Amadorismo nas Escolas Públicas
Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Interessante perceber que pessoas sem habilidades, know-how, e literalmente incompetentes no que fazem, são as mais aproveitadoras e consequentemente, desonestas em sua profissão.
Infelizmente na educação também tem pessoas assim, cujas ações são sempre visando algo em troca, prevalecendo a lei de Gérson, que implica em dizer que uma pessoa busca tirar vantagem indiscriminadamente, não se importando com a ética e tampouco com a moral.
Tais profissionais em momento algum pensam no coletivo, no bem comum. Visam apenas o seu lado narcisista, egocêntrico e tudo fará para se manter neste status, principalmente quando o seu superior se demonstra inseguro em suas decisões.
A política é uma seara na qual pessoas assim germinam, simplesmente por se tratar de um momento em que troca de favores são usados como papel moeda, ou seja, caso o candidato Y seja eleito, a pessoa que o apoio terá suas vontades e vaidades atendidas.
Isso chega a ser desonesto também por parte do político que não visa o bem comum, sobrepondo assim a meritocracia, aliás, palavra esta que não tem significado algum neste meio.
Dito isso, a educação passa a ser vista como um laboratório no qual experiências são realizadas, mas o pior é que, para os verdadeiros educadores, essas experiências representarão o fiasco, tendo assim consequências sem precedentes, contribuindo mais uma vez com uma educação de péssima qualidade para nossos educandos e concomitância uma geração de pessoas sem discernimento e sem um protagonismo cognoscente.
Vale salientar que a falta de leitura também contribui para a atual conjuntura, o que é explicitado no livro o Príncipe, escrito por Maquiavel que quando procurar um aliado para pedir apoio, nunca lembre favores que você fez a ele no passado. [...] gratidão não é uma obrigação.
Dando continuidade a este clássico supracitado, quando uma ação é feita com insegurança e indecisão, isso facilita a emersão de sabotadores e traidores e não se sentirão hesitados em expor esta liderança.
Quando há troca de favores que sobrepõe a meritocracia, os envolvidos perceberão que relações que nascem de troca de benefícios tem suas estruturas nos interesses e não na nobreza de caráter, e estas geralmente são pessoas dissimuladas, volúveis, covardes e buscarão tirar vantagem de tudo por causa de sua vaidade e ambição financeira.
É sabido que a inveja cria inimigos e no meio da educação, apesar de sermos educadores, a inveja impera, a narcisismo é a pedra da vez e a democracia, passa a ser uma palavra levada pelo vento.
Dito isso, vale lembrar que a educação de qualidade perpassa por muitas variáveis, todavia a troca de favor, colocando pessoas incompetentes é a mais corrosiva de todas as variáveis.