ABORDAGENS METODOLÓGICAS DO ENSINO CONTEXTUALIZADO
Adriana Moreira do Canto
Licenciatura em Pedagogia. Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional e Educação Infantil. Primavera do Leste, MT.
Natalice Barbosa Passos
Licenciatura em Pedagogia. Especialista em Psicopedagogia. Primavera do Leste, MT.
Norma Beatriz Armoa
Licenciatura em Pedagogia (em conclusão). Especialista em Educação Especial. Primavera do Leste, MT.
Marinalva Celestina de Lima
Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Atendimento Educacional Especializado. Especialista em Alfabetização e Letramento. Primavera do Leste, MT.
Claudia Maria Sousa Brito Santos
Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Psicopedagogia. Primavera do Leste, MT.
Uma importante e promissora possibilidade de uso destes acervos, trata-se da interdisciplinaridade e contextualização pouco exploradas pelos professores. Onde é possível apresentar no ensino dos temas e os fatos históricos relacionados e suas consequências para a sociedade. A tecnologia apresenta-se como um instrumento para colaborar com o desenvolvimento do processo de ensino (MORAN, 2000).
No campo científico, a interdisciplinaridade equivale à necessidade de superar a visão fragmentada da produção de conhecimento e de articular as inúmeras partes que compõem os conhecimentos da humanidade. Busca-se estabelecer o sentido de unidade, de um todo na diversidade, promovendo uma visão de conjunto, significando as informações desarticuladas (PETRAGLIA, 1993).
Assim como a interdisciplinaridade que busca a superação do conhecimento fragmentado, o processo de ensino aprendizagem deve contextualizar a teoria aproximando a sala de aula do cotidiano do aluno. Desta forma, o ensino não pode se limitar somente à transmissão de conteúdos, mas deve levar à construção de competências que posteriormente serão utilizadas em sua vida (DELORS, 1998). A aprendizagem só ocorre quando o aluno entende novas informações ou conhecimentos que fazem sentido para ele em seu mundo.
O ensino contextualizado tem por objetivo possibilitar a transferência de conhecimento dos alunos a novas situações, motivando o aluno, aumentando seu interesse e melhorando sua aprendizagem (CRAWFORD, 2001). Os conteúdos ou abordagens metodológicas devem ser pensadas como um corpo integral, contextualizados com a cultura que os sustentam.
Uma vez que a utilização de vídeos educacionais, de caráter formativo se tornou ao longo dos tempos uma utilização frequente nos cursos de educação básica e ensino superior, se torna necessária uma reflexão sobre esta abordagem metodológica, observando desde o início do processo de ensino aprendizagem, bem como sua influência cognitiva e social na vida do aluno. Portanto, essas abordagens evidenciam a necessidade de outro modo de pensar a concepção educacional, na qual busca a contextualização dos conteúdos e discussões acerca da natureza histórica e fenomenológica das ciências favorecendo ao aluno uma interpretação aprofundada sobre os acontecimentos.
O conhecimento em si, antes de ser trabalhado pela razão, passa pelos sentidos, fazendo com que o aluno receba este conhecimento de uma forma mais perceptível favorecendo a inserção do indivíduo mais ativamente na sociedade, uma vez que já mencionado em estudos do século XVII nos meios educacionais europeus, onde foi denominado realismo pedagógico (HAYDT, 2006).
Os recursos audiovisuais propensos a estimular os sentidos, possuem caráter instrumental, ou seja, constituem um instrumento de aprendizagem e facilidade de abstração do conhecimento, um meio e não um fim de processo. É necessário que exercitem-se primeiro os sentidos das crianças, depois a memória, a seguir a inteligência, e por fim o juízo. Todos esses exercícios devem ser feitos um após o outro, gradualmente, pois o saber começa a partir dos sentidos. (COMENIUS, 1966 apud HAYDT, 2006).
Uma forma de estimular os sentidos dos educandos é lançar mão das tecnologias, uma vez que estes já estão inseridos tecnologicamente neste mundo globalizado. O uso dos vídeos do YouTube proporciona melhor entendimento, lembrando que estes devem fazer parte do processo e não serem utilizados único e exclusivamente como fim.
Segundo Rezende (2008, p. 1-2) que argumenta “[...] o uso de filmes e vídeos antigos como recurso didático para ensinar história das ciências, ou como fonte histórica para esta última, permanece ainda bastante inexplorada”. Neste fragmento o autor vem reafirmar a necessidade de uma reflexão e exploração coerente sobre esta abordagem de ensino, em consonância com a educação que hoje é transmitida aos alunos.