Avaliações Escolares: Uma Questão Profissional Na Educação Atual

AVALIAÇÕES ESCOLARES: UMA QUESTÃO PROFISSIONAL NA EDUCAÇÃO ATUAL

Por Ivan Carlos Zampin – Professor Doutor, Docente no Ensino Superior, Ensino Fundamental e Médio e Gestor Escolar.

No trabalho como Professores das redes de ensino sejam, Federais, Estaduais, Municipais e Particulares, durante a maior parte de nossas vidas, temos estado às voltas com a avaliação educacional. Praticamente estamos sempre avaliando ou sendo avaliados pelas pessoas e, numa realidade atual onde a transição é rápida e vertiginosa, provocando alunos e professores para enfrentarem e assumirem os desafios emergentes das mudanças, ou seja, em todos os setores, portanto, estende-se substancialmente a necessidade de repensar o trabalho educacional como um todo, ou seja, de maneira holística e sistêmica, pois, a escola é um microcosmo da sociedade que a circunda.

Dentro do processo ensino-aprendizagem a avaliação é com certeza um dos pontos mais complexos e que mais exige do professor. É o momento em que o educador constata a validade e a objetividade do seu trabalho em sala de aula. Ele avalia e é avaliado. Assim, o método adotado para tal deve não só medir o crescimento individual do aluno através da aquisição do conhecimento, como também refletir se a estratégia empregada sua “didática aplicada” funcionou, isto é, se satisfez as expectativas do educador com o aprendizado do educando.

A avaliação escolar permite confirmar os estados em que se encontram os elementos envolvidos no contexto, tendo um papel altamente significativo na educação. Segundo Luckesi (1990) “A avaliação da aprendizagem existe propriamente para garantir a qualidade de aprendizagem do aluno. Ela tem a função de possibilitar uma qualificação de aprendizagem do aluno.”

Tomando por esse norte acreditamos que a nota, o conceito, a menção como atualmente é descrita na caderneta de sala das escolas estaduais da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo ou ainda o parecer descritivo, devam ser para o professor, para o aluno, para a escola e para os pais, indicadores da etapa vencedora, de um processo qualitativo de conhecimento. Não se pode negar que a ideia da prova está presente, tendo a convicção de que isto não é propriamente um mal, desde que seja percebida como um estímulo para o progresso do aluno ou um indicador de que não tendo ocorrido a aprendizagem, novas estratégias podem ser planejadas para serem aplicadas em sala de aula.

Em todas as diferentes etapas da aprendizagem (ciclos de aprendizagem), segundo o que temos hoje no sistema escolar, norteadas pelas “competências e habilidades”, as mesmas desempenham um papel decisivo na vida do aluno e nenhuma delas exclui avaliador e avaliado do compromisso de ser o seu próprio agente de decisão e o responsável pelo processo educativo. As novas posturas que devemos tomar no presente e no futuro, que está bem próximo, nos obrigam a questionar não só o que está sendo feito, ou deveria estar, mas o que deve ser feito para atender essas novas necessidades. A avaliação escolar tem sido desde muito tempo, preocupação de todos que participam no processo educativo e, por isso, se constitui num guia indispensável ao profissionalismo do professor.

REFERÊNCIAS.

GIMENO, J. S.. In Ideias n° 22, Avaliação do rendimento escolar. São Paulo, FDE, 1994.

HOFFMANN, J.. Avaliação: mito e desafio. Porto Alegre, Educação e Realidade Editora, ed., 1992.

LIBÂNEO, J. C.. Didática. São Paulo, Ed. Cortez, 1991.

LUCKESI, C. C.. Filosofia da educação. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

LUCKESI, C. C.. Avaliação da aprendizagem escolar. São Paulo, Ed. Cortez, 3a ed., 1996.

LUCKESI, C. C.. Prática docente e avaliação. Rio de Janeiro, ABT, 1990.

SANTANNA, I. M.. Por que avaliar? Como avaliar? Rio de Janeiro, Vozes, 1995.

VILLAS BOAS, W.. Avaliação do desempenho do aluno. São Paulo, Cenp, 1981 .