22/01/2018

Afetividade

Por Ivan Carlos Zampin – Professor Doutor, Docente no Ensino Superior, Ensino Fundamental, Médio e Gestor Escolar.

 

Nos aspectos pedagógicos do trabalho do Professor com alunos em sala de aula o papel fundamental do outro e a importância da afetividade no processo de ensino aprendizagem são primordiais para a identidade do aluno com a escola. Com este discurso introdutório apresenta-se aqui aos educadores uma visão que possibilite uma sensibilização a ponto de perceberem a necessidade de se incluir a questão da afetividade como tema de sua própria reflexão pedagógica, nesse sentido elevando e auxiliando-os a um pensamento de novas atitudes em sala de aula. Partindo deste ponto, é possível falar sobre a importância da construção de vínculos afetivos e de como estes podem afetar o processo de ensino e aprendizagem.

Desta maneira de pensar é possível ampliar a compreensão de todos os profissionais, de que a qualidade de nossos pensamentos, sentimentos, atitudes e escolhas dependem de cada um e que estamos todos muito inter-relacionados e que podemos afetar uns aos outros com nossas atitudes e comportamentos.

Afetividade é o sentimento que se tem diante daqueles que se quer bem. É a capacidade de demonstrar na linguagem o carinho e a afeição, e despertar no outro os mesmos sentimentos. Todos os caminhos, ligados à aprendizagem, estão da mesma forma ligados a afetividade. Tudo passa por ela, embora os alunos sejam diferentes e cada um possui necessidades peculiares, a indiferença do adulto pode influenciar o desenvolvimento do educando. Assim, todos os alunos gostam e necessitam de atenção. Dessa forma, a falta de afetividade ou a incapacidade que algumas pessoas têm de demonstrar e receber carinho, atenção, dedicação, solidariedade e paciência interferem de maneira negativa na aprendizagem dos educandos.

Considera-se que a afetividade deva ser um fato que envolva o professor e o aluno no processo de ensino e aprendizagem, manifestando-se como uma força que impulsiona e qualifica as relações interpessoais em sala de aula e que esse fato constrói o conhecimento mais apropriado dos alunos.

A experiência nos mostra e deixa clara com a constatação que de acordo com os estudos realizados pelo mundo da educação que um relacionamento entre professor e aluno deve ser de amizade, de troca de solidariedade, de respeito mútuo, enfim, que não se consegue desenvolver qualquer tipo de aprendizagem em um ambiente hostil.

O educando que mantém uma boa relação com seus professores, mesmo por meio de brincadeiras torna-se mais sensível e receptivo. Dessa maneira pode-se verificar que as questões da autoestima e do lúdico são peças básicas para uma aproximação entre aluno e professor, estabelecendo assim um contato mais direto, uma ligação entre ambos baseado na confiança e respeito. De acordo com Rubem Alves (2003) “É brincando que a gente se educa e aprende...” Assim, pode-se afirmar que o professor deve criar um vínculo afetivo, mas não um vínculo de dedicação exclusiva ou de forma maternal, e sim de confiança, respeito e cumplicidade.

Portanto, essa constatação tem como objetivo evidenciar a importância da afetividade na relação professor-aluno, assim como sua influência no processo tanto de ensinar como do aprender, de modo que ambos convivam em um ambiente de harmonia, e que a aprendizagem, assim, possa fluir com mais facilidade.

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