Apontamentos Sobre os Motivos da Escolha Da Profissão Professor... De Educação Física
APONTAMENTOS SOBRE OS MOTIVOS DA ESCOLHA DA PROFISSÃO PROFESSOR... DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Hugo Norberto Krug
RESUMO
Este estudo objetivou abordar os principais motivos que influenciam as pessoas na escolha da profissão professor... de Educação Física (EF). Caracterizamos o estudo como uma pesquisa qualitativa com enfoque bibliográfico, tendo como interpretação das informações coletadas à análise documental. Pela análise das informações obtidas na literatura especializada em EF, onde a base de dados foi o indexador Google Acadêmico, concluímos que, identificamos um rol de doze principais motivos que influenciam as pessoas na escolha da profissão professor... de EF, sendo a maioria intrínsecos, ou seja, próprios do indivíduo e a minoria extrínsecos, isto é, influenciados por terceiros. Entretanto, qualquer que seja(m) o(s) motivo(s) que influencia(m) a escolha profissional das pessoas, esse(s) não impossibilita(m) que os indivíduos venham a desenvolver as competências necessárias ao exercício da profissão.
Palavras-chave: Educação Física. Escolha Profissional. Motivos.
1- CONSIDERAÇÕES INICIAIS: INTRODUZINDO A TEMÁTICA
Para Silva e Ribeiro (2018, p.s.n.), “[e]m tese, a vida é constituída por um movimento que impulsiona o homem a fazer escolhas, revelando nisso um sentimento de pertença e de autonomia que fazem aflorar sentidos para o que faz e como faz” (grifo nosso a partir desse momento).
Diante dessa afirmativa, consideramos importante citarmos Hurtado (1983), que destaca que, todo comportamento é motivado, ou seja, é impulsionado por motivos (grifo nosso a partir desse momento). Nesse sentido, todo o tipo de comportamento decorre de uma causa que o provoca. Assim, motivo foi definido com sendo,
[...] qualquer consideração pela qual um ato é realizado. Motivo é o que leva uma pessoa a praticar uma ação. É a razão pela qual o ato é realizado e inclui tudo que, de alguma forma, influencia a vontade. Indica todos os fatores e condições que iniciam e sustêm a atividade ou comportamento (HURTADO, 1983, p.210).
Dessa forma, nesse cenário de escolhas e motivos nos preocupamos com a escolha profissional realizada pelas pessoas, particularmente, a escolha da profissão professor... de Educação Física (EF).
Nesse contexto, Krug e Krug (2008, p.2) ressaltam que, “[...] o momento da escolha da profissão pelos indivíduos está relacionado com uma motivação gerada por um motivo e que este pode ser consciente ou inconsciente [...]”. Nesse sentido, Krug et al. (2014, p.194) colocam que, uma escolha consciente é “[...] quando o indivíduo sabe por que está agindo de determinada maneira [...]”. Já, uma escolha inconsciente é “[...] quando o indivíduo não sabe por que se comporta de determinada maneira [...]”.
Em outras palavras Razeira et al. (2014, p.124) dizem que, os motivos que interferem na escolha da profissão podem ser intrínsecos (próprios do indivíduo) ou extrínsecos (influenciados por terceiros).
Assim, considerando o amplo cenário da escolha da profissão pelos indivíduos, focamos o interesse investigativo, especificamente na EF, pois, segundo Krug e Krug (2017, p.3), “[...] estudar as motivações da escolha profissional é preocuparmos com uma formação de qualidade”.
Dessa maneira, embasando-nos nas premissas descritas anteriormente, formulamos a seguinte questão norteadora do estudo: quais são os principais motivos da escolha da profissão professor... de EF?
Então, a partir dessa indagação delineamos o objetivo como sendo: abordar os principais motivos que influenciam as pessoas na escolha da profissão professor... de EF.
Frente a esse cenário, convém salientarmos que, neste estudo não diferenciamos os motivos de escolha das pessoas pelo curso de Licenciatura e pelo curso de Bacharelado, pois consideramos os dois cursos como componente da profissão professor... de EF. Essa decisão pode ser fundamentada em Krug e Krug (2017) que afirmam que, as pessoas ao escolherem a EF como profissão, tanto via Licenciatura quanto via Bacharelado, geralmente, não possuem conhecimento sobre a divisão da EF e/ou não conhecem a realidade dessa profissão.
A justificativa da realização deste estudo pode ser fundamentado em Razeira et al. (2014) que afirmam que, por meio de pesquisas podemos conhecer os interesses e as motivações que levam as pessoas a optar por uma formação em EF e assim promover uma formação profissional mais qualificada. Também Krug e Krug (2008, p.2) justificam a realização deste tipo de investigação “[...] pelo fato de que os seus resultados podem contribuir para a descoberta das influências sobre a escolha da Educação Física enquanto profissão”.
2- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: DESENVOLVENDO A TEMÁTICA
Segundo Luft (2000), a palavra escolha significa ato ou efeito de escolher. Preferência que se dá a alguma coisa que se encontra entre outras; predileção.
De acordo com Bohoslavsky (1977), a escolha profissional pode ser definida como o estabelecimento do que fazer, de quem ser e a que lugar pertencer no mundo por meio do trabalho. Já, Lemos (2018) coloca que, escolher uma profissão significa assumir uma identidade: quem quero ser no futuro e posicionar-se perante os outros e a si mesmo. Significa também avaliar o preço que se está disposto a pagar por essa escolha.
Nesse sentido, Primi (2000) destaca que, a escolha profissional pode ser vista como uma das etapas mais conflitantes na trajetória escolar, pois assume grande importância no plano individual, já que envolve a definição das futuras experiências profissionais, significando, principalmente, a definição de quem ser, muito mais do que fazer.
Bardagi; Lassance e Paradiso (2003) afirmam que, a escolha profissional envolve mudanças, perdas, medo do fracasso e da desvalorização, supõe a elaboração de lutas e conflitos, consigo mesmo e com os outros e requer avaliações constantes. Essas autoras ainda dizem que, “embora o futuro de um indivíduo não dependa exclusivamente de sua opção profissional e mesmo sabendo que esta opção pode ser modificada”, salientam que, essa decisão tem se tornado uma questão cada vez mais importante para as pessoas (BARDAGI; LASSANCE; PARADISO, 2003, p.154).
Entretanto, conforme Rivas (apud BARDAGI; LASSANCE; PARADISO, 2003), a escolha profissional não tem o mesmo significado para todos os indivíduos, pois enquanto para muitos as decisões e mudanças profissionais são vividas de forma mais tranquila, pra outros é muito difícil.
Nesse mesmo direcionamento de pensamento, citamos Biguelini e Rossato (2016, p.2) que colocam que,
[a] escolha da profissão é um fator decisivo na vida das pessoas, isso pode ser um processo normal e tranquilo ou cheio de dúvidas e inquietações. Esse momento que ocorre não só como privilégio das profissões relacionadas ao curso de Educação Física, mas de todas as áreas, pois quem faz a escolha necessita conhecer detalhadamente como será sua formação e qual seu campo de atuação.
No entanto, segundo Bardagi; Lassance e Paradiso (2003), a maioria das pessoas realiza sua escolha profissional conhecendo pouco sobre a totalidade das implicações da mesma em termos de tarefas, dificuldades e responsabilidades, isso devido a não existência de uma preocupação sistemática da escola ou da família em ensinar os filhos e alunos habilidades de tomada de decisão.
Dessa maneira, Saraiva e Ferenc (s.d.) ressaltam que, a escolha do curso profissional é um momento significativo que poderá repercutir na carreira profissional futura, na relação com a pertença social, na autorrealização pessoal e profissional, além de poder constituir-se em um dos elementos explicativos do índice de evasão nas instituições de ensino superior.
Já, Teixeira e Silva (2009) colocam que, escolher uma profissão é esboçar um projeto de vida e acrescentam que, mesmo quando há identificação com a profissão, pode haver ajustes ou mudanças de rumo. Isso por que a cada ano se aprende coisas novas. Uma mudança não significa fracasso nem frustração, mas aceitar novas propostas.
Em contraposição, Osipow (apud BARDAGI; LASANCE; PARADISO, 2003, p.154-155) aponta que,
[...] a indecisão profissional, [...], agora engloba um aspecto maior na vida por causa da crescente frequência de eventos que exigem que as pessoas reavaliem suas decisões de carreira ao longo do tempo. Dúvidas e incertezas passam a ser encaradas, então, como estados que vêm e vão constantemente.
Diante desse cenário, citamos Almeida e Fensterseifer (2007) que afirmam que, a escolha profissional não é uma tarefa fácil, é uma opção que se faz retomando os vários dias vividos durante a nossa constituição, enquanto sujeitos históricos e culturais, a partir dos encontros e desencontros com nossos interesses e intenções e, também, com os interesses e intenções de outros, o que medeia uma tomada de decisão. Isso fortalece uma tese já esboçada de que a escolha dos professores não é fruto somente de uma opção individual, mas de um conjunto de fatores externos que, aliados às condições subjetivas do sujeito, constituem as circunstâncias de vida, nas quais se desenrolam os momentos de escolha.
Nesse contexto, consideramos importante mencionarmos Folle e Nascimento (2009) que destacam que, a formação e a trajetória de um professor começam pelo processo de escolha de ser docente.
3- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: DESCREVENDO OS CAMINHOS PERCORRIDOS PELA TEMÁTICA
Segundo Telles e Krug (2014, p.3), “[...] os procedimentos metodológicos manifestam a intencionalidade e os pressupostos teóricos dos pesquisadores, [...]”, e, nesse sentido, caracterizamos este estudo como uma pesquisa qualitativa com enfoque bibliográfico.
Conforme Triviños (1987), a pesquisa qualitativa pretende compreender uma realidade complexa, isto é, os acontecimentos que nela sucedem, os quais precisam ser compreendidos como parte de um todo.
Então, a partir dos pressupostos da pesquisa qualitativa, realizamos uma pesquisa bibliográfica que, “é a atividade de localização e consulta de fontes diversas de informações escritas, para coletar dados gerais e específicos a respeito de determinado tema” (CARVALHO, 1987, p.110).
Nesse sentido, consideramos importante mencionarmos Ferrari (1982) que destaca que, a pesquisa bibliográfica permitirá ao pesquisador uma visão geral das contribuições de outros investigadores sobre determinado assunto, não permitindo que o rumo da pesquisa seja igual à outra.
Assim, neste estudo, o assunto referiu-se aos ‘principais motivos que influenciam as pessoas à escolha da profissão professor... de EF’
Dessa forma, no primeiro momento da pesquisa, realizamos um levantamento sobre a literatura que aborda os motivos que influenciam as pessoas à escolha da profissão professor... de EF. No segundo momento da pesquisa, utilizamos à análise documental, que, para Lankshear e Knobel (2008), é baseada em documentos e constrói interpretações para identificar significados. No terceiro momento da pesquisa, desenvolvemos o presente texto, a partir das reflexões sobre as obras encontradas.
Particularmente, a busca na literatura especializada em EF foi realizada na base de dados do indexador Google Acadêmico. Foram encontrados e estudados dezoito manuscritos que abordavam a temática em questão: Becker; Ferreira e Krug (1999); Santos e Hallal (2001); Conceição e Krug (2008); Krug e Krug (2008); Silveira et al. (2008); Folle e Nascimento (2009); Maschio et al. (2009); Krug (2010a); Krug (2010b); Antunes; Kronbauer e Krug (2012); Silva e Krug (2012); Krug; Krug e Telles (2014); Razeira et al. (2014); Martins e Figueiredo (2015); Krug e Krug (2017); Krug; Krug e Telles (2017) e Krug et al. (2017).
4- RESULTADOS E DISCUSSÕES: OS ACHADOS SOBRE A TEMÁTICA
Os resultados e as discussões deste estudo foram orientados e explicitados tendo como referência o seu objetivo geral.
Assim, a construção do conhecimento deste estudo baseou-se nas interpretações das informações obtidas pela análise documental, as quais possibilitaram a identificação e a análise dos seguintes motivos que influenciam as pessoas na escolha da profissão professor... de EF, mas sem ordem de prioridade. Foram eles:
1) ‘O gosto pela atividade física e/ou esporte’*.
Esse motivo parece estar em consonância com o dito por Silva e Krug (2012, p.1032) de que, “[...] as aulas de Educação Física na escola e as atividades físicas fora do ambiente escolar (esporte, danças e lutas), influenciam muito na hora da escolha profissional [...]”. Nesse direcionamento de afirmativa, Krug e Krug (2017, p.4) reforçam que, “[...] uma das possíveis influências para o gosto pelo esporte pode ser devido a Educação Física Escolar frequentada pelos estudantes por ocasião da [E]ducação [B]ásica”, isto por que, segundo Tavares (2009), a EF Escolar está desportivizada, nos moldes do esporte veiculado pelos meios de comunicação e, por vezes, pode determinar a escolha profissional futura. Já, Figueiredo (2008) destaca que, a experiência ligada ao esporte ou mesmo afinidade com atividades corporais é muito considerada no momento da escolha do curso profissional;
2) ‘O gosto pela profissão’*.
Esse motivo pode ser respaldado por Vale (2006) que ressalta que, a escolha pela docência resulta, principalmente, de uma decisão tomada em razão da atração que essa carreira exerce sobre o futuro profissional. Já, Novaes (1999) diz que, a escolha da profissão deve ser realizada levando-se em considerações as aptidões, a personalidade e as características individuais, assim como o tipo de atividade e a especialidade que envolve em seu cotidiano, sendo o ideal que o indivíduo esteja sempre trabalhando na área em que gosta. Nesse sentido, Feil (1995) destaca que, gostar do que faz é um fator determinante para a existência de eficiência no trabalho;
3) ‘A influência de professores de Educação Física da Educação Básica’**.
Esse motivo pode ser embasado em Almeida e Fensterseifer (2007) que colocam que, um dos motivos que leva uma pessoa a escolher a EF como profissão, podem ser as relações da pessoa com a disciplina na escola. Nesse sentido, Castelo (apud KRUG; KRUG, 2008) afirma que, o professor de EF influencia o aluno, quer como pessoa, quer como profissional, tanto pelo que ensina como pelo que faz, pelo bom exemplo que lhes dá. Portanto, essa influência é, antes de mais nada, de pessoa para pessoa, num interrelacionamento amigo, de compreensão, aceitação e respeito mútuos, levando sempre em conta a liberdade interior e a personalidade do outro. Assim, Motta e Urt (2007) dizem que, a comunicação entre professor e aluno é carregada de valor simbólico e afetivo, que pode contribuir para a constituição da subjetividade do aluno. Ressaltam que, a relação professor-aluno pode deixar marcas que fomentam a admiração do aluno pelo seu próprio professor e estas marcas influenciam a escolha da profissão. Já, Almeida e Fensterseifer (2007) salientam que, mesmo que a influência do professor seja negativa, isto é, o professor tenha uma prática pedagógica deficiente, o desejo da pessoa de significar novas ações para a EF na escola, reflete a possibilidade de contribuir para constituir um novo referencial para a disciplina a partir de uma prática deficiente;
4) ‘A identificação com o curso de Educação Física ou área’*.
Esse motivo pode ser fundamentado em Silva e Krug (2012, p.1031) que dizem que, “[q]uando optamos por uma profissão, o que nos motiva a essa escolha são as identificações e os saberes que temos baseados nas nossas experiências e vivências e que fazem parte da nossa trajetória de vida”. Nesse sentido, Lopes; Zancul e Bizerril (2013, p.1937) destacam que, “a identificação do estudante com o curso escolhido reduz as possibilidades de abandono e fracasso tanto no processo formativo quanto no futuro desempenho da profissão”;
5) ‘A influência dos membros da família’**.
Esse motivo está em conformidade com o apontado por Lucchiari (1993) de que, as escolhas se dão a partir de modelos familiares, que também acabam influenciando no juízo de valores do sujeito acerca das profissões. Já, Figueiredo (2008) salienta que, de todas as influências positivas, a família ainda parece ser a grande referência para que as pessoas escolham carreiras mais promissoras quanto ao retorno financeiro e social. Entretanto, Folle e Nascimento (2009) destacam que, a influência de familiares no momento da escolha de um curso ligado à docência é um fato comum entre os professores, tanto no Brasil quanto fora dele;
6) ‘Por ter sido atleta’*.
Esse motivo está em concordância com o colocado por Figueiredo (2008) de que, a experiência como atleta é muito considerada no momento da escolha da profissão. Na direção dessa afirmativa, nos reportamos a Santini e Molina Neto (2005) que salientam que, a grande maioria dos ingressantes na EF não aspira ser professor de EF Escolar. São ex-atletas ou pessoas que já tiveram contato com a área esportiva e que, quando confrontados com a decisão de escolher uma profissão, optaram por uma que já lhes era familiar, a EF, reduzindo as incertezas;
7) ‘O desejo de ser professor’*.
Esse motivo pode ser justificado por Motta e Urt (2007) que esclarecem que, o desejo de ser professor costuma ser apresentado como vocação, vinculando-se à ideia de predestinação. Colocam que, a
palavra vocação refere-se a um chamado vindo de fora, pois o termo provém do vocabulário latino voccare, que significa chamar. A vocação seria assim entendida quando a pessoa corresponde a esse chamamento, concebido como vinculado a uma natureza humana ou dom divino (MOTTA; URT, 2007, p.99).
Já, Pavan e Lopes (2007, p.29) destacam que,
ser [professor] não é vocação nem destino. Somos [professores] por opção, e isso nos coloca frente com as responsabilidades que esse trabalho nos traz. Portanto, situamo-nos longe de qualquer paradigma que compreenda o processo educacional como algo já dado, como algo determinado [...].
Entretanto, segundo Krug e Krug (2017, p.5), “ressalvando os condicionamentos históricos”. Frente a esse cenário, Silva (2007) afirma que, não ‘se nasce’ com o dom ou vocação para ser docente, mas sim o sujeito docente é constituído a partir de um contexto de relações sociais e de determinados processos de identização. Dessa forma, as pessoas aprendem a ser docentes, assim como aprendem a ler, a amar, a comer, aprendizagens que se concretizam através de experiências que passam em sua vida, através das condições de possibilidade;
8) ‘Queria outra profissão que não conseguiu e a Educação Física foi a segunda opção’*.
Esse motivo pode ser sustentado em Figueiredo (2008) que destaca que, há situações em que a escolha da profissão representa uma primeira opção; outras em que representa uma segunda opção, e outras situações em que a escolha representa terceira e quarta opções. Diante desse cenário, Santini e Molina Neto (2005) ressaltam que, caso a escolha profissional não tenha sido consciente com os interesses pessoais, a profissão pode ser exercida com pouca motivação e, ao longo do percurso profissional, poderão surgir situações de desconforto e frustrações que poderão paralisar e deprimir o professor, trazendo-lhe inúmeras implicações pessoais e sociais;
9) ‘Pela necessidade/possibilidade de inserção profissional no mercado de trabalho’*.
Esse motivo pode ser referenciado por Martins e Figueiredo (2015, p.18) que dizem que, “[a] escolha profissional está associada diretamente ao local de atuação onde seja possível obter uma remuneração mais próxima do satisfatório”. Acrescentam ainda que, na escolha profissional é perceptível uma preocupação com a remuneração, a estabilidade no/do emprego e com o preparo para operar a partir dos conhecimentos obtidos na formação inicial;
10) ‘Por eliminação’*.
Esse motivo encontra suporte em Bordieu (1998) que coloca que, a escolha da profissão é determinada pelas chances de sucesso que a pessoa deslumbra. Se ela sabe que não será aprovada em um determinado curso, mas que poderá ser aprovado em outro, ela direciona seu interesse para este outro que lhe garanta mais possibilidades de sucesso. As pessoas tendem a tirar do horizonte aquilo que lhes parece inacessível, sendo uma forma de se livrar de possíveis frustrações. Além disso, Santini e Molina Neto (2005) afirmam que, a maioria das pessoas não teve uma orientação profissional adequada durante o período escolar o que prejudicou a tomada de decisão sobre a profissão a ser escolhida;
11) ‘Para ajudar as pessoas com algum problema de saúde’*.
Esse motivo transparece uma consonância com o dito por Krug et al. (2009, p.2) de que, “[a] prática de atividade física promove benefícios para a saúde”. Os autores complementam dizendo que, “[d]iante dessa concepção, o profissional de Educação Física desponta como mediador da prática de atividade física, tendo importante papel em relação à promoção da saúde, educação e prevenção de doenças, contribuindo assim para hábitos de vida mais saudáveis”; e,
12) ‘A opção que deu para as minhas condições’*.
Esse motivo encontra apoio em Santos (2005) que destaca que, o processo de escolha integra atitudes de decidir e, ao mesmo tempo, abdicar de outras opções. Nesse sentido, é que a escolha configura-se, também, como uma despedida, um luto. Essa ideia é reforçada pelo argumento de que nem sempre o curso idealizado inicialmente pelo indivíduo pode ser concretizado, o que indica que, as decisões são assumidas, muitas vezes, dentro de um quadro de possibilidades reais dadas por seu contexto socioeconômico e cultural.
Assim, estes foram os principais motivos que influenciam as pessoas na escolha da profissão professor... de EF, encontrados na literatura especializada em EF a partir da base de dados do indexador Google Acadêmico.
Ao realizarmos uma ‘análise geral’ sobre os principais motivos que influenciam as pessoas na escolha da profissão professor... de EF encontrados na literatura especializada em EF estudada, verificamos a ‘existência de um rol de doze diferentes motivos’ para tal decisão. Essa constatação está em consonância com Figueiredo (2008) que afirma que, as situações que levam as pessoas a escolher a EF como profissão são bastante diferenciadas. Também Razeira et al. (2014) colocam que, existem diversos motivos que interferem na escolha do curso universitário pelas pessoas.
Ainda verificamos que, destes doze diferentes principais motivos que influenciam as pessoas na escolha da profissão professor... de EF encontrados na literatura especializada em EF estudadas, ‘dez são motivos intrínsecos’* (itens: 1; 2; 4; 6; 7; 8; 9; 10; 11 e 12) e somente ‘dois são extrínsecos’** (itens: 3 e 5). Esse fato está em consonância com o destacado por Krug e Krug (2017) de que, os motivos da escolha do curso de EF pelas pessoas situam-se em dois blocos de comportamentos: “[...] 1) [a] escolha do curso por motivos intrínsecos (maioria); e, 2) [a] escolha do curso por motivos extrínsecos (minoria)” (KRUG; KRUG, 2017, p.7).
5- CONSIDERAÇÕES FINAIS: CONCLUINDO SOBRE A TEMÁTICA
Ao tratarmos das considerações finais do estudo, citamos Flores e Krug (2014, p.8) que apontam que, “[c]omo todo e qualquer pesquisador, temos que finalizar o trabalho, tentar dar um formato final, contudo, sabemos que não é algo tão simples e fácil, já que acreditamos que escrever é uma tarefa árdua [...]”. Além disso, Silva (2007) destaca que, dar fim ao escrito não é tão simples, pois isso não é completamente possível, visto que, as coisas não terminam, e sim, renovam-se.
Entretanto, ao realizarmos um esboço de finalização do trabalho, pela análise das informações obtidas na literatura especializada em EF estudada, sobre a temática em questão, podemos concluir que, ‘identificamos um rol de doze principal motivos que influenciam as pessoas na escolha da profissão professor... de EF, sendo a maioria intrínsecos, ou seja, próprio do indivíduo e a minoria extrínsecos, isto é, influenciado por terceiros’. Esse fato parece estar em consonância com o afirmado por Santos (2005) de que, as características individuais das pessoas, bem como a situação política econômica do país, a família e os pares, influenciam a sua escolha profissional. Já, Razeira et al. (2014, p.124) destacam que, “[...] existem diferentes motivos que interferem nessa escolha, sejam eles intrínsecos (próprios do indivíduo) ou extrínsecos (influências de terceiros)”.
Dessa forma, frente a esse cenário, achamos necessário nos reportamos a Santini e Molina Neto (2005) que colocam que, escolher uma profissão não é fácil, pois a tomada de decisão é sempre cercada de dúvidas, emoções e influências de diversos aspectos. Entretanto, esses autores salientam que, mesmo não havendo convicção na hora da escolha profissional, é possível, após o ingresso da pessoa no curso de EF, desenvolver competências específicas para o desempenho que o trabalho exige, caracterizando, assim, com o passar do tempo o processo de identidade com o curso escolhido.
Nesse sentido, a partir do colocado por Santini e Molina Neto (2005), podemos inferir que, qualquer que seja(m) o(s) motivo(s) que influencia(m) a escolha profissional das pessoas, esse(s) não impossibilitam que os indivíduos venham a desenvolver as competências necessárias ao exercício da profissão.
Para finalizar, destacamos que, é preciso considerar que este estudo fundamentou-se nas especificidades e nos contextos de dezoito manuscritos pertencentes à base de dados do indexador Google Acadêmico sobre a temática em questão e que, por isso, não pode ser generalizado os seus achados, sendo somente encarados como uma possibilidade de ocorrência.
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[1] Doutor em Educação (UNICAMP/UFSM); Doutor em Ciência do Movimento Humano (UFSM); Professor Aposentado do Departamento de Metodologia do Ensino do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).