29/03/2019

Além do papel: as portas que um diploma internacional pode abrir

O mercado globalizado exige profissionais conectados com a realidade do exterior  e um dos símbolos disso é o diploma internacional. Os caminhos para esse diferencial estão cada vez mais próximos dos estudantes brasileiros. 

É possível começar o processo para um diploma internacional no Brasil: o programa American Academy da Pontíficia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e da Ken State University (KSU) oferece diplomação no Brasil ou nos EUA.  

O programa é resultado de uma parceria com a Kent State University, em Ohio, e segue o modelo norte-americano de liberal arts. O estudante tem acesso a aulas na PUCPR ministrada por professores da Kent State, e na metade do curso pode escolher se deseja concluir a graduação pela PUCPR ou Kent State  e, dependendo da modalidade que escolher, poderá receber o diploma das duas instituições. 

 “Você tem a vantagem de ter o diploma da PUCPR e, ao mesmo tempo, ter um diploma de uma universidade reconhecida internacionalmente, que fará com que o ingresso no mercado de trabalho seja muito mais vantajoso em relação às pessoas que só tem o diploma nacional”, avalia Paulo Mussi, coordenador do programa. 

Passaporte carimbado 

O diferencial do diploma internacional vai além do papel: estudar em outro modelo de ensino, em outro país, exige capacidade de adaptação e coloca o estudante em contato com outras culturas  características que podem fazer a diferença no mercado de trabalho. 

“Todas as empresas veem as pessoas que tem o diploma internacional de forma diferente. Entendem que esse aluno possui uma visão de mundo e uma competência de interculturalidade e entendimento de problemas de forma mais ampla”, explica Mussi. 

Da mesma forma, uma pesquisa feita com estudantes de São Paulo que participaram de programas de educação internacional durante a graduação mostrou que os acadêmicos são inseridos em cenários de “superdiversidade”, isto é, de grande diversidade multicultural e multilinguística. [2] 

“Tais experiências são extremamente significativas, tanto do ponto de vista linguístico-discursivo, quanto cultural e ideológico, com efeitos nas relações interpessoais e profissionais”, diz a pesquisa. “O intercâmbio cultural precisa ser também considerado como um fator de grande influência na formação profissional, completa. 

Por outro lado, o contato com professores e estudantes estrangeiros abre portas para o profissional em formação: os universitários têm acesso a uma rede de networking internacional, com oportunidades além das encontradas no Brasil. 

A experiência também traz ganhos pessoais: fluência em outro idioma, diversidade cultural e visão global são alguns dos benefícios. Segundo Mussi, o diploma internacional é uma comprovação de que o profissional adquiriu habilidades únicas trazidas pela experiência de educação internacional, como pensamento crítico, resolução de conflitos, análises sistemáticas e trabalho em equipe, além de conhecimentos mais amplos sobre multiculturalidade e visão global. 

“Isso abre um leque de possibilidade que não é possível quando estamos restritos somente a uma visão nacional. Essa experiência cria uma visão mais ampla do mundo”, aponta o coordenador do American Academy. 

De olho no mercado de trabalho 

Um estudo sobre parcerias para formação internacional aponta que o maior impacto da educação internacional está no desenvolvimento intercultural que ela pode gerar, especialmente para a construção de redes de cooperação. E isso também contribui para formar profissionais mais alinhados às demandas do mercado de trabalho global. [1] 

“O conhecimento é um artigo global. O conhecimento é do mundo. Então, quanto mais contato com visões diferentes, melhor será a construção desse conhecimento. Isso transforma o profissional”, destaca Mussi. “É cada vez maior a busca por profissionais que têm essa visão mais ampla”, garante. 

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