30/07/2018

Aprender a Aprender

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

Como afirmado incansáveis vezes, a educação é a pedra angular das transformações positivas de uma nação, o problema enfrentado por ela, são tantos que a mesma acaba perdendo esta função que lhe deveria ser peculiar.

Peguemos como exemplo nossos alunos oriundos de uma educação pública, na qual, cobra-se apenas repetições de respostas esperadas como verdadeiras, sem ao menos desenvolver o senso crítico dos alunos., o que se esbarra assim a um estilo pavloviano, conhecido como estímulo/resposta, e inúmeras escolas sequer alcançam este estilo, pois estas criaram verdadeiras massas incapazes de formar um elo cognitivo com a realidade que o cerca.

E assim tem se encaminhado nossa educação pública, formando ora analfabetos funcionais e ora dando apenas diplomas a verdadeiros imbecis, e o triste, que nós educadores somos condizentes com este sistema, pois muitos sequer tem a cultura em si de continuar aprendendo.

Quantos professores ficam apenas na mediocridade de um diploma de curso superior? Quantos fazem uma especialização por apenas fazer, sem aquele comprometimento com a aprendizagem, em poder oferecer o melhor de si para seus alunos?

Somos coniventes quando não nos instruímos sobre tudo que está a nossa volta, seja voltado à educação como novos métodos e processos de aprendizagens ou voltado ao meio social para que o aluno possa nele intervir.

Leandro Karnal em sua fala sobre Ressignificar a vida é reinverntar-se nos alerta sobre o aprender a aprender, pois estamos defasados e acomodados em nossa zona de conforto.

Esta fala nos remete a Chinoy em seu livro Sociedade: uma introdução à sociologia, publicado pela Cultrix em 2006 quando a escritora esclarece que faz parte do complexo processo de socialização o aprender, pois isso dá base para o adaptar-se a novas circunstâncias e assim a desempenhar novos papéis.

Demo em seu livro Saber Pensar, publicado pela Cortez em 2000 é enfático quando fala que o aprender é a maior prova de maleabilidade do ser humano, pois ele só não se adapta a realidade, ele passa intervir nesta, ou seja, torna-se um agente protagônico.

Partindo por esta seara, percebe-se que as organizações procuram justamente funcionários com esta capacidade de aprender a aprender, sendo assim, Terra em seu livro Gestão do Conhecimento: O Grande Desafio Empresarial: Uma abordagem baseada no aprendizado e na criatividade, publicado pela Negócios Editora em 2001, nos esclarece que o cultivo do constante querer aprender, nos faz construir carreiras que nos permitem assumir novas responsabilidades, o que pode ser complementado com as falas de Senge em seu livro O Novo Trabalho do Líder: Construindo Organizações que aprendem, publicado pela Futura em 1997 quando é enfático ao dizer que nós seres humanos fomos feitos para aprender, mas que seja focado no aprender generativo e não adaptativo, pois o primeiro requer novas maneiras de olhar o mundo e não apenas adaptar-se.

Leandro Karnal é enfático ao dizer que precisamos sair da mesmice, ou seja, do "hic et nunc" que é o aqui e agora, precisamos ultrapassar nossa zona de conforto e buscar a aprendizagem contínua.

Nós professores, precisamos ser a primeira mudança na educação, buscando o aprendizado contínuo e sendo exemplo a ser seguido por nossos pares, lembrando que conhecimento não ocupa espaço e hoje, as informações estão aí, basta sairmos desta inércia e sermos proativos.

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