12/04/2017

Alquimia da Educação

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante, Articulista, Colunista, Docente, Consultor de Projetos Educacionais e Gestão do Conhecimento na Educação – www.wolmer.pro.br

 

            Sabe-se que a alquimia combina diferentes ensinamentos, que são eles a química, antropologia, filosofia, física, metalurgia e matemática. Isso tudo seria para o alcance de alguns objetivos como a transmutação de metais inferiores em ouro, elixir da longa vida e uma  vida humana artificial conhecido como homonculi.

            Esqueçamos o homonculi e partamos para a transmutação de metais em outro e o elixir da longa vida, assim pode-se observar que nós professores temos um alquimista dentro de nós, que pega a pedra bruta, ou o metal desvalorizado e com certas combinações de substâncias o transforma em um metal nobre e totalmente valorizado.

            A pedra bruta são nossos alunos e o metal nobre, é o conhecimento que ele irá adquirir com o passar do tempo e estudos. Porém, nem sempre as misturas de substâncias dão o elemento esperado, isso porque, algumas substâncias são instáveis na presença de outras, o que poderão causar resultados não esperados.

            O elixir da longa vida é o sonho de muitos. O fazer-se eterno tem sido outra vertente dos alquimistas e assim também tem sido o da educação e dito isso, a educação nos convida observar as metáforas da transmutação e do elixir.

            Observe que nossos alunos quando chegam nas escolas simples e ignorante, e assim tem sido a educação. Pegando pedras brutas e transformando em joias, mas, como na Idade Média existia bons alquimistas e maus alquimistas, em nossa época existe também a boa educação e a má educação.

            Para a boa educação, estão todos os objetivos alquimistas realizados, transmutando os alunos simples e ignorantes em cidadãos protagônicos cognoscentes, em contrapartida, a má educação, consegue no máximo, criar a pirita, conhecida como ouro dos tolos que é um metal reluzente com um valor se resumindo apenas a uma fração do verdadeiro ouro.

            O interessante é que, quando o ouro e a pirita se juntam, somente o olhar de um expert poderá diferenciá-los, o que no caso da educação, esta diferença se sente na forma de conversar e defender seus ideias, pois temos como reflexo desta má qualidade da educação na própria política, através dos representantes escolhidos pelas várias piritas que tal educação criou.

            Os maus políticos foram os experimentos que deram errados, faltaram-lhes as substâncias caráter, ética e moral. São eles que sabotam a educação para que a mesma não transforme suas pedras brutas em tesouros, e assim, o número de piritas irá aumentar e a magia da educação não acontecerá.

            O elixir da longa vida encontra-se representado nos feitos destes alunos. O que eles fazem ou ajudam a fazer que pode-se perpetuar? Quais exemplos e obras eles deixarão para os seus pares?

            Toda educação implica em mudanças, e as qualidades destas mudanças dependerão das misturas que o alquimista tiver em mãos, para que assim, o metal a se transmutar seja apenas o ouro ou melhor, que possamos criar verdadeiros Midas, que quando tocava algo, isso se transformava em ouro.

            E mais uma vez, vejamos o ouro pelo viés metafórico ao qual significa conhecimento. Este é o verdadeiro tesouro a qual devemos trabalhar com nossa educação alquimista, nos remetendo ao tesouro de Bresa

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