AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO CURRÍCULO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA: UM ESTUDO DE CASO
AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO CURRÍCULO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA VETERINÁRIA: UM ESTUDO DE CASO
EVALUATION OF THE IMPLEMENTATION OF THE UNDERGRADUATE CURRICULUM IN VETERINARY MEDICINE: A CASE STUDY
EVALUACIÓN DE LA IMPLEMENTACIÓN DEL CURRÍCULO DE PREGRADO EN MEDICINA VETERINARIA: UN ESTUDIO DE CASO
Gisele Lima Luiz 1
Mário César Barreto Moraes 2
Rogério da Silva Nunes 3
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – Florianópolis, Santa Catarina, Brasil; gisele.lima@ufsc.br
2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – Florianópolis, Santa Catarina, Brasil; mcbmstrategos@gmail.com
3 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – Florianópolis, Santa Catarina, Brasil; rogerio.sn@ufsc.br
RESUMO:
Este artigo se propõe a apresentar os resultados de estudo de caso realizado para avaliar as consequências da implementação do novo currículo do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tendo em vista as alterações delimitadas pelas novas Diretrizes Curriculares Nacionais. De natureza qualitativa, visando uma compreensão aprofundada e contextualizada dos fenômenos estudados, que analisou os seguintes indicadores: Políticas institucionais; Estrutura organizacional; Capacitação de docentes e funcionários e sua qualificação. A análise demonstrou um currículo alinhado ao Plano de Desenvolvimento Institucional, bem como à resolução que regulamenta a graduação na UFSC. Também se verificou a experiência dos docentes que integram o currículo, e a titulação além do esperado pelos Servidores Técnico Administrativos em Educação. Concluiu-se que o currículo analisado se alinha com as novas Diretrizes Curriculares Nacionais e o Planejamento Institucional da Universidade, onde seus servidores buscam qualificar-se para alinhar-se ao ensino de qualidade a ser oferecido.
Palavras-chave: Currículo; Avaliação; Diretrizes curriculares.
ABSTRACT:
This article aims to present the results of a case study conducted to assess the consequences of implementing the new curriculum for the Veterinary Medicine course at the Federal University of Santa Catarina (UFSC), considering the changes established by the new National Curricular Guidelines. The study was qualitative in nature, aiming for an in-depth and contextualized understanding of the phenomena being studied, and analyzed the following indicators: institutional policies, organizational structure, faculty and staff training, and their qualifications. The analysis demonstrated a curriculum aligned with the institutional development plan and with the resolution that regulates undergraduate programs at UFSC. The experience of the faculty members involved in the curriculum was also verified, as well as the qualifications of the Technical Administrative Staff in Education, which exceeded expectations. It was concluded that the analyzed curriculum is aligned with the new National Curricular Guidelines and the Institutional Planning of the University, with faculty and staff continuously seeking further qualifications to align with the high-quality education being offered.
Keywords: Curriculum; Evaluation; Curricular guidelines.
RESUMEN:
Este artículo tiene como objetivo presentar los resultados de un estudio de caso realizado para evaluar las consecuencias de la implementación del nuevo currículo del curso de Medicina Veterinaria de la Universidad Federal de Santa Catarina (UFSC), a la luz de los cambios trazados por las nuevas Directrices Curriculares Nacionales. De carácter cualitativo, con el objetivo de lograr una comprensión profunda y contextualizada de los fenómenos estudiados, el estudio analizó los siguientes indicadores: Políticas institucionales, Estructura organizacional, Formación del profesorado y del personal docente y su cualificación. El análisis demostró un currículo alineado con el plan de desarrollo institucional, así como con la resolución que regula los estudios de pregrado en la UFSC. También se constató la experiencia de los docentes que forman parte del plan de estudios, así como las cualificaciones superiores a lo esperado por los Servidores Técnicos Administrativos en Educación. Se concluyó que el currículo analizado está alineado con las nuevas Directrices Curriculares Nacionales y la Planificación Institucional de la Universidad, donde sus funcionarios buscan capacitarse para alinearse con la educación de calidad que se ofrece.
Palabras clave: Currículo; Evaluación; Directrices curriculares.
Introdução
A Medicina Veterinária no país está em constante evolução, com avanços contínuos em diagnósticos, tratamentos e técnicas cirúrgicas. Originalmente, a Medicina Veterinária surgiu como uma área do conhecimento focada na promoção da saúde animal, buscando diminuir os prejuízos causados pelas enfermidades que os atingiam. No entanto, com o passar do tempo e o surgimento da Medicina Veterinária Preventiva, aumentou a luta do ser humano contra as enfermidades que colocam em risco a saúde dos seus animais e as doenças humanas adquiridas pelo estreito convívio entre eles, conforme afirma Costa (2011). Esses profissionais devem se dedicar à pesquisa de medicamentos e vacinas para diversas doenças e ao combate aos riscos de pandemias que têm ocorrido em escala global.
O Censo divulgado pelo Conselho Federal de Medicina Veterinária revela que o número de médicos-veterinários inscritos aumentou de 111,2 mil em 2017 para 145,6 mil, em novembro de 2020, observou-se um crescimento de 34,3 mil médicos-veterinários em três anos. Esse crescimento suscitou discussões entre instituições de ensino, conselhos de classe e profissionais, bem como preocupações com a formação desses profissionais.
Nesse cenário, foram formatadas as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) do curso de graduação em Medicina Veterinária. Publicadas inicialmente em 2003, por meio da Resolução CNE/CES 1, de 18 de fevereiro de 2003, no Diário Oficial da União, as DCN determinaram que todos os cursos de Medicina Veterinária do país se adequassem a elas, empenhando esforços na direção da reestruturação e readequação de seus currículos para atender ao que preconizam as novas DCN. Posteriormente, a Resolução CNE/CES 3, de 15 de agosto de 2019, manteve boa parte do texto da DCN anterior, definindo os princípios, fundamentos, condições e procedimentos da formação de médicos veterinários, bem como seu perfil com formação generalista, humanista, crítica e reflexiva, apto a compreender e traduzir as necessidades de indivíduos, grupos sociais e comunidades, com relação às atividades inerentes ao exercício profissional, no âmbito de seus campos específicos de atuação em saúde animal, saúde pública e saúde ambiental; clínica veterinária; medicina veterinária preventiva; inspeção e tecnologia de produtos de origem animal; zootecnia, produção e reprodução animal. Inclui, ainda, o conhecimento dos fatos sociais, culturais e políticos, de economia e de administração (Brasil, 2003).
Amorim (2014, p. 7) ressalta que “observar e analisar os currículos dos cursos de Medicina Veterinária, pensando em suas especificidades locais, significa estar preparado para olhar o funcionamento interno e não apenas a aparência externa”. Conforme destacado por Florentino Novo e Melo (2003), as instituições de ensino superior, cientes do impacto de suas atribuições e sensíveis à missão de fomentar a promoção social, têm promovido diversas reflexões sobre seu papel nesse novo cenário.
Entre os principais pilares que determinam a qualidade do ensino, destaca-se a tríade composta por aluno, professor e currículo, conforme apontado por Barros (2005 apud Paula, 2020). O currículo desempenha um papel central como elo entre as expectativas sociais e institucionais, guiando a formação dos graduados para atuarem em uma variedade de setores profissionais.
É importante destacar que as preocupações e desafios não se restringem apenas à reformulação do currículo, mas também abrangem sua implementação, dadas as condições estruturais das instituições públicas, as influências políticas que sofrem e as exigências legais. Reconhecendo o compromisso político no processo educacional, essa ligação busca tornar-se cada vez mais profunda e comprometida com uma formação autônoma, crítica, ética e política.
O currículo dos cursos de graduação de uma IES é o seu principal produto e, dessa forma, passa a ser o foco de estudo e análise, sendo uma fonte de reflexão... É importante frisar a dimensão holística da reforma curricular, a qual evolve os aspectos relacionados ao aluno, aos fundamentos filosóficos, científicos e didático-pedagógicos dos cursos, aos conteúdos programáticos desenvolvidos, à articulação entre a teoria e a prática. (Arruda, 1997, p.152)
Desta forma, Arruda (1997) salienta a necessidade de implementar sistemas de avaliação nas instituições de ensino superior. Este artigo tem a intenção de avaliar o currículo do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), iniciado no primeiro semestre de 2023, com foco em questões pedagógicas, acadêmicas e formativas.
Para isso, primeiramente foi realizada uma busca referencial sobre as diretrizes curriculares do curso de Medicina Veterinária, a estruturação do curso na UFSC e a relevância da qualidade como fator essencial para a competitividade. Após, a metodologia proposta não se limita à obtenção de informações, mas busca compreender o contexto e as particularidades do novo currículo, cotejando-o com as diretrizes estabelecidas pela instituição. Em seguida, na coleta de dados, foram analisados documentos como relatórios, regulamentos e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
Para a consolidação dos resultados foram destacadas a integração entre teoria e prática, bem como sua abordagem multidisciplinar, apresentados os resultados encontrados e por fim, são discutidas as conclusões sobre as mudanças curriculares, sua adaptação às novas demandas do campo profissional e a preparação dos alunos para o mercado de trabalho, com o intuito de uma formação mais completa e adequada às necessidades da área veterinária.
As diretrizes curriculares no curso de Medicina Veterinária
As diretrizes curriculares fornecem orientações para a elaboração dos currículos, garantindo flexibilidade e diversidade ao indicar conteúdos essenciais, sem determinar conteúdos específicos, cargas horárias ou a organização das disciplinas no currículo. (Brasil, 2001).
Dentro da perspectiva de assegurar a flexibilidade, a diversidade e a qualidade da formação oferecida aos estudantes, as diretrizes devem estimular o abandono das concepções antigas e herméticas das grades curriculares, de atuarem, muitas vezes, como meros instrumentos de transmissão de conhecimento e informações, e garantir uma sólida formação básica, preparando o futuro graduado para enfrentar os desafios das rápidas transformações da sociedade, do mercado de trabalho e das condições de exercício profissional. (Brasil,2002)
A matriz curricular estrutura e orienta a distribuição e organização das disciplinas, com base em uma carga horária oficial, para viabilizar a execução de um determinado currículo, instrumento que expressa uma concepção de formação (Paula, Souza, Moreira, Vilela, Cruz, Bartolli e Carvalho, 2023). O Ministério da Educação salienta que o modelo de estruturação das propostas de diretrizes curriculares para os cursos de graduação deve abranger: o perfil do formando/egresso/profissional; as competências, habilidades e atitudes; as habilitações e ênfases; os conteúdos curriculares; a organização do curso; os estágios e atividades complementares; além do acompanhamento e avaliação. “Nesse sentido, conhecer a atual situação do ensino da medicina veterinária no Brasil auxilia a tomada de decisões curriculares, na medida em que constitui a base para a construção de propostas concretas acerca de quais conteúdos devem ser adicionados ou reformulados” (Borges, Sans, Braga, Machado e Molento, 2013, p. 30).
O Parecer CNE/CES 105/2002 aborda as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Medicina Veterinária, estabelecendo de forma clara e objetiva as bases para a transformação do ensino médico-veterinário no Brasil. Essas diretrizes buscam a construção de currículos que proporcionem ao estudante o desenvolvimento de uma postura autônoma em relação à sua formação. Neste sentido, as DCNs em Medicina Veterinária promovem a aquisição, ao longo da graduação, de competências e habilidades gerais relacionadas à tomada de decisão, comunicação, liderança, gerenciamento e educação permanente. Soma-se a isso o incentivo a modelos de ensino em que os estudantes estejam envolvidos em atividades práticas desde os primeiros períodos (Brasil, 2019). Da mesma forma, a Resolução 7, de 18 de dezembro de 2018, determina que as atividades de extensão devem constituir pelo menos 10% da carga horária total dos cursos de graduação, sendo obrigatórias na matriz curricular.
Portanto, as unidades dos cursos de Medicina Veterinária, responsáveis pela formação desses profissionais, têm como prerrogativa preparar indivíduos que integrem conhecimentos com competências e habilidades, desenvolvendo espírito crítico e autonomia de pensamento. Isso é alcançado por meio do domínio das esferas intelectual, reflexiva e comunicativa, promovendo aprendizagens contínuas (Amorim, 2014). Para Paula, Souza, Moreira, Vilela, Cruz, Bartolli e Carvalho (2023, p. 103):
[...] torna-se importante a criação de novas metodologias de ensino, que propiciem abrir a mente dos discentes e colocá-los frente a novos desafios, que os façam pensar como profissionais da área para promover o crescimento intelectual, pessoal e profissional como futuros Médicos Veterinários.
A atuação profissional dos estudantes de Medicina Veterinária deve ser guiada pela ética e responsabilidade, com uma compreensão da realidade social, cultural e econômica em que estão inseridos. É essencial que compreendam os princípios psicossociais e éticos das relações, assim como os fundamentos do método científico.
As diretrizes pontuam princípios que têm possibilitado às instituições usarem de liberdade para organizar currículos e modificá-los em relação a vários aspectos: à composição de carga horária; a especificação de unidades de estudo possibilitando uma atualização dos conteúdos e processos; à indicação de tópicos ou campos de estudo relacionados às novas experiências de ensino e aprendizagem, pontuando cuidados com os altos índices de carga horária teórica, muitas vezes desligada da prática. (Pacheco, 2019, p.83)
Tendo em vista que a matriz curricular do novo curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Catarina, Campus de Curitibanos, foi estruturada em núcleos que incluem conteúdos básicos (fases disciplinares), conteúdos profissionais essenciais, conteúdos específicos e disciplinas de interesse eletivo (fases disciplinares e modulares), essas fases modulares propõem uma reavaliação dos tempos e espaços de aprendizado, assim como dos saberes e das aprendizagens dos alunos. Essa abordagem concentra os estudos em uma mesma área, permitindo que os estudantes tenham mais tempo para se aprofundar nos temas propostos, aproximando assuntos relacionados em uma sequência lógica e facilitando uma melhor compreensão dos conhecimentos oferecidos (Coelho, 2018). Além disso, proporciona a realização de estágios curriculares obrigatórios, tanto internos quanto externos, bem como atividades de extensão curricular e complementares (UFSC, 2021).
A formação dos estudantes de Medicina Veterinária deve se alinhar aos desafios contemporâneos, integrando teoria e prática de maneira equilibrada e contextualizada. O curso de Medicina Veterinária, Campus de Curitibanos da Universidade Federal de Santa Catarina, realizou, em 2023, a implementação dessas novas diretrizes pautadas no compromisso ético e na responsabilidade social, aliados à flexibilidade curricular e à atualização contínua, que são elementos essenciais para formar profissionais capazes de transformar a realidade e atender às demandas da sociedade de forma crítica e consciente.
O processo de avaliação de qualidade
Os desafios enfrentados pela educação superior exigem que as instituições adotem medidas e esforços adequados, aprendendo a otimizar recursos, fortalecer os vínculos com a sociedade ao seu redor e assim desempenhar um papel relevante no desenvolvimento de sua região ou comunidade. Dessa forma, elas conseguem responder de maneira eficaz a essas transformações sem precedentes na história. Arruda (1997, p.38), vai ao encontro dessas informações quando ressalta a importância da gestão da qualidade nesse processo.
A Gestão de Qualidade na educação é uma nova estratégia de gerenciamento no mundo pós-industrial que auxiliará as Instituições educacionais a melhorarem a qualidade dos seus processos, através de um conjunto de princípios, ferramentas e procedimentos que fornecem diretrizes para administrar a Instituição nas suas atividades – meio e fim.
A relevância da avaliação tem se tornado cada vez mais evidente e destacada na América Latina. Nas últimas décadas, impulsionadas pelas reformas dos Estados e outros processos, surgiram modelos de gestão pública voltados para resultados, com uma crescente participação dos atores sociais nos debates sobre os impactos e a eficácia das políticas. Como consequência, a demanda por avaliações, transparência das informações e prestação de contas dos resultados dos programas e políticas se intensificou (Bilella, Valencia, Alvarez, Klier, Hernández e Tapella, 2016).
As IES têm se adaptado às mudanças propostas pelo Ministério da Educação (MEC), orientando-se por um conjunto de diretrizes e políticas. Diante da dimensão que o ensino superior brasileiro atingiu no início do século XXI, houve uma preocupação com a qualidade dos serviços de educação e, com isso, a avaliação fundamentada no SINAES passou a ser um instrumento valioso para garantir a qualidade do ensino superior. (Nunes e Basílio, 2022, p.3).
A qualidade tornou-se um fator essencial para a competitividade. Buscar excelência em todas as funções, atividades e setores de uma IES representa uma transformação institucional ampla e profunda, exigindo de todos um investimento significativo de tempo e esforço no aprimoramento constante (Arruda, 1997). Sendo que, os resultados apontados fornecem subsídios para a tomada de decisões, favorecem a aprendizagem de equipes e organizações e ampliam o entendimento sobre os problemas que são alvo da ação pública (Bilella, Valencia, Alvarez, Klier, Hernández e Tapella, 2016). Para Nunes e Basílio (2022, p.15) “Nos ambientes educacionais, a avaliação institucional representa um papel significativo, principalmente por se tratar de, necessariamente, de implicar em uma condução multidisciplinar, envolvendo pessoas de diferentes formações”.
Nesse cenário, fica claro que a procura por qualidade no ensino superior vai além do simples cumprimento de regras, visa a criação de uma cultura de excelência que se estende por todas as áreas da instituição. A avaliação institucional direciona decisões estratégicas, mas também fomentam um ciclo interrupto de aprendizado e progresso, atendendo às necessidades da sociedade. Assim ao investir em qualidade e avaliação, as instituições de ensino superior aumentam sua competitividade e auxiliam na preparação de profissionais mais qualificados e críticos, que terão um papel transformador no mundo em que vivem.
Avaliar um currículo envolve interpretar, compreender e valorizar seus processos e produtos com o objetivo de aprimorá-lo e inovar, promovendo a reconstrução colaborativa das relações entre saberes, culturas e usos do conhecimento. Essa avaliação pode impulsionar a reformulação do currículo e a implementação de novas práticas educativas, possibilitando mudanças significativas na formação de profissionais. Dessa maneira, eles estarão preparados para responder de forma crítica às demandas e desafios presentes nos diversos contextos de atuação (Paula, Souza, Moreira, Vilela, Cruz, Bartolli e Carvalho, 2023).
Com base nessas premissas, a revisão curricular é parte integrante do projeto de melhoria institucional da qualidade, tendo como pontos principais: concepção filosófica e praticidade do curso, metodologias pedagógicas, programas desenvolvidos, articulação entre teoria e prática, linhas de pesquisa existentes, bem como recursos de infraestrutura e laboratórios existentes, capazes de dar apoio a uma atualização técnico-científica. (Arruda, 1997, p.148)
Os formatos avaliativos adotados pelas IES seguem diferentes princípios, mas todos têm, em essência, o objetivo de contribuir para a eficiência e a qualidade institucional, proporcionando um diferencial (Pinto, Heinzen e Melo, 2005). A busca contínua pela excelência no ensino superior exige que adotem processos avaliativos robustos, que não apenas mensurem resultados, mas também promovam uma cultura de aprimoramento constante.
Rodrigues (2003) sugere os seguintes indicadores:
· Políticas institucionais: porcentagem em atingimento das metas;
· Estrutura organizacional: Avaliação do quadro administrativo (quantitativa e qualitativa) e do clima organizacional;
· Infraestrutura de apoio: área construída (m²/aluno), área em construção (m²/aluno), área de estacionamento (m²/aluno), área de lazer (m²/aluno) e avaliação qualitativa dos prédios e equipamentos;
· Capacitação de docentes e funcionários: percentual de docentes e funcionários com titulação de graduação, especialização, mestrado e doutorado;
· Qualificação de docentes e funcionários: titulação (graduados, especialistas, mestres e doutores), regime de dedicação integral, experiência profissional e resultados da avaliação interna de desempenho de docentes e funcionários;
· Volume de recursos financeiros: resultado do balanço patrimonial do exercício anterior, investimentos (R$/aluno) e taxa de inadimplência (%);
· Distribuição dos recursos financeiros: distribuição por dimensão (% para graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão) e por área de conhecimento;
· Imagem da instituição junto à comunidade: percentual dos níveis de satisfação da comunidade, empresas e público interno, e resultados das avaliações externas.
A avaliação curricular, quando integrada à estratégia institucional, potencializa a capacidade das instituições em inovar e ajustar suas práticas pedagógicas às necessidades do mercado e da sociedade. Assim, ao valorizar tanto a revisão curricular quanto as avaliações periódicas, as IES não só asseguram a formação de profissionais críticos e bem-preparados, mas também reafirmam seu compromisso com a qualidade e a relevância educacional.
Procedimentos metodológicos
A pesquisa realizada se caracteriza como um estudo de caso, de natureza qualitativa, visando uma compreensão aprofundada e contextualizada dos fenômenos estudados. Assim:
As formulações qualitativas são uma espécie de plano de exploração (entendimento emergente) e são apropriadas quando o pesquisar se interessa pelo significado das experiências e pelos valores humanos, pelo ponto de vista interno e individual das pessoas e pelo ambiente natural onde ocorre o fenômeno estudado, e também quando buscamos uma perspectiva mais próxima dos participantes. (Sampieri, Collado E Lucio, 2013, p. 380)
Sendo assim, este artigo se propõe a apresentar os resultados de estudo de caso realizado para avaliar as consequências da implementação do novo currículo do curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Campus de Curitibanos, tendo em vista as alterações delimitadas pelas novas Diretrizes Curriculares Nacionais, considerando a implementação, a partir de 2023/1.
Para fins de coleta de dados desta pesquisa, serão analisados documentos existentes, como relatórios, regulamentos, legislações, normativas, plano de desenvolvimento institucional, entre outros. De acordo com Yin (2016, p.156), “Muitos documentos podem ser úteis simplesmente pela natureza dos detalhes que contêm”.
A interpretação dos dados, busca entender o que foi coletado, confirmar ou refutar as hipóteses do estudo e aprofundar a compreensão dos contextos, ultrapassando o que é percebido apenas nas aparências do fenômeno (Souza Júnior et al, 2010). Rodrigues (2003) salienta a necessidade de considerar as particularidades de cada instituição de ensino, sendo assim foram adaptados os indicadores e analisados conforme segue:
No que concerne às políticas institucionais, pretende-se analisar o novo currículo, 2023/1, cotejando com as políticas desenvolvidas no âmbito institucional e seu propósito em atender à missão proposta pela instituição em seu Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI 2020-2024 e a RESOLUÇÃO nº 017/CUn/97 que regulamenta os cursos de graduação da UFSC.
Quanto ao indicador estrutura organizacional, será empreendida uma avaliação quali-quantitativa do quadro administrativo direcionado ao atendimento do curso de Medicina Veterinária e sua proporção por aluno. Finalmente, no que tange a qualificação de docentes e funcionários, intenciona-se identificar o percentual de docentes e funcionários com as respectivas titulações registradas no sistema ADRH da instituição e currículo lattes considerando os currículos atualizados a partir de 2023.
Dos indicadores não avaliados por esse artigo, embora sejam de grande relevância para a avaliação geral da qualidade educacional e institucional, os indicadores de infraestrutura de apoio, volume e distribuição de recursos financeiros, não serão analisados neste artigo, por apresentarem uma necessidade de aprofundamento de dados quantitativos e qualitativos que excedem o escopo deste artigo, bem como a possibilidade de não se ter acesso a todos os dados necessários para esse fim. Quanto a imagem institucional, pode apresentar uma percepção subjetiva e influenciada por múltiplos fatores externos, tornando difícil estabelecer uma correlação direta com a qualidade do ensino.
Consolidando resultados
Iniciou-se a avaliação pelas políticas institucionais, sabendo que o currículo do curso de Medicina Veterinária, versão 2012-2, compreendia uma carga horária de 4.110 horas (equivalente a 4.932 horas-aula) em disciplinas obrigatórias, incluindo o Estágio Curricular Obrigatório, além de 210 horas (252 horas-aula) em disciplinas optativas e 90 horas (108 horas-aula) em atividades complementares. Com a atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) de 2019, houve uma reformulação dos conteúdos essenciais e a inclusão de estágio de formação em serviço a ser realizado nas dependências da Instituição (conforme o Art. 10). Além disso, tornou-se obrigatória a realização de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) como componente separado.
Com a inclusão desses novos componentes, o curso passou a ter 4.575 horas (5.490 horas-aula) em disciplinas obrigatórias, englobando os Estágios Curriculares Obrigatórios I e II, e o TCC; 60 horas (72 horas-aula) em disciplinas optativas e 60 horas (72 horas-aula) em atividades complementares. Também foram reservadas 465 horas (558 horas-aula) para a atividades de extensão. Com isso, a matriz curricular está estruturada em um sistema híbrido: uma parte da formação é composta por componentes disciplinares e a outra por componentes organizados em módulos. Ambos abrangem conteúdos essenciais nas áreas de Ciências Biológicas e da Saúde, Ciências Humanas e Sociais, e Ciências da Medicina Veterinária, enquanto temas como meio ambiente, bem-estar animal, legislação e ética serão integrados ao longo da formação (UFSC, 2021).
Ao encontro dessas informações, o PDI enfatiza, dentre outras coisas: a importância da formação sólida e abrangente dos alunos, garantindo que a carga horária atenda as exigências; a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão como um princípio fundamental; a importância da formação interdisciplinar e da inclusão de temas transversais como meio ambiente, bem-estar animal, legislação e ética; constantemente melhorar a qualidade da educação oferecida pela UFSC. Da mesma forma, a RESOLUÇÃO nº 017/CUn/97 estabelece que: os cursos de graduação têm como objetivo proporcionar uma formação de nível superior que habilite os alunos a obter um grau universitário; necessidade de um currículo estruturado e coerente; destaca a importância da integração entre ensino, pesquisa e extensão.
Quanto a avaliação do quadro administrativo direcionado ao atendimento do curso de Medicina Veterinária, apresentamos avaliação quantitativa do quadro de Servidores Técnico Administrativos em Educação - STAE direcionado ao atendimento do curso de Medicina Veterinária, em um total de 14 servidores, e sua proporção por aluno. Também foi analisado o quantitativo docente/aluno com um total de 30 docentes, essa análise revela a estrutura de apoio aos alunos e atividades de ensino, pesquisa e extensão, devendo ser monitorada e ajustada conforme necessário para garantir que todos os estudantes recebam o suporte adequado durante sua formação, conforme segue:
Tabela 1 – Número de servidores por aluno
Função |
Currículo antigo |
Currículo novo |
Soma total |
Administradora |
146 |
198 |
344 |
Assistente em Administração Docente Farmacêutica Médico Veterinário Secretária Executiva Técnico em Laboratório Técnico em RX |
146
4,86 146 36,5 146 29,2
146 |
198
5,6 198 49,5 198 39,6
198 |
344
11,52 344 86 344 68,8
344 |
Fonte: Elaborada pelos autores, com base nos números de servidores e alunos do Campus (2024).
Os cargos de administradora, assistente em administração, farmacêutica, secretária executiva e tecno em RX, possuem apenas um servidor responsáveis pelo atendimento dos 344 discentes da Medicina Veterinária. Para cada docente existe 11,52 alunos, mas os maiores números são de 68,8 alunos por técnico em laboratório e 86 por médico veterinário, números relativamente altos para que se posso ter um atendimento mais individualizado.
Já o quadro de STAE e sua formação complementar ao exigido em concurso público, demonstra uma significativa predominância de titulações de pós-graduação entre os funcionários, sendo 64,29% com mestrado/doutorado o que contribui de maneira positiva para a qualidade da educação oferecida aos alunos. Além disso, dos 30 docentes do curso, 15 possuem pós-doutorado, ou seja, 50% dos docentes que lecionam neste curso possuem qualificação maior do que a exigida em concurso público. Cem por cento dos professores possui uma sólida experiência no ensino superior, com 36,67% com experiência anterior ao ano de 2010, 60% já lecionavam entre os anos de 2010 e 2019, e apenas 3,33% possuem experiência a partir de 2020 como professores em Instituições de Ensino Superior (IES). Os docentes também possuem formações variadas e experiência prática significativa na área veterinária, bem como experiências internacionais.
A avaliação do currículo do curso de Medicina Veterinária da UFSC, à luz das Diretrizes Curriculares Nacionais de 2019 e das políticas institucionais estabelecidas pelo PDI e pela Resolução nº 017/CUn/97, evidencia um compromisso sólido com a formação de profissionais qualificados e preparados para enfrentar os desafios da profissão. Além disso, a qualificação avançada dos docentes e a experiência prática acumulada pelos servidores técnico-administrativos fortalecem ainda mais a qualidade do ensino oferecido.
A pesquisa foca nas questões pedagógicas, acadêmicas e formativas, onde o currículo implantado se alinha respectivamente: Em implementação de metodologias ativas e inclusão da extensão integrando teoria e prática; com ênfase em temas que introduzem questões atuais e relevantes ao currículo; A inclusão de componentes como a ampliação de horas dedicadas ao estágio em serviços, refletem um compromisso com a excelência acadêmica, além de uma formação continuada dos técnicos-administrativos e docentes; dimensão evidenciada pela estrutura hibrida combinando disciplinas obrigatórias e optativas, personalizando o aprendizado, desenvolvendo habilidades essenciais para a atuação profissional.
As mudanças no currículo, refletem uma adaptação às novas demandas do campo profissional, com um foco na integração entre teoria e prática, bem como uma abordagem multidisciplinar que considera as interações entre saúde animal, humana e ambiental, promovendo uma formação mais completa e alinhada com as necessidades da sociedade. Em discussões diárias sobre currículo, geralmente se foca apenas no conhecimento, deixando de considerar que o saber presente no currículo está profundamente, essencialmente e de forma crucial ligado ao que se é e ao que se torna. (Silva, 2018)
Ao encontro dessas informações a missão da UFSC é produzir, organizar e compartilhar o conhecimento filosófico, científico, artístico e tecnológico, contribuindo para o desenvolvimento integral do ser humano, profissional e solidária, visando a construção de uma sociedade justa e democrática, defendendo a qualidade de vida. (UFSC, 2020) Portanto o currículo iniciado em 2023/1 reflete essa missão de preparar profissionais qualificados para esse fim.
No que tange a inclusão de 465 horas para a inlusão da extensão, o sistema híbrido, com componentes disciplinares e módulos que abrangem conteúdos essenciais nas áreas de Ciências Biológicas, Ciências Humanas e Sociais, e Ciências da Medicina Veterinária, a reformulação dos conteúdos essenciais e a inclusão do estágio em serviço nas dependências da instituição, são abordagens do novo currículo que contemplam o PDI institucional e possibilitam que os alunos tenham experiências práticas que conectem o conhecimento teórico à realidade social, formando profissionais comprometidos com a sociedade.
Com uma carga horária total de 4.575 horas em disciplinas obrigatórias, que inclui componentes disciplinares e módulos que abrangem áreas essenciais como Ciências Biológicas, Ciências Humanas e Sociais, e Ciências da Medicina Veterinária, e a exigência do TCC como componente separado, alinham-se com os artigos da Resolução nº 017/CUn/97, que estabelece procedimentos claros para a alteração curricular, incluindo a necessidade de fundamentação das propostas e a aprovação pelo Colegiado do Curso e pela Câmara de Ensino de Graduação, partes igualmente cumpridas pelo currículo analisado,
Uma proporção mais baixa (menor relação de alunos por servidor) geralmente indica que os alunos receberão mais atenção individualizada, o que pode resultar em uma melhor experiência educacional e maior suporte acadêmico, o que não acontece no ensino da Medicina Veterinária, não foi localizado um indicativo de uma proporção servidor/aluno, porém é evidente que estes números estão altos para que os servidores façam esse atendimento individualizado.
Quando a proporção docente/aluno o quantitativo de 11,52 está abaixo do quantitativo exigido na Lei 13.005/2014, que institui o Plano Nacional de Educação (PNE) que é 18 matrículas por professor. Não se pode ignorar o fato que os 30 docentes também lecionam em outros cursos do Campus, portanto tende a aumentar esse número.
Quanto ao quadro de STAE 42,86% possuem mestrado, indicando que os servidores possuem uma formação avançada que pode contribuir significativamente para qualidade do ensino, pesquisa e extensão. E 21,43% de servidores possui doutorado, sugerindo que há conhecimento acadêmico e capacidade para conduzir pesquisas e orientar alunos em níveis elevados. O incentivo à qualificação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação, instituído pela Lei no 11.091, de 12 de janeiro de 2005, contribui para que os servidores se qualifiquem e assim ofereçam melhorias para a instituição como um todo.
Para Camões, Pantoja e Bergue, (2010): “A intenção da capacitação é o desenvolvimento de um quadro de pessoal com as competências necessárias para satisfazer às necessidades e aos objetivos da organização, de modo a garantir seu bom desempenho e o alcance dos resultados e metas estabelecidos no planejamento estratégico.” Sendo assim, ressalta-se a importância de promover programas de capacitação e formação continuada para servidores visando aprimorar suas habilidades e conhecimentos, e apoiar os servidores com mestrado e doutorado ao envolvimento com projetos de pesquisa e extensão.
Cabe, nesse contexto, mencionar a atuação da Clínica Veterinária Escola (CVE), do Campus de Curitibanos, que permite a atuação de todos os segmentos da comunidade universitária: discentes, docentes e técnico-administrativos em educação, na prestação de serviços de atendimento clínico-cirúrgico. Dessa forma, a Universidade, pública e gratuita, cumpre seu papel, estimulando a cidadania e possibilitando retor no à comunidade.
O estudo de caso em questão, considera a implementação, a partir de 2023/1, das mudanças definidas pelas novas DCNs para o curso de Medicina Veterinária, localizado no Campus de Curitibanos, no âmbito da Universidade Federal de Santa Catarina. A análise do novo currículo foi abrangente, considerando tanto as inovações propostas quanto seu alinhamento com as políticas institucionais. Essa abordagem permitiu uma compreensão preliminar das implicações das mudanças curriculares na formação dos alunos e na missão institucional. O novo currículo propõe não apenas preparar os alunos para o mercado de trabalho, mas também formar cidadãos críticos e conscientes de seu papel na sociedade.
Apresentou-se a capacitação da equipe em manter uma equipe capacitada, sendo assim é importante manter políticas que incentivem a participação dos servidores em programas de capacitação e que os mantenham atualizados com as novas metodologias de ensino e conteúdos, culminando em um compromisso renovado com a excelência acadêmica desta instituição.
A literatura demonstra importância de um processo contínuo de avaliação, tendo em vista o que sugere Arruda (1997), onde a avaliação é chave para a melhoria contínua, e o quão necessário é manter procedimentos e responsabilidades para atender às exigências atuais, com processos de avaliações realizados constantemente, e mecanismos que considerem o feedback dos alunos e das comunidades atendidas pode ajudar a ajustar o currículo conforme necessário.
As consequências da implementação do novo currículo da Medicina Veterinária, do ponto de vista dos indicadores analisados, teoricamente foram benéficas para a formação dos alunos envolvidos nesse processo formativo. A inclusão de horas de extensão além de cumprir o estabelecido na Resolução 7, indica que poderá ter diferentes benefícios aos alunos, tanto no aprendizado prático, quanto no desenvolvimento de competências e responsabilidade social. Todas essas, condições delimitadas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais, sendo assim, cumprindo o estabelecido.
Salienta-se que um estudo com os egressos desse currículo, pode enriquecer o processo avaliativo deste novo currículo, possibilitar novas reformulações, sempre em busca da excelência na formação dos futuros Médicos Veterinários.
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