26/05/2021

Apontamentos Sobre o Estágio Curricular Supervisionado Na Formação Inicial em Educação Física - Parte I: Pressupostos de base

APONTAMENTOS SOBRE O ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO NA FORMAÇÃO INICIAL EM EDUCAÇÃO FÍSICA – Parte I: Pressupostos de base

 

Hugo Norberto Krug

 

RESUMO

O objetivo deste estudo foi abordar o Estágio Curricular Supervisionado (ECS) na formação inicial em Educação Física (EF), dando ênfase para alguns pressupostos de base tais como, a importância do ECS, as contribuições do ECS, a aprendizagem da docência no ECS, a construção da identidade profissional docente no ECS, os percursos de trans-formações no ECS, o significado de ser professor no ECS, a confirmação ou não de ser professor na escola após o ECS, nas percepções de acadêmicos/estagiários. Caracterizamos o estudo como uma pesquisa qualitativa com enfoque bibliográfico, tendo como interpretação das informações coletadas à análise documental. Pela análise das informações obtidas na literatura especializada em EF, onde a base de dados foi o Google Acadêmico, concluímos que o ECS configura-se como um período em que necessita ocorrer uma síntese de conhecimentos construídos no decorrer do curso de formação inicial para, enfim, colocá-los em ação através da sistematização e adaptações de tais conhecimentos, bem como a construção de novos conhecimentos práticos. Nesse sentido, é necessário compreendermos os seus pressupostos de base.

Palavras-chave: Educação Física. Formação Inicial. Estágio Curricular Supervisionado.

 

1- AS CONSIDERAÇÕES INICIAIS: introduzindo a temática do ECS na formação inicial em EF

Segundo Ilha et al. (2009, p.2),

 

[p]ensar na formação profissional, em especial na formação do professor de Educação Física (EF) para a [E]ducação [B]ásica (EB), tendo como de fundo a formação inicial, nos remete a analisar o papel do Estágio Curricular Supervisionado na construção da identidade deste profissional, bem como, revisitar os saberes para a docência (acréscimo nosso).

 

Estes autores ainda acrescentam que “[...] o Estágio Curricular é a disciplina que permite aos alunos de [L]icenciatura a apropriação de instrumentos teórico-metodológicos para a atuação no ambiente escolar”. Assim, “[d]e posse do conhecimento específico (saber disciplinar) o estágio traduz-se como o momento deste aluno tentar compreender o sistema de ensino, as políticas educacionais, a escola e os sujeitos com os quais irá desenvolver/construir processos de aprendizagem” (ILHA et al., 2009, p.2).

Neste sentido, de acordo com Pimenta e Lima (2004), o ECS pode ser um espaço de convergência das experiências pedagógicas vivenciadas no decorrer do curso, como também, uma possibilidade de aprendizagem da profissão docente, mediada pelas relações historicamente situadas.

Neste direcionamento de afirmativas, Pimenta e Lima (2004, p.61) afirmam que o Estágio Curricular Supervisionado (ECS) como “[...] campo de conhecimentos e eixo curricular central nos cursos de formação de professores possibilita que sejam trabalhados aspectos indispensáveis à construção da identidade, dos saberes e das posturas específicas ao exercício docente”.

Já Krug et al. (2013, p.3) consideram que “[...] na formação inicial de professores, é durante o ECS que os acadêmicos exercitam a transição da condição de estudantes para a condição de professor, pois, o estágio é uma simulação da atuação do professore”. Assim, conforme Krüger; Conceição e Krug (2007), o ECS é uma fase do processo de aprender a ser professor.

Também Bernardi et al. (2008a, p.14) apontam que o ECS “[...] tem a função de colocar os alunos frente a frente com sua futura profissão, a de professor. Nes[s]a, o estudante precisa deixar de lado a postura do aluno, o qual assume desde sua Educação Básica, para assumir a postura de professor, no entanto, es[s]a passagem não é automática, mas ela necessita de tempo e experiência para acontecer.

Assim, este aprender a ser professor no ECS, essa ‘passagem de aluno a professor’ nos desafia a buscar compreender melhor as complexidades que envolvem este componente da formação profissional.

Frente a este contexto, emergiu a temática ‘os pressupostos de base do ECS na formação inicial em EF nas percepções de acadêmicos/estagiários’, pois estes nos permitem uma melhor compreensão da complexidade da formação inicial docente.

Nesta perspectiva do estudo, consideramos importante nos referimos a Luft (2000) que diz que, a palavra pressuposto significa aquilo que se supõe antecipadamente; aquilo que se busca alcançar, objetivo, meta. Já a palavra base significa a parte considera como suporte. Assim, para este estudo, a expressão ‘pressupostos de base’ significa aquilo que se busca alcançar com o ECS, tendo uma parte considerada como suporte, ou seja, é ‘o que se espera do ECS enquanto uma base da formação profissional inicial’.

Desta forma, embasando-nos nestas premissas descritas anteriormente, formulamos a seguinte questão problemática, norteadora do estudo: quais são os pressupostos de base do ECS para a formação inicial em EF? Então, a partir desta indagação, o objetivo geral do estudo foi abordar o ECS na formação inicial em EF, dando ênfase para alguns pressupostos de base tais como, importância, contribuições, aprendizagem docente, construção da identidade profissional docente, os percursos de trans-formações, o significado de ser professor e, a confirmação ou não do ser professor, nas percepções de acadêmicos/estagiários.

Justificamos a realização deste estudo ao citarmos Kronbauer e Krug (2016, p.29) que acreditam que, as informações colhidas, por este tipo de estudo, “[...] oferecem subsídios para reflexões que despertam possibilidades de modificações no contexto da formação inicial de professores de EF, especificamente na compreensão do ECS”. Além disso, segundo Ivo e Krug (2008, p.1), “[...] estudar o que envolve es[s]a disciplina (ECS), é tarefa primeira daqueles que se encontram envolvidos e comprometidos com uma formação de qualidade” (acréscimo nosso). Assim sendo, as colocações dos autores mencionados se complementam e justificam este estudo.

 

2- OS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS: descrevendo os caminhos percorridos pela temática em questão

Este estudo foi caracterizado como uma pesquisa qualitativa com enfoque bibliográfico. Para Santos (2006), a pesquisa qualitativa busca compreender os fenômenos da realidade, a partir de atitudes e sentidos que os agentes conferem às suas ações, com vista a construir um conhecimento intersubjetivo, descritivo e compreensivo. Então, a partir dos pressupostos da pesquisa qualitativa, realizamos uma pesquisa bibliográfica, que, conforme Carvalho (1987, p.110), “é a atividade de localização e consulta de fontes diversas de informações escritas (ou eletrônicas), para coletar dados gerais e específicos a respeito de determinado tema” (inserção nossa). Já Ferrari (1982) aponta que a pesquisa bibliográfica permite ao investigador uma visão geral das contribuições científicas de pesquisadores sobre determinado assunto, não permitindo que o rumo de uma pesquisa seja igual à outra.

Nestes pressupostos de investigação, a temática deste estudo referiu-se ‘aos pressupostos de base do ECS na formação inicial em EF nas percepções de acadêmicos/estagiários’.

Desta maneira, realizamos este estudo em quatro momentos distintos, descritos a seguir: 1º) efetivamos um levantamento sobre a literatura que aborda o ECS na formação inicial em EF na base de dados do indexador Google Acadêmico; 2º) entre os vários estudos encontrados, selecionamos treze artigos (CONCEIÇÃO; KRUG, 2009; ILHA et al., 2009; FLORES et al., 2010; KRUG, 2010a; KRUG, 2010b; BARBIERI; KRUG, 2011; KRUG; KRUG, 2012; KRUG; KRUG, 2013; KRUG et al., 2013; KRONBAUER; KRUG, 2014; KRUG et al., 2016a; KRUG et al., 2016b; KRUG, 2020) que contemplavam, com precisão e profundidade, a temática desta investigação; 3º) utilizamos à análise documental, que, segundo Lankshear e Knobel (2008), é baseada em documentos e constrói interpretações para identificar significados; e, 4º) desenvolvemos o presente estudo, a partir das reflexões sobre as obras selecionadas.

 

3- OS RESULTADOS E AS DISCUSSÕES: explicitando os achados sobre o ECS na formação inicial em EF nas percepções dos acadêmicos/estagiários

Os resultados e as discussões deste estudo foram orientados e explicitados tendo como referência o seu objetivo geral. Assim, a construção do conhecimento deste estudo baseou-se nas interpretações das informações obtidas pela análise documental, as quais possibilitaram uma descrição interpretativa da temática estudada. Entretanto, para facilitar a sua compreensão, a temática foi abordada por itens que consideramos indispensáveis para a referida compreensão, os quais foram abordados a seguir.

 

3.1- A importância do ECS no processo de formação inicial docente em EF nas percepções de acadêmicos/estagiários

Ao abordarmos esta temática, consideramos inicialmente necessário citarmos Luft (2000) que coloca que, importância significa a característica ou particularidade do que é importante e/ou relevante. Ocupa uma posição de destaque em comparação a algo ou alguém. Assim, neste estudo, foi considerado como importância a relevância do ECS no processo de formação inicial docente de acadêmicos/estagiários.

Diante destas premissas citamos, a seguir, algumas investigações sobre o ECS que abordaram a importância do ECS na formação inicial em EF.

Krug et al. (2016a, p.120) em estudo realizado, intitulado ‘A importância do Estágio Curricular Supervisionado no processo de formação profissional docente em Educação Física’, constataram que, “[...] 1) ‘conhecer a realidade escolar’; 2) ‘a aprendizagem da docência’; 3) ‘a construção da identidade docente’; e, 4) ‘a confirmação da escolha profissional’ [...]” representaram a referida importância.

Entretanto, os autores citados “[...] chamam à atenção que esta temática suscita novas discussões e reflexões nas instituições formadoras, pois apesar de sua indiscutível importância os ECS em EF apresentam mazelas que precisam ser redimensionadas para uma melhor qualificação profissional” (KRUG et al., 2016a, p.123).

Já Flores et al. (2010) em estudo denominado ‘A importância do Estágio Curricular Supervisionado para a formação profissional em Educação Física: uma visão discente', constataram duas essências: “[p]rimeira essência: a aprendizagem da docência” (p.3); e “[s]egunda essência: o conhecimento da realidade da escola” (p.6) que representam a referida importância.

Também Ilha et al. (2009, p.1) no estudo ‘Estágio Curricular Supervisionado em Educação Física: significado e importância sob a ótica dos acadêmicos do curso de Licenciatura’, concluíram que a disciplina de ECS é importante:

 

[...] na formação da identidade docente [...] onde o fundamental é a busca do diálogo com as situações de ensino e aprendizagem, com os outros e consigo mesmo, num processo consciente de interpretação da realidade e da compreensão de que o desenvolvimento profissional é fruto do compartilhamento de saberes, de experiências, enfim, do trabalho reflexivo, construído de forma crítica, sistemática e coletivamente.

 

Ainda Barbieri e Krug (2011, p.1) no estudo de título ‘A importância do Estágio Curricular Supervisionado para a formação do licenciado em Educação Física: um relato da experiência docente’ onde destacam que o ECS tem como importância oferecer oportunidades aos acadêmicos aprenderem a competência pedagógica para ensinar, “[...] a qual sustenta-se nos conhecimentos, capacidades, habilidades e hábitos de ensinar”.

Frente a estas investigações citadas, podemos inferir que ‘o ECS demonstra possuir diversas interpretações de sua importância na formação inicial em EF’, nas opiniões dos próprios acadêmicos/estagiários, sendo todas de grande relevância.

 

3.2- As contribuições do ECS no processo de formação inicial docente em EF nas percepções de acadêmicos/estagiários

Ao tratarmos desta temática, primeiramente, achamos importante mencionarmos Luft (2000) que afirma que, contribuição é o ato de contribuir. Esclarece que, contribuir é concorrer com outrem para determinado fim. Assim, neste estudo, foi considerado como contribuições as aprendizagens proporcionadas pelo ECS no processo de formação inicial docente aos acadêmicos de EF.

Ao considerarmos estas premissas citamos, a seguir, algumas investigações sobre as contribuições do ECS na formação inicial em EF.

Neste sentido, Krug (2020, p.7) em estudo efetuado, denominado ‘As contribuições do Estágio Curricular Supervisionado no processo de formação inicial docente em Educação Física’, identificou “[...] um rol de seis diferentes contribuições do ECS no processo de formação inicial docente em EF [...]”. Foram as seguintes: “1) ‘no conhecimento e análise da realidade escolar’; 2) ‘na aprendizagem da docência’; 3) ‘na experiência adquirida como professor’; 4) ‘no aprender a ser professor’; 5) ‘na construção da identidade profissional docente’; e, 6) ‘na confirmação do ser professor’ [...]”.

Já Conceição e Krug (2009, p.7) no estudo intitulado ‘Contribuições do Estágio Supervisionado no desenvolvimento no desenvolvimento profissional de professores de Educação Física: novas propostas de conteúdos, novas visões educacionais’, concluíram que o ECS “[...] contribui para uma análise geral da realidade escolar, oportuniza aos sujeitos, atores do cenário educacional, uma busca de novas maneiras de ensinar tomando como base a realidade vivida pelos alunos da instituição [...]”.

Assim, a partir destas investigações citadas, podemos inferir que ‘o ECS demonstra possuir diversas interpretações de sua contribuição na formação inicial em EF’, nas opiniões dos próprios acadêmicos/estagiários, sendo todas de grande relevância.

 

3.3- A aprendizagem da docência no ECS na formação inicial em EF nas percepções de acadêmicos/estagiários

Ao nos referimos a esta temática, citamos Isaia (2006) que define a aprendizagem docente ou aprendizagem da docência como um processo que envolve a apropriação de conhecimentos, saberes e fazeres próprios do magistério, que estão vinculados à realidade concreta da atividade docente em seus diversos campos de atuação e em seus respectivos domínios.

Pimenta e Lima (2004) destacam que a vivência escolar dos acadêmicos no estágio passa a ser um retrato vivo de sua atuação profissional. As autoras salientam que o ECS pode ser um espaço de convergência das experiências pedagógicas vivenciadas no decorrer do curso, como também, uma possibilidade de aprendizagem da profissão docente mediada pelas relações historicamente construídas.

Perante estas premissas, a seguir, citamos algumas investigações sobre ECS que abordaram a aprendizagem da docência.

Krug (2010a) em seu estudo ‘As contribuições na aprendizagem docente do encadeamento dos Estágios Curriculares Supervisionados I-II-III na percepção dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM’ identificou as seguintes contribuições do ECS na aprendizagem da docência: 1) ‘no aprendizado do domínio/controle de turma’; 2) ‘na experiência adquirida como professor’; 3) ‘no aprendizado de uma boa relação professor-aluno’; 4) ‘no aprendizado de elaboração de planejamento de aulas’; 5) ‘no aprendizado do trato com o conteúdo esporte’; 6) ‘no aprendizado de um método de ensino’; 8) ‘no aprendizado da responsabilidade com a escola’; 9) ‘no aprendizado de saber solucionar problemas’; 10) ‘no aprendizado do conhecimento da realidade escolar’; e, 11) ‘no aprender a ensinar’.

Já Krug et al. (2013) no estudo intitulado ‘Lembranças de aprendizagem no estágio docente e a construção da identidade profissional’ identificaram várias (nove) aprendizagens docente do tempo do ECS em EF na EB, as quais foram as seguintes:  1) ‘o aprendizado de uma boa relação professor-aluno’; 2) ‘o aprendizado da elaboração de um planejamento adequado’; 3) ‘o aprendizado de métodos de ensino’; 4) ‘o aprendizado de uma experiência/vivência como professor’; 5) ‘o aprendizado do domínio/controle de turma’; 6) ‘o aprendizado com o trato do conteúdo da EF’; 7) ‘o aprendizado do enfrentamento dos problemas surgidos nas aulas’; 8) ‘o aprendizado do conhecimento da realidade escolar’; e, 9) ‘o aprendizado da responsabilidade com a profissão docente’.

O autor chama à atenção de que, neste rol de lembranças significativas de aprendizado docente do tempo dos ECS I-II-III pelos acadêmicos da Licenciatura em EF do CEFD/UFSM que colaboraram na construção da identidade docente é que a sua totalidade está relacionada aos saberes práticos ou experenciais desenvolvidos/aprendidos pelos futuros professores durante a realização dos estágios.

Ainda consideramos pertinente o estudo de Krug et al. (2016b, p.53) de título ‘O Estágio Curricular Supervisionado em Educação Física e suas marcas docentes positivas e negativas’ que constataram que “[a] aprendizagem da docência [...]” é uma das marcas docentes positivas do ECS na formação inicial em EF. E, nesse sentido, apontamos Fontana (2013) que coloca que o objetivo fundamental do ECS, como atividade acadêmico formativa, é promover uma aprendizagem docente que, entre muitos conhecimentos, contenha um alargamento da compreensão da cultura escolar em suas práticas e apreciações valorativas, pelo cotejamento das diversas concepções de educação, ensino, escola e docência presentes no processo de formação profissional.

Diante destas investigações citadas, podemos inferir que ‘o ECS na formação inicial em EF demonstra possuir diversas interpretações de contribuições no aprendizado docente’, nas opiniões dos próprios acadêmicos/estagiários, sendo todas de grande relevância na formação profissional.

 

3.4- A construção da identidade profissional docente no ECS na formação inicial em EF nas percepções de acadêmicos/estagiários

Ao trabalharmos esta temática, surgiu uma indagação importante: o que é identidade? É o conjunto de características próprias e exclusivas com as quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes.

Neste sentido, Buriolla (apud PIMENTA; LIMA, 2004) aponta que o ECS é o lócus onde a identidade profissional docente é gerada, construída e referida; volta-se para o desenvolvimento de uma ação vivenciada, refletida e crítica. Por isso, deve ser planejado gradativamente e sistematicamente com essa finalidade. Já Pimenta e Lima (2004) reforçam essa ideia destacando que o ECS é um lugar de reflexão sobre a construção e o fortalecimento da identidade docente.

Diante destas premissas, a seguir, citamos a algumas investigações sobre ECS que abordaram a construção da identidade profissional docente.

Krug (2010b) em seu estudo ‘A construção da identidade profissional docente no Estágio Curricular Supervisionado na percepção dos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM’ identificou vários (15) traços caracterizadores da construção da identidade profissional docente, percebidos pelos acadêmicos em situação de ECS. Foram eles:

 

1) ‘enfrentando ou procurando soluções para os problemas/dificuldades surgidos’; 2) ‘aprendendo a planejar as aulas’; 3) ‘estabelecendo uma boa relação com os alunos’; 4) ‘experenciando, vivenciando a docência’; 5) ‘trocando ideias com os colegas e professor’; 6) ‘aprendendo a refletir sobre a prática pedagógica’; 7) ‘conhecendo a realidade dos alunos’; 8) ‘percebendo e reafirmando a escolha de ser professor’; 9) ‘unindo teoria e prática’; 10) ‘conhecendo a realidade da escola’; 11) ‘aprendendo a ter responsabilidade na formação dos alunos’; 12) ‘aprendendo a prender’; 13) ‘aprendendo com os alunos’; 14) ‘aos poucos’; e, 15) ‘organizando o ensino’ (KRUG, 2010b, p.7).

 

O autor chama à atenção de que, “[...] neste rol de traços caracterizadores da construção da identidade profissional docente [...], a maioria (doze dos quinze) está relacionada aos saberes práticos ou experenciais [...] desenvolvidos/aprendidos pelos futuros professores durante a realização do ECS” (acréscimo nosso) (KRUG, 2010b, p.7). Nesse direcionamento de constatação citamos Pimenta e Lima (2004) que afirmam que nos ECS deve-se trabalhar a identidade em formação, definida pelos saberes, e não ainda pelas atividades docentes.

Assim sendo, Krug (2010b, p.8) salienta que

 

[...] a construção da identidade profissional docente percebida pelos acadêmicos pelos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física do CEFD/UFSM, durante o ECS, balizada pelos traços característicos destacados n[essa] investigação, demonstrou que a identidade dos mesmos, não é ou foi um produto destes traços e sim, que estes traços mostraram que o ECS foi um espaço de construção de maneiras de ‘ser’ e ‘estar’ na profissão professor de Educação Física, pois cada acadêmico se apropriou e/ou incorporou diferentes traços caracterizadores representativos de sua vivência e/ou experiência no estágio.

 

Desta forma, consideramos importante citarmos Pimenta (2002) que diz que a identidade é um processo de construção de sujeitos historicamente situados, bem como Pimenta (1997) que ressalta que o desafio dos cursos de formação inicial de professores é o de colaborar no processo de passagem dos alunos de se ver como aluno ao ver-se como professor, ou seja, de construir a sua identidade de professor.

Assim sendo, Nóvoa (1992) expõe que estar em formação implica um investimento pessoal com a finalidade de construção de uma identidade, que é também profissional.

Então, a partir desta investigação citada, podemos inferir que ‘o ECS na formação inicial em EF demonstra possuir diversas interpretações de sua contribuição na construção da identidade profissional docente’, nas opiniões dos próprios acadêmicos/estagiários, sendo todas de grande relevância.

 

3.5- Os percursos de trans-formações no ECS na formação inicial em EF nas percepções de acadêmicos/estagiários

Ao abordarmos esta temática nos referimos a Luft (2000) que diz que a palavra transformação significa o ato ou efeito de transformar(-se). Qualquer tipo de alteração que modifica ou dá uma nova forma; mudança. Já a palavra percurso significa o caminho que se deve fazer ou se fez (LUFT, 2000). Assim, para este estudo, percursos de trans-formações representam as realizações e as transformações dos acadêmicos/estagiários durante o desenvolvimento do ECS.

Diante destas premissas, a seguir, citamos uma investigação sobre ECS que abordou os percursos de trans-formações dos acadêmicos/estagiários no ECS na formação inicial em EF.

Krug e Krug (2012) no estudo ‘Os percursos de trans-formações de licenciandos em Educação Física: as percepções sobre as fases do Estágio Curricular Supervisionado’ identificaram dois tipos diferentes de percursos:

 

1º) O percurso da grande maioria [...] dos acadêmicos-estagiários passou pela ‘fase de sobrevivência’, caracterizada pela ‘insegurança provocada pelo choque com a realidade escolar’ e após pela ‘fase de descoberta’, caracterizada pelo ‘processo de aprender a ser professor e o surgimento do entusiasmo com a futura profissão docente’; e, 2º) O percurso de alguns poucos [...] acadêmicos-estagiários que ‘não saíram da fase de sobrevivência’ (KRUG; KRUG, 2012, p.1).

 

Os autores justificam esta diferenciação de percursos de trans-formações dos acadêmicos/estagiários destacando que

 

[...] es[t]es futuros professores são pessoas com sentimentos, desejos e sonhos e por isso o processo parcial de formação do ECS faz parte de um percurso complexo de se tornar professor, que é marcado por suas experiências pessoais, formativas e profissionais e, nesse processo, o sujeito como ator vive, age e reage em diversos cenários a partir da interação que imprime aos fatos e ao mundo em que está inserido (KRUG; KRUG, 2012, p.2).

 

Assim, segundo Krug e Krug (2012, p.11), os percursos de trans-formações dos acadêmicos/estagiários aconteceram

 

[...] de uma forma muito parecida com a fase de entrada na carreira docente descrita por Huberman (1995) que coloca que a mesma é composta por dois estágios: 1º) Estágio de Sobrevivência – que é representado pelo choque com o real; e, 2º) Estágio de Descoberta – que é representado pelo entusiasmo inicial, a exaltação pela responsabilidade e sentimento de ser professor.

 

 

Então, a partir desta investigação citada, podemos inferir que ‘o ECS na formação inicial em EF demonstra possibilitar uma interpretação dos percursos de trans-formações dos acadêmicos/estagiários’, sendo de grande relevância a compreensão dos mesmos para uma melhoria da formação profissional.

 

3.6- Os significados de ser professor no ECS na formação inicial em EF nas percepções de acadêmicos/estagiários

Esta temática ao ser abordada nos obriga a indicar Luft (2000) que aponta que, significado é a relação de reconhecimento, de apreço, valor, importância. Assim, para este estudo, a palavra significado representa a importância do ser professor para os acadêmicos/estagiários.

Diante destas premissas, a seguir, citamos uma investigação sobre ECS que abordou o significado de ser professor na formação inicial em EF.

Neste contexto, Kronbauer e Krug (2014, p.28) em seu estudo ‘Os significados de ‘ser professor’ na percepção de acadêmicos em situação de Estágio Curricular Supervisionado de um curso de Licenciatura em Educação Física' , identificaram cinco significados de ‘ser professor’. Foram eles:

 

1º) contribuir para a formação corporal e social dos alunos; 2º) ensinar conhecimentos obtidos no curso de Licenciatura em Educação Física; 3º) promover a saúde e a realização de atividades físicas aos alunos; 4º) mudar a prática das aulas de Educação Física; e, 5º) ter consciência das relações professor-aluno, aluno-professor e aluno-aluno.

 

Estes autores salientam que,

 

[...] pelas contradições do significado de ‘ser professor’ encontrados neste estudo que defendem visões de educação diferentes [...] o curso de Licenciatura em Educação Física estudado forneceu importantes elementos que serviram para termos uma noção de como o mesmo influencia na qualidade ou não das ações dos futuros professores na escola e esse indicador aponta para uma crise de identidade tendo como balizador o significado de ‘ser professor’ (KRONBAUER; KRUG, 2014, p.28).

           

Assim, o curso de Licenciatura em EF estudado “[...] precisa trabalhar mais a respeito do que é ‘ser professor’ [...] para que venha oferecer uma formação profissional de maior qualidade contribuindo desta forma no processo de construção de uma identidade profissional docente mais sólida” (KRONBAUER; KRUG, 2014, p.28).

Então, a partir desta investigação citada, podemos inferir que ‘o ECS na formação inicial em EF demonstra possuir diversas interpretações do significado de ser professor’, nas opiniões dos próprios acadêmicos/estagiários, sendo todas de grande relevância, mas que precisam ser mais discutidos para que se apresente mais comprometido com os tempos da sociedade atual.

 

3.7- A confirmação ou não do ser professor... na escola após o ECS na formação inicial em EF nas percepções de acadêmicos/estagiários

A respeito desta temática, antecipadamente, consideramos necessário nos dirigirmos a Luft (2000) que anuncia que, a palavra confirmação significa ato ou efeito de confirmar(-se). A demonstração da verdade ou da exatidão da afirmação. Assim, neste estudo, confirmação significa o ato do acadêmico/estagiário confirma-se como professor após a realização do ECS na formação inicial em EF.

Frente a estas premissas, a seguir, citamos uma investigação sobre ECS que abordou a confirmação ou não do ser professor na escola após o ECS na formação inicial em EF.

Neste cenário, Krug e Krug (2013, p.42) na pesquisa de título ‘Os Estágios Curriculares Supervisionados I-II-III na Licenciatura do CEFD/UFSM: a confirmação ou não do ser professor de Educação Física... na escola’ constataram que, “[...] praticamente a totalidade [...] dos acadêmicos estudados confirmou a sua decisão de ser professor de Educação Física... na escola”. Entretanto, aconteceu a existência de acadêmico/estagiário que não confirmou ser professor de EF na escola. Desta forma, este estudo reafirmou as colocações de Pimenta e Lima (2004) de que, o ECS é um espaço de aprendizagem da docência marcada pela contínua aproximação do futuro professor com a realidade escolar, de confirmação ou não da escolha profissional.

Um fato interessante do estudo de Krug e Krug (2013, p.42) foi que, “[...] pelas justificativas dos acadêmicos estudados da confirmação ou não da decisão de ser professor de Educação Física... na escola, as decisões parecem estar relacionadas ao resultado d[as] suas experiências no ECS”. Assim, “[...] a confirmação pela docência está ligada às experiências docentes positivas e prazerosas efetivadas durante o ECS. E, consequentemente, a não confirmação possui justificativa ligada às experiências docentes negativas e conflituosas” (KRUG; KRUG, 2013, p.42).  

Entretanto, estes atores destacam que, “[...] não se pode cair no reducionismo [...]” de considerar as experiências positivas e negativas no ECS “[...] como únicos influenciadores de forma direta, exclusiva e mecânica desta referida decisão” (KRUG; KRUG, 2013, p.43).

Então, a partir desta investigação citada, podemos inferir que ‘o ECS na formação inicial em EF demonstra proporcionar a possibilidade de confirmação ou não do ser professor e esse fato está intimamente ligado as experiências vividas no seu desenrolar’.

 

4- AS CONSIDERAÇÕES FINAIS: concluindo sobre os pressupostos de base do ECS na formação inicial em EF nas percepções de acadêmicos/estagiários

Na busca de uma finalização deste estudo temos a concluir que o ECS configura-se como um período em que necessita ocorrer uma síntese de conhecimentos construídos no decorrer do curso de formação inicial para, enfim, colocá-los em ação através da sistematização e adaptações de tais conhecimentos, bem como a construção de novos conhecimentos práticos. Nesse sentido, é necessário compreendermos os seus pressupostos de base.

Entretanto, segundo Bernardi et al. (2008b, p.31), “[...] esta tarefa não é nada fácil devido a inúmeras questões relativas ao curso de formação, seja pela oferta tardia da disciplina de ECS, [...], pela desunião das demais disciplinas do currículo e ainda pelo distanciamento das aulas de graduação com a realidade escolar”.

Por isso, o ECS que se realiza durante a formação inicial é

 

[...] de extrema importância quando se desenvolve um trabalho responsável e sério. De forma que articule os saberes aprendidos e construídos neste período com a prática pedagógica no âmbito escolar, assumindo uma postura crítica, autônoma e reflexiva para podermos estar em constante desenvolvimento profissional. Além de proporcionar uma prática educativa mais centrada na realidade social dos nossos alunos (BERNARDI et al., 2008b, p.31).

 

Neste sentido, citamos Santos (apud KRUG et al., 2012, p.2) que afirmam que

 

[...] existem quatro diferentes categorias que nos ajudam a entender o papel dos estágios na formação inicial de futuros professores. A primeira delas remete-se ao estágio se constituir como responsável pela construção de conhecimentos e tem potenciais possibilidades de contribuir com o fazer profissional do futuro professor. A segunda categoria apresenta o estágio como elemento articulador no currículo do curso de formação de professores, ou seja, como uma trajetória de mão dupla, em que, ao mesmo tempo, o futuro professor se beneficia com o cumprimento do mesmo para a conclusão do seu curso e para sua formação, e a universidade, enquanto centro de formação, apropria-se das vivências do estágio de seus alunos para corrigir sua trajetória curricular. A terceira categoria configura o estágio como sendo aquele que, permite elo entre diferentes níveis de ensino, ou seja, possibilita a articulação e parceria entre o ensino superior e ensino básico. Por fim, a quarta categoria expressada pelo autor, é a de estágio como um importante elemento articulador da relação teoria e prática, pois possibilita aos futuros professores uma inserção e realidade, uma aproximação com a prática, contribuindo assim, para a reflexão sobre a profissão docente, bem como para a construção de novos saberes.

 

Para finalizar, recomendamos a busca de mais investigações sobre o ECS na formação inicial em EF para melhor compreendermos os seus pressupostos de base. Nesse sentido, segundo Krug et al. (2012, p.12),

 

[...] é de grande importância que o ECS seja mais estudado, mais esclarecido e divulgado os seus impactos na formação, para que os futuros professores, particularmente da Educação Física, estejam melhores preparados para enfrentá-lo, bem como, quando ingressarem na carreira docente, não sofrerem o impacto do choque com a realidade escolar o que dificulta a obtenção de um sucesso pedagógico.

 

Essa inferência pode ser comprovada por Bernardi et al. (2009) que constataram em estudo realizado que alguns professores de EF não passaram pelo estágio de sobrevivência, caracterizado pelo choque com a realidade escolar, do início da carreira, porque esses professores, por ocasião de sua formação inicial, foram diferenciados em suas buscas por vivências escolares, desenvolvendo uma competência pedagógica que os levou a um sentimento de estarem bem preparados para serem professores.

 

REFERÊNCIAS

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HUGO NORBERTO KRUG – Doutor em Educação (UNICAMP/UFSM); Doutor em Ciência do Movimento Humano (UFSM); Professor Aposentado do Departamento de Metodologia de Ensino do Centro de Educação da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); hnkrug@bol.com.br .

 

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