13/08/2019

ANÁLISE DAS AULAS DE TREINAMENTO DA MODALIDADE DE FUTSAL NA ESCOLA ESTADUAL DOLOR FERREIRA DE ANDRADE EM CAMPO GRANDE – MS

INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DA FUNLEC

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

 

 

ANÁLISE DAS AULAS DE TREINAMENTO DA MODALIDADE DE FUTSAL NA ESCOLA ESTADUAL DOLOR FERREIRA DE ANDRADE

EM CAMPO GRANDE – MS

 

 

Autor: SILVA, Vilmar Oliveira da

 

Orientador: Prof. Ms. CRUZ, Rafael Presotto Vicente

 

RESUMO

 

Este artigo tem como objeto de estudo as aulas de treinamento da modalidade futsal, oferecidas no âmbito das instituições públicas estaduais de ensino, tendo como objetivo analisar as aulas de treinamento de futsal na Escola Estadual Dolor Ferreira de Andrade - Campo Grande-MS, discutindo possibilidades para sua realização e contribuições na formação dos participantes. Através de uma pesquisa descritiva, utilizando como instrumento de pesquisa um questionário no professor da referida escola, identificou-se que as aulas de treinamento buscam seguir as orientações estabelecidas pela Secretaria Estadual de Educação, embora apresentem uma preocupação mais voltada para o esporte de rendimento, quando deveria preocupar-se também com os aspectos educativos das aulas e suas possibilidades na formação dos alunos. As aulas de treinamento nas escolas ainda se apresentam como um desafio para o profissional de educação física, sendo necessário ser refletida e debatida sua proposta nesse contexto, bem como sua prática e interface com a formação dos seus participantes.   

 

 

Palavras-chave: Futsal, Treinamento Desportivo, Escola.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

FUNLEC HIGHER EDUCATION INSTITUTE

PHYSICAL EDUCATION COURSE

 

 

ANALYSIS OF FUTSAL MODALITY TRAINING CLASSES IN DOLOR FERREIRA DE ANDRADE STATE SCHOOL

CAMPO GRANDE - MS

 

 

Author: SILVA, Vilmar Oliveira da

 

Advisor: Prof. Ms. CRUZ, Rafael Presotto Vicente

 

RESUME

 

This article aims to study the futsal training classes offered in the state public educational institutions, aiming to analyze the futsal training classes at the Dolor Ferreira de Andrade State School - Campo Grande-MS, discussing possibilities for its accomplishment and contributions in the formation of the participants. Through a descriptive research, using as a research instrument a questionnaire in the teacher of that school, it was identified that the training classes seek to follow the guidelines established by the State Department of Education, although they present a concern more focused on performance sports, when it should also be concerned with the educational aspects of the classes and their possibilities in the formation of the students. Training classes in schools are still a challenge for the physical education professional, and it is necessary to reflect and discuss their proposal in this context, as well as their practice and interface with the training of their participants.

 

 

Keywords: Futsal, Sports Training, School.

                       

 

 

INTRODUÇÃO

 

O presente artigo tem como objeto de estudo as aulas de treinamento da modalidade futsal, oferecidas no âmbito das instituições públicas estaduais de ensino, em especial na Escola Estadual Dolor Ferreira de Andrade, na cidade de Campo Grande, MS.

A escolha da temática futsal deu-se em função da importância na infância deste pesquisador nos tempos de escola, bem como de muitas outras crianças no nosso país, oportunizando momentos inesquecíveis e de extremo aprendizado.

O futsal é uma das modalidades esportivas mais prestigiadas na escola, especialmente nas aulas de educação física. Para alguns profissionais é desafio tratar de uma modalidade que tem uma certa preferência por uma parcela significativa dos alunos, não só nas aulas de educação física escolar, como a procura pelas aulas de treinamento esportivo, no período complementar à escola.

As aulas de treinamento esportivo é um momento promovido por diversas escolas, buscando entre outras questões promover, através do interesse voluntário dos alunos, a iniciação esportiva ou mesmo aperfeiçoamento das habilidades específicas das modalidades, dentro de uma proposta educativa pautada em diretrizes específicas para estas atividades no espaço escolar.

Nesse sentido, este estudo vem questionar, quais elementos educacionais as aulas de “treinamento esportivo”, propostas pelas instituições públicas de ensino do estado de Mato Grosso do Sul, devem levar em conta para construção de suas propostas educacionais?

Diante do exposto, o presente estudo tem como objetivo analisar as aulas de treinamento de futsal na Escola Estadual Dolor Ferreira de Andrade - Campo Grande-MS, discutindo possibilidades para sua realização e contribuições na formação dos participantes, apresentando perspectivas para as referidas aulas.

Para se conhecer, pesquisar e se tratar de uma modalidade é necessário compreender sua história e seu vínculo com a educação física no espaço escolar, nesse sentido que buscou-se apresentar um breve relato histórico sobre o futsal.

Segundo Nogueira (1997, p.35), a prática do futsal iniciou com o futebol de salão, ocorrido desde 1930, onde as peladas de várzea começaram a ser adaptadas às quadras de basquete e pequenos salões.

As primeiras regras surgidas foram fundamentadas no futebol, basquete, handebol e pólo aquático pelo Prof. Juan Carlos Ceriani da A.C.M. de Montevidéu, com o objetivo de ordenar a prática do futebol de salão durante as aulas regulares de educação física. (NOGUEIRA, 1997, p.35)

No Brasil, o futebol de salão deu seus primeiros passos na mesma época, tendo como referência o trabalho de Roger Grain na Revista de Educação Física nº 6 (1936) editada no Rio de Janeiro, publicando normas e regulamentações para a prática do futebol de salão. (NOGUEIRA, 1997, p.35)

Segundo Nogueira (1997, p.37), na década de 90 houve uma grande mudança na trajetória do Futebol de Salão, pois a partir da sua fusão com o Futebol de Cinco (prática esportiva reconhecida pela FIFA) surge então o “FUTSAL”, terminologia adotada para identificar esta fusão no contexto esportivo internacional. Com sua vinculação à FIFA, o Futsal dá um grande passo para se tornar desporto olímpico, tendo na Olimpíada do ano 2000 em Sidney, Austrália, o momento mor de toda a sua história. O autor ainda menciona que ficou estabelecido para a modalidade ser praticada por 2 equipes de 5 jogadores em quadra, um deles jogando como goleiro, com um máximo de 7 reservas.

Segundo Teixeira (2003, p.243), o futsal é jogado com os pés e o jogador se desloca conduzindo ou tocando a bola com qualquer parte do corpo, exceto com as mãos, e seu objetivo é marcar gols, isto é, colocar a bola dentro da meta do adversário, ultrapassando totalmente a linha de gol.

Para se ter mais entendimento sobre o esporte, houve a necessidade de relatar alguns pensamentos de autores sobre o assunto em questão.

Os jogos esportivos coletivos são compostos por muitas modalidades, que evoluem e mudam suas regras e regulamentos todos os anos. Desta forma possuem características comuns e específicas que, ao serem trabalhadas adequadamente, auxiliam no desenvolvimento motor, cognitivo e social do indivíduo (SCHERRER; GALLATTI, 2008 apud NASCIMENTO JUNIOR; GAION & OLIVEIRA, 2010).

De acordo com Barbieri (2007), foi criado um programa chamado de Programa Esporte Educacional, do Instituto Nacional de Desenvolvimento do Esporte (INDESP), onde foi aprovado integralmente pelo Conselho Deliberativo do INDESP em 05/12/95, não foi concebido como mais um Programa de massificação tão costumeiro em governos passados, principalmente os da ditadura militar ou do Estado Novo. É, em sua gênese, uma proposta de ação tendo em vista a prática do Esporte, principalmente pelas crianças e adolescentes, como instrumento do processo de desenvolvimento integral e formação da cidadania.

De acordo Coletivo de Autores (1992, p.54) apud Menezes, afirma que a influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude que temos, então, não o esporte da escola, mas sim o esporte na escola. Isso indica a subordinação da educação física aos códigos/sentidos da instituição esportiva, caracterizando-se o esporte na escola como um prolongamento da instituição esportiva: esporte olímpico, sistema desportivo nacional e internacional. Esses códigos podem ser resumidos em: princípios de rendimento atlético/desportivo, competição, comparação de rendimento e recordes, regulamentação rígida, sucesso no esporte como sinônimo de vitória, racionalização de meios e técnicas etc.

Pensando especialmente nas escolas públicas, o contexto educacional é adverso ao clube, a contabilizar os materiais (geralmente escassos), sem falar no grupo heterogêneo, não só no sexo e idade, mas características sociais. Então, deve existir o esporte da escola e não apenas instituir o esporte na escola! O esporte neste sentido deve ser compreendido como facilitador no processo educacional, concebido como meio de integração e formação do aluno (PAES, 2001 apud KAWASHIMA, 2008).

De acordo com Barbieri (2007, p.28,29), no esporte educacional existem diversos princípios sócio-filosóficos, sendo eles: totalidade - unidade do homem, emoção, sensação, intuição, autoconhecimento, auto-estima, auto-superação, individualidade-individualidades, uno e diverso; a co-educação - processo unitário de integração, modificação recíproca, heterogeneidade, experiências vividas, ação-reílexão e mestre-aprendiz; a emancipação - independência, autonomia, liberdade, criatividade, autenticidade, discernir criticamente, elaborar genuinamente e razões de Existir; a participação - interferência na realidade, co-gestão, co-responsabilidade, integração, ator-construtor, comprometimento, direitos e responsabilidades; a cooperação - união de esforços, desenvolvimento de ações conjuntas, objetivos comuns, potencial cooperativo, sentimento comunitário, solidariedade, parceria, confiança mútua, perseverar, compartilhar, co-evolução, compreender e aceitar o outro; o regionalismo - diversos mundos culturais, identidade cultural, construção do coletivo, respeito, proteção, valorização, resgatar e preservar. Tais princípios, certamente, se configuram como referencial indispensável para qualquer operacionalização fundamentada no desenvolvimento do esporte num contexto educacional.

Para Neira (2003) apud Menezes, no “esporte na escola” há a reprodução de regras já existentes e rígidas, a busca pela melhoria do gesto técnico, sempre há um campeão, acontece à exclusão dos não aptos ou menos habilidosos, os jogos já existem pré-determinados, existe um profissional tecnicista, necessidade de materiais específicos, não há criatividade na construção das atividades, ocorre à separação por sexo, e o aumento da complexidade das habilidades motoras. Mas no “esporte da escola” as regras são flexíveis e modificáveis de acordo com os interesses e necessidades dos alunos, acontece à busca pela participação coletiva, sem se importar com o gesto técnico, tem como objetivo a participação coletiva, há inclusão já que não prioriza o melhor nem o mais capaz, os jogos são criados e idealizados pelos alunos, o profissional é um mediador das atividades, podendo intervir quando necessário, não há necessidade de materiais, já que podem ser utilizadas sucatas, existe criatividade na construção dos jogos esportivos, sempre existe ludicidade, não há separação por sexo, e ocorre a diminuição da complexidade das habilidades motoras.

Santos (2000) apud Menezes, afirma que é através do esporte que as pessoas podem desenvolver a experiência de grupo, potencializar os mecanismos individuais de autocontrole e valorizar a estruturação das relações interpessoais. A prática desportiva continuada e bem dirigida pode permitir a aquisição de habilidades físicas e cognitivas, além da consecução de hábitos e valores para a vida social, contribui ainda, para a superação da resistência à frustração e aceitação de normas e tarefas de seu grupo social, respeito e a solidariedade comum com os outros.

Santana (2005) apud Nascimento Junior (2010), propõe alguns princípios pedagógicos para os profissionais que trabalham com a iniciação esportiva das modalidades coletivas, como aceitar a competição, negociando outras formas de se competir; aceitar o talento esportivo, propondo diferentes formas de trabalhá-lo; dialogar e negociar saberes com o sistema humano; equilibrar o racional e o emocional; preparar aulas que transpareçam as diferenças entre os iguais; adotar métodos de ensino que promovam a socialização e a criatividade; e preconizar uma pedagogia atraente e encantadora.

Para Paes; Balbino (2005) apud Venditti Jr; Sousa (2008), é preciso, e é possível, através da pedagogia do esporte, dar esse tratamento pedagógico integrado ao desenvolvimento infantil, de modo a contribuir para o aprendizado de nossos alunos e também melhorar nossa atuação profissional, uma vez que podemos refletir e repensar a nossa prática docente, á que atuamos como agentes pedagógicos do movimento. O autor ainda acredita que uma pedagogia do esporte deve ter como objetivo a participação de todos. Sendo assim, o esporte pode ser utilizado como ocupação do tempo livre, relacionado à área de recreação e lazer.

O jogo é o procedimento pedagógico mais utilizado na escola porque necessita de poucos materiais, o que já se sabe é escasso nas escolas. Através do jogo, a sociedade se desenvolve, o aluno é motivado a aprender, as habilidades são aperfeiçoadas, desenvolvem a criatividade, a cognição e aprendem a resolver problemas e a tomar decisões. Além de estimular a inclusão e o desenvolvimento das inteligências múltiplas, entre outros (BALBINO, 2002 apud KAWASHIMA, 2008).

Os jogos esportivos são denominados de modificados, por não serem jogos principais ou pequenos jogos, mas por serem uma forma diluída do jogo principal. Eles podem ser competitivos ou cooperativos e são recomendados para qualquer nível de escolaridade. (POZZOBON & ASQUITH, 1999)

Galatti e Paes (2006) apud Nascimento Junior; Gaion e Oliveira (2010), dizem que a prática desses tipos de jogos proporciona à criança noções de coletividade, companheirismo, relacionamento com jogadores da equipe e com adversários e, principalmente, que a habilidade individual se torna mais útil e importante se for aplicada em benefício do coletivo.

Tubino (1993) apud Menezes, afirma que o esporte-educação, também chamado de esporte educacional, não deve ser compreendido como uma extensão do esporte-performance para a escola. Ao contrário, em vez de reproduzir o esporte de rendimento, esta manifestação deve ser mais um processo educativo na formação dos jovens, uma preparação para o exercício da cidadania. O esporte-educação tem um caráter formativo, por isso, ele deve ser desenvolvido na infância e na adolescência, na escola e fora dela, com a participação de todos, evitando a seletividade e a competição acirrada.

Tani (1996), conforme quadro abaixo, apresenta diferenças importantes a respeito da compreensão e aplicação do esporte em alguns contextos, especialmente no esporte de rendimento e no esporte como conteúdo da educação física escolar. Nesse sentido, é necessário ter claro essas diferenças, para que se possam adequar as ações do profissional de educação física, especialmente no espaço escolar, o qual acaba fundamentando suas ações no esporte de rendimento na escola, quando deveria alicerçar o esporte como conteúdo da educação física escolar, mesmo se tratando do treinamento esportivo, embora seja um espaço do rendimento na escola, a proposta ainda deve ser estruturada sobre o esporte educacional, e com bom senso e fundamentação, adequar elementos do rendimento para a escola.  

     

Fonte: TANI (1996, p.89)

 

Os autores MOREIRA e SIMÕES (2001, p.88 e 89), afirmam que o esporte de rendimento se caracteriza por objetiva o máximo em rendimento, porque visa a competição; se ocupa com o talento, e portanto se preocupando essencialmente com o potencial das pessoas; tendo como caráter seletivo, restringindo e excluindo os menos talentoso, reservando-o os mais talentosos.

Os autores ainda afirmam que o esporte como conteúdo da educação física tem como característica objetivar o ótimo quanto a rendimento, respeitando as características individuais, as expectativas e as aspirações das pessoas; se ocupa com pessoas comuns, não se preocupando com o seu potencial, mas sim com a sua limitação; visando à aprendizagem, submetendo pessoas à práticas vista como um processo de solução de problemas motores; orientando-se para a generalidade, oportunizando acesso a diferentes modalidades; enfatizando o processo e não rendimentos ou recordes, resultando essa orientação na difusão do esporte como um patrimônio cultural.

A SED estabelece na resolução “Nº 1.773, de 23 de julho de 2004, CAPÍTULO II E III ART.6º AO ART.23º, que as aulas de treinamento deverão ser ministradas por professores habilitados em curso de graduação de educação física, lotados na rede estadual de ensino, na condição de efetivo ou convocado, em horário não coincidente com o horário escolar do aluno participante; as aulas de treinamento esportivo deverão ter caráter de iniciação esportiva, respeitando as fases de desenvolvimento do aluno, incentivando o espírito de equipe, evitando a hipercompetitividade e propiciando as vivências dos princípios do esporte educacional; para participar das aulas do treinamento esportivo o aluno deverá ter idade mínima de dez anos; as turmas poderão ser formadas por alunos de diferentes séries, sendo, no mínimo, vinte alunos nas modalidades individuais e coletivas; o aluno poderá optar pela mudança de modalidade durante o ano letivo, desde que haja vaga na turma; o professor de educação física, habilitado, lotado em 20 (vinte) horas poderá ministrar até 04 (quatro) aulas de treinamento esportivo, devendo desenvolver 01 (uma) modalidade esportiva em 02 (duas) turmas, sendo uma do sexo masculino e a outra do sexo feminino; o professor de educação física, habilitado, lotado em 40 (quarenta) horas poderá ministrar até 08 (oito) aulas de treinamento esportivo, devendo desenvolver 02 (duas) modalidades esportivas, constituindo 04 (quatro) turmas, sendo 02 (duas) do sexo masculino e 02 (duas) do sexo feminino; para efeito de lotação do professor de educação física, as aulas de treinamento esportivo não serão como objeto de concurso; as aulas poderão ser oferecidas na unidade escolar, desde que a mesma disponha de espaço físico adequado, materiais apropriados e cujas turmas de treinamento representem a escola em eventos esportivos promovidos no âmbito local, regional, estadual ou federal, devendo esta participação estar acordada com a direção colegiada; o professor responsável pelo treinamento esportivo, que não participar dos eventos previstos, deixará de ministrar nessa modalidade imediatamente após o evento que deixou de participar; de acordo com a formação e a especialização do professor habilitado em educação física, várias modalidades poderão ser oferecidas nas unidades escolares, desde que se disponha de local adequado e material apropriado, visando o treinamento esportivo; as unidades escolares da rede estadual de ensino só poderão oferecer as aulas se contarem com professores habilitados para ministrar as aulas de educação física prevista na matriz curricular; o professor de educação física, responsável pelo treinamento esportivo, deverá elaborar um programa de ensino e apresentar, no início do ano letivo, a direção colegiada e à coordenação pedagógica, para que faça parte da proposta pedagógica da unidade escolar; no final de cada bimestre, o professor responsável pelo treinamento esportivo deverá apresentar um relatório contendo: relação dos alunos participantes, relatório da frequência dos alunos, o trabalho desenvolvido, os objetivos alcançados e os relatórios dos eventos em que a unidade escolar participou ou realizou; os alunos que fizerem parte da turma de treinamento esportivo não será dispensado das aulas de educação física; no início de cada semestre o aluno participante deverá realizar exame médico e entregar o atestado médico na secretaria da unidade escolar para ciência do professor e arquivamento na sua pasta individual; caberá a direção colegiada a responsabilidade pela existência do atestado médico de cada aluno; a direção colegiada será responsabilizada pela integridade física do aluno, caso este não apresente atestado médico; caberá a direção colegiada o acompanhamento das aulas oferecidas sob a forma de treinamento esportivo; recomenda-se a instalação de bebedouros próximos aos ambientes da prática da educação física; a duração das horas-aulas previstas para treinamento esportivo e para educação física será de 50 (cinqüenta) minutos cada; os professores deverão estar adequadamente trajados para ministrar as aulas; os casos omissos serão resolvidos pela Superintendência de Políticas de Educação da Secretaria Estadual de Educação; fica revogada a resolução/SED nº 1.454, de 18 de dezembro de 2000, e demais disposições em contrário, devendo esta resolução entrar em vigor na data da publicação.

A referida resolução, entra em contradição, pois da mesma maneira que afirma que as aulas de treinamento esportivo devem ter um caráter de iniciação esportiva, respeitando as fases de desenvolvimento do aluno, incentivando o espírito de equipe, evitando a hipercompetitividade, determina que as aulas devem propiciar vivências vinculadas aos princípios do esporte educacional. Em outra parte da resolução, deixa claro que é obrigatória a participação das escolas que tenham treinamento esportivo nos eventos que a SED organiza, e se o professor se recusar a participar dos eventos deixará de ministrar as aulas imediatamente após o evento que deixou de participar.

De acordo com Freire (2006, p.7), para ensinar devemos levar em consideração, acima de tudo, a cultura popular relacionada ao futebol que tem as crianças e os adolescentes. O modo de trazer essa cultura para a escola será preservar o espaço lúdico, esse espaço de brincadeira tão produtivo para a aprendizagem.

Segundo Freire (2006, p.9): “Tenho motivos para acreditar que todos podem jogar futebol de boa qualidade, alguns em menor tempo, outros com maior demora. Não importa; todo processo pedagógico exige paciência”. O autor ainda afirma ainda que: “De modo que aqueles que já sabem jogar futebol devem ser orientados para aprender a jogar melhor; aqueles que sabem muito pouco ou nada de futebol devem receber toda a atenção até que aprendam, no mínimo, o suficiente”. (FREIRE, 2006, p.9)

            Para o autor, a tarefa educacional sempre deve preparar algo mais que a atividade específica da escola. Quem aprende futebol pode desenvolver um acervo de habilidades bastante diversificado, podendo aproveitar essas habilidades em muitos outros esportes. Ainda afirma que o aluno poderá estar aprender a conviver em grupos, a construir regras, a discutir e até a discordar dessas regras, a mudá-la, com a rica contribuição para seu desenvolvimento moral e social. Todos esses elementos devem fazer parte da pedagogia do professor, de maneira a, colocar o aluno em situações desafiadoras, estimulá-lo a criar suas próprias soluções e a falar sobre elas, levando-o a compreender suas ações. São condutas que contribuem para o desenvolvimento de inteligência do aluno. O professor não pode pensar só no “craque” ou em sua condição de atleta; deve pensar, mais que isso, na sua condição humana.

Freire (2006, p.10), relata que as práticas desagradáveis só são incorporadas ao cotidiano quando se mostram indispensáveis para a vida. É o que acontece quando crianças são levadas a aceitar treinamentos exaustivos de futebol por acreditarem que isso as transformará em futuros craques. Por outro lado, se ensinarmos com brincadeiras, com diversão, com carinho, com atenção, com liberdade, possivelmente isso ficara para sempre, sem precisarmos enganar os alunos com promessas de um futuro glorioso. Antes de qualquer ensinamento, o aluno precisa aprender a gostar do que faz. Ora, é fácil deduzir que a gente costuma gostar mais daquilo que nos dá prazer do que daquilo que nos causa sofrimento.

De acordo com Freire (2006, p.11,12), devem-se seguir alguns passos para que se tenha uma boa aula, tais como: todas as aulas devem ser planejadas com antecedência; os professores devem fazer avaliações periódicas de suas aulas, apresentando os resultados dessa avaliação em reuniões com os demais professores; quando surgirem conflitos, desacordos ou discussões em torno do jogo, o professor deve aproveitar a ocasião para administrar a construção de regras pelos alunos; durante as aulas, as atividades devem ser diversificadas e lúdicas; Levar em conta as necessidades e interesses dos alunos, de acordo com cada faixa etária; o professor deve ser flexível em suas condutas com os alunos, mas tem que saber estabelecer limites para esses, sempre preservando o respeito para com o professor e para com os colegas.

 

MATERIAIS E MÉTODOS

 

Para a elaboração do presente artigo foi realizada uma pesquisa descritiva que se caracteriza pela seleção de amostras aleatórias de grandes ou pequenas populações sujeitas à pesquisa, visando obter conhecimentos empíricos atuais. Este tipo de pesquisa leva a possibilidade de generalização sobre a realidade pesquisada. Os métodos utilizados na pesquisa descritiva, geralmente, permite ao pesquisador investigar apenas um percentual da população alvo desejada, isto é, existem casos que não há necessidade de pesquisar a população alvo na sua totalidade. (VALENTIM, 2005)

 Como instrumento de pesquisa foi elaborado um questionário (anexo 1), para coleta de dados, estruturado com 13 perguntas abertas por este pesquisador para o sujeito da pesquisa, o profissional de educação física da Escola Estadual Dolor Ferreira de Andrade, da cidade de Campo Grande – MS, responsável pelas aulas de treinamento de futsal, com alunos de faixa etária entre 08 à 17 anos de idade.

 

 

ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS

 

Foi respondido pelo profissional de educação física, professor responsável pelas aulas de treinamento de futsal, na referida escola pesquisada, as quais buscou explicitar a opinião do pesquisado sobre as atividades vinculadas a temática proposta pelo artigo.      

Quando perguntado ao professor se todas as aulas são planejadas, o mesmo disse que sim, argumentando que é feita uma distribuição de atividades por períodos (meses), com a preocupação voltada para adaptação e iniciação ao futsal, e ainda para a preparação física (condicionamento), técnica, tática, e outra mais intensa para os períodos de competições e menos intensa para pós-competições. Afirmando ainda, que as aulas de planejamento são incluídas em sua carga horária. 

Para Freire (2006) deve-se levar em consideração a cultura popular relacionada ao futebol e preservar o espaço lúdico, espaço este tão produtivo para a aprendizagem. Outros procedimentos importantes também sugeridos pelo autor: as aulas devem ser planejadas com antecedência; os professores devem fazer avaliações periódicas de suas aulas, apresentando os resultados em reuniões. Se o professor ensinar com brincadeiras, com diversão, com carinho, com atenção, com liberdade, isso ficará para sempre, sem precisar enganar os alunos com promessas de um futuro glorioso.

Acerca das discussões, análise ou avaliação de suas aulas pela escola e/ou a secretaria de estadual de educação, afirmou que não ocorre nenhum tipo de acompanhamento sistematizado, apenas alguns relatos informais tanto para a escola como para a secretaria, especialmente quando estas aulas de treinamento através da participação nos jogos são motivados de premiações. 

Para destacar o objetivo das aulas de “treinamento esportivo” na escola, foi questionado sua posição a respeito do assunto, o qual afirmou que as mesmas deveriam preparar os alunos de forma ampla, para o exercício da cidadania, de maneira a considerar e cobrar dos alunos boa disciplina e boas notas na escola, desenvolver bons hábitos e a prática de atividade físicas bem como o respeito ao próximo, a sociabilidade, afetividade. E também prepará-los para competições.

Em relação aos objetivos, se são tão “amplos” voltados ao desenvolvimento da cidadania e ao esporte educacional, por que não efetivados em sua metodologia?

Percebe-se que embora se afirme uma certa preocupação com os objetivos citados acima, o professor aqui pesquisado está mais voltado para a formação de atletas, ao invés de buscar o exercício da cidadania, levando a prática do esporte para a sua vida.

Quando perguntado ao professor sobre sua metodologia de trabalho para atender as finalidades destas aulas, afirma que utiliza atividades para o desenvolvimento motor sem bolas e com bolas, atividades para o desenvolvimento de bom condicionamento físico, exercícios específicos para os goleiros e exercícios táticos. 

O professor não pode pensar só no “craque” ou em sua condição de atleta; deve pensar, mais que isso, na sua condição humana, os elementos educacionais devem fazer parte da pedagogia do professor, de maneira a, colocar o aluno em situações desafiadoras, estimulá-lo a criar suas próprias soluções e a falar sobre suas reflexões, levando-o a compreender suas ações.

Acerca do trabalho com a ludicidade em suas aulas, o professor comentou que utiliza esporadicamente (às vezes), usando atividades recreativas para executar as atividades especificas do treinamento (Ex: brincadeiras como: pega-pega; grupos mistos para jogar de outras modalidades como basquete e handebol). 

Para Freire (2006) durante as aulas, as atividades devem ser diversificadas e lúdicas, levando sempre em conta as necessidades e interesses de cada aluno, de acordo com cada faixa etária, o professor, portanto, deve ser flexível em suas condutas para com os alunos e tem que saber estabelecer limites para esses, sempre preservando o respeito para com o professor e para com os colegas.

Perguntado sobre a contribuição das aulas na formação dos alunos, o professor relata que contribui na elevação da auto-estima, socialização, evitando a ociosidade.

A prática desportiva continuada e bem dirigida pode permitir a aquisição de habilidades físicas e cognitivas, além da consecução de hábitos e valores para a vida social, contribui ainda, para a superação da resistência à frustração e aceitação de normas e tarefas de seu grupo social, respeito e a solidariedade comum com os outros. (SANTOS 2000 apud MENEZES)

A respeito da sua opinião sobre o horário mais adequado para a realização das aulas, afirmou ser entre o final da tarde início da noite (das 17:30 as 19:30 horas), por ser um horário mais prestigiado pelos alunos.

O horário acima mencionado, talvez seja mais adequado aos interesses da escola (disponibilidade de espaço) e para o professor (disponibilidade de horário de aula), do que necessariamente para os alunos.   

Quando questionado sobre o processo de escolha dos alunos para participar das aulas de treinamento esportivo, o professor disse que as aulas de treinamento são abertas a todos os alunos da escola, sem distinção. Na época das competições são selecionados em torno de 12 alunos para formar a equipe, sendo esta seleção baseada no desempenho técnico e tático de cada um em suas respectivas faixas etárias.

De acordo com Tubino (1993), o esporte-educação tem um caráter formativo, por isso, ele deve ser desenvolvido na infância e na adolescência, na escola e fora dela, com a participação de todos, evitando a seletividade e a competição acirrada. As ações do professor não explicitam esta preocupação, Mas o professor esta fazendo tudo ao contrário do que o esporte-educação, visando só em ganhar as competições, ao invés de formar os jovens para a cidadania. 

Perguntado sobre a postura da escola/direção/professores em relação aos resultados dos alunos, afirmou que é cobrado dos alunos um bom desempenho nas notas, sendo os alunos elogiados quando ganham ou chegam nas finais das competições.

Os alunos não devem só serem cobrados no desempenho das notas, ou elogiados somente quando “ganham” alguma competição, mas sim, serem  incentivados no contexto escolar, a vivenciarem posturas respeitosas em relação aos professores, aos pais e aos demais alunos, bem como outras atitudes cidadãs, etc.         

Acerca da postura da secretaria estadual de educação em relação aos resultados dos alunos, o professor falou que são organizados jogos e oferecidas todas as condições pedagógicas, bem como financeiras para que as aulas de treinamento aconteçam, afirmando ainda, ser divulgado e premiado os bons resultados dos alunos. 

Quando perguntado ao professor sobre o conhecimento da RESOLUÇÃO/SED Nº 1.773, de 23 de julho de 2004, CAPÍTULO II E III ART.6º AO ART.23º. da Secretaria Estadual de Educação que estabelece as diretrizes das aulas do treinamento esportivo nas escolas e sua concordância, disse que conhecia, argumentando concordar com sua normatização e direcionamento para as aulas, além da operacionalização na formação das turmas. 

Embora o professor aponte concordância com a resolução, o profissional demonstra uma certa fragilidade metodológica em relação ao esporte educacional, enfatizando suas práticas somente no esporte de rendimento.

Perguntado sobre como pensa que deveria ser as aulas de treinamento esportivo nas escolas, afirmou que deveria haver mais materiais e apoio por parte da direção da escola. 

Acerca das sugestões de ações que o estado poderia desenvolver para contribuir com a proposta de treinamento esportivo em suas escolas, o professor apontou a necessidade de aumentar o número de aulas de treinamento para cada professor e a disponibilidade de mais recursos para as aulas.

Concordo parcialmente com as afirmações do professor, pois é claro que disponibilizar mais materiais, pode possibilitar mais oportunidades de participação e diferentes alternativas para suas aulas, mas apenas material não basta. É necessário que sejam oferecidas formações continuadas para o profissional e encontros para discussão e trocas de experiências aos alunos, bem como a promoção de eventos adequados à proposta e aos objetivos da atividade na escola.

Os dados vindos do professor pesquisado, responde à problemática levantada pelo presente estudo, apontando que as aulas de treinamento da escola em questão não tem contribuído de maneira significativa para o objetivo proposto para suas aulas na escola, especialmente pela metodologia utilizada, destacando um excesso de atividades voltadas para a formação de atletas (treinamento esportivo), influenciada possivelmente pela dificuldade do professor em relação à adequação de suas aulas a proposta, a qual também apresenta discordâncias e limitações.

Outra limitação verificada é com relação a ausência de acompanhamento e uma proposta de ações mais adequadas para as atividades educacionais destas atividades na escola, por parte da SED e da própria escola. Embora a resolução da SED determine que o acompanhamento das aulas de treinamento esportivo seja de responsabilidade da escola, cabendo a secretaria apenas fornecer a disponibilização do professor para as aulas nas escolas, que requerem determinadas modalidades esportivas de treinamento escolar, acredito que poderiam ser revistas às respectivas responsabilidades no processo e principalmente as formas de acompanhamento, além de uma maior discussão sobre esta temática.

 

CONCLUSÃO

 

O esporte é um dos fenômenos da humanidade que mais se desenvolveu na sociedade nos últimos séculos, sendo praticado em diversos contextos e com diferentes manifestações. Na escola, sua prática tem tomado dimensões tão significativas, que o esporte tem se apresentado de maneira às vezes até controverso, influenciado pelas suas manifestações na sociedade.

Atualmente, além de se apresentar como conteúdo da educação física escolar, tem apresentado manifestações do esporte de rendimento, o qual influencia o referencial pedagógico da escola e principalmente da educação física. A aulas de treinamento esportivo é um exemplo disso.

Ao se propor analisar essas aulas de treinamento, da modalidade de futsal em uma escola pública estadual, discutindo possibilidades para sua realização e contribuições na formação dos participantes, buscou-se principalmente apresentar possibilidades pedagógicas para essas aulas, pois foi verificado o quanto ainda é preciso avançar sobre a temática, em discussões e práticas que dêem possibilidades para novas práticas.

O estudo verificou que existe uma preocupação maior para o esporte de rendimento, do que para os aspectos educativos das aulas e suas possibilidades na formação dos alunos.

As aulas de treinamento precisam ser discutidas e vinculadas à proposta educacional da escola, e não apenas tratada como uma iniciação esportiva ou simples preparação de equipes de representação da escola em eventos competitivos, mas sim comprometido com a formação dos alunos e o projeto político pedagógico da escola.

Embora a pesquisa tenha sido realizada em uma única escola, a preocupação com as práticas de outras instituições de ensino, estaduais ou não, procede em função do esporte de rendimento na escola estar presente no cotidiano escolar, atendendo interesses, inclusive, distantes do processo educacional dos participantes das aulas de “treinamento”.

 

 

REFERÊNCIAS

 

BARBIERI, C. Educação pelo esporte - Algumas considerações para a realização dos Jogos do Esporte Educacional. Revista Movimento (ESEF/UFRGS), América do Norte, 5, oct. 2007. Disponível em: <http://seer.ufrgs.br/Movimento/article/view/2481/1131>. Acesso em: 16 Nov. 2010.

 

FREIRE, João Batista. Pedagogia do futebol – 2.ed. – Campinas, SP: Autores Associados, 2006. – (Coleção educação física e esportes).

 

KAWASHIMA, L. B. e BRANCO, M. de F.. A pedagogia do futsal no contexto educacional da escola. Revista Digital - Buenos Aires - Año 13 - N° 119 - Abril de 2008. Disponível em  <http://www.efdeportes.com/efd119/a-pedagogia-do-futsal.htm>. Acesso em: 16 de Nov. 2010.

 

MENEZES, M. S. M. de; CAPISTRANO, R. D. de Souza.e SOUSA, M. do S. C. de. Esporte no Ambiente Escolar: Qual Predomina, Esporte da Escola ou Esporte na Escola?. ISBN: 85-85253-69-X - Livro de Memórias do IV Congresso Científico Norte-nordeste - CONAFF Disponível em: <http://www.sanny.com.br/pdf_eventos_conaff2/Artigo14.pdf>. Acesso em: 16 de Nov. 2010.

 

MOREIRA, W. W. e SIMÕES, R. Fenômeno esportivo e o terceiro milênio Piracicaba: UNIMEP 2001.

 

NASCIMENTO JUNIOR, J. R. A. do; GAION, P. A. e OLIVEIRA, A. M. de. A pedagogia do esporte como abordagem de ensino nos programas de iniciação aos jogos esportivos coletivos. Revista Digital - Buenos Aires - Año 14 - Nº 140 - Enero de 2010. Disponível em: <http://www.efdeportes.com/efd140/iniciacao-aos-jogos-esportivos-coletivos.htm>. Acesso em: 16 de Nov. 2010.

 

NOGUEIRA, Claudio José Gomes. Educação Física na Sala de Aula, Rio de Janeiro – Sprint, 1995 2ª edição – 1997.

 

POZZOBON M. E.; ASQUITH A. Diferentes modelos de ensino de jogos esportivos na educação física escolar. Artigo Original (parte de Dissertação de Mestrado do PPGCMH/UFSM). Brasil. Disponível em <http://www.efdeportes.com/efd37/jogos.htm>. Acesso em: 16 de Novembro de 2010.

 

TEIXEIRA, Hudson Ventura, 1935 – Educação Física e Desportos: técnicas, táticas, regras e penalidades – 4. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2003.

 

VALENTIM, M. L. P. (Org.). Métodos qualitativos de pesquisa em Ciência da Informação. São Paulo: Polis, 2005. 176p. (Coleção Palavra-Chave, 16)

 

VENDITTI Jr, Rubens e SOUSA, Marlus Alexandre. Tornando o “Jogo Possível”: Reflexões sobre a Pedagogia do Esporte, os Fundamentos dos Jogos Desportivos e Coletivos e a Aprendizagem Esportiva. Pensar a pratica 11/1: 47-58, jan./ jul. 2008. Disponível em: <boletimef.org/.../BoletimEF.org_Tornando-o-jogo-possivel-reflexoes-sobre-a -pedagogia-do-esporte.pdf>. Acesso em: 16 Nov. 2010.

 

 

 

 

ANEXO I

QUESTIONÁRIO

 

  1. Todas as aulas são planejadas? De que forma? Há uma carga horária de planejamento?

 

  1. As aulas são discutidas, analisadas e avaliadas pela escola e/ou a secretaria de estadual de educação? De que forma?

 

  1. Qual é o objetivo das aulas de “treinamento esportivo” na escola?

 

  1. Qual sua metodologia de trabalho para atender as finalidades destas aulas?

 

  1. Você trabalha com a ludicidade em suas aulas? De que forma?

 

  1. Em que você acredita que as aulas contribuam na formação dos alunos?

 

  1. Qual o horário adequado para a realização das aulas?

 

  1. Como são escolhidas os alunos para participar das aulas de treinamento esportivo?

 

  1. Qual a postura da escola/direção/professores em relação aos resultados dos alunos?

 

  1. Qual a postura da secretaria estadual de educação em relação aos resultados dos alunos?

 

  1. Você conhece a RESOLUÇÃO/SED Nº 1.773, de 23 de julho de 2004, CAPÍTULO II E III ART.6º AO ART.23º. da secretaria estadual de educação que estabelece as diretrizes das aulas do treinamento esportivo nas escolas? Você concorda com ela?

 

  1. Como você pensa que deveria ser as aulas de treinamento esportivo nas escolas?

 

  1. O que você sugere (ações) que o estado desenvolva para contribuir com a proposta de treinamento esportivo em suas escolas?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANEXO II

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

 

Você está sendo convidado para participar da pesquisa ANÁLISE DAS AULAS DE TREINAMENTO DA MODALIDADE DE FUTSAL NA ESCOLA ESTADUAL DOLOR FERREIRA DE ANDRADE EM CAMPO GRANDE – MS.

O presente estudo tem como objetivo analisar as aulas de treinamento de futsal na Escola Estadual Dolor Ferreira de Andrade – Campo Grande-MS, discutindo possibilidades para sua realização e contribuições na formação dos participantes, apresentando perspectivas para as referidas aulas.

Sua participação não é obrigatória. A qualquer momento você pode desistir de participar e retirar seu consentimento, de maneira que sua recusa não trará nenhum prejuízo em sua relação com o pesquisador ou com a instituição.

 

Será realizado um estudo de caso, sendo sua participação restrita a responder um questionário sobre suas aulas de treinamento de futsal na escola acima mencionada.

 

Os riscos relacionados com sua participação podem ser de constrangimento ou exposição da prática pedagógica adotada.

 

Os benefícios relacionados com a sua participação podem contribuir na reflexão e condutas de profissionais de educação física no mesmo contexto de atuação.

 

As informações obtidas através dessa pesquisa serão confidenciais, sendo assegurado o sigilo sobre sua participação. Os dados não serão divulgados de forma a possibilitar sua identificação.

 

Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone e o endereço institucional

do pesquisador principal, podendo tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua participação, agora ou a qualquer momento.

 

 ______________________                                               _____________________

    Vilmar Oliveira da Silva                                                   Prof. Ms Rafael Presotto

Pesquisador                                                                       Orientador

 

Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de minha participação na pesquisa e concordo em participar.

 

 

_________________________________________

Sujeito da pesquisa

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