12/10/2022

BIOLOGIA MOLECULAR E A APLICABILIDADE NO ESTUDO DA ENFERMAGEM

O-que-e-enfermagem

MENDONÇA, João Paulo Santos Neves.*;

DE ARRUDA, Edilaine Ferreira.**;


* Professor Orientador. Docente na Universidade de Cuiabá – Campus Primavera do Leste. Mestre em Ciências da Educação. Especialista em Docência do Ensino Superior. Graduado em Química e Pedagogia.

**Graduandos pela Universidade de Cuiabá – Campus Primavera do Leste.


      No desenvolvimento do estudo da biologia molecular na formação em enfermagem, importante parte do currículo acadêmico é concentrado no estudo de patologias genéticas e suas peculiaridades genômicas e como realizar a assistência a esses clientes. Consideravelmente, as moléstias genéticas eram tratadas, nas últimas décadas, como raras e pouco presentes na clínica hospitalar. Doenças que antes não eram diagnosticas com frequência vem recebendo importância na rotina de um enfermeiro. Esse efeito, deve-se a alguns fatores, dentre eles a fundamentação do conhecimento de biologia molecular e incentivo a estudar o perfil genético de doenças raras cedido pelo estudo da citada disciplina.  Esses conhecimentos adquiridos em sala de aula e em ambientes de estágio tem possibilitado a expansão rápida de novas tecnologias que contribuem com o diagnóstico clínico, atendimento ao cliente e familiares.

      A genômica, genética e biologia molecular são partes integrativas da biologia humana e são estudadas frequentemente em qualquer instituição de ensino no Brasil, os cursos das áreas biológicas e suas respectivas demandas são constituídos pelo idealismo de se conhecer minimamente bem a organela humana e suas características particulares. (CRUZ,2012).

      Historicamente, no Brasil, a introdução da genética nas graduações de enfermagem ocorreu em 1962 por meio das enfermeiras ESSLINGER E BRANTL que recomendaram a incorporação da genética na grade curricular. A intensão das citadas educadoras era que esses conhecimentos seriam essenciais e necessários para o enriquecimento da sua pratica assistencial aos familiares e cliente. “As irão auxiliar famílias e indivíduos informando sobre os mecanismos das patologias hereditárias e auxiliando na compreensão correta das informações e suas respectivas repercussões familiares” (FORSMAN, 1994).

      Os acadêmicos entusiastas a carreira de enfermagem são direcionados para o caminho da ciência assistencial agregada pela necessidade de conhecer a fisiologia, histologia e embriologia dos segmentos humanos e aplicar esses conhecimentos adquiridos em situações clínicos hospitalares desmistificando patologias congênitas que podem ter por mecanismo exógenos ou disfunções genéticas. (CARDOSO et al, 2016)

      As disfunções genéticas estudas na formação em enfermagem, correspondem aos mais diversificados casos já diagnosticados e que possuem a estrutura científica que reconhecem o perfil do portador e herdeiro e como a patologia desenvolveu-se e seu padrão de herança. Tendo em vista isso, a biologia molecular estará diuturnamente na carreira profissional do enfermeiro, que deve reconhecer com segurança um cliente portador de uma patologia genética, desenvolver os meios necessários para o atendimento e acolhimento dos familiares. (SANTOS et al, 2014)

       A atuação da enfermagem na biologia molecular encontra sua definição na teoria do aconselhamento genético que considera a assistência ou estabelecimento de diagnósticos de determinadas patologias, a interpretação de achados e estimativas de possíveis riscos genéticos para indivíduos clinicamente normais, com familiares que demonstrem a chance de desenvolvimento de doenças geneticamente raras. Como também, o enfermeiro deve realizar a documentação pertinente e transmissão da ocorrência, elaborando estratégias para tratamentos e demais métodos de prevenção. (ABRAHÃO, 2000)

      A atribuição especifica do enfermeiro na genética está relacionada a coleta de dados e participação de processos contínuos e sistemáticos. Dados esses que necessariamente devem incluir de forma não limitadora o histórico familiar, linhagem com nomenclatura padronizada, fatores hereditários e mudanças físicas como dimorfismos ou doenças congênitas. (ABRAHÃO, 2000).

      É possível perceber que a rotina de enfermagem no âmbito hospitalar é derivado da pratica assistencialista e que cada profissional deve possuir minimamente bem os saberes sobre a constituição celular e organização nuclear da organela nuclear humana. Dentre esses conhecimentos, a maior porcentagem deve ser adquirida na universidade, com as metodologias corretas e a aulas concisas e precisas, que poderão elucidar quaisquer dúvidas sobre patologias genéticas. É fundamental que os conteúdos ensinados possuam versatilidade visando a possibilidade do acadêmico não estranhar, quando já formado, a presença de casos clínicos na sua rotina de trabalho.

      Vale salientar também, que o artigo traz em seu invólucro a discussão sobre a oportunidade do enfermeiro trabalhar especificamente com genética e para que possa trabalhar nessa área da biologia molecular, se fez necessário o conhecimento dos conteúdos básicos formadores da base da biologia. Esses conteúdos que formam a base de estudo podem ser adquiridos quando do aluno tem a possibilidade de visualizar ao microscópio a formação celular de vegetais e outras organelas.

      Por fim, se compreende que a enfermagem é uma profissão multidisciplinar e é instituída pela necessidade de conhecer o corpo humano, sua organização fisiológica, histológica e embriológica e esses saberes devem ser adquiridos ainda na graduação, para que quando o profissional for lançado no mercado de trabalho possa desenvolver a enfermagem com habilidade e precisão.

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