A Pedagogia dos Centros de Interesse: O Legado de Ovide Decroly na Educação Contemporânea.
Ivan Carlos Zampin;
Elza Maria Simões;
Mery Elbe Simões Ramalho;
Dulcinéia Alves Fernandes Fogari;
Maria Neuma Simões da Silva;
Márcia dos Santos.
RESUMO
Este artigo analisa a contribuição pedagógica de Jean Ovide Decroly (1871-1932), pensador belga que revolucionou a educação na virada do século XIX para o XX. Partindo de uma crítica contundente ao modelo tradicional de ensino, Decroly desenvolveu uma proposta educacional centrada nos interesses naturais da criança, organizada através dos "centros de interesse" e fundamentada numa visão global do processo de aprendizagem. O estudo examina os princípios decrolianos à luz dos referenciais da Escola Nova, destacando sua atualidade e potencial para transformar as práticas pedagógicas contemporâneas. A metodologia baseia-se na análise bibliográfica de obras do autor e de estudiosos de seu pensamento, concluindo pela pertinência de suas ideias para uma educação mais significativa e democrática.
Palavras-chave: Decroly, Centros de Interesse, Escola Nova, Educação Ativa, Pedagogia Contemporânea.
1. INTRODUÇÃO
Na virada do século XIX para o XX, a educação ocidental passava por profundas transformações, impulsionadas por pensadores que contestavam o modelo tradicional de ensino, marcado pelo autoritarismo, pela fragmentação do conhecimento e pela desconexão com a vida real. Entre esses reformadores, destaca-se a figura de Jean Ovide Decroly (1871-1932), médico e educador belga cuja trajetória pessoal e profissional o levou a desenvolver uma das propostas pedagógicas mais originais e influentes do movimento da Escola Nova.
Decroly, que na infância havia sido um estudante indisciplinado, incapaz de adaptar-se à rigidez da escola tradicional, dedicou sua vida adulta a criar uma educação centrada no aluno, que preparasse as crianças para viver em sociedade, em contraposição à mera transmissão de conhecimentos desvinculados da realidade. Sua experiência como médico, especializado em neurologia e psicologia infantil, forneceu-lhe as bases científicas para compreender o desenvolvimento infantil de forma integral, levando-o a conceber uma pedagogia que respeitasse os interesses naturais das crianças e sua maneira peculiar de perceber o mundo.
Este artigo tem como objetivo analisar os princípios fundamentais da pedagogia decroliana, com especial ênfase na teoria dos centros de interesse e no método global de alfabetização, examinando suas contribuições para a educação contemporânea. Partindo do pressuposto de que as ideias de Decroly permanecem atuais e relevantes, busca-se compreender como sua proposta pedagógica pode inspirar transformações nas práticas educativas atuais, especialmente em um contexto marcado por rápidas mudanças sociais e tecnológicas.
A relevância deste estudo reside na necessidade de resgatar contribuições teóricas que, apesar de seu valor, muitas vezes são pouco conhecidas ou compreendidas em sua profundidade. No caso específico de Decroly, sua obra tem sido frequentemente reduzida à técnica dos centros de interesse, sem que se compreenda a complexidade de seu pensamento e sua fundamentação científica. Este artigo busca, portanto, oferecer uma visão da pedagogia decroliana, situando-a em seu contexto histórico e analisando suas potencialidades para os desafios educacionais do século XXI.
2. REFERENCIAIS TEÓRICOS
O pensamento pedagógico de Decroly insere-se no movimento mais amplo da Escola Nova, que, a partir do final do século XIX, questionou radicalmente os fundamentos da educação tradicional. Como destacam Lourenço Filho (1978) e Cambi (1999), a Escola Nova representou uma verdadeira revolução copernicana na educação, ao transferir o eixo da ação pedagógica do professor para o aluno, da transmissão para a construção do conhecimento, da disciplina externa para a autodisciplina.
Nesse contexto, Decroly estabelece um diálogo fértil com outros pensadores da educação ativa. De John Dewey, com quem compartilha a concepção da educação como instrumento para a vida democrática (BARALDI, 2013), aproxima-se pela valorização da experiência e da relação entre educação e vida. De Édouard Claparède, seu contemporâneo, herda a noção de educação funcional, que concebe a aprendizagem como resposta às necessidades vitais do indivíduo (CLAPARÈDE, 1959).
A fundamentação psicológica do pensamento decroliano mostra significativas convergências com a epistemologia genética de Jean Piaget, como demonstra Stafusa (2021). Ambos compreendem o desenvolvimento cognitivo como um processo evolutivo marcado por estágios sucessivos, nos quais a interação com o meio ambiente desempenha papel fundamental. No entanto, Decroly enfatiza mais fortemente a dimensão afetiva e social do desenvolvimento, antecipando preocupações que só posteriormente seriam incorporadas pela psicologia educacional.
A concepção decroliana de conhecimento também dialoga com a teoria dos campos conceituais de Vergnaud (PASTRÉ, MAYEN e VERGNAUD, 2006), na medida em que compreende a aprendizagem como um processo de elaboração progressiva de esquemas mentais a partir da resolução de situações-problema significativas. Essa perspectiva encontra eco contemporâneo nas reflexões de Tardif (2002) sobre os saberes docentes, particularmente na valorização dos conhecimentos experienciais e na importância da contextualização do ensino.
A noção de interesse, central na pedagogia decroliana, foi objeto de análise detalhada por Sass e Liba (2011), que a compreendem como conceito de junção entre a psicologia e a pedagogia. Para esses autores, o interesse, na perspectiva decroliana, não se reduz a uma motivação superficial ou transitória, mas constitui uma força profunda que mobiliza a totalidade do ser em direção à aprendizagem.
Finalmente, a atualidade do pensamento de Decroly pode ser apreciada à luz de contribuições como as de Freire (1996), particularmente no que se refere à valorização do protagonismo do educando e à compreensão da educação como prática de liberdade. Embora provenientes de tradições distintas, ambos os pensadores compartilham a convicção de que a educação autêntica só pode ocorrer quando reconhece e valoriza a experiência e os interesses dos educandos.
3. DESENVOLVIMENTO DAS TEORIAS
3.1 Os Fundamentos da Pedagogia Decroliana
A proposta educacional de Decroly assenta-se em três pilares fundamentais: a globalização, o interesse e a relação com o meio. A globalização refere-se à maneira como a criança percebe e compreende o mundo, não de forma fragmentada em disciplinas estanques, mas como uma totalidade integrada. Decroly observou que, para a criança, o conhecimento não se apresenta dividido em compartimentos, mas como um todo significativo. Essa compreensão levou-o a criticar a organização curricular tradicional, baseada na justaposição de disciplinas desconectadas entre si.
O interesse, por sua vez, constitui o motor da aprendizagem na perspectiva decroliana. Inspirado pelas pesquisas de Claparède (1959) sobre a educação funcional, Decroly compreende o interesse não como um capricho ou preferência superficial, mas como expressão de necessidades profundas do organismo em desenvolvimento. Nessa perspectiva, a motivação para aprender emerge naturalmente quando o ensino se conecta com os interesses reais das crianças, que por sua vez refletem suas necessidades fundamentais.
A relação com o meio representa o terceiro pilar do edifício decroliano. Para Decroly, a educação deve preparar a criança para viver em seu meio social e natural, o que implica uma constante interação com o ambiente. Essa concepção antecipa preocupações contemporâneas com a contextualização do ensino e com a educação para a cidadania, na medida em que concebe a escola não como um espaço isolado da sociedade, mas como uma comunidade em miniatura onde se prefiguram as relações sociais mais amplas.
3.2 Os Centros de Interesse
A teoria dos centros de interesse constitui a contribuição mais original de Decroly para a pedagogia. Partindo da identificação das quatro necessidades humanas fundamentais, ou seja, alimentar-se, proteger-se das intempéries, defender-se dos perigos e trabalhar solidariamente, assim, Decroly propõe organizar o currículo em torno de temas que correspondam a esses interesses vitais.
Cada centro de interesse funciona como um eixo em torno do qual se articulam diferentes áreas do conhecimento. Por exemplo, o tema "a água" pode envolver conhecimentos de geografia (ciclo hidrológico, distribuição da água no planeta), ciências (propriedades físicas e químicas da água, sua importância para os seres vivos), matemática (medições de volume, vazão), história (o papel dos rios no desenvolvimento das civilizações), entre outros.
Essa abordagem permite superar a fragmentação disciplinar sem, no entanto, abandonar o rigor conceitual das diferentes áreas do saber. Como observa Wagnon (2009), os centros de interesse não representam um abandono dos conteúdos disciplinares, mas sim uma nova maneira de organizá-los, tornando-os mais significativos e acessíveis aos estudantes.
A implementação dos centros de interesse segue uma sequência pedagógica precisa, que inclui a observação, a associação e a expressão. A observação direta do ambiente e dos fenômenos naturais constitui o ponto de partida do processo de aprendizagem. A associação permite estabelecer relações entre os diferentes elementos observados, construindo progressivamente redes de significado cada vez mais complexas. Finalmente, a expressão possibilita a comunicação das descobertas e a consolidação das aprendizagens por meio de diferentes linguagens, ou sejam, verbal, matemática, artística, corporal.
3.3 O Método Global de Alfabetização
Aplicando o princípio da globalização ao ensino da leitura e da escrita, Decroly desenvolveu o método global de alfabetização, também conhecido como método analítico. Contrapondo-se aos métodos sintéticos tradicionais, que partiam dos elementos mais simples (letras e sílabas) para chegar às unidades mais complexas (palavras e frases), o método global parte de unidades significativas completas, onde, inicialmente palavras ou frases inteiras, segue-se para, progressivamente, analisar seus componentes.
Decroly observou que as crianças percebem as palavras como totalidades antes de serem capazes de discriminar seus elementos constitutivos. Ao reconhecer globalmente palavras que designam objetos ou conceitos familiares, a criança estabelece uma relação direta entre a escrita e o significado, o que torna o processo de alfabetização mais natural e motivador.
O método global não descuida, no entanto, da análise dos elementos que compõem as palavras. Após a fase de reconhecimento global, a criança é levada a comparar palavras semelhantes, identificando letras e sílabas comuns, e progressivamente constrói as generalizações que permitirão a leitura de palavras novas. Essa abordagem, portanto, combina as vantagens da globalização (significação) com as da análise (sistematização), superando as limitações tanto dos métodos puramente globais quanto dos puramente analíticos.
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO
4.1 A Atualidade do Pensamento Decroliano
Passado quase um século desde a formulação das principais ideias de Decroly, sua pedagogia mantém notável atualidade, oferecendo respostas pertinentes a muitos dos desafios educacionais contemporâneos. A globalização do conhecimento, longe de ser uma ideia superada, tornou-se ainda mais necessária em um mundo marcado pela complexidade e pela interconexão dos saberes.
A crítica decroliana à fragmentação disciplinar antecipa preocupações contemporâneas com a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. Como observa Fernandes (2020), a organização do currículo por projetos ou temas transversais, hoje amplamente defendida, encontra nos centros de interesse um precedente importante e bem fundamentado. A capacidade de estabelecer conexões entre diferentes áreas do conhecimento tornou-se essencial para enfrentar os problemas complexos do mundo atual, desde as mudanças climáticas até as transformações tecnológicas.
A valorização dos interesses da criança, outro pilar da pedagogia decroliana, reverbera com as atuais discussões sobre personalização da aprendizagem e educação centrada no estudante. As tecnologias digitais, em particular, criaram condições sem precedentes para adaptar o ensino aos interesses e ritmos individuais dos alunos, realizando, em novas bases, o ideal decroliano de uma educação verdadeiramente personalizada.
4.2 A Recepção das Ideias de Decroly no Brasil
A introdução do pensamento de Decroly no Brasil, como analisam Hai e colaboradores, ocorreu no contexto de recepção seletiva e reinterpretação criativa que caracterizou a assimilação das teorias pedagógicas estrangeiras no país. Como lembra o estudo, a publicação do Manifesto Antropofágico de Oswald de Andrade em 1928, mesmo ano da primeira tradução de uma obra de Decroly para o português, oferece uma metáfora poderosa para compreender esse processo: assim como o movimento modernista propunha "deglutir" as influências estrangeiras para transformá-las em algo novo e autenticamente brasileiro, a educação brasileira assimilou as ideias decrolianas adaptando-as às suas especificidades culturais e sociais.
Dessa digestão antropofágica, restou como principal herança a metodologia de projetos, que se tornou uma das marcas da pedagogia brasileira contemporânea. No entanto, como alertam os pesquisadores, houve uma considerável simplificação do pensamento de Decroly no processo de adaptação. Os centros de interesse foram frequentemente reduzidos a temas aglutinadores, sem que se conservasse a rigorosa fundamentação psicológica e a conexão com as necessidades vitais que caracterizavam a proposta original.
Essa simplificação não deve ser interpretada necessariamente como empobrecimento. Como argumenta Valente (2018), os processos de tradução e adaptação de teorias pedagógicas são inevitáveis e, em muitos casos, produtivos, na medida em que permitem que ideias desenvolvidas em contextos específicos sejam apropriadas criativamente em realidades diferentes. O desafio, no caso específico das ideias decrolianas, consiste em recuperar a riqueza e a complexidade do pensamento original sem perder as contribuições das adaptações realizadas ao longo do tempo.
4.3 Decroly e os Desafios da Educação do Século XXI
A pedagogia decroliana oferece contribuições valiosas para enfrentar alguns dos principais desafios da educação no século XXI. Em primeiro lugar, sua ênfase na educação para a vida e na preparação para o exercício da cidadania democrática alinha-se com as atuais demandas por uma educação que prepare os estudantes não apenas para o mercado de trabalho, mas para a participação ativa na sociedade.
Em segundo lugar, a valorização da observação, da investigação e do pensamento crítico antecipa as competências hoje consideradas essenciais para o mundo contemporâneo. Em uma sociedade inundada de informações, a capacidade de observar atentamente, questionar criticamente e investigar sistematicamente tornou-se mais importante do que a mera acumulação de conhecimentos.
Finalmente, a concepção decroliana de escola como espaço aberto à vida real oferece um antídoto potente contra a tendência, hoje bastante difundida, de enclausuramento da educação em espaços virtuais ou altamente controlados. Para Decroly, a educação acontece na interface entre a escola e a comunidade, entre a cultura formal e a experiência vivida - uma perspectiva particularmente relevante em um momento em que as fronteiras entre o físico e o digital, o local e o global, se tornam cada vez mais fluidas.
CONCLUSÃO
O pensamento pedagógico de Jean Ovide Decroly, desenvolvido no limiar entre os séculos XIX e XX, mantém notável vitalidade e atualidade, oferecendo contribuições valiosas para repensar a educação em nosso tempo. Sua crítica à fragmentação do conhecimento, sua valorização dos interesses da criança e sua concepção de escola como espaço de vida e preparação para a cidadania democrática ressoam profundamente com as preocupações educacionais contemporâneas. A atualidade de Decroly reside precisamente em sua capacidade de antecipar questões que só no século XXI se tornariam centrais no debate educacional.
Os centros de interesse, longe de constituírem uma mera técnica pedagógica, representam uma profunda reconceitualização do currículo, baseada numa compreensão integrada do desenvolvimento humano e dos processos de aprendizagem. Esta abordagem antecipa em quase um século as atuais discussões sobre interdisciplinaridade e transdisciplinaridade. Da mesma forma, o método global de alfabetização, fundamentado numa visão holística da linguagem, antecipa abordagens contemporâneas que privilegiam a significação e o uso contextualizado da língua, demonstrando uma compreensão profunda dos processos cognitivos envolvidos na aquisição da leitura e escrita.
A recepção das ideias decrolianas no Brasil, caracterizada pela "antropofagia pedagógica", ilustra tanto as potencialidades quanto os riscos dos processos de tradução cultural. Se, por um lado, a adaptação às especificidades locais permitiu que as ideias de Decroly frutificassem no solo brasileiro, por outro, houve uma certa perda da complexidade e do rigor teórico da proposta original. O processo de apropriação das ideias decrolianas no Brasil privilegiou aspectos metodológicos em detrimento da fundamentação psicológica e epistemológica que as sustentava.
O desafio que se coloca para educadores e pesquisadores contemporâneos consiste em recuperar a riqueza do pensamento decroliano, integrando-a criativamente com as contribuições mais recentes da pesquisa educacional e com os desafios específicos de nosso tempo. Esta integração exige um exercício de diálogo entre tradição e inovação, entre os fundamentos da pedagogia decroliana e as demandas da sociedade contemporânea. Particularmente relevante é o potencial dos centros de interesse para inspirar abordagens curriculares mais flexíveis e significativas, capazes de responder à diversidade de interesses e necessidades dos estudantes do século XXI.
Nesse esforço, a pedagogia decroliana pode inspirar uma educação mais significativa, democrática e sintonizada com as necessidades e interesses reais dos estudantes. A educação que se pretenda libertadora precisa partir da realidade e dos interesses dos educandos, princípio que encontra na pedagogia decroliana uma fundamentação consistente e uma metodologia aplicável. A atualidade de Decroly revela-se, assim, não apenas na permanência de suas ideias, mas na capacidade que estas demonstram de inspirar novas práticas e reflexões em um contexto educacional radicalmente diferente daquele em que foram originalmente concebidas.
Esta educação que prepara para a vida através da vida mesma mostra-se cada vez mais necessária em um mundo marcado por transformações aceleradas e por desafios complexos que exigem, precisamente, a capacidade de aprender a aprender e de adaptar-se criativamente a novas situações. As competências que a pedagogia decroliana, com sua ênfase na observação, na associação e na expressão, contribui decisivamente para desenvolver, tornam-se cada vez mais essenciais em uma sociedade do conhecimento. O legado de Decroly permanece, portanto, como um farol a iluminar os caminhos de uma educação verdadeiramente significativa e transformadora.
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Ivan Carlos Zampin: Professor Doutor, Pesquisador, Pedagogo, Graduado em Educação Especial, Docente no Ensino Superior e na Educação Básica, Gestor Escolar e Especialista em Gestão Pública.
Elza Maria Simões: Bacharel em Administração de Empresas, Professora de Matemática, Matemática Financeira, Pedagoga, Especialista em Educação Especial.
Mery Elbe Simões Ramalho: Pós-graduação em psicanálise, Pedagoga, Graduação em Artes, finalizando pós-graduação em neuropsicologia.
Dulcinéia Alves Fernandes Fogari: Professora, Tecnóloga em Processos Gerenciais, Pedagoga, Psicanalista, Neuropsicopedagoga, Docente do Ensino Superior.
Maria Neuma Simões da Silva: Pedagoga, Especialista em Alfabetização de crianças do Ensino Fundamental, jovens do Ensino Médio e Ensino de Jovens e Adultos.
Márcia dos Santos: Graduada em Licenciatura Plena em Geografia, Pedagoga, Coordenadora de Gestão Pedagógica, Especialista em Gestão Escolar.