que a geração formada por pessoas fracas trará tempos difíceis e assim virão homens fores.