Abordagens Contextualizadas N Ciência
Mariangela Pereira de Almeida da Costa
Pedagoga. Especialista em Letras Libras. Primavera do Leste, MT.
Teresinha Salete Nervis
Pedagoga. Especialista em Psicopedagogia Educacional e Clínica. Especialista em Educação Infantil e Series Iniciais. Primavera do Leste, MT.
Aldineia Albano de Oliveira
Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Educação Infantil. Especialista em Psicopedagogia. Primavera do Leste, MT.
Cleia Felismina de Oliveira
Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista Interdisciplinaridade na educação. Especialista em Psicopedagogia e Educação Infantil. Primavera do Leste, MT.
Jeovana da Silva Oliveira
Licenciatura Plena em Pedagogia. Primavera do Leste, MT.
O ensino de Ciências (Química, Física e Biologia) tem passado por momentos de intensas reflexões, devido à caracterização de áreas de conhecimento complexas e aplicáveis muitas vezes restritamente em laboratórios ou salas de aula. Como docente da turma envolvida, surgiu a inquietação acerca da abordagem contextualizada frente aos grandes desafios da educação contemporânea. Uma vez que os Parâmetros Curriculares Nacionais buscam evidenciar o ensino de ciências através de ferramentas que explicitem o caráter dinâmico do conhecimento; sendo assim compreendido como um conjunto de saberes necessária a vida humana que está em constante mudança (BRASIL, 2000).
Buscando romper com a disciplinarização do conhecimento e a crescente especificação do saber, sem nenhuma relação com a vida cotidiana e a real necessidade para a sobrevivência, propõe-se resgatar a unidade do conhecimento a partir da contextualização interdisciplinar através da hidroponia; que na atual conjuntura socioeconômica e ambiental materializa uma necessidade cada vez mais emergente, em pensar de forma global e unificada as questões ambientais e suas interações com a sociedade.
Nesta busca por apresentar uma nova visão e concepção educacional, integrando o cotidiano do aluno junto ao que se é apresentado em sala de aula, uma possibilidade que surge na contemporaneidade educacional é a abordagem interdisciplinar, que busca promover no indivíduo a consciência da essencialidade do outro e da sua inserção na realidade social, natural e planetária. A grande transformação pela qual passa a humanidade é o encontro do conhecimento e da consciência.
A interdisciplinaridade procura entender e propor como o ser humano, um fato biológico, material, atingem a sobrevivência e a transcendência, características da qualidade de ser humano. Desta forma, é importante que o professor compreenda as múltiplas linguagens que lhe são apresentadas em suas diversificadas facetas, ao modo que possa identificar suas potencialidades e peculiaridades. É necessário compreender o processo de ensino e aprendizagem como um movimento constante de ideias que se modificam e produzem efeitos na sociedade.
Portanto, surgem novas abordagens metodológicas, evidenciando a necessidade de uma nova concepção educacional, na qual busca a contextualização dos conteúdos e de discussões acerca da natureza histórica e fenomenológica das ciências favorecendo ao aluno uma interpretação aprofundada sobre os acontecimentos.
No âmbito pedagógico é indispensável à necessidade da prática contextualizada interdisciplinar, buscando a aprendizagem significativa para alunos e professores, fortalecendo assim aos laços entre saber empírico e conhecimento científico, de forma que tem sido cada vez mais comum à conexão entre o cotidiano vivenciado pelos alunos e os conceitos que só em nível abstrato é possível explicar. Olhando para a complexidade dessas questões, torna-se necessário promover debates em torno do exercício da cidadania, remetendo-nos a uma reflexão em relação à adoção de práticas motivadoras no Ensino de Ciências como uma das possibilidades para a sua melhoria.
Nesta perspectiva, esta investigação considerará três vertentes: a educação escolar para o exercício da cidadania; a preparação de profissionais para serviços diretos na sociedade; e a formação de cientistas capazes de contribuir para o avanço da ciência e da tecnologia. Isso incide diretamente sobre as propostas de ensino, cujas práticas tradicionalmente estabelecidas e disseminadas, dão sinais inequívocos de esgotamento.
No que tange a realidade brasileira, encontramos uma educação marcada, historicamente, por currículos fragmentados e desarticulados em que as diversas disciplinas são estudadas isoladamente. Ou seja, a realidade é tratada aos pedaços: pedaços de Geografia, pedaços de Educação Física, pedaços de História, pedaço de Literatura, pedaços de Matemática, tornando o processo educativo uma prática solitária por parte dos professores de cada disciplina.