A INSERÇÃO DAS MÍDIAS NA EDUCAÇÃO
Monica Regina de Souza
Licenciatura em Pedagogia. Especialista em Alfabetização e Letramento. Primavera do Leste, MT.
Elizangela Queiroz Teixeira
Licenciatura em Pedagogia. Especialista em Educação Infantil e Psicopedagogia. Primavera do Leste, MT.
Suellen Cristina Peres de Sousa
Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Psicopedagogia Clínica e Institucional e Educação Infantil nfantil e Séries Iniciais. Primavera do Leste, MT.
Dairlene Boeno Neres
Licenciatura Plena em Pedagogia. Especialista em Educação Infantil e Series Iniciais. Especialista em Psicopedagogia Clinica e Institucional. Primavera do Leste, MT.
Hugneia Oliveira Faria
Licenciatura Plena em Pedagogia. Licenciatura Plena em Historia. Especialista em Psicopedagogia e Educação Infantil. Primavera do Leste, MT.
Falar de educação é estar sujeito a refletir de forma profunda e consistente sobre todas as possibilidades e não-possibilidades que estarão interligadas entre si. Esta educação vem sendo tema de inquietude ao longo dos tempos, e desde então, houve mudanças significativas no modo de pensar sobre estes questionamentos.
É preciso integrar e analisar, de forma ampla, todos os acontecimentos que são propostos. Em muito se discute a qualidade da educação, onde se evidencia o ato complexo de educar, buscando diferentes abordagens e propostas para que ocorra uma mudança significativa nestas perspectivas. E nós, professores e pesquisadores, temos a função de procurar uma forma de melhorar a maneira educacional para que essa mudança aconteça.
Sujeitos críticos, reflexivos e pensantes são o que a educação pretende lançar para o convívio social. A cada dia, essa concepção se torna ainda mais evidente em nossas reflexões, que são inúmeras em torno das necessidades atuais. Todavia, os eixos e saberes que integram este pensamento são complexos, evidenciando o pensar e o discutir. Assim, reforça a necessidade de que não somos seres isolados, com conhecimentos fragmentados.
Nesta sistemática, precisamos construir uma sociedade pensante e reflexiva em seus atos. Em se tratando de educação, sociedade e indivíduo não podemos deixar de discutir um pouco sobre a escola. Local de importante contribuição para que esses anseios aconteçam. Trato aqui de contribuição em destaque, pois a escola tem o papel de formar integralmente o ser humano. Não coloco toda a responsabilidade nela, uma vez que família e a própria sociedade fazem parte da construção social do sujeito.
Entretanto, vemos que a escola se apega a alguns valores e práticas que nos levam a uma análise mais profunda sobre suas ações aplicadas hoje. Esta instituição de Estado que é, possui o propósito de formar as pessoas, que se submetem à ela. Contudo, há discursos educacionais que defendem a escola, afirmando que nela se transmite não só bons modelos de conhecimento, mas bons modelos de comportamento, para os quais se constitui um eixo necessário à formação do sujeito. Está claro que no quadro de funções da escola, deve-se ser acrescentado o saber comportar-se ao saber fazer, e aliado a esta concepção o saber questionar ao saber refletir.
Talvez de forma errônea, ou mal interpretada, a escola possui a função disciplinadora, pois é onde as crianças e jovens devem aprender o respeito pelos adultos, pelos patrões, chefes de Estado e, com certeza pelo modelo capitalista e pelas classes sociais dominantes. Está aí, a evidência de valores e práticas educacionais que precisam ser analisados e refletidos em sua totalidade e real aplicabilidade, uma vez que a disciplina transcende mais do que um ‘obedecer padrões’ impostos pelas classes dominantes.
A atividade escolar, expressa bem o papel de reprodutora do sistema que desempenha a escola, onde formar quer dizer dar forma, ou seja, padronizar segundo modelos. A educação em geral, será sempre reprodutora, pois está sempre reproduzindo algo. Porém, o seu problema maior não reside nessa necessidade da reprodução, mas sim naquilo que há por se reproduzir. Uma vez que a escola transmite as ideologias dominantes, e assim reprodutora do modelo disciplinar capitalista (LUCKESI, 1994).
Infelizmente, está no cerne da educação o bom cumprimento dos deveres e o não questionamento sobre o que fazer, assim como os ideais iluministas que perpetuam: “Pensai o que quiserdes, contanto que obedeças”. Nossa atual concepção educacional serve o capitalismo, reproduz seu sistema, seus anseios e relações de produção, talvez deixando de cumprir em partes seu papel educativo. Não esquecendo que há um sistema que rege toda sistemática político-pedagógica da escola em si.