27/06/2019

A Supervisão Escolar Junto a Família Na Aprendizagem da Criança

A SUPERVISÃO ESCOLAR JUNTO A FAMÍLIA NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA

Ivan Carlos Zampin

Resumo:

Este trabalho é realizado a partir de pesquisa bibliográfica e objetiva oferecer parâmetros para a discussão do problema da indisciplina escolar como fator de comportamento lidado pelo Supervisor Escolar elucidando as suas principais causas e, dentre elas, as advindas da família. Os efeitos da situação familiar podem refletir no ambiente escolar que é uma instituição formal de ensino onde se encontram os indivíduos das mais variadas classes sociais e consequentemente com características e predisposições diversas com relação à aprendizagem e ao comportamento social, perpassadas pelas relações familiares que exercem grande influência sobre as ações da criança na escola. Não se pode separar a criança/casa da criança/escola, pois, para muitas, a casa é a rua e o ambiente social é a violência. A família tem se mostrado inoperante ao exercer a sua função de educar esperando que a escola o faça, mas o ambiente escolar recebe normalmente muitas crianças e/ou jovens com problemas familiares gerados por agressões psicológicas e sociais. Por ser a família a primeira instituição social a qual a criança pertence e base para que ela desenvolva estruturas cognitivas apropriadas à aprendizagem e ao comportamento escolar, consideramos que a influência familiar é assunto que interessa diretamente à instituição escolar uma vez que ambas são responsáveis pela formação e transmissão de informações dos seres humanos, estando diretamente relacionadas aos problemas gerados pela indisciplina e suas consequências na aprendizagem da criança. A situação sócio-econômico-cultural é um fator importante dentre as causas dos problemas de aprendizagem, pois as famílias das escolas públicas são, em geral, de baixa renda e vivem em situações precárias. O desemprego, o subemprego, o alcoolismo, brigas, drogas e marginalidade são constantes no ambiente familiar de muitos alunos. Dessa forma, esses pais não têm condição de dar um suporte para a aprendizagem da criança em casa. Sendo assim, a escola necessita conhecê-los e dar conta desses alunos.

Palavras Chave: Educação, Supervisão Escolar, Família e Escola.

1. INTRODUÇÃO

Os problemas de aprendizagem ligados às questões de comportamento constituem sempre um desafio para o professor e para a escola, fazendo-o analisar as possíveis causas procurando encontrar soluções para esses constantes impasses. Nesse contexto, vê-se a família como fator de grande influência no conjunto didático-pedagógico. Essas influências podem colocar a família como vítima ou como vilã do processo. Mas, ainda existem vários mitos a serem desmantelados em favor de uma educação de qualidade e imparcial.

Este tema foi escolhido porque surgiu a necessidade de buscar novos conhecimentos que pudessem contribuir com respostas a muitas inquietações no sentido de superação dos problemas que os professores enfrentam no cotidiano da sala de aula e que chegam na Supervisão Escolar.

Procura-se, então, aqui, percorrer caminhos que tragam contribuições complementando os conhecimentos teórico-pedagógicos para que a prática em sala de aula tenha maior expressão diante da indisciplina e dos problemas de aprendizagem de muitos educandos, os quais podem estar relacionados com a família e as condições de vida dos mesmos.

O ponto mais importante a ser ressaltado neste trabalho é que a criança indisciplinada e fracassada não é uma criança que deva ser rotulada como delinquente ou aquela que “não tem mais conserto”. Toda criança é capaz de aprender regras e valores mesmo àquelas com descuidos familiares. Nestes casos, com o olhar da Supervisão Escolar na orientação ao professor, o mesmo tem que aproveitar a vivência da criança, pois ela aprende de forma diferente, havendo uma pendência entre as reações esperadas e as reações que ela apresenta, podendo gerar um conflito no trabalho do professor em sala de aula e até mesmo do diretor da escola ao lidar com tantos alunos indisciplinados.

Dessa forma, com ações estabelecidas pelo Supervisor espera-se que em conjunto com a família desses alunos se possam criar condições para que a prática escolar caminhe para uma situação de ensino-aprendizagem que seja eficiente e concreta. Além disso, essa pesquisa demonstra que a organização escolar está longe de ser um modelo de virtudes. Funciona em geral de modo pouco eficaz e eficiente. A excessiva dependência da Secretaria da Educação tende a reduzir os que nela trabalham a meros executantes, sem capacidade de resposta para a multiplicidade de problemas que enfrentam inclusive essa relação família/escola.

2. DESENVOLVIMENTO

Sabemos que a família exerce e não pode se eximir disso, um papel fundamental no processo de educação das nossas crianças no que diz respeito ao resgate e importância de valores na construção e valorização da sua aprendizagem.

2.1. Uma descrição para o papel do Supervisor Escolar

Em comparação com a totalidade dos profissionais que trabalham nas instituições de ensino o Supervisor Escolar é o ator que estabelece o posicionamento de fazer, agir, movimentar e envolver-se interatuando na comunidade para o equilíbrio dos relacionamentos na escola, e principalmente em sala de aula na qual os alunos estão inseridos. Em relação a esse quadro Medina (1997), diz que o trabalho do Supervisor, centrado na ação do professor ensino aprendizagem não pode ser confundido como assessoria ou consultoria, por ser um trabalho que requer envolvimento e comprometimento das partes.

De acordo com a autora o Supervisor escolar tem como um de seus objetos de trabalho a produção do professor, ou seja, o aprender do aluno e, portanto, deve preocupar-se de modo particular com a qualidade dessa produção. Portanto, o objeto de trabalho do supervisor é a aprendizagem do aluno por meio também do trabalho do professor, onde ambos trabalham como numa equipe um dependendo do outro. Considera-se o papel fundamental do supervisor: ser o grande harmonizador do ambiente da escola. Nessas condições o Supervisor tem papel especial no quesito apresentado acima, portanto, quando esse processo de trabalho harmônico é quebrado pelo fato comportamental do aluno o Supervisor entra em ação junto a família realçando seu papel de mediador das forças que interessam para um bom andamento da aprendizagem do aluno na escola.

Segundo Alves (1994), o Supervisor deve ser o profissional encarregado do controle de qualquer ação, deve ser o encarregado de promover a interação entre teoria e prática, entre pensamento e ação. De acordo ainda com a autora o Supervisor escolar é um profissional que faz o elo entre os diferentes setores da escola que cuidam diretamente com o ensino e a aprendizagem, e com as relações com os pais dos alunos com a finalidade de minimizar problemas de comportamento e consequente dano ao ensino aprendizagem. Resumindo então, o Supervisor escolar tem como objeto de trabalho não só os professores e alunos, mas também os pais de alunos.

Para Rangel (2001), o Supervisor escolar é um integrante de peso na estrutura organizacional do corpo de professores e tem sua especificidade do seu trabalho, caracterizado pela coordenação das atividades didáticas e curriculares e a promoção e o estímulo de oportunidades relacionadas à coletividade de estudo na escola. De acordo com Pires (1990) o profissional Supervisor escolar tem diferentes atribuições e consequentes qualidades. Neste contexto suas principais qualidades estão relacionadas efetivamente com o dever ser capaz de originar a interação entre os grupos formados e que atuam na escola, outro item importante é o de zelar pela qualidade do ensino, colaborar diretamente com os professores, com os alunos e suas famílias, e acima de tudo, colaborar para transforma-los em instrumentos capazes de promover mudanças.

De acordo com essas atribuições, evidencia-se que o papel do Supervisor passa, então, por variadas redefinições dentro de um processo de trabalho escolar, ou seja, redefinido com base em seu objeto de trabalho e, consequentemente objetiva-se o resultado da relação que advém do professor que ministra a aula e ensina e o aluno que aprende e consequentemente esse processo passa a construir o núcleo do trabalho do Supervisor na escola (MEDINA, 1997).

Dentre todas as observações apontadas pelos eruditos da Educação é realçado então e possível perceber que o principal papel do Supervisor Escolar é construir uma ponte de ligação entre professor, pais e alunos. Nesse sentido é lógico que os esforços advindos do Supervisor Escolar devem ser claros ter excelente precisão em seus conceitos com a finalidade primordial de atingir o objetivo de seu trabalho. Dentro desse contexto escolar Aquino (1996) indica que a tarefa de educar em seu sentido lato não é de responsabilidade integral da escola. Para ele, esta tarefa é da família sendo que a tarefa docente abrange o conhecimento acumulado e, esta já é difícil de ser executada.

Quando se fala de valores, base da formação do caráter de qualquer ser humano não se falou de técnicas e métodos, isso quer dizer do respeito ao próximo, da solidariedade, da fraternidade, da amizade, da integridade, da honestidade e da justiça, virtudes essas que devem estar presentes em todos nós. E ao vir a referir à valorização da aprendizagem, acredita-se que, algumas perguntas diárias vindas da família sobre o que aconteceu no ambiente escolar já influencia positivamente o aluno, pois afinal ele perceberá que suas ações importam na vida familiar, fornecendo-lhe segurança e motivação para ultrapassar seus obstáculos. Nesse sentido Aquino (1996) aponta que é através do desenvolvimento de propostas de trabalhos onde o foco é o conhecimento, que pode se resgatar a moralidade discente, na medida em que pressupõe a observância de regras, de semelhanças e diferenças, de regularidade e de exceções.

2.2.   A Evolução do modelo familiar

Há mais ou menos 5 000 anos, instalou-se o sistema patriarcal com o surgimento da propriedade privada. Por qualquer suspeita de adultério o homem tinha o direito de punir até à morte a esposa e do jeito que bem entendesse, passando a oprimi-la, desde então, num comportamento negativo que hoje se traduz como machista. Criou-se uma cultura machista, na qual o homem nunca deve demonstrar suas emoções, o que significa que ele aprende desde pequeno a suprimir o medo, a dor e jamais pedir ajuda. Aprende desde muito cedo, enfim, a liderar, mandar e desmandar, que todo homem de verdade tem que estar sempre pronto para a briga, para se provar, para se testar.

Nesse contexto, podemos perceber que:

Não é exemplo de família aquele em que o pai chega embriagado, em que mãe foge da responsabilidade, em que os filhos têm horror a estar à mesa para a refeição conjunta. Não é exemplo na família o ódio, a violência, a tolerância apática. Não é exemplo de família aquele em que o pai exige que o filho seja um “macho”, namore o maior número de garotas e, se necessário, procure profissionais do sexo. Não é exemplo de família criar a filha de uma forma absolutamente recatada e incentivar o filho a desfrutar das filhas dos outros. O machismo, o preconceito, a discriminação e os medos tantos nascem todos dentro do lar (CHALITA, 2001, p 20).

 

Este é o código que funciona no interior dos pequenos grupos de crianças do sexo masculino, proliferando nos parquinhos, acampamentos, salas de aula, clubes, igrejas, onde quer que existam meninos se relacionando. Entretanto, não se podia explicar porque esse comportamento era predominante e como combatê-lo. Segundo Engels (1984), a base da opressão às mulheres, aos homossexuais e ao sexismo é a família, o núcleo básico da sociedade. Pesquisando diferentes formas de família em diferentes tipos de sociedade, Engels (1984) descobriu que a monogamia não era um instinto natural nem biológico, mas resultante da organização da sociedade; a visão que se tinha da infância também era resultante da organização da sociedade.

Nessa temática segundo Engels (1984), o processo inicial de industrialização destruiu a família, lançando homens, mulheres e crianças nos moinhos e nas fábricas. Apesar disso, a família continuou sobrevivendo e florescendo, pois o capitalismo dependia de uma oferta ininterrupta de mão-de-obra. Sendo assim, os dirigentes do sistema entenderam que a família era o melhor meio de assegurar a sobrevivência do capitalismo praticamente sem custo. Isso implicou na gradual exclusão de mulheres e crianças do mercado de trabalho, em particular das atividades que colocavam em risco a capacidade de gerar filhos das mulheres e no pagamento do salário-família aos trabalhadores. Tornou-se cada vez mais importante apresentar a família como a única forma possível de vida; um meio de controle social e ideológico sobre os trabalhadores.

O casamento, então, tornou-se monogâmico, porque os homens que controlavam as propriedades buscavam passá-las para os seus filhos, e, para isso, eles precisavam saber quem eram seus herdeiros de sangue. O surgimento do casamento monogâmico e a opressão das mulheres pelos homens, portanto, constituíram uma derrota histórica para o sexo feminino. O surgimento do Estado como órgão autoritário, contudo, garantiu o domínio da minoria sobre a maioria pobre através de um conjunto de estruturas legais que reforçou a posição subordinada das mulheres. A conclusão de Engels (1984), é que a opressão sexual masculina poderia ser desarraigada, mas somente com a mudança da organização da própria sociedade, cuja base é a família.

Nesse sentido da organização familiar, falando da criança, de acordo com Ariès (1981) o primeiro sentimento de infância foi o de paparicação. No fim do século XVI e, principalmente, no século XVII tal paparicação provocou fortes sentimentos de repugnância de moralistas e educadores que começaram a defender a separação das crianças do mundo adulto, de modo que não ficassem tão mimadas e mal educadas. A partir daí, foi surgindo um segundo sentimento de infância, no campo, na burguesia e no povo, o qual irá inspirar toda a educação moderna até os dias atuais: “o apego à infância e à sua particularidade não se exprimia mais através da distração e da brincadeira, mas através do interesse psicológico e da preocupação moral” (ARIÈS, 1981). A atenção, então, passou a ser com o desenvolvimento das crianças, de modo a torná-las seres racionais e honrados.  Assim, “todo homem sente dentro de si essa insipidez da infância que repugna à razão sadia; essa aspereza da juventude, que só se sacia com objetos e não é mais do que o esboço grosseiro do homem racional” (ARIÈS, 1981).

A escola, então, passou a ser uma grande aliada desse projeto educacional, difundindo-se e tornando-se o principal instrumento de passagem da infância para a vida adulta. Ela obedecia às exigências de rigor moral, estabelecendo uma rígida disciplina autoritária, que só veio se atenuar ao longo do século XVIII. Mas a escola também veio atender aos anseios desta nova família que se configurava com base em laços afetivos vivenciados cada vez mais na privacidade e intimidade do lar. Neste contexto, os pais passaram a resistir à antiga ideia de enviar seus filhos pequenos para a aprendizagem com outras famílias, como era de costume.

2.3.  Família, propriedade privada e Estado

Engels (1984) afirma que na sociedade do Estado primitivo o homem encontrava-se subordinado à natureza. A precariedade no relacionamento entre o homem e a mulher e o temor pela sobrevivência caracterizava a atuação humana nesta época. Os contatos sexuais, e a procriação, eram atos meramente instintivos, consequência da natureza biológica humana. Este período caracterizava-se pelo comércio sexual promíscuo, sendo que cada mulher pertencia a todos homens e vice-versa. A partir disso, há um considerável desenvolvimento da noção de família, desenvolvendo-se os seguintes tipos:

 a) Família consanguínea: era fruto de relações sexuais entre jovens e entre adultos, irmãos e irmãs, sem nenhuma limitação do número de parceiros, caracterizando a promiscuidade. O parentesco era estabelecido pelo lado paterno, sendo permitido o casamento entre irmãos, onde os filhos são todos comuns e por isso mesmo se casam entre si. É permitida a relação entre pais e filhos, a poliandria e a poliginia, mas existiam a mulher principal e o esposo principal que se caracterizavam por terem uma relação mais longa.

 b) Família Punaluana: surge como uma forma de impedimento do casamento entre irmãos, primeiro os irmãos por parte de mãe, até a proibição do casamento entre primos. Ocorre uma maior seleção e variabilidade genética, mas ainda continua ocorrendo alguns tipos de promiscuidade sexual, por exemplo: em algumas tribos da América do Norte, o marido que casou com a filha mais velha toma igualmente como mulheres todas as outras irmãs mais novas (um marido para um grupo de irmãs).

 c) Família Sindiásmica: É a fase em que o homem passa a viver com uma mulher principal. Este estágio é marcado pelo matriarcado, caracterizado pela poligamia e infidelidade feminina. Em caso de separação dos pais, os filhos ficavam sempre com a mãe, o pai era um indivíduo de passagem e não existia casamento. Para Engels (1984), entretanto, com o surgimento do costume do cercamento e da delimitação das terras, adotado pelos homens vitoriosos em combates e guerras, os machos passaram a exigir fidelidade sexual das mulheres porque não aceitavam ter de legar os seus bens, obtidos com sangue e pela exploração do próximo, a um descendente que não fosse seu filho legítimo, gente do seu próprio sangue. Foi então que o adultério feminino passou a ser considerada grave infração, senão crime capital.

d) Família Monogâmica: Os costumes passam a tender para a desigualdade entre marido e mulher: ao homem cabe a direção da família, ao passo que à mulher, a subordinação ao poder marital. A monogamia surgiu verdadeiramente com a criação da propriedade privada, a qual naquele período era destinada a criação de rebanhos. Como era o homem que tinha o domínio sobre esta criação, ele se tornou mais importante que a mulher. Precisava da fidelidade dela para ter a garantia de que os seus filhos fossem legítimos e dignos de sua herança.

e) Família Patriarcal: O que caracteriza o patriarcalismo é a influência do pai sobre a mãe. A noção de pátrio poder é algo de grande intensidade. Tudo gira em torno da ordem estabelecida e mantida pela autoridade do chefe de família. A subordinação da mulher frente ao homem aumenta. Nessas famílias, neste momento as filhas não pertenciam mais ao seu grupo familiar depois que se casassem, passando assim a ser parte da família do marido. Podemos observar que a evolução histórica da família em si, até a concepção de família tradicional existente atualmente, demonstra como o conceito de família mudou de acordo com o tempo, e como esta estrutura é influenciada pelos acontecimentos sociais.

2.4.   O fator criança como fruto de uma família historicamente constituída

Famílias com modelos de pais que assumem uma posição de permissividade e punição ou mesmo aqueles que se mostram mais hostis e intransigentes, as crianças são mais inseguras e agressivas, levando para si a hostilidade do ambiente, causando danos que irão refletir na vida. As famílias onde os pais são afetivos e que combinam uma atitude de não punição, não permissividade e não rejeição, as crianças tornam-se mais confiantes e amorosas com os outros. “A influência familiar nos primeiros anos de vida, às vezes podem desenvolver personalidades diferentes de ser na criança” (PILETTI, 1999).

De acordo com Zaluar (1992) a criança passa em torno de quatro horas e meia, diárias no ambiente escolar. Recebendo informações formais e informais, onde ela deve ter um comportamento de disciplina e demonstração de interesse por tudo o que lhe é transmitido. Apesar de trazer uma série de informações de casa ou da rua, no geral, estas são descartadas. As brincadeiras encontradas fora da escola ficam no portão de entrada. A disciplina deve reinar.

A família é o primeiro grupo social no qual a criança participa e é aí onde tem as primeiras experiências educacionais. A influência dos pais na vida escolar da criança é muito importante. Piletti (1999) afirma que “os sentimentos que os pais têm em relação a criança, durante os anos anteriores à escola são de fundamental importância para o desenvolvimento posterior da criança e para sua aprendizagem escolar”. A criança começa a formular conceitos a partir de seu meio. Os sentimentos demonstrados pelos pais ao filho ajudam no desenvolvimento do seu autoconceito, o conceito do mundo e de seu lugar no mundo. É a partir do autoconceito que a criança desenvolver-se-á, pois aí está a base para a aprendizagem. Quando a criança julga-se capaz de aprender, aprenderá muito mais do que a criança que acha que é incapaz. A criança que se acha incapaz, por sua vez, tende a criar/enfrentar maiores problemas na escola, entre eles a indisciplina.

Piletti (1999) acrescenta que “na escola, a situação também será difícil: alunos não amados tendem a não ter confiança em si mesmo e nos outros; nas atividades em conjunto, geralmente não colaboram; desenvolvem comportamentos agressivos, como uma defesa contra a falta de amor”. São crianças que podem apresentar pouco entusiasmo com as atividades escolares, desinteresse, revolta, fuga de uma relação amorosa e construtiva. Na relação entre professor e aluno, o importante é que o professor compreenda o comportamento da criança, entendendo que não são apenas os fatores familiares que influenciam no desenvolvimento da aprendizagem, mas outros fatores também. Antes que se julgue o comportamento do aluno é preciso compreendê-lo.

Para Mielnik (1982) “a agressividade infantil é situação que surge no ambiente familiar e exige dos pais um condicionamento especial, utilização de toda paciência e boa vontade e compreensão mais profunda da criança”. Para Piletti (1999): “a influência familiar nos primeiros anos de vida, às vezes pode desenvolver personalidades diferentes de ser na criança”. Assim, pode-se perceber, então, a importância do ambiente familiar na formação psicológica da criança. Formação esta, que está diretamente ligada a predisposição cognitiva da criança, ou seja, a criança de família melhor estruturada tende a ter mais facilidade no processo de aprendizagem.

A Constituição Federal do Brasil (1988), art. 205 diz que "A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. É o que reza a nossa Constituição Federal e, aparentemente, o Estado e a família estariam cumprindo a sua parte. Mas não estão. É muito comum a escola afirmar: Não sei o que fazer com esse aluno. Por outro lado e, da mesma forma, ouve-se da família afirmações como: A escola não dá educação ao meu filho.

Onde está a razão? É possível acreditar que tanto a escola como a família tem razão e culpa ao mesmo tempo. Na verdade, ultimamente, o mundo mudou bastante, o aluno também, a família muito mais e a escola, quase nada. Nos últimos tempos percebemos que foram grandes as mudanças comportamentais e sociais da família. As novas configurações familiares, sem dúvida alguma, causam à escola, dificuldades de entendimento. Dois fatores pesam e muito para a nova forma de ser e agir da família. Um fator de fundamental importância diz respeito à mulher exclusivamente mãe e à mulher mãe e trabalhadora.

Quanto ao cuidado com as crianças a responsabilidade recaia (sem contestação) sobre a mulher. Aliás, a ligação dos filhos é mais intensa em torno da figura da mãe, e mães e filhos formam um núcleo forte e unido, mesmo nas famílias em que há a presença do pai. Em algumas famílias, a mulher é que assume a família como chefe. Os homens, nestas famílias, entraram, saíram, formaram outra família e o núcleo continuou sob a responsabilidade da mulher (SZIMANSK, 2000, p.155).

Sabidamente, a mãe de família tem ido ao mercado de trabalho cada vez mais e mais, não só pela necessidade de sobrevivência, mas também almejando uma vida confortável, sempre pressionada pelo consumismo moderno. Outro fato é a influência da mídia, principalmente, a televisão massacrante, propondo o consumismo ao aluno em casa. Mais necessidades consumistas, maior necessidade de ganhos. Em compensação, menor tempo de mãe em casa, menos acompanhamento da vida escolar do filho e consequentemente, mais desorientação, mais desencontros entre a expectativa da escola em relação à família e vice-versa. Tanto a escola quanto a família não estão se dando conta das mudanças. As consequências recaem sobre o educando, principalmente.

É certo também que crianças e adultos, incluindo adolescentes, reconhecem a necessidade da disciplina, ainda que procurem transgredi-la periodicamente.  As escolas estão percebendo, já há algum tempo, estarem obtendo menos controle sobre a sala de aula. Além dos problemas mais graves de indisciplina, do aumento na atitude de afrontar por parte dos alunos, e da desmotivação para os estudos, tem aumentado muito o desentendimento entre professores e alunos e até mesmo entre os próprios alunos. Mesmo com a desestruturação familiar sendo apresentada como os principais fatores responsáveis pela indisciplina do aluno esperaram que os educadores e a escola sejam conscientes de suas responsabilidades. A escola precisa envolver mais a família no processo educativo tentando conscientizá-la de suas responsabilidades (PILETTI, 1999).

Segundo Piletti (1999), [...] além dos pais, principais agentes da educação, a escola deve assumir o seu papel de educadores, levando aos alunos conteúdos significativos, fazendo-os despertar para cidadania, conscientizando-os dos seus direitos e deveres. É por tudo isso que a escola precisa abraçar essa causa, deixando de lado práticas infrutíferas que não geram entusiasmo, frequentes em nossas escolas, e realmente partir para a ação, assumindo seu papel de transformadora. Com a união família-escola espera-se que o aluno venha a melhorar seu desempenho escolar como também nos demais aspectos relacionados ao seu cotidiano.

2.5.  Limites e Regras

Após as mudanças ocorridas durante o século XX, as pessoas começaram a perceber que as crianças têm gostos, aptidões próprias e até indisposições passageiras - exatamente como os adultos. A frase: criança não tem querer foi perdendo força e o relacionamento entre pais e filhos ganhou mais autenticidade e menos autoritarismo. O poder absoluto dos pais sobre os filhos foi substituído por uma relação mais democrática. O entendimento cresceu, mas em muitos casos, surgiram problemas porque ocorreu uma série de enganos e distorções em relação a essa nova forma de relacionamento familiar. Muitos pais passaram a sentir sérias dificuldades para colocar em prática a hora de dizer sim e a hora de dizer não, uma vez que para algumas novas teorias, parece não existir a hora de dizer não. Negar alguma coisa para os filhos parece um crime. Aliás, muitas obras publicadas indicam tudo o que não se deve fazer, mas não oferecem diretriz para orientar os filhos, os quais vão se tornando inseguros e indisciplinados.

 Criticam-se muito os jovens e sua inconstância, sua insegurança, sua falta de metas claras na vida e de lógica em suas ações, a contradição constante em seus atos, mas se esquece de considerar que tal maneira de ser, agir e pensar é fruto da educação recebida em casa, em primeiro lugar e na escola, em segundo. É a insegurança dos pais, a falta de valores claros por que lutar, a sua contradição nos objetivos pretendidos em relação aos filhos que se refletem no comportamento dos jovens e que provocam sua instabilidade emocional e os desajustamentos tão próprios da adolescência (CAMPOS, 1985).

 Os pais devem saber que para tudo tem remédio, e que algumas regras básicas são suficientes para colocar a casa em ordem e a vida em paz, mas uma coisa é certa: é necessário que os pais tenham certeza que é primordial dar limites aos filhos. É preciso que a criança interiorize a ideia de que poderá fazer a maioria das coisas que deseja - mas nem tudo e nem sempre. É preciso saber a diferença entre satisfazer o próprio desejo e pensar no direito do outro. Afinal, nem sempre o que se deseja é útil e correto socialmente (ZAGURY, 2001).

O pai que tem autoridade ouve e respeita seu filho, mas pode, por vezes, ter de agir de forma mais dura do que gostaria, às vezes até impositivamente, mas sempre o objetivo será o bem-estar do filho, protegê-lo de algum perigo ou orientá-lo em direção à cidadania. Em decorrência dessa perspectiva os problemas indisciplinares resultam, muitas vezes, em fracasso escolar, além de alimentar uma perda de credibilidade frente à direção da escola com relação ao controle desses problemas, os quais normalmente são nutridos pela ausência da família na vida escolar das crianças e adolescentes (TAYLLE, 1996).

Analisando o pensamento de diversos autores a respeito da indisciplina na sala de aula e na escola (TAYLLE, AQUINO, TIBA, entre outros) fica evidente a importância de uma avaliação da metodologia de ensino empregada em nossas escolas, na tentativa de amenizar os problemas que as crianças trazem de casa para a escola, equilibrando os resultados cognitivos. Nessa perspectiva, tornam-se necessários parâmetros para aprimorar o trabalho do professor em sala de aula, refletindo outras formas de pensar as ações na escola, trazendo soluções dos problemas de aprendizagem amparados nos indisciplinares que ali se apresentam, envolvendo não só o professor, mas toda a equipe escolar. Para tanto, em primeiro lugar é preciso identificar no educando quais são as possíveis causas dos comportamentos indisciplinados e oferecer a este, recursos necessários para a construção do seu conhecimento, de forma a superar as barreiras psico-sociais que enfrentam na escola, sendo que muitas dessas barreiras são provenientes do convívio familiar envolvendo pobreza, marginalidade e falta de cultura dos pais.

Segundo Antunes (2002) outro aspecto importante é colaborar na autoestima do aluno, descobrir qualidades boas, incentivando-o a avançar nos seus conhecimentos, porém para que isso possa acontecer é imprescindível o conhecimento que o professor tem do aluno e estar sempre disposto a dialogar com o mesmo principalmente quando enfrentar uma situação que envolve a problemática familiar. Além da postura do educador frente ao fracasso escolar, o embate, o conflito, o encontro, o diálogo que emerge do contato entre diferentes grupos sociais, étnicos, de gênero, tem suscitado no contexto escolar, não é de hoje, reflexões e debates nos meios educacionais. Acredita-se, no entanto, que todas essas iniciativas são certamente marcadas pela visão de mundo e lugar social de quem as formula e, também, influenciadas pelo momento histórico vivido. Assim, de acordo com Tiba (1996)

[...] A maior força do professor, ao representar a instituição escolar, está em seu desempenho na sala de aula. Portanto, ele não deve simplesmente fazer o que bem entender, sobretudo perante as indisciplinas dos alunos [...] (TIBA, 1996, p.118).

Para construir e recriar uma intervenção pedagógica fora dos moldes dominantes, é fundamental conhecer a realidade concreta, apreender a educação e a escola na dinâmica histórica e social; na maior parte das vezes, isso envolve vários procedimentos, inclusive o de tornar a nossa prática pedagógica objeto de nosso próprio olhar.  Neste esforço de superar a barreira da indisciplina, temos a chance de avaliar e questionar nossas posições frente à problemática social que envolve tantos alunos e à carência que eles enfrentam quanto ao incentivo da família no contexto escolar. O resultado desse movimento de apreender a realidade ganha o corpo de relatos embebidos de dúvidas, angústias, enfim, problematizações diversas, inclusive aquelas voltadas para o cotidiano do aluno fora da escola, no convívio familiar. De acordo com MOURA (1999, p. 127):

Essas concepções e as formas de proceder baseada nos métodos, desnudado as práticas escolares que são de certo modo responsáveis pelo fracasso das crianças, pela sua expulsão da escola, transformando-as em analfabetos funcionais que, no futuro, em alguns casos, transforma-se nos adultos que voltam à escola em busca do conhecimento não adquirido.

No que tange a essa linha de pensamento pode-se dizer que a família também pode ser vítima do processo, taxada de causadora do problema, sendo que, muitas vezes, a situação não é bem assim. O exemplo disso acontece nas reuniões escolares, em que os professores utilizam-se de cobranças e exigências às quais muitas vezes não são atendidas pelos pais, sendo então rotulados erroneamente de serem desinteressados pelo aprendizado dos seus filhos.

Por outro lado, existe a própria instituição escolar que deixa a desejar, no que se refere à indisciplina, sendo suas técnicas, estratégias de ensino e critérios de avaliação advinda da classe dominante, excluindo assim os jovens da classe trabalhadora, uma vez que possuem códigos e valores culturais diferentes daqueles propostos. Essas diferenças de atitudes do professor em relação aos alunos que esperam ver bem sucedidos e aos que consideram fadados ao fracasso escolar, não são certamente uma fantasia das crianças e jovens. É uma realidade escolar.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir da análise das ideias de vários autores tratados neste trabalho de pesquisa compreende-se que não se pode admitir, nos dias atuais, que escola e comunidade se relacionem como dois departamentos estanques, cada um aguardando que o outro enfrente de maneira solitária os problemas existentes. É claro que a tarefa articuladora do bom relacionamento no ambiente escolar cabe à toda a equipe escolar e sabe-se que não é uma tarefa simples. Mas é preciso tomar a iniciativa. A elaboração do Projeto Pedagógico voltado para minimizar os problemas de aprendizagem ligados à indisciplina pode ser uma grande oportunidade no sentido de que os educadores repensem sua prática e seus conceitos quanto às origens desses incidentes. É importante considerar e alimentar o processo de mudança com reflexão e troca de experiências entre os profissionais envolvidos, comunicação intrapessoal e interpessoal.

Neste contexto, é de saber geral que pais e professores, assim como toda a sociedade, confiam pouco nas instituições e homens públicos. A impunidade se faz presente entre nós. A criança e o adolescente, ainda que se pense ao contrário, não são ingênuos. Têm o mesmo sentimento. Enquanto isso, pais e professores são de opinião que o problema maior está nas determinações dos limites para os alunos e filhos. Mas não trocam opiniões, não discutem o problema, não buscam solução consensual. Há exceções, é claro. Mas será que o estabelecimento de regras de limites resolverá o problema? Claro que não. Só surtirão efeitos, se forem estabelecidos com determinados objetivos e discutidos, inclusive com os alunos e filhos. Tarefa difícil, sem dúvida. Escola, pais, alunos e sociedade têm responsabilidades compartilhadas, pelo menos, em tese.

O trabalho da Supervisão Escolar desenvolvido acerca do tema problemas de aprendizagem envolvendo a influência familiar é de grande relevância para quem convive com algumas crianças agressivas diariamente. A partir desse pressuposto compreende-se que a educação da criança deveria ser primordial pela família, que são os primeiros educadores, e a escola ser uma extensão desta, pois a criança passa uma grande parte em casa e outra na escola. O papel da Supervisão Escolar em muitos casos é o de inculcar na família uma mudança, pois, é nessa instituição a família, que a criança adquire um modelo de comportamento, por isso acredita-se que os pais poderiam limitar certas atitudes violentas na frente de seus filhos, afinal esses os têm como espelho. Deveriam, também, se preocupar com a influência das mídias televisivas, pois sabemos que a mídia influencia bastante no comportamento das crianças e, consequentemente no processo ensino-aprendizagem.

Muitas vezes, o fracasso escolar não é mais que um reflexo da quantidade de conteúdos que se despeja de qualquer maneira, em obediência a um currículo pré-estabelecido sem que o aluno queira e tenha curiosidade de saber. Somado a isso, temos a influência muitas vezes negativa da televisão como meio de utilização de jogos midiáticos, que os pais, por não terem mais tempo de estar com seus filhos, não conseguem evitar esses excessos. Como as condições de vida atualmente não são fáceis, os pais a cada dia, têm que trabalhar mais para dar uma vida digna para seus filhos, por isso, não dispõe de muito tempo para eles, o que causa uma perca do controle das atividades diárias da criança e das suas obrigações escolares.

Nesse sentido é que os professores devem estar atentos, pois, quando um aluno está fracassando, temos que lhe dar o máximo de atenção e carinho, porque atrás de muitas atitudes desorientadas pode existir um problema familiar ou uma falta de afeto. Assim, com informações do professor a Supervisão Escolar pode construir estratégias junto a família prezando o comportamento em sala de aula e a melhora na participação nas atividades propostas. Em outros casos essas ações não surtem efeito, mas a tentativa é sempre válida.

Para muitas crianças não é divertido frequentar a escola, muitas vão para merendar, jogar futebol ou trocar figurinhas com os colegas, por isso a importância de realizar um trabalho diferente do convencional como forma de atrair as crianças para a aula em si, despertando-lhes o interesse e, com isso, superando os problemas de aprendizagem. Assim, pode-se considerar que uma forma de combater os problemas de aprendizagem e a consequente indisciplina é trabalhar de forma diversificada e atrativa os conteúdos propostos, principalmente os que o aluno tem curiosidade de saber. Dessa forma, torna-se importante a discussão e a tomada de consciência dos fatos e fatores que envolvem o fracasso para que se chegue a um consenso sobre os caminhos a serem trilhados na escola objetivando evitar os problemas disciplinares, pois, percebe-se que cada vez mais os alunos vêm à escola com menos limites e regras, os quais deveriam ser trabalhados pela família.

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