07/12/2015

Capítulo 04 – Todas as diferenças produzem sustos e boas experiências.

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CONSAE 40: Quais  foram os maiores e os memoráveis projetos da CONSAE assessorando IES?

Abigail: Olha, posso lembrar de tanta coisa. Uma vez, ouvi uma crítica pelo fato de a CONSAE atender um amplo grupo de IES, de não fazer distinção e possuir clientes de diversos tamanhos, desde pequenas instituições até grandes grupos. Mas isso é outro assunto, vamos lá.

Dois projetos de avaliação institucional logo no início desse processo de abertura de novos cursos no ano de 1997 são curiosos. Quando o MEC promoveu novas exigências, duas grandes IES nos contrataram. No final na apresentação do trabalho, um dos nossos contratantes não estava preocupado ou interessado no conteúdo apresentado. Com a minha relação de proximidade e intimidade com esse professor, eu acabei perguntando a ele: “Por que o senhor contratou esse projeto através da CONSAE?”. Ele respondeu: “Porque o MEC pediu”. Esse contrato aconteceu novamente puramente por força das exigências da nova Lei.

Se de um lado trabalhar com consultoria sempre exigirá técnica e conhecimento, de outro, intuir também faz parte do jogo. Até hoje, tenho sensações sobre inspirações e ideias que permeiam esse universo em aconselhar sobre projetos.

Participar do projeto de criação da Universidade do Estado de Minas Gerais foi muito importante, pelo fato de ser uma assessoria prestada à Fundação João Pinheiro a respeito de uma dúvida jurídica nascida entre dois especialistas que trabalhavam na criação do projeto da Instituição.

Em 1987, nós fizemos um trabalho para o Governo de Minas a partir do GEMA, que originou um banco informacional sobre todas as instituições de ensino superior existentes no estado criadas na década de 1970, como fundações públicas de direito privado, também relevante.

Recentemente, nós tivemos um trabalho junto a um Instituto Federal de Educação no Sul do país também muito significativo, capacitando, qualificando e assessorando as oito unidades espalhadas pelo estado durante um ano inteiro de desenvolvimento. Visitamos e conhecemos todas as virtudes e as dificuldades desse modelo. Eu sou uma fã de educação profissional desde 1973 e foi gratificante participar desse projeto.

Temos trabalho com as pequenas instituições que são muito interessantes. Lembro de criar uma faculdade privada no Amapá quando o cenário era apenas da Federal de lá e de outra faculdade particular. No interior do Mato Grosso, também tenho um exemplo de como é possível manter uma instituição com 5 cursos de graduação instalada numa cidade de apenas 15 mil habitantes. Ainda em 1977, capacitar e assessorar uma instituição “in loco” na cidade de Mossoró (RN) e fazer um curso para a Universidade do Estado do Pará com o seu “multi-campi” onde os professores sobrevoavam a selva amazônica para chegar até as faculdades espalhadas entre a sede e as suas 4 instituições, ao  mesmo tempo atender clientes que são grandes instituições.

Todas as diferenças produzem sustos e boas experiências. Às vezes, você encontra instituições muito bem-preparadas que nem sabem que estão. Na assessoria estratégica, isso acontece muito. Instalar a SEaD em Caxias do Sul –  RS foi um processo de eficiência digital, muito bem-sucedido. Também na Univale, em Governador Valadares, onde a secretaria treinou seu corpo profissional para separar com segurança e indexar todos os seus documentos em papel (originais de 40 anos), antes mesmo de eles serem entregues à empresa que promoveu a digitalização. Ao mesmo tempo, chegar a uma IES e conhecer uma senhora que manualmente executava a cópia e a reconstrução dos históricos escolares dos últimos 30 anos. Nesse sentido é que se torna importante o papel das consultorias em conhecer e desenvolver a capacidade dessas instituições espalhadas pelo país de forma coerente, realista e eficiente.


CONSAE 40: A inclusão de novas áreas de prestação de serviço, como a Tecnologia de Informação, nasce em qual momento da empresa?

Abigail: A CONSAE caminhou única até 1985 realizando Controle e Registro Acadêmico, Planejamento, Avaliação, Projetos e Processos. Na verdade, foram as demandas do mercado que sempre orientaram e desenharam essas novas áreas de prestação de serviços.

A EDITAU nasceu em 1985 até por força da descrição do nosso objeto social não ser adequado à venda de produtos. Uma coisa é consultoria e outra coisa são os produtos por ela criados. Os produtos nesse tempo eram o Boletim, o Indicador Educacional e as apostilas relacionadas à atualização da jurisprudência de Leis e Decretos.

Em 1998, nasceu a Carta Consulta. Os projetos e os processos de credenciamento, autorização e reconhecimento de IES demandavam uma crescente orientação para o preenchimento de formulários criados desde 1996 o e treinamento e assessoria desses novos nichos eram necessários.

A questão sobre documentos eletrônicos foi inserida na CONSAE em 2003 a partir da demanda da UNIFENAS. Novamente, a UNIFENAS: sua formalização como produto SEAD se deu em 2005 e ganhou força a partir do EMEC em 2007.

Em 2008, nasceu a CONSAEJUR como o braço de assessoria jurídica da CONSAE devido também à crescente demanda para os serviços estritamente ligados ao trato de questões jurídicas relativas a processos em tramitação ou a ações do MEC. Tudo foi sendo criado assim, o MEC começou a exigir do mercado e para atender a essas novas necessidades, escutamos o mercado, nossos clientes e desenvolvemos os nossos produtos.

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