24/09/2020

A inquietude habilitada

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A inquietude habilitada

Por Pedro Vieira S. Santos & Layse Silva B. Souza

         

Os elevados índices de doenças psíquicas e psicossomáticas assustam. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o Brasil é o país com maior número de casos de ansiedade; cerca de 9,3% da população. Mas o que nos leva à tão custosa condição?

A aceleração a que fomos condicionados e da qual nos acostumamos nos fez perder de vista a Palavra, tão antiga e tão nova, que vem na contramão dessa realidade e pede-nos paciência, esta que não engana. A preocupação, palavra de origem latina preoccupatio-onis (em tradução livre ocupação prévia) é definida pelo dicionário Oxford como uma ideia fixa e antecipada, que perturba o espírito a ponto de produzir sofrimento moral.

Mesmo diante dessas definições, nenhuma traduz a complexidade vivida por nossa geração. Um turbilhão de notícias, uma ânsia por sentido, uma rotina desequilibrada. Ingredientes que constroem uma sociedade combalida, que por abundância de amanhã tem se perdido no presente.

Como citara o poeta William Shakespeare, “Perde-se a vida quando a pretendemos resgatar à custa de demasiadas preocupações”. Em suma, a ansiedade convertida em preocupações não se traduz como uma prática capaz de trazer solução para nossas dificuldades. E, justamente por isso, dilacera nossa capacidade particular de confiar na provisão divina.

Em outras palavras, a ansiedade não tira a aflição do amanhã, somente a energia de hoje, como afirmara Charles Spurgeon. Logo, o excesso de futuro infiltrado no recôndito do nosso matutar reduz nossa prática de confiar.

 

"Confiai-lhe todas as vossas preocupações, porque Ele tem cuidado de vós"

I Pedro 5:7

 

 

 

 

Imagem de capa: Portal do envelhecimento

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