06/06/2022

A MOBILIDADE VIRTUAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

A MOBILIDADE VIRTUAL NA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19

 

Resumo

O presente artigo tem como objetivo investigar a mobilidade virtual na Universidade Federal de Santa Catarina durante o período de pandemia da COVID-19, período este em que as Universidades e as fronteiras estiveram fechadas para a entrada e saída da comunidade universitária de forma presencial, surgindo como alternativa para a continuidade dos intercâmbios, a modalidade virtual.  A pesquisa é classificada como qualitativa, estudo de caso, de abordagem descritiva e explicativa, a coleta de dados foi realizada pela pesquisa documental nos editais dos programas de mobilidade na modalidade virtual somente para os programas outgoing, através da análise de conteúdo. A pesquisa resultou em cinco editais concebidos na UFSC para mobilidade virtual que foram analisados a partir de seis categorias de análise formuladas segundo a literatura. Como resultados da pesquisa percebeu-se que a mobilidade virtual foi realizada utilizando os convênios internacionais já vigentes e seguindo o modelo semelhante à mobilidade física. Além disso, foram encontrados indícios de todas as categorias formadas a partir da literatura e somente a categoria infraestrutura e suporte técnico não estava claramente presente nos editais analisados.

Palavras-chave: mobilidade virtual, internacionalização do ensino superior, UFSC, pandemia, COVID-19.

 

VIRTUAL MOBILITY AT THE FEDERAL UNIVERSITY OF SANTA CATARINA DURING THE COVID-19 PANDEMIC

 

Abstract

This article aims to investigate virtual mobility at the Federal University of Santa Catarina during the COVID-19 pandemic period, a period in which Universities and borders were closed for the entrance and exit of the university community in person, emerging as an alternative for the continuity of exchanges, the virtual modality. The research is classified as qualitative, case study, with a descriptive and explanatory approach, and a data collection was carried out by documentary research in the notices of mobility programs in the virtual modality only for outgoing programs, through content analysis. The research resulted in five public notices designed at UFSC for virtual mobility that were analyzed from six categories of analysis formulated according to the literature. As a result of the research, it was noticed that virtual mobility was carried out using the international agreements already in force and following a model similar to physical mobility. In addition, evidence of all categories formed from the literature, only the infrastructure and technical support category was not clearly present in the public notices analyzed.

Keywords: virtual mobility, internationalization of higher education, UFSC, pandemic, COVID-19.

 

1.INTRODUÇÃO

 

            A internacionalização no ensino superior ganhou mais destaque nos últimos 25 anos, ganhando um cunho mais estratégico, global, mais recentemente a internacionalização compreensiva tem sido mais visada, que prega uma abordagem integrada das ações de internacionalização. No entanto, devemos entender que não existe um modelo único de internacionalização que possa atender todas as instituições de ensino superior, mas sim a internacionalização que deve se adaptar a cada IES, atendendo suas prioridades, estratégias e objetivos (HUDZIK, 2011; KNIGHT; DE WIT, 2018; DE WIT, 2020; KNIGHT, 2020; STALLIVIERI, 2021). A mobilidade é uma das ações de internacionalização que mais é trabalhada como forma de aumentar o perfil internacional e fornecer as competências da cidadania global das pessoas que compõe a instituição (ALMAZOVA; ANDREEVA; KHALYAPINA, 2018; VIANA; STALLIVIERI; GAUTHIER, 2020; NAÇÕES UNIDAS, on-line)

Em 2020 surge a pandemia de COVID-19, uma doença infecciosa causada pelo novo Coronavírus (SARS-CoV-2).  Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma pandemia, que se refere à distribuição geográfica de uma doença (UNA-SUS, 2020). O contágio da COVID-19 se dá através do contato humano, com isso todas as Instituições de Ensino Superior brasileiras (IES) decidiram interromper/suspender suas atividades para garantir o distanciamento social pelo período que a pandemia exigir e até outubro de 2021 as atividades ainda não foram retomadas de forma presencial na maioria das IES, já passados 20 meses do início da pandemia.

A atenção inicial das autoridades das IES teve como foco buscar contenção da epidemia e no apoio às instituições de saúde para atender os doentes por contágio e conter o avanço da COVID -19. Com relação às aulas os gestores universitários precisaram se organizar rapidamente e se adequarem ao que o momento pedia, foram algumas semanas sem aulas até a preparação da comunidade universitária para iniciar a modalidade virtual na graduação, pós-graduação e inclusive na mobilidade internacional.

Por esse motivo a mobilidade virtual surge como uma alternativa em um momento em que não existe a possibilidade de transitar entre as fronteiras dos países. A mobilidade virtual tem as mesmas exigências e atributos que uma mobilidade física, porém é realizada de forma remota, sem que a pessoa precise se deslocar fisicamente para outros países (EADTU, 2010; RUMBLEY; ALTBACH, 2016; DE WIT, 2020; KELLY, 2021; SIGALÉS, 2021; STALLIVIERI, 2021).

Sendo assim, fez-se um estudo da mobilidade virtual na Universidade Federal de Santa Catarina, a maior universidade do estado de Santa Catarina e uma das principais da Região Sul do Brasil, com uma população atual  de cerca de 50 mil pessoas (entre servidores docentes, servidores técnico-administrativos e estudantes), desde meados de 1970 iniciou a busca pela internacionalização. Desse modo, o objetivo dessa pesquisa é compreender como a mobilidade virtual ocorreu na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) durante o período da pandemia de COVID-19.

 

2.FUNDAMENTAÇÃO

  1. Internacionalização

 

            Desde suas origens, as universidades se constituíram como instituições internacionais: atraíram professores de diferentes países para seus quadros, desenvolveram parcerias com instituições dos mais diversos países do mundo e receberam estudantes internacionais em seus campi. Foi com a difusão da globalização econômica no início dos anos 1990, que a cooperação internacional na educação superior se expandiu e que o termo internacionalização passou a ser usado (LEAL; CÉSPEDES; STALLIVIERI, 2017).

Nos últimos 25 anos a internacionalização do ensino superior ganha um cunho mais global, estratégico e regular, e, por isso, passa a ter novas abordagens, justificativas e estratégias como forma de atender ao mundo em constante evolução (KNIGHT; DE WIT, 2018; DE WIT, 2020).

No último século a internacionalização passa do foco em bolsas para estudantes internacionais, projetos internacionais e áreas de estudo relacionados com a internacionalização para programas internacionais que fornecem com formação integral ou parcial, programas de mobilidade, internacionalização em casa, Curso Online Aberto e Massivo, cidadania global, universidades de classe mundial, rankings globais, homogeneização global, dupla titulação ou titulação conjunta. Todos esses termos têm sido discutidos e utilizados nos últimos anos para tratar da internacionalização do ensino superior (KNIGHT; DE WIT, 2018).

Ainda nessa direção, a internacionalização do ensino superior e suas iniciativas evoluíram de maneira diferente entre seus atores e por isso não existe uma única forma de realizá-la. No entanto, mais recentemente, surge um imperativo para uma internacionalização compreensiva que visa uma integração das iniciativas da internacionalização superior de forma adaptada à realidade de cada instituição, respeitando seu contexto (DE WIT, 2020; KNIGHT, 2020).

Sendo assim, a internacionalização compreensiva visa que alguns pontos devem ser envolvidos e realizados, são eles: Compromisso institucional articulado com a internacionalização; engajamento da liderança administrativa, estrutura e suporte de pessoal; currículo, co-currículo e resultados de aprendizagem da internacionalização; focar as práticas e políticas do corpo docente na internacionalização; mobilidade estudantil e; colaboração e parcerias internacionais. Além disso, a internacionalização deve estar presente nas estratégias, visão, missão, valor e permear todas as áreas da instituição (HUDZIK, 2011; STALLIVIERI, 2021).

Outro termo que tem se destacado é a cidadania global que passa a ser uma demanda natural do mundo interconectado e global, desse modo, cidadania global é entendida como, um conjunto de atividades sociais, políticas, ambientais e econômicas que os indivíduos devem ter de modo a agir para promover o desenvolvimento sustentável, responsabilidade social, beneficiando a sociedade e prezando pelo bem-estar coletivo (NAÇÕES UNIDAS, on-line).

Sempre houve destaque em cooperação e mobilidade, no entanto, mais algumas dimensões precisam ser abordadas como a cultural e a linguagem, como forma de responder a demanda por cidadãos globais. Inclusive, a internacionalização está muito presente entre políticas nacionais e institucionais do ensino superior, focando principalmente em dois pontos, a internacionalização em casa e no exterior. A internacionalização em casa, comumente, foca no currículo, resultados de aprendizagem e ensino, atividades acadêmicas no exterior, dá ênfase à mobilidade de estudantes e professores e programas de cooperação, entre outros (DE WIT, 2011; 2020).

De acordo com Gacel-Ávila (2020) o processo de internacionalização do ensino superior na américa latina e região é baseado na mobilidade estudantil, além disso, o processo de internacionalização progrediu nas últimas décadas mas ainda está atrasado e necessita avançar principalmente no âmbito de políticas públicas. Sendo assim, pode-se atribuir esse atraso na internacionalização do ensino superior na América Latina por uma falta de visão dos tomadores de decisão e das autoridades educacionais, que não compreenderam que esse fenômeno é um imperativo e não mais uma opção (GACEL-ÁVILA, 2020).

Segundo De Wit, Gacel-Ávila e Knobel (2017), a burocracia é um dos fatores que ainda dificulta o processo de internacionalização, pois um estrangeiro que deseja viver em um país da América Latina e Caribe encontrará muitos obstáculos, principalmente desde a obtenção do visto na Polícia Federal, abertura de conta em banco, aluguel de apartamento, matrícula em universidade, entre outras normas e regulamentos que dificultam a permanência de qualquer estrangeiro na região para realizar a sua mobilidade internacional.  Essa questão em tempos de pandemia tornou-se secundária já que as fronteiras internacionais foram fechadas, bem como as universidades. Os desafios tornaram-se outros, como o de colocar em prática a mobilidade virtual.

Assim como as outras iniciativas de internacionalização do ensino superior a mobilidade tem ganhado um foco mais compreensivo, para isso tem se focado em estudantes mais bem preparados para esse processo, fornecer suporte enquanto estão no exterior e focado nos resultados da aprendizagem que provém da mobilidade tanto para o estudante quanto para instituição de origem (RUMBLEY; ALTBACH, 2016).

No entanto, com a pandemia mundial de COVID-19 ocorreu mais uma mudança no paradigma vigente da internacionalização, fazendo novas opções e mudando a forma de pensar no futuro do ensino superior. Os conservadores acreditam que ao fim da pandemia tudo retornará ao estado anterior, já um pensamento mais realista acredita que o ensino superior terá uma grande revolução. Assim, não há como negar que as mudanças serão inevitáveis depois desses acontecimentos e que o ensino superior precisará passar por reformas que afetarão também a internacionalização do ensino superior (DE WIT, ALTBACH, 2021).

 

  1. Mobilidade

 

Para De Wit, Gacel-Ávila e Knobel (2017), as instituições de ensino superior estão mais conscientes do que nunca da importância de aumentar o seu perfil internacional, estratégias e atividades de internacionalização. Tendo como foco principal a mobilidade de saída de estudantes que buscam créditos e diplomas, bem como a mobilidade de pesquisa de curto prazo de seu corpo docente como parte do desenvolvimento de capacidades, tanto em recursos humanos quanto em pesquisa.

Stallivieri (2017) esclarece que embora centrada no aluno, a mobilidade também é significativa em termos de professores e técnicos de educação. Como a Internacionalização deve ser “completa”, é desejável que todos os atores estejam alinhados com os objetivos e, preferencialmente, tenham experiências internacionais.

Os novos desdobramentos da globalização e da economia fizeram surgir na educação superior novas demandas na preparação dos estudantes para o mercado global, desse modo, a mobilidade acadêmica é um dos modos de atender à essas demandas e tem ganhado mais destaque (ALMAZOVA; ANDREEVA; KHALYAPINA, 2018).

Por esses motivos, uma grande atenção tem sido atribuída às mobilidades acadêmicas, que incluem a mobilidade de estudantes, professores e técnicos administrativos, desse modo, assim como outras iniciativas de internacionalização, a mobilidade se torna mais complexa nas últimas décadas (KNIGHT; DE WIT, 2018; KNIGHT; LIU, 2019).

A mobilidade não é simplesmente um movimento de deslocamento de pessoas, para que ela seja efetiva para todas as partes é necessário que as pessoas que a realizam interajam com pessoas da instituição em que está realizando a mobilidade, que se envolvem em pesquisas, que se crie um ambiente intercultural, entre outros (STALLIVIERI, 2021).

Vianna, Stallivieri e Gauthier (2020), apontam que o uso intenso de tecnologia permite a prestação de serviços em um país, que é oferecido além de suas fronteiras, sem implicar no deslocamento físico das partes interessadas. O menor custo aliado à comodidade fez com que surgisse um elevado número de cursos com especialistas em ensino não presencial, ou semipresencial, ou a distância. Durante a pandemia de COVID-19 a modalidade virtual de mobilidade tornou-se uma alternativa viável.

 

  1. MOBILIDADE VIRTUAL

 

A mobilidade física é algo muito tratada, no entanto com pandemia de COVID-19 gerou uma crise que afetou inclusive o ensino superior, isso ocasionou uma reflexão crítica acerca da internacionalização da educação superior e fez surgir uma discussão acerca da mobilidade virtual, uma modalidade que já existia mas era pouco discutida (RUMBLEY; ALTBACH, 2016; DE WIT, 2020; SIGALÉS, 2021).

A suspensão repentina no ensino presencial afetou muitos países e fez com que muitas instituições passassem para o ensino remoto rapidamente, nesse sentido muitas mudanças aconteceram abruptamente e às vezes sem o devido preparo, mas devido à incerteza do cenário, foram necessárias. Para muitas instituições de ensino a pandemia trouxe uma oportunidade de acelerar e transformar as metodologias de ensino a longo prazo, no entanto para outras, a mudança será só temporária, porque o ensino remoto não é somente migrar o ensino presencial para virtual. Para realizar essa mudança, do presencial para virtual, é necessário novas metodologias, um sistema de mentoria e avaliação diferenciados, além de que a exigência de qualidade deve ser a mesma exigida no ensino presencial (SIGALÉS, 2021).

Sendo assim, a mobilidade virtual é uma forma inovativa de mobilidade em que os estudantes têm a experiência internacional de forma on-line, essa nova modalidade de mobilidade abre portas para estudantes que não podem se deslocar fisicamente ou ainda podem fazer uma combinação de mobilidade física e virtual. O processo de mobilidade virtual funciona da mesma forma que a mobilidade física, com a diferença da eliminação do deslocamento até outro país, os créditos cursados na mobilidade são validados, o desenvolvimento de competência interculturais e linguagem ocorre, a dificuldade com a linguagem pode acontecer, há o desenvolvimento de habilidades para o trabalho e vida, aprendem sobre adaptabilidade, flexibilidade, entre outros (EADTU, 2010; KELLY, 2021).

Por fim, a mobilidade virtual é um avanço em direção a um modelo mais inclusivo e sustentável e a essa modalidade de mobilidade bem planejada e organizada (KELLY, 2021) No entanto esse tipo de mobilidade deve possibilitar a mesma troca que se propõe na mobilidade física,  estar inclusa no currículo, ter o envolvimento de docentes, auxiliar na formação de cidadãos globais, ter o suporte dos técnicos administrativos, possibilitar o domínio de línguas, além de possibilitar a formação de docentes e discentes (KELLY, 2021; STALLIVIERI, 2021). O tema da mobilidade virtual ainda precisa ser discutido para poder avançar e crescer em complexidade, porque ainda existem grandes desafios a serem superados, como cita Stallivieri (2021), são eles, o distanciamento digital, intercultural e linguístico.

 

  1. METODOLOGIA

 

A abordagem utilizada nesta pesquisa é qualitativa em que se objetiva por estudar como a mobilidade virtual é realizada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) durante o período da pandemia de COVID-19, sendo assim, esse estudo se classifica como um estudo de caso, restringindo-se ao período de 16 de março de 2020 a 10 de outubro de 2021.

Além disso, se utilizou uma abordagem descritiva e explicativa, explicitando a realidade encontrada sobre esse fenômeno na UFSC. A forma de coleta de dados foi realizada pela pesquisa documental, em que pesquisamos os editais dos programas de mobilidade na modalidade virtual somente para os programas outgoing, ou seja, aqueles que abrangem a mobilidade de estudantes da UFSC.

Para a análise de dados foi utilizada a análise de conteúdo, que consiste em examinar os documentos segundo algumas categorias, elaboradas segundo o referencial teórico, sendo assim, foram criadas as categorias que serviram de base para a análise dos editais de mobilidade virtual, como explicitado no quadro abaixo.

 

Quadro 1 - Categorias de análise

Categorias

Fontes

Infraestrutura e suporte técnico

ALTBACH; RUMBLEY, 2016; STALLIVIERI, 2021; HUDZIK, 2011; EADTU, 2010; KELLY, 2021

Ferramentas tecnológicas e de comunicação

STALLIVIERI, 2021; EADTU, 2010; KELLY, 2021

Cooperação e alianças internacionais

ALTBACH; RUMBLEY, 2016; STALLIVIERI, 2021; HUDZIK, 2011; EADTU, 2010; KELLY, 2021

Programas de internacionalização

ALTBACH; RUMBLEY, 2016; STALLIVIERI, 2021; HUDZIK, 2011; EADTU, 2010; KELLY, 2021

Formação do estudante

ALTBACH; RUMBLEY, 2016; STALLIVIERI, 2021; HUDZIK, 2011; EADTU, 2010; KELLY, 2021

Integração com o currículo e validação de créditos cursados

ALTBACH; RUMBLEY, 2016; STALLIVIERI, 2021; HUDZIK, 2011; EADTU, 2010; KELLY, 2021

Fonte: Elaborado pelos autores

 

  1. RESULTADOS DA PESQUISA
    1. A UFSC

 

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi criada em 18 de dezembro de 1960. A sede fica em Florianópolis, no Campus Trindade, onde concentra a grande maioria dos cursos. De acordo com o Departamento de Gestão da Informação - DPGI (2020), na segunda metade da década de 2000, como parte do plano de expansão das vagas no ensino superior do governo federal, a UFSC iniciou um processo de interiorização no estado, abrindo novos campi nas cidades de Araranguá, Curitibanos, Joinville e Blumenau (DPGI, 2020).

Segundo dados divulgados pela DPGI (2020) a UFSC oferece 120 cursos de graduação e 149 programas de pós-graduação, além de atuar também no ensino básico através do seu Colégio de Aplicação.  Dos 120 cursos de graduação, 107 deles ocorrem na modalidade presencial e 13 cursos na modalidade a distância (DPGI, 2020).

Ainda segundo a DPGI (2020) a UFSC conta em seu quadro efetivo com 2.661 servidores docentes e 3.044 servidores técnico-administrativos, registrou em 2020, 1.138 alunos matriculados da educação infantil ao médio, um número de 29.185 alunos matriculados em cursos de graduação presenciais e a distância e 9.352 alunos matriculados na pós-graduação totalizando, uma população total de cerca de 50 mil pessoas (docentes, técnicos e estudantes), em cinco campi, Florianópolis, Araranguá, Blumenau, Curitibanos e Joinville (DPGI, 2020).

Em relação a internacionalização, após 10 anos de sua fundação, no ano de 1970, a UFSC iniciou sua participação junto ao Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G).  Em fevereiro de 1972 o Reitor agregado João David Ferreira Lima foi designado para implementar o Escritório de Assuntos Internacionais (ESAI) da UFSC. Em maio de 2012 houve a Conversão da Secretaria de Relações Institucionais e Internacionais para a Secretaria de Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (SINTER, 2021).

 

  1. A SINTER

 

A Secretaria de Relações Internacionais (SINTER) é um órgão executivo integrante da Administração Superior da UFSC, diretamente vinculado ao Gabinete da Reitoria. A SINTER tem por objetivos promover a interação com organismos e instituições internacionais de ensino superior, pesquisa, inovação tecnológica e conservatórios artísticos; apoiar e implementar acordos de cooperação técnica, científica e cultural; bem como viabilizar o intercâmbio de estudantes, professores e servidores técnico-administrativos. Visa também atender a Universidade no desempenho de suas atividades que envolvam organismos internacionais em assuntos de natureza acadêmica, administrativa, e, quando necessário, na área financeira (SINTER, 2021).

Com uma ativa política de internacionalização, que destaca a UFSC entre as melhores universidades do país, a SINTER atua também na gestão de Programas que promovem a mobilidade de estudantes, técnico-administrativos e professores. Atualmente, a UFSC possui acordos de cooperação internacional com 369 instituições, espalhadas por 47 países do mundo. Além disso, a participação em programas internacionais e a realização de parcerias com as melhores universidades do mundo resulta em crescentes oportunidades para a comunidade universitária e promove a internacionalização dos campi (SINTER, 2021).

 

  1. Programas de mobilidade virtual na UFSC

 

De acordo com De Wit, Gacel-Ávila e Knobel (2017) aumentar a experiência internacional da equipe da universidade é fundamental, e uma das formas de se alcançar tal experiência tem sido possível através da mobilidade internacional. Nesse sentido, até março de 2020 a mobilidade acontecia de forma física, no entanto, por conta da pandemia do COVID-19 o deslocamento físico ficou impossibilitado devido ao fechamento de fronteiras de diversos país para evitar uma maior disseminação do vírus do COVID-19, desse modo, a mobilidade virtual, que já era discutida anteriormente passou a ser uma alternativa e seu números cresceram.

Para atender à necessidade de mobilidade internacional dos estudantes, tanto da UFSC, quanto das universidades parceiras, a SINTER tem criado e apoiado diversas iniciativas de mobilidade virtual. Conforme apresentado no quadro a seguir:

 

Quadro 2 - Editais analisados

Programa

Edital

Público-alvo

Programa de Mobilidades Virtuais AUGM Pós-graduação

 Edital 14 SINTER 2021 – Mobilidade Virtual AUGM Posgrado – 2ª chamada

Alunos de pós-graduação

Programa de Mobilidades Virtuais de Estudiantes de Posgrado

Edital 13 SINTER 2021 – Mobilidade Virtual AUGM Posgrado

Alunos de pós-graduação

UHK e-learning

EDITAL 12 SINTER 2021 – UHK e learning 2021

Alunos de graduação dos cursos de Serviço Social, História, Ciência Política e Sociologia

Programa de Mobilidades Virtuais de Estudiantes de Grado – AUGM

Edital 08 SINTER 2021 – Mobilidade Virtual AUGM

Alunos de graduação

Programa Piloto de Mobilidades Virtuais de Estudiantes de Grado AUGM 2021.1

Edital 01 SINTER 2021 – Mobilidade Virtual AUGM

Alunos de graduação

Fonte: Adaptado SINTER (2021).

 

Foram analisados editais de mobilidade do período de 16 de março de 2020 a 10 de outubro de 2021, inicialmente, havia vinte e dois editais, destes um não estava disponível para consulta e por isso foi eliminado. Após uma primeira análise percebeu-se que quinze editais não previam a mobilidade virtual, assim, restaram oito, cinco previam mobilidade virtual. O restante foi eliminado, um por ser de evento virtual, tendo uma curta duração e, portanto, não foi considerado como mobilidade e outros dois editais não eram de mobilidade, um previa contratação de bolsista e outro, contratação de pessoas para elaboração de cursos virtuais. Desse modo, para os fins desta pesquisa somente foram considerados editais concebidos para mobilidade virtual, aqueles que foram modificados para virtual devido a pandemia foram descartados, essa foi uma adaptação realizada devido à condição da pandemia de COVID-19.

Todos os cinco editais descrevem os seus objetivos, requisitos para participar da mobilidade virtual, documentos necessários, além de explicitar prazos, regras, quantidade de vagas, como e quando resultado será divulgado, como se inscrever, benefícios, se houver e como o resultado será calculado.

A seguir, fez-se uma análise dos editais conforme as seis categorias de análise de conteúdo, que foram baseadas na literatura pertinente. As categorias utilizadas foram: infraestrutura e suporte técnico; ferramentas tecnológicas e de comunicação; cooperação e alianças internacionais; programas de internacionalização; formação do estudante; integração com o currículo e validação de créditos cursados. Todos os cinco editais analisados visavam especificamente a mobilidade de estudantes.

Para a categoria infraestrutura e suporte técnico foi identificado que a UFSC possui pessoas aptas a fornecer suporte para os estudantes, tanto para sanar dúvidas quanto editais ou a mobilidade em si quanto para resolução de problemas caso haja alguma. Além disso, todos eles determinam que ao fim da mobilidade todos devem responder o relatório de intercâmbio e enviá-lo à SINTER. Na parte de infraestrutura não foi identificado nenhum indício na investigação dos editais, mas, isso não quer dizer que não haja uma infraestrutura ou mais fatores relacionados a suporte técnico, eles somente não estão identificados nos editais.

Em relação às ferramentas tecnológicas e de comunicação, elas são essenciais na mobilidade virtual, sendo o principal instrumento para que ocorra, e sem ele a mobilidade não se faz possível. Assim, em nenhum dos editais foram descritos auxílio ou feita menção sobre as ferramentas tecnológicas, o que nos leva a crer que essas são de responsabilidade dos estudantes. Além disso, foi mencionado em um edital que se o estudante fosse selecionado no programa de mobilidade virtual seriam enviadas mais informações sobre como realizar a comunicação e sobre a comunicação com a instituição estrangeira.

Na categoria de cooperação e alianças internacionais todos os editais visam promover mobilidades acadêmicas entre a UFSC e instituições estrangeiras, ou seja, as relações entre a UFSC e outras instituições são estimuladas e incentivadas. Dessa forma, como esse objetivo pode-se encaixar a categoria de programas de internacionalização, a promoção de mobilidade com instituições estrangeiras possibilita à UFSC manter as alianças e cooperação ativas e ainda pode-se citar que ela pode se sentir incentivada a assinar novas cooperações ou até estender as relações já existentes promovendo mais atividades e ações.

Para a formação dos estudantes e integração com o currículo e validação de créditos cursados pode-se destacar que alguns dizem que o estudante deve estar matriculado em um curso específico e outros deixam em aberto. Além disso, os editais citam que a coordenação do curso que o estudante frequenta é responsável por analisar e aprovar a validação das disciplinas cursadas na mobilidade. Todas as disciplinas ofertadas estão em língua estrangeira, logo o estudante precisa ter proficiência naquele idioma. Alguns editais determinam a quantidade máxima e/ou mínima de créditos a serem cursados na mobilidade e ainda outros ditam que as disciplinas cursadas precisam ser afins com a área do curso em que está matriculado na UFSC. Por fim, um dos editais previa que o estudante poderia solicitar bolsa por meio de outro edital, mas por iniciativa própria. 

 

  1. CONCLUSÃO

 

A internacionalização do ensino superior ganhou muito destaque nos últimos anos, e é vista como uma necessidade para instituições serem consideradas de classe mundial, além disso, ela é essencial para o desenvolvimento de cidadãos e profissionais globais, uma demanda advinda da sociedade. No entanto, a internacionalização ainda enfrenta dificuldades em muitas instituições que muitas vezes não a colocam como uma prioridade, e não inserem a internacionalização em sua estratégia, não atribuindo uma quantidade suficiente de recursos ou até a colocando em segundo plano.

Na mobilidade acadêmica não é diferente e atualmente apenas uma proporção pequena de alunos, professores e técnicos administrativos têm a oportunidade de ir para o exterior, principalmente pelo grande dispêndio de verbas que é necessário para essa atividade. Porém a mobilidade ainda é considerada uma das ações de internacionalização que mais tem atividade dentro das instituições.

Um grande número de IES, tiveram seus alicerces abalados com a pandemia do COVID- 19 o que levou suas autoridades a refletir e questionar sua sustentabilidade além da pandemia: na medida em que a crise agravou percebeu-se entre outras dificuldades que os cofres públicos não estavam prontos para enfrentar tal situação. Devido à emergência de saúde as consequências ainda não puderam ser identificadas e avaliadas, uma vez que tal situação é sem precedentes e que ainda não retornamos ao “normal” como era até março de 2020.

Com a pandemia COVID-19 houve uma alteração significativa do trabalho de instituições de ensino superior e na mobilidade não foi diferente, assim, a mobilidade virtual surge como uma alternativa. A mobilidade virtual já era discutida na literatura anteriormente a pandemia, mas com esse acontecimento ela passou a ter mais destaque. Esse tipo de mobilidade traz o grande diferencial da economia com a viagem e estadia, mantendo-se o restante dos atributos da mobilidade física, como a convivência intercultural, aprender novos idiomas, desenvolvimento de habilidades para o trabalho e vida, aprender a ser flexível e adaptável, entre outros. Desse modo, a mobilidade virtual ainda pode ser combinada com a mobilidade física trazendo uma modalidade híbrida.

Nesse sentido, na UFSC a mobilidade virtual é realizada por meio dos convênios já vigentes na instituição e utilizando durante a pandemia de COVID-19 editais específicos para essa modalidade de mobilidade. Esses editais seguem o mesmo modelo utilizado para a mobilidade física, porém, acrescenta na mobilidade virtual, as ferramentas tecnológicas que visam a promoção da mobilidade estudantil, a UFSC possui editais que promovem a mobilidade de servidores docentes, técnico-administrativos e estudantes da instituição, mas não era o caso dos programas analisados.

Sendo assim, todas as categorias de análise de conteúdo determinadas para essa pesquisa foram contempladas nos editais analisados. Nos editais de mobilidade virtual observou-se que a UFSC possui pessoal preparado para dar suporte às pessoas que realizaram a mobilidade, mas não foram identificados neles a presença de menção a infraestrutura, no entanto, pode ser que haja uma infraestrutura na instituição, mas isso não está detalhado nos editais.

Nas ferramentas tecnológicas e de comunicação percebeu-se que é responsabilidade de quem irá realizar a mobilidade virtual providenciá-las, já para a cooperação e alianças internacionais todos visam promovê-las e incentivá-las. A formação dos estudantes e integração com o currículo e validação de créditos cursados foram as categorias que mais se identificou ações nos editais, desse modo, era necessário que os estudantes estivessem matriculados em cursos específicos ou não da UFSC, em alguns somente de graduação e em outros de graduação ou pós-graduação, mas a validação das disciplinas cursadas não estava determinada no edital e ficará na responsabilidade do curso a validação das mesmas.

Além disso, os editais exigem proficiência em alguma língua estrangeira, já que todas as disciplinas ofertadas estão em língua estrangeira, e ainda, alguns editais ditam quantas matérias podem ser cursadas e outros, que essas devem ter relação com o curso que o estudante está matriculado na UFSC. Nenhum dos editais previam a concessão de bolsas, mas um deles cita que o estudante pode solicitá-la por meio de outro edital por conta própria.

Ao analisar esses editais, constatou-se que a mobilidade virtual passa a ser uma estratégia para que as relações entre universidades de diferentes países seguissem fazendo suas trocas, porém a mobilidade virtual ainda é um tema e uma forma de internacionalização pouco explorado, o que foi confirmado pela literatura e a quantidade reduzida de editais. No entanto acredita-se que o advento da COVID-19 o assunto passe a ser mais explorado e possa se destacar mais.

 

Nota: O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001.

 

REFERÊNCIAS

 

ALMAZOVA, Nadezhda; ANDREEVA, Svetlana; KHALYAPINA, Liudmila. The Integration of Online and Offline Education in the System of Students’ Preparation for Global Academic Mobility. Communications In Computer And Information Science, [S.L.], p. 162-174, 2018. Springer International Publishing. http://dx.doi.org/10.1007/978-3-030-02846-6_13.

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