A Instabilidade no Inep seu Reflexo na Educação
por Wolmer Ricardo Tavares – Mestre em Educação e Sociedade, Escritor, Palestrante e Docente – www.wolmer.pro.br
Como visto no livro Escola não é Depósito de Crianças: A importância da família na educação dos filhos, publicado pela WAK em 2012, a educação tem que ser libertadora, entretanto, ela necessita ser trabalhada com equidade, ou seja, como uma ação democrática para oferecer oportunidades a todas as classes e raças, pois já afirma a nossa Constituição Federal que todos somos iguais perante a lei, e cabe ressaltar que a educação é um direito inalienável.
Assim sendo, a educação oferecida para todos necessita ter o mínimo de qualidade aceitável, já que a mesma vem se declinando a cada ano, dito isso, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)[1] é o órgão responsável por esta educação, com avaliações, exames e indicadores da educação básica como Saeb, Ideb, Enem, Encceja além de trabalhar com indicadores educacionais.
O Inep também faz avaliações, exames e indicadores da educação superior como Sistema Nacional da Educação Superior (Sinaes), Avaliação interna (auto-avaliação); Avaliação externa (in loco); Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade); Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida); Indicadores de Qualidade da Educação Superior; Conceito Enade (CE); Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD); Conceito Preliminar de Cursos (CPC); Índice Geral de Cursos (IGC) e Sistema de Avaliação de Escolas de Governo (Saeg)
Esta autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC) ainda se responsabiliza por algumas ações internacionais, Metas Educativas, biblioteca e arquivo da educação bem como Estatísticas Educacionais.
Observe que ela tem uma demanda bem complexa em relação a educação, todavia a mesma tem passado por uma instabilidade que refletirá negativamente na educação e no futuro de nosso país.
Cabe ressaltar que a nossa a educação tem sofrido alguns reveses no atual governo,como cortes no orçamento, desvalorização dos profissionais, sucateamento das universidades e escolas públicas, descrédito dos pesquisadores, problemas relacionados a falta de competência dos ministros que passaram e/ou que ainda atua, enfim, são vários problemas que ecoarão na educação pública e em concomitância, na vida de nossos educandos, afetando assim suas perspectivas e projeções.
O desligamento coletivo dos funcionários do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao MEC (Ministério da Educação), pontua um de vários problemas, que de imediato terá umainfluência negativa no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
O nosso governo perdeu toda sua legitimidade e demonstrou sua incapacidade de gerir conflitos criados por ele próprio, quando impôs em áreas que necessitam de pessoas altamente habilitadas, pessoas de sua confiança sem capacidade para ocupar cargos de suma importância para o desenvolvimento de nossa nação que cada dia que passa anda mais desacreditada no mundo da política e economia.
A saída destes funcionários é reflexo de arbitrariedades típicas de nosso governo, como a dispensa do presidente da autarquia de participar de tomadas de decisões e também de integrar a Equipe de Tratamento de Riscos e Incidentes (Etir) de Brasília, bem como assédio moral, enfraquecimento dos diretores e até desmonte das diretorias, sobrecarga de trabalho e de funções, sem contar com inabilidade técnica na tomada de decisão.
Vale salientar que isso não tem ligação com posições ideológicas e sim dignidade do profissional que lá atua.
Dito isso, estas exonerações com certeza influenciarão ainda mais a nossa tão sofrida educação, pois reflete como as más escolhas políticas afetaram diretamente o nosso MEC.
[1] Para mais informações vide http://portal.inep.gov.br/conheca-o-inep