15/02/2018

Ano Eleitoral

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

Quando todos pensam que o país não tem mais jeito politicamente, visto que estamos cercados de cleptocratas, nos grandes escalões dos três poderes (inclusive o judiciário em que temos um ministro conivente com a corrupção a ponto de dizer "meu chapa, você pode tentar negociar uma coisa ligada a campanha, pode salvar seu negócio, podemos passar pouco tempo na cadeia, mas nossas put tem que continuar".
Ou seja, não interessa o que acontece, isso nunca acabará desde que realmente aprendamos a votar, e a educação continuará sendo a pedra angular para toda mudança, visto que a educação é a única forma de acabar com este câncer que se chama política.
Este ano é um ano eleitoral e não adianta escolhermos o nosso presidente. Independente sua ideologia, temos que mudar mesmo é a nossa câmara de deputados e também o senado.
Não podemos e nem devemos reeleger esta corja que não cansa de roubar o Brasil e seus cidadãos.
Precisamos escolher políticos que tenham como missão fazer o povo feliz, como dizia Harari em seu livro Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã publicado pela Companhia das Letras em 2016, quando esclarece que o pais deveria trocar o PIB (Produto Interno Bruto) pelo FIB (Felicidade Interna Bruta). O autor afirma que não estamos aqui para servir o Estado, e sim, o Estado tem que nos servir.
Infelizmente temos poucos exemplos de políticos e um excelente exemplo a seguinte é o caso do prefeito de Colatina ES, quando diz que "política é a arte de servir" e assim sendo, não cabe aos políticos fazer desta política um degrau para o enriquecimento próprio a custa da miséria de seu povo. Para o prefeito, ele tem a obrigação de gerenciar o dinheiro público da melhor maneira para que as pessoas tenham uma qualidade de vida melhor.
Como dizia uma entrevista, e acredito que muitos convergem com a sábia opinião deste, que não podemos votar em um político que abole o mérito, pois não deve ser um político a escolher a direção de uma empresa estatal, chefe de posto de saúde, chefe fiscalização da receita (municipal/estadual) ou qualquer outro cargo que deveria ser escolhido pela meritocracia.
Podemos acelerar o processo de mudança para melhor, e uma forma de se fazer isso, é buscando informações sobre os possíveis representantes e ver quais comungam com a moral e a ética, para assim comporem o congresso, visto que hoje ele está totalmente despido de moral e ética, e o que prevalece é simplesmente a barganha que equaciona na miséria do povo.
Precisamos buscar informações sobre nossos políticos, mas antes de mais nada, devemos estar cientes que a mídia não é imparcial e ela fará de tudo para manipular ainda mais a opinião pública a seu favor.
Quando escolhermos de forma correta nosso representante, começaremos a perceber que não cabe ao político nomear ninguém, e a ocupação de cargo deve ser por meritocracia, já que em todas as áreas têm profissionais de carreira e com muito  know-how.
Dessa forma teremos um congresso menos corrupto, e o mérito será o pré-requisito para ocupação de algum cargo, e não favores políticos para fomentar ainda mais a roubalheira que estamos sendo vítimas, chancelando uma educação para cada vez mais, a ignorância e uma mídia totalmente parcial a esconder ações escusas, usando como subterfúgio notícias sensacionalistas para que o povo não perceba o verdadeiro problema por trás das Medidas Provisórias como a MP 795.
Esta MP teve a sua aprovação pelos Deputados de Brasília e ela é conhecida como MP da Shell, a qual isenta as petroleiras estrangeiras de pagarem ao Brasil 50 bilhões de reais por ano até 2040. Como que um governo pode abrir mão de 50 bilhões ao ano com a economia em crise? Qual o argumento dele mesmo para a Reforma da Previdência?
Hoje encontramo-nos em um país de inversões de valores e paradoxal, porque educação não nos liberta, democracia é feita a base de golpes, governos não servem ao povo, trabalhadores pagam pelas mordomias, ministro da justiça é exemplo de leviandade e a justiça é algo que existe apenas para a base da pirâmide social.
Precisamos com urgência de mudar Statu quo em que nos encontramos e isso se dará através de uma educação protagônica fazendo assim prevalecer a cidadania crítica de tal forma que a população perceba a importância de não se reeleger políticos e votar com a consciência amparada pelo manto da ética e da moral.

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