16/08/2017

A participação dos discentes nas aulas de Educação Física no Ensino Médio

CENTRO UNIVERSITÁRIO ITALO BRASILEIRO AILTON RAMALHO CERQUEIRA EMILIO CEZ SÃO PAULO 2017 AILTON RAMALHO CERQUEIRA EMILIO CEZAR PINHEIRO A PARTICIPAÇÃO DOS DISCENTES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Ítalo Brasileiro, como requisito parcial para a obtenção da Graduação em Educação Física, sob a orientação da Profa. Dra. Ana Carolina Zuntini. SÃO PAULO 2017 A PARTICIPAÇÃO DOS DISCENTES NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO Cerqueira, Ailton Ramalho Pinheiro, Emílio Cezar RESUMO Este trabalho teve como objetivo, estudar e investigar a importância e os benefícios das aulas de Educação Física e o porquê do desinteresse dos alunos em realizar as atividades proposta pelo professor, principalmente no segmento do Ensino Médio. No Ensino Médio nota-se que a desmotivação com relação às aulas de Educação Física é muito grande. Por isso as aulas precisam sofrer transformações e apresentar características próprias e inovadoras, atendendo às novas fases cognitivas, afetivas e sociais que os adolescentes apresentam nessa faixa etária. A partir das mudanças surgidas na LDB (Lei de Diretrizes e Bases) nº 9.394/96 aponta as finalidades específicas do Ensino Médio: a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental o prosseguimento dos estudos; o preparo para o trabalho e a cidadania; o desenvolvimento de habilidades como continuar a aprender e capacidade de se adaptar com flexibilidade às novas condições de ocupação e aperfeiçoamento; o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; e a compressão dos fundamentos científicos tecnológicos dos processos produtivos relacionando teoria prática. A metodologia adotada foi a revisão bibliográfica que permite que tome conhecimento de material relevante sobre o tema em questão, buscando compreender quais fatores podem influenciar, seja positiva ou negativamente na participação dos alunos e alunas nas aulas de Educação Física do Ensino Médio. Palavras chave: Educação - Educação Física – Ensino Médio – Adolescente ABSTRACT The objective of this study is to study and investigate the importance and benefits of Physical Education classes and why students are not interested in carrying out the activities proposed by the teacher, especially in the High School segment. In High School we noticed that the demotivation with respect to the classes of Physical Education is very great. Therefore, the classes need to undergo transformations and present their own innovative characteristics, taking into account the new cognitive, affective and social phases that adolescents present in this age group. From the changes that emerged in the LDB (Lei de Diretrizes e Bases) nº 9.394/96, it indicates the specific purposes of the Secondary Education: the consolidation and the deepening of the knowledge acquired in Elementary School the continuation of the studies; Preparation for work and citizenship; The development of skills such as continuing to learn and the ability to flexibly adapt to the new conditions of occupation and improvement; Enhancement of the learner as a human person, including ethical training and the development of intellectual autonomy and critical thinking; And the compression of the scientific technological foundations of the productive processes relating practical theory. The methodology adopted was the bibliographical review, that allows knowing relevant material about the subject in question, seeking understanding what factors can influence, whether positively or negatively in the participation of the students in the Physical Education classes of High School. Keywords: Education - Physical Education - High School - Adolescent INTRODUÇÃO Em, 1996 a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( 9.394/96) estabeleceu a obrigatoriedade da presença da Educação Física nas práticas escolares tornando-a componente curricular como qualquer outra, em que determina: “A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar”. Promovendo mudanças na estrutura didática das instituições de ensino. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) (2000), o Ensino Médio é a etapa responsável por consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental. Esse processo deve ser feito de maneira que o indivíduo consiga construir as competências básicas e se torne produtor de conhecimento e cidadão, ativo e crítico. Os alunos adquirem, ao longo destes anos de estudo, habilidades e competências que os habilitam para que de forma autônoma decidam as atividades corporais que julgam mais adequadas e agradáveis para se praticar em seu dia a dia, ou seja, o aluno deve ter a capacidade de escolher com consciência as práticas corporais que irá realizar, tendo em mente os objetivos e benefícios à saúde que cada uma pode proporcioná-lo. Consta nos PCN (2000) que o professor deve cumprir com o compromisso de ser interlocutor de mensagens e informações, procurando sempre manter-se flexível para moldar e realizar mudanças no planejamento de suas aulas adaptando-se a evolução e compreensão dos alunos. O professor tem a responsabilidade de mostrar aos alunos que as aulas são um espaço de aprendizado no qual deve haver respeito entre todos. A educação está inserida em todas as sociedades como um processo de formação do homem com um ser social. Tem por o objetivo transformar pessoas e criar novas gerações, transmitindo seus conhecimentos, valores e crenças, dando-lhes possibilidades para novas realizações. A Educação Física está em fase transição, com a nova LDBEN(1996) , se torna parte integrante desta educação e repensando o seu papel dentro da Escola, diante destas mudanças. Educação Física como integrante da escolarização básica, na qual o Ensino Médio encontra-se inserido, aparece contemplada na atual estrutura curricular da Educação brasileira, na área de Linguagens e Códigos e suas Tecnologias (LDBEN, 1996) No Brasil a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) define e regulariza a organização da educação brasileira com base nos princípios presentes na Constituição e foi citada pela primeira vez na Constituição de 1934, e em 20 de dezembro de 1996 foi sancionada a Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB nº 9.394, com a finalidade de estabelecer diretrizes e bases para a educação nacional, formalizando uma base comum de ensino no país, com a Educação Física como integrante da escolarização básica, na qual o Ensino Médio encontra-se inserido. Também aparece contemplada na atual estrutura curricular da Educação brasileira, na área de Linguagens e Códigos e suas Tecnologias. (BRASIL, 2003) O único amparo para Educação Física é encontrado na seção I, artigo 26, parágrafo 3º da LDBEN: “A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa ao aluno” (BRASIL, 1996). A Lei nº 10.793, de 01 de Dezembro de 2003, estabelece que a participação dos alunos nas aulas de educação física é facultativa para o aluno que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis horas, maior de trinta anos de idade, que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar, estiver obrigado à prática da educação física. (BRASIL, 2003). Para nortear o que é ensinado nas escolas em todo território nacional, existe a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) que está prevista no Plano Nacional de Educação (PNE) em vigor desde 2014 e é uma ferramenta que visa a orientar a elaboração do currículo específico de cada escola, promovendo a equidade nos sistemas de ensino, respeitando sempre as particularidades metodológicas, sociais e regionais do país. A Base é uma referencia nacional obrigatória, mas não é o Currículo. De maneira simples, é possível afirmar que a Base indica o ponto aonde se quer chegar. O currículo traça o caminho até lá. Isto porque as redes de ensino têm autonomia para elaborar ou adequar seus currículos de acordo com o estabelecido na BASE, adaptando assim aos seus projetos pedagógicos. (BNCC, 2015) A Educação Física, enquanto componente curricular da Educação Básica assume a tarefa de introduzir e integrar o aluno na cultura corporal do movimento e práticas de aptidão física em benefício da qualidade de vida. É papel da Educação Física, motivar os alunos a buscarem um estilo de vida mais ativo, reduzindo assim o sedentarismo, a baixa aptidão física e obesidade, conscientizando-os quanto aos benefícios da prática de atividade física para a saúde, passa a introduzir e integrar o aluno no universo da cultura corporal, questionando e criticando para poder transformá-lo. (CELANTE, 2000) Sublinhamos que para Brasil (2004), a Educação Física trata da cultura corporal de movimento e no Ensino Médio, manter a motivação dos alunos frente a esse componente curricular, é um grande desafio para os professores. É sabido que as escolhas de conteúdos e estratégias têm um lugar primordial nesse processo. Pode-se afirmar que o professor necessita manter-se sempre atualizado buscando uma interação constante com o aluno e esta interação é favorecida e facilitada quando ocorre uma contextualização dos objetivos das aulas com o cotidiano dos alunos, por meio de interesse deles. Segundo Jusviack (2008), para que se possa estabelecer a relação professor e aluno é necessário que ocorra aprendizagem, e para que esta seja atingida e indispensável a presença de metodologia que se adapte aos alunos, matérias, atenção, concentração e disciplina. Kolyniak (2006) aponta que a não prática da Educação Física na escola está ligada a problemas específicos da disciplina, como a falta de um corpo teórico próprio que seja referencia para todos os profissionais. A prática pedagógica da Educação Física é questionada também por parte dos alunos que, ao não ver significado na disciplina, acabam se desinteressando e abandonado as aulas (Betti & Zuliani, 2002). E, assim, a Educação Física acaba perdendo o seu real significado e importância no Ensino Médio, pois, é entendida pelos alunos como momento de recreação e lazer ou como prática de esportes. As pesquisas bibliográficas sobre a participação dos alunos e alunas nas aulas de educação física, no ensino médio, em escolas públicas indicam a necessidade de compreender qual o perfil desses alunos, quais os desafios da Educação Física Escolar e qual o papel do professor na Educação Física Escolar. Objetivo, deste trabalho e estudar e investigar a importância e os benefícios das aulas de Educação Física e o porquê do desinteresse dos alunos em realizar as atividades proposta pelo professor, principalmente no segmento do Ensino Médio. No Ensino Médio nota-se que a desmotivação com relação às aulas de Educação Física é muito grande. Por isso as aulas precisam sofrer transformações e apresentar características próprias e inovadoras, atendendo às novas fases cognitivas, afetivas e sociais que os adolescentes apresentam nessa faixa etária. Esta estudo foi construído através de revisão de literatura, onde foi feito um levantamento de dados através de literaturas já existentes, com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre a influência da prática da Educação Física no Ensino Médio. Foram pesquisados livros, e artigos originais, os quais abordavam assuntos sobre a temática educação física escolar no Ensino Médio. DESAFIOS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLA NO ENSINO MÉDIO Os alunos do Ensino Médio, no primeiro ano, ainda estão vislumbrados e cheios de expectativas quanto à escola, um canal de socialização. Isso vai se alterando nos anos seguintes, onde a escola passa a não ser mais de interesse comum e nem motivadora. A realidade social não condiz com o esforço que a demanda requer, ou seja, os discentes passam a perceber que não conseguiram concorrer com seus saberes adquiridos, que lhes faltam estruturas maiores, que suas famílias não conseguirão custear seus estudos futuros e também o uso de drogas e álcool e a gravidez precoce, são fatores causadores da evasão escolar. Geralmente os alunos do ensino médio estão passando pelas transformações típicas da adolescência. É nesta faixa etária em que é comum nos depararmos com jovens que estão iniciando uma vida profissional e estudam no período noturno, e em alguns casos, geralmente na rede publica, esses jovens são dispensados da pratica de Educação Física e cabe ao educador físico encontrar um meio de motivar os alunos. (GONÇALVES, 1997) As aulas de Educação Física no Ensino Médio são frequentadas na sua quase totalidade por alunos que se encontram na fase do desenvolvimento humano denominada adolescência. Na adolescência, meninas e meninos, sofrem profundas transformações físicas: rápido crescimento em altura e peso, alterações nas proporções e formas do corpo e a maturidade sexual; sendo que estas transformações ocorrem em momentos diferentes para os dois sexos. O corpo surge soberano, inábil e desproporcional e o adolescente saber lidar e entender este novo corpo. Assim, os movimentos do adolescente já não são mais simplesmente o desabrochar, a manifestação do equilíbrio corporal, são elementos de uma cultura (MATTOS & NEIRA, 2000). Desta forma, podemos verificar que a Educação Física, como parte integrante da Escola, tem a sua colaboração na construção do ser humano em desenvolvimento. Este aluno que frequenta o Ensino Médio necessita de uma Educação Física que possa, por meio de seus conteúdos, das atividades desenvolvidas, colaborar na formação de sua personalidade e de sua participação ativa na sociedade. A Educação Física no Ensino Médio precisa fazer o adolescente entender e conhecer o seu corpo como um todo, não só como um conjunto de ossos e músculos a serem treinados, mas como a totalidade do indivíduo que se expressa por meio do movimento, sentimentos e atuações no mundo. Sendo assim, a Educação Física deve fazer parte da educação como um todo, não sendo considerada uma matéria a parte do currículo das escolas, mas uma matéria rica para o desenvolvimento cognitivo, físico e psicossocial do aluno do Ensino Médio e que influencia na construção do aluno como cidadão e todos os seus aspectos. (GONÇALVES, 1997) Assim, de acordo com Brasil (2004) o professor deve ser o responsável pela elaboração de um planejamento dinâmico, que atenda às necessidades e interesses dos alunos, aliando os conteúdos da cultura local às novas tendências da atividade física, sem adotar modismos. Betti e Zuliani (2002) ressaltam que a Educação Física no Ensino Médio deve atender às necessidades dos alunos, e não aprofundar ou apenas reproduzir os conteúdos trabalhados durante o Ensino Fundamental. Celante (2000) afirma serem raras as oportunidades em que as aulas do Ensino Médio não estão ligadas ao aperfeiçoamento técnico de habilidades esportivas aprendidas durante o Ensino Fundamental ou à prática formal de modalidades. Alguns autores apontam que nesta fase é importante que o aluno aprenda mais do que fazer, ou seja: [...] podemos dizer que muito mais que transmitir conhecimentos e habilidades por meio de objetivos limitados, um processo de formação deveria orientar os sujeitos no sentido de saber utilizá-los [...] (MONTENEGRO, 2004, p. 260). A EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO: UMA PROPOSTA DIFERENCIADA Observa-se um crescimento do número de alunos no Ensino Médio, fruto de uma política de universalização da escolarização e pelas demandas do mercado de trabalho no que se refere ao conhecimento formalizado. Especificamente sobre Educação Física no Ensino Médio, alguns autores afirmam que ela deve permitir aos adolescentes diversas experiências apor meio de atividades motoras, apresentando um caráter essencialmente participativo, diversificado, equilibrado, agregado aos conteúdos procedimentais e conceituais, além dos atitudinais, valorizando o domínio cognitivo. Os autores advogam a Educação Física por tratar da cultura corporal de movimento e através desta o aluno pode aprimorar seu repertório motor. (BARNI & SCHNEIDER 2003; CORREIA, 1996; VERENGUER, 1995). Para a Educação Física no Ensino Médio é sugerido um planejamento participativo em que o aluno atue diretamente, pois assim o professor conseguirá detectar as necessidades dos alunos além de permitir uma autonomia e liberdade de escolha para as atividades e assim estas influenciarem em sua participação social (CORREIA, 1996) De Santo (1993) afirma que a Educação Física no Ensino Médio deve se aprofundar nos conhecimentos sobre o movimento humano e com este saber em mãos, os alunos podem aumentar as possibilidades de escolha de como, quando e em que condições eles desejam se envolver ou praticar a atividade física. Portanto, a Educação Física no Ensino Médio pode aproveitar-se da dimensão conceitual para favorecer a autonomia e a reflexão frente à cultura corporal de movimento. Este senso crítico e autônomo deve ocorrer em relação às vivências, vinculadas ao lazer e ao bem estar (DARIDO et al, 1999; BRASIL, 1999). Para que haja o envolvimento dos alunos, Paim (2001) afirma que o conhecimento da motivação pelos professores de Educação Física é de grande importância para que se possa estimular o interesse dos alunos. Cid (2002) complementa ao dizer que a motivação é um processo que faz com que o aluno realize as atividades das aulas de Educação Física, porém estas atividades devem se entrelaçar com objetivos tangíveis, com os quais o aluno perceba a importância da atividade para sua vida dentro e fora das aulas de Educação Física. É importante lembrar que a motivação é o que faz o indivíduo tomar suas decisões e a realizar suas ações. Assim, podemos refletir nas ideias de Chicati (2000), quando afirma que o professor de Educação Física deve ser o mediador do conhecimento, o agente motivador das aulas e deve assumir o papel de tutor na relação ensino aprendizagem. O professor deve ter a consciência de que o aluno é o centro de suas ações pedagógicas, logo a capacidade de escolha dos alunos deve ser valorizada, conjuntamente, com suas experiências motoras, tornando a aula mais participativa e com significados para todos, pois as aulas consistirão na realidade dos alunos (CASCO, 2001). Sendo assim, o professor tem que possibilitar aos seus alunos diversas aprendizagens dos conhecimentos sociais, necessários para compreender o mundo que os cerca, dando-lhes condições de pensar e de exercer críticas (LORENZINE & TAVARES, 1998). Tapia e Fita (2001) complementam ao dizerem que o processo de ensino – aprendizagem é motivador quando há uma sintonia e/ou afinidade entre o aluno e o professor cabendo então ao professor de Educação Física promover a auto-aceitação e a confiança, permitindo aos alunos desenvolverem habilidades e talentos. Darido (2004) ajuda dando a dica de que é necessária a abordagem de temas de interesse dos alunos, como: aparência, sexualidade, alimentação, dieta, capacidade física, saúde, beleza, lazer, entre outros temas. Por meio destas abordagens que tem significados para os alunos, o professor consegue manter a motivação de seus alunos constante. O professor de Educação Física tem a obrigação de tornar as aulas motivantes e isto é possível por meio da diversificação dos conteúdos, e, por meio da diversidade, ele consegue atender as necessidades e interesses de seus alunos, promovendo assim uma aprendizagem significativa. No entanto, para discutir temas de interesse dos alunos é necessário que o professor esteja sempre atualizado e integrado ao mundo do aluno, uma vez que, ao integrar-se neste mundo, o professor conseguirá fazer com que todos participem e criem autonomia para analisar e criticar qualquer informação veiculada pelas redes (CHICATI, 2000). Atualmente a Educação Física começa a lutar por sua legitimidade, querendo assim, conquistar um lugar de respeito junto aos demais componentes curriculares. A Educação Física está em busca de seus princípios fundamentais, questionando quais são seus objetivos, seus conteúdos, suas metodologias de modo a dizer da sua importância junto aos demais saberes escolares. [...] para inserir a Educação Física dentro do currículo escolar e colocá-la no mesmo grau de importância das outras áreas de conhecimento é através da fundamentação teórica, da vinculação das aulas com os objetivos do trabalho, da não improvisação e, principalmente, da elaboração de um plano que atenda às necessidades, interesses e motivação dos alunos.(MATTOS & NEIRA ,2000, p.25) Desta forma, a Educação Física está lutando para ser compreendida como parte integrante da cultura escolar, isto é, enquanto um componente que desenvolve atividades expressivas dos alunos tais como: jogos, ginásticas, danças esportes, brincadeiras, lutas enfim, como um componente que prime pela produção de cultura do educando. CONSIDERAÇÕES FINAIS Foi observado que com a instituição da nova LDB, a Educação Física teve que repensar o seu papel dentro da Escola, especialmente no Ensino Médio, onde a mesma passou a ser considerada uma disciplina optativa. Talvez possamos dizer, que o profissional da Educação Física também tenha uma parcela de culpa na situação deste componente curricular dentro do Ensino Médio. O professor muitas vezes, na sua prática pedagógica, ficou muito centrado à especialização das modalidades esportivas, na qual o aluno repetia uma série de movimentos de forma mecânica, sem sentido para o mesmo. Mas mudanças já podem ser sentidas. Novas concepções de Educação Física vêm emergindo, no sentido de legitimar, através de novas práticas pedagógicas a importância desta disciplina, junto às demais, para a formação integral do adolescente que frequenta o Ensino Médio. A Educação Física depende de vários fatores, entre eles: legislação clara, direção responsável, instalações adequadas, professores comprometidos e competentes, pois é grande o desafio de torná-la, sobretudo para o Ensino Médio, um componente curricular atraente. Assim, entende-se que o professor de Educação Física deve se utilizar de um estilo de ensino adequado desta maneira tendo condições de ministrar o conteúdo de forma direcionada, levando em conta o objetivo proposto na aula. E para se adequar a atual realidade da Educação Física os mesmos devem sempre estar em busca de constante aperfeiçoamento, para deixar a aula mais interessante e despertar o interesse pelas aulas, visto que nos ultimos anos tenha aumentado o desiteresse pelas aulas. Desta forma, o professor precisa levar em consideração que os alunos estão sempre em constante mudança, ainda mais em tempos de tecnologia presente na maioria dos contextos nos quais os alunos convivem. Isso, consequentemente muda o ritmo de vida de todos. Assim, tanto o professor como o aluno devem encontrar um meio de conciliarem e trocarem estas experiências adquiridas, cabendo principalmente ao professor buscar meios de ter aulas planejadas de maneira que fiquem atrativas para todos, levando o maior números de alunos a tirarem o melhor beneficio para a sua saúde e lazer que podem ser através dos mais diferentes exercícios e esportes individuais ou, coletivos. REFERENCIAS BETTI, M; ZULIANI, L. R. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. V.I, n.1, p. 73-81, BRASIL. Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p.27833-27841. CASCO, P. O esporte escolar e a experiência democrática. Artigo publicado no site Revista Digital – Buenos Aires – Ano 07 – nº.36 – Maio de 2001. Disponível no site . Acesso em 10 Abril 2017 CELANTE, A. R. 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