A Polícia Militar Desumanizando o Negro

Por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Currículo Lattes http://lattes.cnpq.br/9745921265767806

É explicito o racismo estruturado no Brasil, mesmo a constituição assegurando em seu artigo 5º os direitos fundamentais da comunidade brasileira, como o direito à vida, igualdade, liberdade, propriedade e à segurança, para que todos possam viver da melhor forma possível, e isso  não quer dizer apenas os brancos, mas os indígenas, negros, pardos, amarelos, dentre outras etnias, religiões, orientação sexual, etc.
E cabe a justiça fazer valer a lei, inclusive a polícia militar tem essa obrigação, mas é justamente esta instituição que arbitrariamente faz valer a sua força, a sua coação e truculência, e o mais triste é que tais ações tem um perfil que é o negro, a maior de suas vítimas.
Infelizmente os negros para esta instituição não tem cidadania, não têm direitos e estão alheios a qualquer ação que remeta a sua dignidade resguardada.
Tivemos um triste exemplo com a polícia de Criciúma em que abordou violentamente um negro que estava em uma praça, e esta corporação e muitas outras, representam o reflexo de um governo fascista que graças a democracia, teve o seu fim mais que merecido.
Vale lembrar que esta herança maldita se entranhou na cultura destes “semi-deuses” que se sentem no direito de julgar e condenar ao mesmo tempo, aumentando as estatísticas das violências e óbitos de negros em nosso país.
Obviamente, existem militares com caráter e ética, trabalhando com seriedade, tratando todos como cidadãos e fazendo valer seus direitos, e é nestes que temos que acreditar.
Precisamos esperar que se faça a justiça com este novo governo, para que, as instituições que existem para resguardar e fazer valer a lei e a ordem possam contar com verdadeiros profissionais, que não se deixam corromper e tampouco fazer parte e milícias, que sejam humanizados e não bárbaros como nos mostram as histórias mesmo sendo omitida pela mídia.
Vale lembrar que o racismo é um fato histórico e resistente na sociedade, tornando-se assim um problema social que deveria ser enfrentado por qualquer presidente que se diz estadista, mas que neste último governo, teve uma maior discriminação, aumentando.
Assim sendo, cabe ressaltar que “a lei nº 7.716, de 1989, que dispõe sobre os crimes de discriminação, considera o racismo o ato amplo de preconceito, que atinge uma coletividade indeterminada de indivíduos. A maioria das situações descritas na lei envolve condutas como impedir alguém de frequentar um estabelecimento ou negar emprego por causa da cor da pele. As punições variam conforme o ato, mas vão de um a cinco anos de reclusão”.
Como ressaltado por diversas mídias, em apenas 3 anos, foram proferidos por autoridades públicas, 94 discursos racistas e só em 2020, houve um aumento de denúncias de racismo em 160%, enfim, tivemos um governo totalmente fascista, homofóbico, racista, misógino, machista e com um forte desvio de caráter.
Dito isso, que possamos com esta nova política, fazer valer nossos direitos assim como toda humanização, seja nas instituições militares e educacionais minimizando e erradicando as sequelas herdadas de um governo fascista.