BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA MELHORIA DE PESSOAS COM LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA
PROJETO DE PESQUISA: BENEFÍCIOS DA NATAÇÃO PARA MELHORIA DE PESSOAS COM LESÃO MEDULAR TRAUMÁTICA
RESEARCH PROJECT: SWIMMING BENEFITS FOR IMPROVING PEOPLE WITH TRAUMATIC MEDIUM INJURY
SANTOS, Viviane Bezerra Sabino[1]
PINHEIRO, William Caris2
SILVA, Júlio Cesar da3
BARBOSA, Paloma Costa4
ZUNTINI, Ana Carolina Siqueira5
RESUMO
O objetivo deste artigo é identificar e verificar se a natação demonstra bons resultados para pessoas com lesão medular e conhecer os benefícios sociais, psicológicos e físicos da pratica da natação em pessoas com Lesão Medular Traumática e as dificuldades enfrentadas no cotidiano do indivíduo. A hipótese inicial é que o exercício de natação permite ao paciente uma permanência temporária fora da cadeira de rodas ou leito contribuindo para seu melhoramento, fazendo se sentir melhor fisicamente e psicologicamente. O presente estudo realizado um acompanhamento com um aluno com Lesão Medular Traumática com lesão no nível tipo T11. A hipótese inicial foi confirmada o paciente mostrou excelente resultados, portanto com base em pesquisa exploratória e estudo de caso, o experimento mostrou que a atividade física de natação foi efetiva na melhora da condição física, trazendo benefícios motores, habilidade funcional, aperfeiçoamento dos nados e melhora consideravelmente da respiração do participante.
Palavras-chave: Lesão Medular Traumática. Natação. Atividade Física.
ABSTRACT: The aim of this article is to identify and verify if swimming demonstrates good results for people with spinal cord injury and to know the social, psychological and physical benefits of swimming practice in people with Traumatic Medullary Injury and the
difficulties faced in the daily life of the individual. The initial hypothesis is that the swimming exercise allows the patient a temporary stay outside the wheelchair or bed contributing to their improvement, making them feel better physically and psychologically. The present study was followed up with a student with Traumatic Medullary Lesion with type T11 lesion. The initial hypothesis was confirmed the patient showed excellent results, so based on exploratory research and case study, the experiment showed that the physical activity of swimming was effective in improving the physical condition, bringing motor benefits, functional ability, improvement of swimming and considerably improves participant's breathing.
Keywords: Traumatic Spinal Cord Injury. Swimming. Physical activity.
INTRODUÇÃO
A parte mais importante do sistema nervoso é medula espinhal, ela é formada por uma massa de tecido nervoso, situado dentro do canal vertebral. Mede aproximadamente 45 cm no ser humano adulto e se estende desde a base do crânio até a 2ª vértebra lombar e depois termina afilando-se e formando uma cauda (cauda equina). (Instituto Vertebra, 2017)
A medula faz conexões entre o cérebro e o corpo e dela saem os nervos espinhais, que têm a função de conduzir impulsos nervosos sensitivos e motores, sendo responsáveis pela inervação do tronco, braços, pernas e parte da cabeça. Os nervos espinhais se distribuem pelos músculos, pele, vísceras e também se relacionam com a temperatura, dor, pressão e tato. Isso explica o fato de sentirmos dor, calor, frio, vontade de urinar, conseguirmos pegar um objeto, andar, enfim, termos sensações e movimentos. (Instituto Vertebra, 2017)
Segundo Winnick (2004) a lesão medular, pode ser decorrente de uma lesão ou uma doença nas vértebras e/ou nos nervos da coluna vertebral, geralmente associado a um grau de paralisia, devido ao dano à medula espinhal. Esse grau de paralisia depende do nível da lesão na coluna vertebral e do número de fibras nervosas destruídas pela lesão.
Palmer & Toms (1988) relatam que o trauma é uma das causas mais comuns de lesão da medula espinhal, podendo ocorrer tanto por compressão como por contusão. As lesões na medula espinhal podem ter origem após ferimentos penetrantes por faca ou bala, fratura com deslocamento resultando numa transecção de medula, compressão por tumor, osteofito, aracnoidite, abscesso extradural, hérnia de disco ou um desabamento vertebral. Outra causa comum de lesão medular é o acidente vascular que resulta de trombose em vasos da medula, êmbolo ou hemorragia. Existe também malformação congênita da coluna vertebral da criança em que as meninges, a medula e as raízes nervosas estão expostas, como no caso da espinha bífida; infecções como mielite transversa e sífilis; doenças como esclerose múltipla e paralisia histérica.
O sistema nervoso representa uma rede de comunicações do organismo, formada por um conjunto de órgãos do corpo humano que possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, interpreta e arquiva no seu subconsciente. (Toda Matéria, 2017)
Quando a medula espinhal é danificada como resultado de um trauma ou por uma doença ou por um defeito congênito, haverá alterações na sensibilidade e na função motora, dependendo da extensão e da localização da lesão. Isto é o que chamamos de Lesão Medular. A Lesão Medular (LM) é uma condição de insuficiência parcial ou total do funcionamento da medula espinhal, decorrente da interrupção dos tratos nervosos motor e sensorial desse órgão, podendo levar a alterações nas funções motoras e déficits sensitivos, superficial e profundo nos segmentos corporais localizados abaixo do nível da lesão, além de alterações viscerais, autonômicas, disfunções vasomotoras, esfincterianas, sexuais e tróficas assim explicadas (CEREZETTI et al, 2012).
Ainda segundo Cerezetti et al (2012) a atuação clinica dependerá do nível e o grau da Lesão medular. Os graus das lesões podem ser classificados como completas e não completas. Nas lesões completas existe perda sensitiva e paralisia motora total abaixo do nível da lesão devido à interrupção completa dos tratos nervosos. Em uma lesão incompleta estão preservados grupos musculares e áreas sensitivas que não foram afetados.
O grau de comprometimentos da lesão dependendo do nível atingido, ou seja, os movimentos e as sensações corporais estarão parcialmente reduzidos ou totalmente perdidos abaixo do nível da lesão. O que determina o nível da lesão não é o nível da fratura e sim o nível do comprometimento neurológico avaliado, podendo a lesão medular ter causas de origens traumáticas ou não traumáticas. Ainda no ponto de vista dos autores podem ter entre as causas de etiologia traumática, as mais frequentes estão relacionadas a acidentes automobilísticos, ferimentos por armas de fogo, mergulho em águas rasas, acidentes esportivos e quedas. Entre essas causas, os ferimentos penetrantes por arma de fogo produzem lesões graves com perda de substância, fístulas, infecções e meningites. Já as causas das lesões não traumáticas podem estar relacionadas a tumores, infecções, alterações vasculares, malformações e processos degenerativos ou compressivos.
Na busca para a realização desse artigo pouco foi encontrado na literatura sobre a história da natação adaptada. Sabe-se, entretanto, que o uso de exercícios terapêuticos na água é mencionado em obras tão antigas como a de Aureliano, do final do século 5, na qual recomenda natação no mar ou em nascentes quente, e a do médico Jacques Delpech (1777-1838), que escreveu sobre a correção postural com aparelhos e enfatizou o valor da natação para a coluna vertebral. No final do século 19 e início do século 20, os exercícios aquáticos começaram a ser utilizados como meios corretivos eficientes, e as doenças reumáticas e do aparelho locomotor recebem o tratamento pioneiro nas estâncias termais européias. Mais tarde, novos métodos surgem ressaltando o valor do exercício terapêutico dentro da água, acima do valor de suas características quimiotérmicas. Em 1924, Lowman organiza uma hidroginástica terapêutica, dentro de tanques ou piscinas, para portadores de poliomielite paraplégicos e portadores de outros problemas ortopédicos. A natação é uma das modalidades que participa dos Jogos Paraolímpicos, e o Brasil possui representantes desta modalidade que participam desde 1980, na Holanda. O Brasil já conquistou várias medalhas, inclusive uma de ouro nos Jogos Paraolímpicos de Atlanta, em 1996, através do atleta brasileiro José Afonso Medeiros, nos 50 metros borboleta. (Tsutsumi et al, 2004)
O crescimento no número de pessoa com lesões medulares traumáticas é decorrente do aumento da violência com armas de fogo e acidente de transito.
Esse estudo tem por objetivo conhecer os benefícios sociais, psicológicos e físicos da pratica da natação em pessoas com Lesão Medular Traumática e as dificuldades enfrentadas no cotidiano do indivíduo. O problema dessa pesquisa é verificar se a natação demonstra bons resultados para pessoas com lesão medular traumática.
A Hipótese que se estabelece é que o exercício de natação permite ao paciente uma permanência temporária fora da cadeira de rodas ou leito contribuindo para seu melhoramento, fazendo se sentir melhor fisicamente e psicologicamente.
Diante das definições acima apresentadas, buscou-se os conceitos e as metodologias técnicas e teóricas pertinentes aos objetivos principais do estudo em questão, a metodologia da pesquisa é configurada como exploratória e estudo de caso.
Gil (1999) define a pesquisa exploratória como aquela que envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise de exemplos que estimulem a compreensão, o que proporcionou ao trabalho em evidência a compilação de informações categorizadas em pesquisas bibliográficas.
Considerando que segundo Gil (1999) a pesquisa exploratória possui como uma das características principais, constituir hipóteses pesquisáveis, não possuindo rigidez quanto ao planejamento de pesquisa, envolvendo levantamento bibliográfico e documental, entrevistas não padronizadas e estudos de caso.
O trabalho em questão está contemplado nas bases fundamentais da metodologia supramencionada, contendo a compilação de informações categorizadas em pesquisas bibliográficas e estudo de casos.
Treinamento da natação
A iniciação da natação para pessoas com deficiência física normalmente se dá através do Método Halliwick, que ensina desde Adaptação Mental (controle respiratório) as Progressões Simples que são os movimentos básicos de um nado, O controle da respiração, do equilíbrio e a liberdade de movimentos são os principais objetivos do conceito Halliwick. A partir daí, são utilizadas técnicas de aprendizagem dos nados como na natação normal, claro que respeitando a individualidade e a capacidade de cada pessoa. O método Halliwick foi criado por James McMillan em 1949, na Halliwick School, em Londres para ensinar deficientes físicos a nadar. Engenheiro de profissão, seus conhecimentos da Mecânica dos Fluidos o ajudaram a desenvolver o Programa de 10 Pontos, um programa de aprendizagem motora. Esse método baseia-se nos princípios científicos da hidrostática, da hidrodinâmica e da mecânica dos corpos, e seu objetivo é de promover todos os aspectos da natação para pessoas com deficiência. As atividades ensinadas pelo método englobam muitas habilidades, como, por exemplo, o aprendizado de como o empuxo e a turbulência afetam o corpo (e como responder a isso), o aprendizado do equilíbrio, as remadas e o desenvolvimento dos movimentos de natação básicos. (Tsutsumi et al, 2004)
De acordo com Meier (1981) acredita que a natação assume um lugar privilegiado entre os exercícios físicos à medida que o aluno vivencia a liberdade de movimentos, que podem ser executados em todos os sentidos contra a resistência da água, assim toda a musculatura é requisitada durante a natação. Paeslack (1978) considera a natação benéfica para paraplégicos em relação aos seguintes aspectos: recuperação ou melhoria de funções fisiológicas atingidas pela lesão, treinamento da musculatura do tronco, da cintura escapular e dos braços; treinamento da coordenação; ajuda no treinamento do equilíbrio em posição ereta ou sentada; treinamento da musculatura que foi parcialmente lesada, no caso de paresia; incentivo para melhorar o desempenho físico nos confrontos esportivos. Para Bromley (1997), a natação possui também um grande valor terapêutico aos portadores de lesão medular no que se refere a redução da espasticidade através da natação em piscina aquecida; redução de contraturas por meio da água aquecida. Com relação às lesões incompletas, o autor coloca que estes alunos apresentam músculos esparsos enfraquecidos e sensação de áreas descontínuas, podendo obter força e coordenação por meio dos estilos de natação.
Com relação aos benefícios dos desportos adaptados aos lesados medulares na fase de reabilitação segundo, Souza (1994) a prática desportiva permite a utilização das capacidades remanescentes, aprendizagem de novas habilidades e diminui o número de complicações clínicas associadas à lesão medular. Já no contexto do lazer, o desporto propicia aos paraplégicos e tetraplégicos, além dos efeitos comentados, uma maior gama de aspectos vantajosos, tais como: proporciona vivências de sucesso, atuando positivamente na auto-imagem e na autoconfiança; viabiliza a liberação das tensões e da agressividade; reduz a dependência física e psíquica; reverte possíveis tendências ao ócio, à apatia e ao isolamento; facilita o reingresso do indivíduo na sua vida familiar, educacional, profissional e recreacional; capacita para a realização de trabalhos em grupo, estimulando a responsabilidade e a iniciativa; aprimora técnicas de manejo de cadeira de rodas; predispõe o indivíduo para níveis de rendimento mais elevados.
Ainda segundo o autor, a natação permite a permanência temporária fora da cadeira de rodas ou leito, contribuindo para prevenção de úlceras de decúbito; permite a prática do ortostatismo, nas lesões mais baixas, favorecendo a função circulatória; apresenta baixo risco de acidentes. Adams et al. (1985) concordam com várias vantagens mencionadas e acrescenta que o consumo de energia durante a prática da natação prolongada é um dos mais elevados entre todas as atividades esportivas e é um fator importante para combater a obesidade, que é um obstáculo à conquista da autonomia. Além disso, segundo o autor as competições, de âmbitos estadual, nacional e mesmo internacional, ajudam a estabelecer e alcançar determinadas metas importantes para motivar o lesado medular em relação a sua vida.
1. EXERCICIOS FÍSICOS – BENEFICIOS
É muito importante salientar que um dos maiores valores do desporto e das atividades físicas esportivas para Indivíduos com sequelas neurológicas crônicas que já não participam mais de programas regulares de reabilitação, é estimular a sua qualidade de vida e integração social esta é a forma ideal de mantê-los em atividade física continuada, prevenindo sua saúde e prevenindo complicações futura e, sobretudo é elevar a dimensão potencial do corpo, melhora da autoimagem e, simultaneamente, amplia as condições de efetiva função na sociedade.
Deve-se, no entanto, destacar que em todos os protocolos desenvolvidos, a terapia celular, elétrica ou farmacológica é necessariamente combinada a um programa de exercícios específicos à recuperação das funções perdidas.
Esse treinamento especializado que têm emergido nos últimos anos consiste de uma nova abordagem para pessoas com LM, denominada de Terapias baseadas em atividade (ABT’s), as quais buscam estratégias para aumentar ou manter o nível de atividade dos segmentos acometidos pelo dano neurológico, visando recuperação das funções abaixo do nível da lesão, tidas como aparentemente perdidas. (Serlesado.com, 2014 )
Dentre as ABT’s, tem se destacado a intervenção por meio de Treino locomotor com suspensão de peso na esteira (TLSP), que tem expressivo embasamento teórico em estudos desenvolvidos com modelos animais e humanos.
O treinamento físico específico torna-se uma estratégia terapêutica efetiva após uma LM em humanos, podendo estimular na região lesionada o brotamento de novas conexões, bem como a regeneração de conexões perdidas.
Não restam dúvidas de que os futuros tratamentos para lesão medular são promissores, no entanto, a maioria desses procedimentos ainda está em fase inicial de desenvolvimento, portanto, no atual quadro de desenvolvimento científico, o exercício físico sistematizado destaca-se como o melhor tratamento disponível para pessoas com lesão medular, e mesmo em um futuro próximo com o melhor desenvolvimento de técnicas restaurativas, o exercício ainda será um importante aliado na recuperação de lesões neurológicas. (Serlesado.com, 2014 )
2. INFORMAÇÕES PESSOAIS
PACIENTE: M.R.M
DATA DE NASCIMENTO: 30/12/1980
PATOLOGIA: Lesão Medular, nível da Lesão T11, Lesão foi adquirida em um assalto a mão armada no dia 20/04/2015, antes do acidente M.R.M praticava exercício físico duas vezes por semana e aos finais de semana pedalava 100km
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Foi realizado um estudo, cuja amostra inclui um paciente Paraplégico Vitima de acidente. Foi feito um trabalho de adaptação ao meio líquido onde o professor entra na piscina com o aluno.
O aluno foi acompanhado durante duas semanas, na terceira semana foi feito um trabalho de deslocamento dorsal onde foi realizado movimentos de cavoca que é o movimento do nado sobrevivência e também flutuação dorsal e ventral.
Para auxiliar e desenvolver os nados Crawl, costas e peito o auxílio do professor foi essencial e o aluno também já tinha noção, realizado a correção da braçada do crawl, pegada dupla com braços estendidos, realizar uma braçada com o braço esquerdo e direito, trocando a braçada somente quando as mãos tocarem a frente do corpo. Educativos realizados com a mão fechada e a outra aberta, abrindo e fechando as mãos durante a braçada, com uma bolinha fazendo movimentos alternados as braçadas.
Com o exercício de prancha com cada braçada eleva a cabeça para respirar. Cada duas braçadas com o mesmo braço eleva a cabeça para respirar, no nado completo do Crawl, cada ciclo de braçada respira no palmeteio e para a respiração lateral foi trabalhado a seguinte forma: em cada braçada faz a respiração lateral assim aprimorando a execução desses fundamentos tão importante para ele seguimos exercícios bem simples.
O outro exercício realizado com o aluno, segurando a bolinha com um braço e mantendo o outro braço ao lado do corpo, assim alternando o lado da respiração, com o braço estendido e o outro girando respirando na direção do lado da braçada, após a realização desse exercício inverte se a respiração para o lado contrário da braçada.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO:
O presente estudo sobre as repercussões da lesão medular na identidade do sujeito evidenciou-se que fatores internos e externos podem influenciar a forma como a pessoa enfrentará a nova situação relacionada às alterações causadas pela lesão medular, à relação entre a gravidade da lesão e importância das variáveis ambientais e psicossociais sugere que quanto maior o suporte e rede de apoio ambiental e social maior a adaptação às adversidades e aos programas de reabilitação. Nesse estudo usamos um caso real para acompanhar de perto uma situação de LM, e os resultados obtidos com esse trabalho foi significante, num sujeito com dor Neuropática intensa a atividade física mostrou-se eficiente diante da nova realidade, principalmente à natação trouxe um grande alivio no controle do tronco e melhorou no funcionamento urinário, o equilíbrio, aperfeiçoamento nos nados, melhora consideravelmente da respiração e da coordenação motora.
APRIMORANDO OS NADOS
O trabalho de nados foi realizado com um flutuador ventral e o deslocamento feito somente com o palmeteio.
Nadando o nado crawl com o braço fazendo a puxada e o outro estendido acima da cabeça e depois nadar costa com um braço parado acima da cabeça e o outro executando somente o término da puxada.
Fazendo o nado costa com a braçada dupla simultânea, girando usando os dois braços juntos para maior eficiência. Braçada alternada com as mãos fechada e braçadas simultâneas em cada ciclo de braçadas troca a de a posição de decúbito ventral para dorsal.
Para desenvolver o nado peito o professor entra na piscina para poder auxiliar a aluno.
Realizado educativo com o espaguete de baixo do braço para executar o movimento da braçada do peito, dessa forma o mesmo assimila o movimento. Para maior eficiência da braçada foi feito da seguinte forma: com uma das mãos fechada e a outra aberta realizando o movimento da braçada. Com o espaguete amarado na cintura do aluno, ele faz duas braçadas na terceira respira esse educativo e feito para o aluno ter mais força.
Nadar 25 metros com o braço direito ou com o braço esquerdo ou alternando a cada 2 ou 3 braçadas. Com uma bolinha em cada mão, fazendo a braçada do peito, porém respirando em todas as braçadas.
O educativo de força execução é realizado com um braço de cada vez, e depois uma braçada completa dessa forma trabalhando a força e resistência do aluno.
Com o palmar em uma mão e a outra sem palmar, o movimento da braçada é executado respirando em todas as braçadas e com o palmar nas duas mãos fazendo os movimentos das braçadas e respirando em todas as braçadas.
Os nados têm inúmeros benefícios à saúde, tais como: aumento da flexibilidade, desenvolvimento da resistência muscular, cardiorrespiratória e força, sem causar impacto na musculatura ou articulações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo experimental realizado no paciente com lesão medular traumática tipo T11 possibilitou excelente resultados.
A hipótese inicial que o exercício de natação permite ao paciente uma permanência temporária fora da cadeira de rodas ou leito contribuindo para seu melhoramento, fazendo se sentir melhor fisicamente e psicologicamente, foi confirmado, o paciente mostrou excelente resultados, portanto o experimento mostrou que a atividade física de natação foi efetiva na melhora da condição física, trazendo benefícios motores, habilidade funcional, aperfeiçoamento dos nados e melhora consideravelmente da respiração do participante. Embora ainda ter carência de estudos que apontam os efeitos da natação sobre a independência funcional de pacientes com lesão medular.
Nesse sentido, o presente estudo vem ratificar o que a literatura aponta no que se refere aos efeitos positivos da prática da natação sobre a independência funcional.
REFERÊNCIAS
ADAMS, R. C. et al. Jogos, Esportes e Exercícios para o Deficiente Físico. 3 ed. São Paulo: Manole, 1985.
DE ALMEIDA, Patrícia Alves; TONELLO, Maria Georgina Marques. Benefícios da natação para alunos com lesão medular. 2007. http://www.efdeportes.com/efd106/beneficios-da-natacao-para-alunos-com-lesao-medular.htm. Acesso 03 setembro 2017.
BROMLEY, I. Paraplegia & Tetraplegia - Um Guia Teórico-Prático para Fisioterapeutas, Cuidadores e Familiares. 4 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1997.
CEREZETTI, C. R. N., Nunes, G. R., Cordeiro, D. R. C. L., & Tedesco, S. (2012). Lesão medular traumática e estratégias de enfrentamento: revisão crítica. Revista O Mundo da Saúde, 36(2), 318-326. http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/93/art07.pdf. Acesso 07 Abril 2017
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1999
GONZALEZ Nena, MATTOS Sheyla O que é lesão Medular. http://www.novoser.org.br/espacao_informacao_lm.html. Acesso 03 Setembro 2017
HALLIWICH – Programa dos 10 pontos. http://www.halliwick.com.br/o-programa-dos-10-pontos. Acesso 08 Outubro 2017
INSTITUTOVERTEBRA.COM.BR: O que é lesão medular http://www.institutovertebra.com.br/lesao-medular-doencas-coluna-informacoes-artigos-medicos.php. Acesso 21 Maio 2017
Lesão Medular: novas perspectivas e o papel do exercício físico! http://www.acreditando.com.br/single-post/2015/08/11/Lesão-Medular-novas-perspectivas-e-o-papel-do-exercicio-físico. Acesso 21 Maio 2017
MEIER, M. Atividade Física para Deficiente. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Física e Desportos. Brasília: SEED/MEC, 1981.
PALMER, M. L.; TOMS, J. E. Treinamento Funcional dos Deficientes Físicos. ed. São Paulo: Manole, 1988.
SOUZA, P. A. O Esporte na Paraplegia e Tetraplegia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994.
TODAMATÉRIA.COM. Sistema Nervoso. https://www.todamateria.com.br/sistema-nervoso/. Acesso 20 Agosto 2017
TSUTSUMI, Olívia, et al. Os benefícios da natação adaptada em indivíduos com lesões neurológicas. Revista Neurociências V.12. N. 2, p (2004): 82-85.
WINNICK, J. P. Educação Física e Esportes Adaptados. Tradução: Fernando Augusto Lopes. 3 ed. Barueri, SP: Manole, 2004.
[1],2, 3,4 Trabalho de Conclusão de Curso de bacharel apresentado ao Programa de bacharelado da Centro Universitário Ítalo Brasileiro (UNÍITALO), como requisito para a obtenção do título de bacharel em Educação Física ... E-mail: viviane.sabino2012@gmail.com, williamcaris.p2010@hotmail.com, julio.cesar-07@hotmail.com, pallomacostab0514@gmail.com
5Mestre em Fisioterapia, docente do Centro Universitário ítalo Brasileiro (UNÍITALO). E-mail: micardoso@unisa.br