25/06/2019

Catirina

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            Como visto no último texto intitulado Síndrome de Poliana, publicado em 24 de junho de 2019 pela Revista Gestão Universitária, temos a cultura de achar que as coisas estão bem, só que infelizmente não estão. Ao analisarmos nossa história política, perceberemos retrocessos em algumas conquistas que custará a vida de inocentes para beneficiar poucos que ficam no topo da pirâmide social e que representam os industriais.

            É sabido que um governo eleito pelo povo deve governar para o bem comum, ou seja, para o povo e não para uma minoria.

            Peguemos como exemplo uma citação nas redes sociais do próprio governo ao dizer que o "governo federal moderniza as normas de saúde, simplificando, desburocratizando, dando agilidade ao processo de utilização de maquinários, atendimento à população e geração de empregos", só que isso implicará em mortes, já que o governo fundamentou sua fala dizendo que existe um custo absurdo para empresas "em função de uma normatização absolutamente bizantina, anacrônica e hostil”, porém o governo se olvida de que justamente esta normatização resguarda a integridade física e mental do trabalhador.

            Oras, são as normas que mantém a taxa de acidente a mais baixa possível. Será que o lucro de uma empresa vale as vidas dos trabalhadores? Quantos outros casos como Brumadinho teremos em que o lucro e a ganância sobrepõe a vida dos empregados?

            Esta mesma ganância faz aparecer Catirinas tanto na política quanto na justiça no seu mais alto grau.

Catirina é conhecido como um mascarado e é bem típico no norte do Estado do Rio de Janeiro, em Conceição de Macabu. É uma máscara rústica feita de fronha, uma roupa comprida, uma lata e uma varinha de marmelo ou goiabeira. Catirina bate na lata fazendo um barulho típico e quem se atrever a lhe importunar, esta vara vira uma arma de defesa.

Catirinas são comuns na política, entretanto na justiça, isso é inconcebível, pois é nela que deveria imperar a ética, equidade e o bom senso de justiça, entretanto, isso em nossa atual conjuntura está tendendo ao impossível de acontecer.

A mentira é dita repetidas vezes para que ela se torne verdade, todavia, a mentira sempre será mentira, mesmo sob os holofotes da síndrome de Poliana e dita por alguém que usava a máscara da hipocrisia.

Hoje reconhecemos Catirina e do que ela é capaz, e sabemos que a mesma tem seus conluios no governo e continuaram repetindo mentiras pensando que um dia estas deixarão de ser.

Como dizia Maquiavel, “ao Rei tudo, menos a honra”.

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